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sábado, 1 de fevereiro de 2014

A minha "outra" blogosfera

Mais uma vez vou pegar no tema da blogosfera.
Não para referir a sua crise ou as razões que lhe estão subjacentes, mas sim, na “minha” blogosfera, ou seja, por outras palavras, os blogs que eu sigo e que para o efeito constam na minha lista do “Feedly”.
E é bom que desde já adiante que não vou hoje falar dos blogs, que ainda são em número considerável, que eu comento, mais ou menos, conforme os temas que reproduzem; não, esses eu já falei muito deles e vou falando nos próprios blogs.
Quero hoje falar naqueles blogs, que eu leio (ou vejo), e que nunca comento, por diversas razões: ou porque não têm comentários (poucos), ou porque os temas são demasiado genéricos, alguns (muitos), apenas pictóricos, outros políticos e de opinião, outros porque referem interesses particulares do mundo gay e alguns ainda verdadeiramente específicos, que pretendem mais mostrar “coisas”, do que discuti-las por intermédio de comentários.
Uma coisa é certa; é muito por causa destes blogs, alguns dos quais têm uma “produção diária” bastante assinalável, que a minha lista do “Feedly” está permanentemente com quase mais tempo de espera do que os utentes que esperam nas urgências ou por uma consulta médica num hospital…
Vou entrar agora numa imensa listagem, pedindo desculpa de não deixar os respectivos links, mas suponho que quem esteja eventualmente interessado nalgum destes blogs, a simples referência do seu nome no “Google” será suficiente para aceder ao seu conteúdo.
Começo por referir alguns blogs, que essencialmente debatem temas de cariz político, social ou cultural, e sem ordenamento de qualquer espécie: -O País do Burro, Paulo Jorge Vieira, Aspirina B, Jugular, O Jumento, Pegada, Da Literatura, Do Indizível, Literatura/Literatura/Literatura, Miguel Vieira de Almeida, e com muita pena minha não vou referir o Arrastão, que “fechou portas” esta semana.
Depois alguns blogs mais específicos: O Melhor Blog do Universo, Au Suivant, Félix Pagaímo Photography, HenriCartoon, Moments Memoires, No Limite do Oceano, O Anão Gigante, O Falcão Maltez, Pequeno Inventário de Impropriedade, Sound+Vision, Topp.Net, Traços Gerais, Viajar Pelo Mundo.
Uma terceira categoria, mais vasta tem a ver com os blogs que falam de temas gays, mas não são pictóricos: Dezanove, Distratio Infinitum*, Elisa- My Reviews And Remblings, Gays in Movies, Her Name Is Linda-Not Shelly!,Homodesiribus*,Lago di Lot, Luz Natural, Así Somos!, Box of Recollections, Cidade Queimada, Cortos Gay, Filmes Tema G, Homoqueer, Just Mad About The Movies, Male Athletes, Os Meus Ficheiros Homo, Queer Blog, The Gay Men Project.
Os dois blogs assinalados com * são blogs de onde tiro muitas referências a nível de Arte, principalmente, para a minha conta pessoal do Pinterest.
E finalmente os (muitos) blogs com imagens de homens, a maioria de tipos que me agradam, e alguns com excelentes fotos, e que me fazem não apreciar de forma alguma a inclusão das tais fotos de “gajos podres de bons” em blogs genéricos e que seriam bem mais interessantes se os não tivessem, pois os seus autores têm mais do que capacidade para postarem de outros assuntos. Se eu quero ver homens interessantes (e nunca disse o contrário), vou aos blogs que aqui enuncio e não a esses de que falo em cima: Beatiful, Bittersweet Dreams, Enlightened Male 2000, Fotofan, Guys That Get Me Hard, Hoscos, Lisbulge, Paper Boy, Pole Smoker, Anto’s Gay Blog, Beard Lover, Beatiful Hairy Men, Bill in Exile, C’est la Vie, Creative Mind Flow, Cute Ears Make For Cute Gays, Des Photos de Gay Bears, Hairy Beatiful Hunx, Unnu, Male Pleasure, Mazaru’s Favorite Pics., Maxxoman, MichMiche, My Taste in Men, Ruggerly Handsome, Small Cock Rocks, The Cream Center.

domingo, 12 de janeiro de 2014

"Wake in fright"

Hoje trago até aqui um filme que vi há dois dias atrás e que pretende comemorar o 40º. Aniversário da sua apresentação, já que a mesma ocorreu em 1971. Trata-se de um filme chamado “Wake in Fright”, realizado por Ted Kotcheff, um canadiano que dirigiu com competência variadíssimos filmes em Hollywood.
O filme foi apresentado nesse ano no festival de Cannes, onde foi candidato à Palma de Ouro e tem como principal intérprete um desconhecido actor (pelo menos entre nós), de nome Gary Bond
e que andou “perdido” entre séries televisivas, tendo aparecido no entanto em filmes como “Zulu” e “Rainha por mil dias”. É um excelente actor que nos faz recordar o recém desaparecido Peter 0’Toole dos seus melhores tempos.
Entre outros actores aparece o magnífico Donald Pleasance, com a sua perturbante fisionomia e que eu vi em tantos e tantos filmes, desde o fabuloso “Cul de Sac” (O Beco) , um dos primeiros filmes de Polanski.
Penso que o filme não terá sido exibido comercialmente em Portugal ,e no Brasil teve o nome apropriado de “Pelos caminhos do inferno” e socorro-me de uma critica então publicada por um blogger (Ronaldo Perrone) para dar uma ideia do enredo do filme.

"Só de olhar pra essa arte aí em cima eu já começo a sentir um calor desgraçado, uma das tantas sensações que este filme provoca. Na verdade, Wake in Fright  foi uma das experiências mais intensas que eu tive este ano em termos de cinema. E olha que já tinha visto antes! Mas é um caso curioso, porque até há algum tempo este filme australiano rolava por aí numa versão de péssima qualidade, acho que tirada de um VHS ou ripada da TV, mas que não fazia juz à grandeza desta obra prima de força descomunal, algo que eu só pude realmente sentir quando conferi a versão restaurada lançada em 2009.
Este pesadelo filmado é uma coisa desesperadora, tem direção de Ted Kotcheff, responsável pelo primeiro "Rambo", e é estrelado por Gary Bond como John Grant, professor de uma escola no meio do outback, o deserto australiano, e que consegue suas almejadas férias na qual pretende ir a Sidney, curtir uma praia e reencontrar sua garota… só que a viagem é uma merda. Primeiro pega um trem até uma cidade chamada Bundanyabba, