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terça-feira, 29 de abril de 2014

terça-feira, 15 de abril de 2014

"Io Che Amo Solo Te"

Ontem, ao rever algumas cenas, principalmente as últimas, do filme “Haway” que o João Eduardo pôs no blog dele, e como é hábito quando vejo cenas semelhantes, vieram-me as lágrimas aos olhos e o meu pensamento voou para Belgrado e para a intensa saudade e a imensa necessidade de abraçar e ter o Déjan comigo.
Claro que passado poucos minutos estávamos a falar no Skype e não consegui ocultar os meus sentimentos do momento, aos quais ele juntou os dele.
Há muito não estamos juntos e não podemos saber quando poderemos fazê-lo de novo, mas embora isso seja uma enorme necessidade para ambos, não estamos a colocar qualquer pressão sobre o assunto pois sabemos ambos que o processo de mudança de vida que o Déjan está a passar, com o final do estágio, o aproximar do final dos estudos de alemão e toda a complicada burocracia da sua candidatura ao trabalho num hospital ou clínica alemã, é demorada e árdua.
Além disso, o Pai dele resolveu viver com ele estes últimos tempos antes de ele rumar para a Alemanha o que inviabiliza uma deslocação minha a Belgrado.
Qual a minha surpresa quando hoje recebi uma encomenda  remetida de Belgrado (claro que enviada há dias), e pelo apalpar da mesma logo vi que vinha aí mais um daqueles coraçõezinhos vermelhos com a frase “VOLIM TE” (amo-te), para a minha já considerável colecção. 
Mas vinha acompanhado, o coração; trazia uma foto dele
linda, linda (claro que eu sou suspeito), e que já está devidamente encaixilhada e no sítio certo, na minha sala, com uma daquelas frases típicas do Déjan no verso da foto: “amo-te bubuska moa bubana” – tirando o “amo-te” o resto são palavras inventadas das muitas que ele tem para me mimar, e só eu sei a sua “tradução”, pois não vêm em qualquer dicionário.
Vinha também um postal de Belgrado, que dizia mais ou menos isto: “esta cidade precisa de ti, mas eu espero que nos encontremos, algures na Alemanha, na próxima vez. É um período muito difícil e stressante para mim, mas tu estás sempre no meu coração”.
Acreditem, é difícil, mas é maravilhoso e muito compensador, apesar de tudo, para ambos, viver um amor assim, vai para 9 anos...
E, pronto, porque sou Carneiro, porque nos amamos muito, aqui estou a partilhar a minha imensa felicidade.

VOLIM TE, chako pako!!!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Um excelente fim de semana

Foi um excelente fim de semana, marcado por dois acontecimentos bastante diferenciados e qualquer deles muito gratificantes.
Em primeiro lugar, quero referir-me à visita a Lisboa do meu amigo de há muito, o Edu, que há anos andava a “ameaçar” vir até cá, mas só agora cumpriu a “ameaça”. Trouxe com ele excelente companhia: a sua Mãe, D.Augusta, pessoa simpatiquíssima e com quem se pode falar de tudo com uma amabilidade extrema, e também o seu namorado, o Reginaldo, com quem o Edu faz um excelente par.
O Edu é exactamente aquilo que eu sempre julguei pelo que lia no blog e nos contactos que íamos tendo – uma pessoa com um dom especial de convivência, com um discurso muito particular e saborosíssimo, naquele linguarar de Sampa, que é muito mais que o brasileiro a que estamos habituados; tem um humor muito apurado, e é de uma grande ternura.
Passei com eles o dia de sexta feira, tendo-os levado de carro naquele “velho percurso”: Lisboa, Sintra, com Pena incluída, Praia das Maçãs, Azenhas do Mar, Cabo da Roca, Boca do Inferno, Cascais, Estoril, e depois uma visita aos pastéis de Belém e ainda uma ida ao Cristo Rei, para ver Lisboa de frente, sempre tão linda.

No sábado fomos jantar ao Parque das Nações, num grupo alargado ao Miguel Nada, à Margarida Leitão e ao João Máximo e Luís Chainho, em casa de quem acabámos a noite (moram mesmo pertinho da Expo)
a apreciar uma torta de laranja deliciosa que a Margarida fez para a ocasião e numa tertúlia muito interessada sobre música brasileira e música portuguesa, e seus intérpretes
 Foi uma bela noite.

Hoje domingo, fui à tarde, com o Miguel, ver a última produção teatral dos Artistas Unidos, no TNDM, “Regresso a casa”, de Harold Pinter, numa encenação de Jorge Silva Melo, que também é intérprete.
O protagonista é o fantástico João Perry, no papel de Max, o pai, que vive com dois dos seus filhos, interpretados por Elmano Sancho e João Pedro Mamede e com o seu irmão (JSM), e a este núcleo familiar totalmente masculino, muito marcado pela ausência de uma figura feminina ( a mãe, já tinha falecido???), junta-se o terceiro filho, que vive nos EUA e traz com ele a sua mulher, que a família ainda não conhece. Este casal é interpretado por Rúben Gomes e Maria João Pinho.
Note-se que todos estes actores à excepção de João Perry, fazem parte dos elencos habituais da companhia dirigida por J.Silva Melo e são todos actores de excelência.
A peça, uma das mais conhecidas de Pinter é muito forte e a única personagem feminina torna-se o centro não só da narrativa, como toma mesmo o centro nevrálgico daquela família tão peculiar.
É uma peça que eu atrever-me-ia de qualificar de amoral, mais do que imoral, pois aqui a moralidade não existe…Fortíssima pois, como é hábito de Pinter.
Jorge Silva Melo
já muito experimentado na encenação do dramaturgo inglês, não tem qualquer dificuldade em assinar uma encenação, a todos os títulos brilhante.
É uma peça imperdível, do melhor que tenho visto nos últimos tempos.

E, "the last, but not the least", o meu Benfica, sagrou-se hoje, praticamente campeão nacional da época 2013-14 (falta-lhe um ponto e três jogos para o conseguir). 
Absolutamente justo este título do SLB.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Margarida...e não só...

Hoje venho falar de uma boa Amiga, que nem sequer é uma “velha” Amiga, se comparada com gente que conheço há muitos mais anos.

Estou a referir-me à Margarida, que conheci há pouco mais de 2 anos quando ela me começou a comentar este blog; como é sabido, eu procuro sempre interagir com os meus comentadores e dessa interacção com a Margarida resultou um empurrão que lhe dei e que a levou a iniciar em Janeiro de 2012 o seu blog “Mas tu és tudo e tivesse eu casa tu passarias à minha porta”, o qual é hoje já uma referência na blogo.

Passado pouco tempo dessa data, numa feliz conjugação, conheci pessoalmente a Margarida, durante um jantar em minha casa em que tive também a oportunidade de conhecer pessoalmente o João Máximo e o Luís Chainho; nem sonhava que estava além de os conhecer a estabelecer um primeiro contacto entre eles os três, que mais tarde tão bons frutos já deu…

Pois a Margarida, que depois foi minha colaboradora no último jantar dos blogs, tornou-se por meio da sua simpatia e fácil comunicação uma Amiga que hoje ocupa um lugar especial nas minhas afectividades.

Tem dois vícios terríveis e que eu tenho também: os seus gatos e os livros.

Daí ter sido tão fácil o nosso entendimento; e além de devoradora de livros, a Margarida começou a “escrevinhar” umas coisas aqui e ali, com destaque para as suas colaborações no Pixel do saudoso Eyes Sad (por onde andas tu?) e pelas suas iniciativas de escrever micro-contos relacionados com pessoas que ela conhecia da blogo, mesmo que só virtualmente.

Foi fácil chamar a atenção do João e do Luís, que nos seus tempos livres fundaram uma “coisa” que se chama “INDEX ebooks” (já lá vou) e que fez com que a Margarida publicasse o seu primeiro livro – um livro de micro contos já com o seu nome literário, Margarida Leitão e que recebeu o bonito nome de “Instantâneos: fragmentos de memória”
publicado precisamente pela INDEX.

Esse livro mereceu-me o seguinte comentário no Goodreads:

“Ler um primeiro livro de um autor que conhecemos pessoalmente e de quem somos particular amigo, nem sempre é fácil. A situação piora quando o autor, neste caso a autora, Margarida Leitão, nos privilegia com frequentes consultas sobre um texto ou outro, sobre uma história ainda de contornos não completamente definidos e nos pede uma opinião concreta e sincera. Quando sentimos que contribuímos, de uma forma indirecta, é certo, para o aparecimento dessa obra, pois demos à autora o “empurrão” decisivo para que ela se integrasse e se adaptasse com uma extrema facilidade a uma realidade tão apelativa como é a blogosfera, quando se tem sede de comunicar ideias, recordações, afectos ou anseios, a situação torna-se quase crítica… E a obra nasce, bela, definida enfim, pujante de frases bem construídas que descrevem situações reais, quase nunca ficcionadas (quando muito sonhadas), e mostram uma rara percepção do sentir de pessoas que apenas conhecemos há pouco, mas das quais captámos o essencial, ou então de imagens que nunca abandonaram a nossa mente de infância, povoada de lugares, gentes e factos determinantes da nossa formação, do nosso sentir, do nosso viver de hoje. Se há, aqui e ali, resquícios de uma hesitação, plenamente justificadas numa primeira obra construída com base em pequenas histórias que saíram de um forma pura e natural de dentro do universo da Margarida, por outro lado, encontramos desde já a maturidade adulta de alguém que sabe ter necessidade de se exprimir através da escrita, para se afirmar a si própria.”

Ora a Margarida quis-me presentear no último domingo, a propósito do meu aniversário com uma prenda especial, um vídeo (curioso que das três prendas que recebi, duas são vídeos), e um vídeo que tem tudo a ver comigo, e que é pessoalíssimo, poi ela empresta-lhe a sua voz. Aqui fica o vídeo, que também foi uma forma de ela homenagear o dia da Poesia, ocorrido dois dias antes, com o belo poema de Jorge de Sena

Obrigado, Margarida e espero ver qualquer dia uma segunda obra tua a ser editada pela INDEX.

E agora sim, vamos lá falar um pouco desta editora que como citei ali em cima nasceu por obra do João Máximo e do Luís Chainho, que e em boa hora, resolveram “dar à luz” uma editora de e-books, dirigiada a obras de temas LGBT.

E desde o seu primeiro lançamento, já há mais de dois anos, mais ou menos perto do tal jantar em minha casa, eles já publicaram vários livros, não só de autores que agora começaram a escrever para o público (além da Margarida Leitão, o Miguel Botelho e o Pedro Xavier),e das colectâneas dos contos a concurso nas três edições dos Pixel, mas também outras obras de autores importantes, com destaque para “O Corredor de Fundo” de Patricia Nell Warren e para “Inversão Sexual” de Havelock Ellis.
E têm entre mãos, tendo já publicado o primeiro volume de uma obra fundamental da literatura LGBT portuguesa – “Dicionário de Literatura Gay”.
Aqui ficam todas as obras que a INDEX já publicou:






















domingo, 23 de março de 2014

Obrigado, Nuno

Hoje foi o meu dia de aniversário e tive entre outras coisas agradáveis a surpresa de uma prenda especial. Um amigo mandou-me este vídeo que fez a partir de fotos que tenho publicadas no Facebook.
Gostei muito e como não consigo partilhá-lo nas redes sociais, aqui o partilho.
Mais uma vez, obrigado, Nuno!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Eu e um "filmezinho" que mexeu comigo...

Eu por vezes dou comigo a pensar que não me conheço ao fim destes anos todos, completamente bem.
Já vivi muito, tive variadíssimas experiências, das quais poucas, muito poucas mesmo me arrependo; não me considero estúpido, tenho mesmo alguma cultura; enfrentei de frente, sem medo a minha sexualidade; sou amigo verdadeiro dos meus amigos e tenho medos, como toda a gente.
Adoro a minha família e tive uma educação primorosa, baseada nos princípios que sempre reinaram em nossa casa; não fui habituado a luxos, mas também me ensinaram sempre a ser digno.
Tudo isto para dizer o quê? Que tenho um temperamento que por vezes não controlo, sou tudo menos perfeito e se procuro consensos, também há alturas em que marco muito, talvez demasiado as minhas paixões e os meus “odiozinhos de estimação”.
Um dos meus maiores defeitos é pôr quase sempre o coração à frente da cabeça, embora não entre em desvarios e nunca me arrependi disso. Quando gosto, gosto mesmo muito, quando não gosto, mostro-o abertamente – nunca seria um bom actor…
Sou muito crítico em relação a certas situações, e não me abstenho de o afirmar, mesmo quando envolvem coisas delicadas, como a política ou a religião.
E…sou um piegas do caraças!!!!
Estou para aqui a palrar sobre mm próprio, quase com medo de afirmar que acabei de ver um filmezinho, nada de um filme de grande orçamento, com grandes actores e vedetas que chamem o grande público. E que quando acabei de ver esse filmezinho tinha duas lágrimas a rolar-me pelas faces – piroso, sou isso talvez, mas que hei de eu fazer se sou assim.
O filme foi realizado por um jovem, Ruben Alves
filho de emigrantes portugueses em França, e com este filme ele quis homenagear os seu pais, a mãe, uma porteira e o pai, trabalhador da construção civil.
Já adivinharam que me refiro ao filme “A Gaiola Dourada”, protagonizado por Rita Blanco e Joaquim de Almeida, e que nos mostra de uma maneira bastante correcta o dia a dia de uma típica família portuguesa emigrada e a trabalhar em Paris. Claro que é uma emigração dos tempos da “mala de cartão” e não a emigração de hoje, mas é sempre emigração, com tudo o que essa situação traz a quem é obrigado a fazê-lo.
Eu, que tantas vezes sou tão crítico do meu país, até da nossa maneira de ser, da nossa tão apregoada falta de produtividade e do nosso hábil “desenrascanço”, vi-me no final do filme, qual sentimentalão romântico a pensar que afinal, caramba, Portugal e principalmente nós os portugueses somos uns gajos porreiros…
Eu sei que isto é apenas um filme, mas está ali muito de nós, muito da forma como somos, quase sempre humildes, o que não quer dizer que sejamos subservientes.
 E por eu ser assim, por reconhecer que eu poderia fazer parte daquela gente é que estou a dizer isto tudo.
Se já viram o filme, gostaria de saber a vossa opinião, mesmo que seja bastante diferente da minha; se não viram, façam o favor de ver, até porque está ali uma das maiores actrizes portuguesas, Rita Blanco
e até o habitual canastrão Joaquim de Almeida se safa muito bem.
Aqui fica um vídeo que mostra algumas cenas do filme assim como algumas entrevistas e também pequenos apontamentos do seu “making of”

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

"Girassóis"

No domingo chuviscou e o jornal era gordo. Crónica do Caio Fernando Abreu: “…um girassol nasceu numa distração da calçada…”
Na segunda feira fui ver nos Jardins de concreto, em Sampa, o teimoso girassol quebrando a rotina daquela Alameda, fazendo sorrir o paulistano.
Livros depois, em 95, num domingo quase carnaval, olha o girassol do Caio outra vez! Agora plantado por ele que, ao se saber com Aids (Sida), mergulhou fundo em si. Voltou, também jardineiro dedicado, à casa dos pais, em Porto Alegre, Bairro Menino Deus.
Nessa crónica ele contava sua experiência com a vida curta, porém plena, dos girassóis. Saboreando entrelinhas, fui tocada ao sentir que bem ali, na corola da crónica do Caio, havia uma história pronta para acariciar a alma das crianças de todos nós.
Num impulso montei um livro doméstico, ilustrado pela irmã Tetê De Marcchi e pela bela letra do companheiro Bernardo Klopfer. E mandei pro Bairro Menino Deus. Porto Alegre.
Dias depois nosso grande Caio se foi.
No meio da tristeza, o poeta Gil França Veloso – grande amigo e depositário da obra do autor – me ligou: “…vamos publicar…”
E a Global (editora), sabiamente, cuidou destes Girassóis do Caio Fernando Abreu.

 (Cláudia Pacce)

E assim surgiu, agora com ilustrações de Paulo Portella Filho, Girassóis, que é um trecho da crónica “A morte dos girassóis”, publicada em 7/2/96 no jornal “O Estado de S.Paulo” e no livro de crónicas “Pequenas epifanias”.
E pela primeira vez publico aqui no meu blog, na integra, um livro (necessariamente muito curto), mas belíssimo.

“Tenho aprendido muito com o jardim. Os girassóis, por exemplo, que vistos assim de fora parecem flores simples, fáceis, até um pouco brutas. Pois não são.
Girassol leva tempo se preparando, cresce devagar, enfrentando mil inimigos, formigas vorazes, caracóis do mal, ventos destruidores. Depois de meses, um dia, pá! Lá está o botãozinho todo catita, parece que já vai abrir. Mas leva tempo, ele também se produzindo. Eu cuidava, cuidava, e nada. Viajei quase um mês no verão. Quando voltei, a casa tinha sido pintada, muro inclusive, e vários girassóis estavam quebrados.
Fiquei uma fera. Gritei com o pintor: - Mas o senhor não sabe que as plantas sentem dor que nem a gente? O homem ficou me olhando, pálido. Não, ele não sabe, entendi. E fui cuidar do que restava, que é sempre o que se deve fazer. Porque tem outra coisa: girassol, quando abre flor, geralmente despenca. O talo é frágil demais para a própria flor, compreende? Então, como se não suportasse a beleza que ele mesmo engendrou, cai por terra, exausto da própria criação esplêndida. Pois conheço poucas coisas mais esplêndidas, o adjectivo é esse, do que um girassol aberto.
Alguns amarrei com cordões em estacas, mashavia um tão quebrado que nem dei muita atenção, parecia não valer a pena. Só apoiei-o numa espada-de- são-jorge com jeito, e entreguei a Deus. Pois no dia seguinte, lá estava ele todo empinado de novo, tortíssimo, mas dispensando o apoio da espada. Foi crescendo assim precário, feinho, fragilíssimo. Quando parecia quase bom, crau! Veio uma chuva medonha e deitou-o por terra.
Pela manhã estava todo enlameado, mas firme. Aí me veio a idéia: cortei-o com cuidado e coloquei-o aos pés do Buda chinês de mãos quebradas que herdei de Vicente Pereira. Estava tão mal que o talo pendia cheio dos ângulos das fraturas, a flor ficava assim meio de cabeça baixa e de costas para o Buda. Não havia como endireitá-lo. Na manhã seguinte, juro, ele havia feito um giro completo sobre o próprio eixo e estava com a corola toda aberta, iluminada, voltada exatamente para o sorriso do Buda. Os dois pareciam sorrir um para o outro. Um com o talo torto, outro com as mãos quebradas.
Durou pouco, girassol dura pouco, uns três dias. Então joguei-o pétala por pétala, depois o talo e a corola entre as alamandas da sacada, para que caíssem no canteiro lá embaixo e voltassem a ser pó, húmus misturado à terra. Depois, não sei ao certo, talvez voltassem à tona fazendo parte de uma rosa, palma-de-santa-rita, lírio ou azaléia. Vai saber que tramas armam as raízes lá embaixo, no escuro, em segredo.”

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Do You Remember?


Do you remember Venice?
And London, Madrid, Budapest, Milan?
And Lisbon, so many times?
And Beograd, so many times too, but mainly once, the first time we have seen one another?
Do you remember, Déjan, so many wonderful things during this 8 years?
At 29 December 2005 we begun our relationship, so many time ago, but it's like yesterday...
As the title of this italian song "I love only you"...today as 8 years ago, even more, because these years have been difficult, but so strong, so deeply full of love.
You are my love, but more,  you are my life.
I will be always greatful to destiny because it happens that I knew you.
Thanks my wonderful Dejanito for your love and of course you know how much I love you...
And how much I miss you, my God!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Poema do Menino Jesus

Um dos mais belos poemas de Fernando Pessoa, na interpretação maravilhosa de Maria Bethânia
Este é quase o poema integral que Fernando Pessoa escreveu no seu livro "O Guardador de Rebanhos", do heterónimo Alberto Caeiro e que aqui deixo na integra:

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão 
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

[Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa), Poema do Menino Jesus]

sábado, 21 de dezembro de 2013

Francisco

Faleceu anteontem, quinta feira o meu amigo Francisco.
Não era um amigo de infância, já que ele era natural de Elvas, alentejano de gema; conhecemo-nos no nosso primeiro ano de Lisboa, nos alvores da década de sessenta.
Eu e a malta da Covilhã pontificávamos no Monte Carlo e ele como alentejano e aluno de Agronomia caía mais ali mesmo em frente, na Paulistana (aliás ao tempo, o Saldanha era muito cosmopolita).
Quis o destino que o Francisco se enamorasse de uma moça amiga da Covilhã e então quando ele ia passar férias na minha terra era em minha casa que ficava.
Daí me considerar um pouco um patrono da união de ambos e que lhes deu seis filhos, um dos quais morreu muito novo à porta de casa, aqui em Lisboa, quando saía da mota que tinha.
Desde então o Francisco passou a ser um covilhanense de coração e a amizade com a nossa malta foi sempre crescendo.
Nos últimos tempos, desde há pouco mais de um par de anos, tínhamos por salutar hábito encontrarmo-nos uma vez por mês, ele, eu e mais três amigos, para almoçar em Lisboa; almoços demorados em que a Amizade e as recordações imperavam, apesar dos desfasamentos políticos ou clubísticos.
Por vezes alargávamos o repasto às caras metades, a quem as tinha (todos menos eu).
E de repente, há alguns meses tudo aconteceu ao Francisco: começou a ficar diabético, apareceu-lhe um tumor na próstata, removido com sucesso numa cirurgia e agora um novo tumor, que nada se relacionava com o anterior, desta vez, no cérebro.
Três cirurgias num espaço curtíssimo de tempo, um coma induzido, depois um coma profundo, uma infecção generalizada e assim ele partiu, quase sem avisar ninguém.
Devido a uma traumática experiência pessoal de há poucos anos, em que a minha irmã mais velha faleceu com um tumor semelhante, temi sempre o pior, o que infelizmente aconteceu.
Nunca o fui ver ao hospital, pois eu, por feitio e defeito próprio, em vez de levar ânimo a um doente, vou-me abaixo, comovo-me e o efeito é contraditório.
Só quando os médicos, há pouco mais de uma semana, “desenganaram” a família, lá fui, para estar com a mulher, os filhos e a irmã, mas não o vi, pois já estava em coma nos cuidados intensivos.
Como se decidiram pela cremação e esta continua, incompreensivelmente, a ter apenas dois locais em Lisboa, tiveram que esperar por hoje para fazerem o funeral.
Só hoje o corpo, logo pela manhã veio do Hospital da Luz para a Basílica da Estrela e ainda bem que assim foi, pois a família pôde ontem, em comunhão, descansar do imenso desgaste dos últimos dias. O funeral foi comovente, com centenas de pessoas, revi muitos amigos e dei o meu apoio à família.
Um padre verdadeiramente chato, que fez demorar uma missa de corpo presente uma hora, não estragou a cerimónia, que teve no final da missa um momento especial, com os filhos todos juntos e com a mais velha a ler uma carta de despedida ao Pai.
O Francisco era quase da minha idade, exactamente um ano e um dia mais velho que eu e já não foi o primeiro a partir.
Cada vez mais pela precariedade da vida dou mais valor à maneira como a vivemos – o tempo vai-se escoando, e embora ainda tenha uma Mãe “jovem” de 91 anos, cada vez vamos sendo menos.
Como serão agora os nossos almoços sem ti, meu querido Francisco?

domingo, 1 de dezembro de 2013

Pairando...

Como disse no meu último post, este blog não seria encerrado, mas “cessaria funções”, apenas reabrindo para alguma coisa de uma maior importância.

Há por assim dizer duas semanas que nada aqui ponho, e tenho no entanto lido os blogs que acompanho, (nem todos), pois comecei alfabeticamente de trás para a frente e o constante movimento bloguístico ainda não me permitiu chegar acima do “D”…
Tenho comentado minimamente, quando uma postagem me chama por esse comentário.

E agora, que sucedeu, de tão importante que justifique esta entrada?. 
Nada verdadeiramente importante, apenas meia dúzia de coisas que eu gostaria de referir com maior destaque do que aquele que as redes sociais permitem.
E assim, este vai ser um longo post e variado nos assuntos versados.

Começo por falar de saúde, da minha e não só, pois eu, que sou diabético
desde há uns anos (entre outras patologias, onde avulta uma angina de peito), tive no Verão uma desagradável surpresa com os resultados anormalmente altos da glicémia o que fez com  que, finalmente,tivesse tomado juízo no que respeita à alimentação e à movimentação física; entretanto fui aceite na Associação dos Diabéticos e parece que já começa a haver resultados positivos…

Pior é um problema que muito me afectou, pois um amigo de infância, daqueles com quem almoço aqui em Lisboa, todos os meses, um ano mais velho que eu, foi sujeito a uma cirurgia para eliminar um tumor maligno no cérebro,
 isto depois de há três meses atrás ter tido o mesmo problema na próstata (casos completamente não relacionados). 
Estas coisas tocam-me muito fundo e vou-me abaixo psicologicamente. 
As coisas parecem terem corrido bem, mas ainda não há relatórios da biópsia…

Mas deixemos as coisa mais desagradáveis, pois também há referências a factos muito positivos:
Conheci dois amigos que por acaso não têm relação com a blogo, mas que são muito porreiros e é sempre bom aumentar o grupo de amigos se a Amizade é boa e não interesseira em qualquer aspecto. 

Mas, no que respeita a conhecimentos, o facto mais relevante foi ter conhecido finalmente a minha Amiga virtual de há muitos anos, a “Justine” do blog “Quarteto de Alexandria”.
Claro que não foi surpresa nenhuma o imenso prazer que tive nesse encontro, que teve lugar na Gulbenkian, onde fomos ver uma maravilhosa exposição que merece ser vista por toda a gente, pois é magnífica -  "O Brilho das Cidades - A Rota do Azulejo”, uma viagem pelo mundo do azulejo, no tempo e nos mais diversificados locais.
Após a visita, uma muito interessante conversa fez-me apenas concluir o que já sabia – a Justine é uma pessoa de uma grande sensibilidade, possuidora de uma cultura muito acima da média e com uma vivência e experiência de vida notáveis. Foi o nosso primeiro encontro, mas não o último, estou certo.

Entretanto, eu que por vezes me desleixo com o que de bom acontece em Lisboa, no campo cultural, não só visitei uma excelente exposição (e atenção que outra deveras interessante está agora a começar no Museu Nacional de Arte Antiga),


fui alertado por um amigo da Covilhã sobre um concerto do John Grant em Lisboa, e apenas isso aconteceu na véspera do mesmo, ou seja na passada quinta feira, e o concerto foi ontem, sexta, no S.Jorge, às 23 horas. 
Foi um concerto integrado no Vodafone Mexefest,
 um festival com múltiplos concertos em variados locais lisboetas, circunscritos à zona entre o Marquês de Pombal e o Rossio. 
Paga-se uma importância fixa (40 euros) e com uma pulseira em troca do bilhete tem-se acesso a todos os eventos.
Claro que o meu interesse era o John Grant, mas já que tinha oportunidade assisti também na mesma sala, mas antes, um concerto de Márcia, que não conhecia, e que trouxe dois convidados para dois duetos cada – Samuel Úria e António Zambujo; claro que a duração dos concertos é reduzida e quase nunca ultrapassa uma hora, pelo que se fica a pedir mais e assim, eu que nunca tinha ouvido o Zambujo ao vivo fiquei com vontade de o ouvir durante mais tempo. 
Márcia e Samuel cumpriram…

Quanto a John Grant é um dos meus ídolos desde que ouvi duas músicas dele no excelente filme “Weekend”, aliás os dois maiores êxitos do seu primeiro disco – “I wanna go to Marz” e “Queen of Denmark”. 
Foi com este último tema que ele fechou um concerto memorável, talvez o melhor concerto a que já assisti.
Além destes dois temas sobressaem outros dois, de que muito gosto: “Where dreams go to die” e “Greatest mother fucker”, de que aqui deixo o vídeoclip.
A sala rebentava pelas costuras e pelo entusiasmo do público, contagiando os próprios músicos, acredito que Grant regresse a Lisboa em breve para um concerto mais alargado.

Mas, e porque tinha direito a isso, esta noite mesmo, fui ver outro concerto, completamente diferente e no qual depositava muitas esperanças, nada defraudadas, antes pelo contrário – superou em muito as minhas expectativas. 
Num ambiente interessante, a Sociedade de Geografia, a fadista de que toda a gente fala e da qual eu só conhecia a poderosa voz: Gisela João!

E que concerto…ela é fogo, ou melhor é um vulcão! 
Canta com a voz, sim, mas também canta com o corpo, o corpo que ela movimenta constantemente em gestos pouco ou nada convencionais numa fadista; talvez os puristas do fado não gostem muito da forma como ela se apresenta, já que quanto à voz, ela é intocável, mas para mim a revelação mais que positiva está mesmo nessa postura dela em que se entrega de corpo e alma aos temas que interpreta. 
Mostrar aqui um vídeo apenas com o som da sua voz era talvez bastante, mas Gisela merece mais, pelo que escolhi um vídeo ao vivo, realizado na FNAC

e onde ela interpreta alguns dos fados mais marcantes do seu repertório e do qual destaco um que por razões evidentes me fez vir as lágrimas aos olhos e me fez imediatamente após o final falar com o Déjan e dizer-lhe que da próxima vez que ele vier a Portugal, iremos assistir, onde quer que seja a um concerto de Gisela João. 
Fiquei rendido.

Como não me emocionar com a sua interpretação intensa de um fado com esta letra?


Nem um poema, nem um verso, nem um canto

Tudo raso de ausência, tudo liso de espanto
Amiga, noiva, mãe, irmã, amante
Meu amigo está longe
E a distância é tão grande

Nem um som, nem um grito, nem um ai
Tudo calado, todos sem mãe nem pai
Amiga, noiva, mãe, irmã, amante
Meu amigo está longe
E a tristeza é tão grande

Ai esta mágoa, ai este pranto, ai esta dor
Dor do amor sozinho, o amor maior
Amiga, noiva, mãe, irmã, amante
Meu amigo está longe
E a saudade é tão grande.

Para finalizar, uma referência ao próximo acontecimento a que vou estar presente com uma imensa satisfação; é no próximo sábado, dia 7, pelas 22 horas, no Bar “O Século” , o lançamento do livro “O Corredor de Fundo”, traduzido pelo João Máximo e editado pela INDEX ebooks, do João e do Luís Chainho, de um dos mais importantes livros da literatura LGBT de sempre, “The Front Runner” de Patricia Nell Warren.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

E vão sete...

Não, não se assustem…ainda não é o regresso!
É apenas uma lembrança de uma data – 6 de Novembro de 2006 – quando aqui deixei neste mesmo blog, mas na parte tristemente e estupidamente apagada, um primeiro post, que tinha esta minha imagem.
Hoje, sete anos depois, não posso deixar passar em claro este dia, até porque durante estes sete anos, toda a muita gente que por aqui foi passando, me deu motivos de muita satisfação e alegria; obrigado a todos vocês que me fizeram acreditar na partilha e principalmente na Amizade.
Graças a este blog, tenho hoje muitos amigos, mas acima de tudo uma meia dúzia de grandes Amigos.
Até sempre e continuo a dizer: até breve.

sábado, 26 de outubro de 2013

Até já, até logo, até depois...

O prometido é devido.
Comecei por folgar nos comentários, não deixando no entanto de lado algumas excepções, aqui e ali.
E agora a folga alarga-se às postagens.
Vou parar. Até quando? A resposta está no título...
Mas vou continuar por aí, lendo-vos, seguindo-vos, sabendo dos vossos anseios, das vossas curiosidades, dos vossos amores, das vossas vidas e dos vossos gostos.
E vou continuar, sem aquela obrigação de o fazer, a "cometer" excepções e deixando um comentário que a sensibilidade não me deixe calar.
A blogosfera é algo que é impossível eu largar definitivamente; ao longo destes anos, "apadrinhei" vários blogs e empurrei várias pessoas para entrarem neste mundo.
Aqui fiz muitos e alguns grandes amigos.
Para esses, não há folgas...
Deixo-vos com um vídeo muito belo, deixo-vos com a Bethânia, com o Pessoa e com o Menino, em quem continuo a acreditar, apesar de ter deixado de acreditar naqueles que se servem d'Ele e não o servem.
Fiquem bem...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Alone again...


Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?
‘Cause I saw the end before we’d begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.
So I took what’s mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
and may be over but it won’t stop there,
I am here for you if you’d only care.
touched my heart you touched my soul.
you changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I’ve kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I’ve been addicted to you.

Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me. (bis)

I am a dreamer but when I wake,
You can’t break my spirit – it’s my dreams you take.
And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be
I’ve seen you cry, I’ve seen you smile.
I’ve watched you sleeping for a while.
I’d be the father of your child.
I’d spend a lifetime with you.
I know your fears and you know mine.
We’ve had our doubts but now we’re fine,
And I love you, I swear that’s true.
I cannot live without you.

Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.



VOLIMTE Déjan!
See you soon, my love
See you always, in my mind!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Um salto lá cima...

Desde que o Déjan cá tem vindo, tenho procurado mostrar-lhe o que de mais belo há em Portugal e neste momento ele conhece quase todo o território continental português; falta apenas a zona interior a norte da Covilhã, ou seja a Beira Alta e Trás-os-Montes.
Nesta viagem, não sendo possível uma deslocação a essa região e porque um grande amigo, aqui dos blogs me desafiou para ir “lá cima” jantar com ele, decidi fazer uma curta viagem e mostrar ao Déjan as poucas coisas que ele ainda não conhecia na região perto da costa e uma preciosidade, mais para o interior.
Assim, domingo de manhã, lá fomos até Aveiro, cidade muito bonita, com a sua famosa Ria que lhe confere o nome de Veneza portuguesa; há muito lá não ia e surpreendeu-me o movimento turístico no centro.
É uma cidade que merece uma visita sem dúvida, e não foram uns pingos de chuva que lhe tiraram o encanto. Aí almoçámos um belo leitão à moda da bairrada…
Depois demos um salto à Costa Nova, apreciar as suas características casas com riscas coloridas, e aqui sim, foi preciso esperar uma “aberta” na chuva copiosa para ver e fotografar as casas.
E então fomos até o “poiso” que escolhemos para pernoitar, o Ibis de Gaia, situado na Afurada, muito catita e a um preço muito interessante.
deu para descansar até irmos até ao cais de Gaia (um saltinho), onde tínhamos encontro marcado com o Ima, do blog “00.15”, ou seja “Meia noite e um quarto”, e com quem jantámos.
A sua simpatia juntou-se à simpatia do Déjan, e o resultado só poderia ter sido um agradabilíssimo jantar, no Restaurante Adão, em que sempre sou recebido muito bem e onde se come lindamente.
 Eles debateram-se com umas “iscas de bacalhau”
acompanhadas com arroz da água do feijão e eu defrontei-me com bravura com umas “tripas à moda do Porto”.
O jantar acabou passava da meia noite e só foi pena a noite estar tão chuvosa que não nos permitiu gozar a paisagem da Ribeira.

Na manhã de segunda, partimos de Gaia com chuva forte, que foi amenizando à medida que íamos rumando a Sul e assim visitámos sem qualquer problema climatérico aquela maravilha que se chama o “Palácio Hotel do Bussaco”, tendo inclusivamente visitado algo do seu interior.

Fomos almoçar numa pensão simpática do Luso e regressámos a Massamá, onde chegámos cansados mas satisfeitos.

Obrigado, Ima, pela tua companhia tão amiga e simpática.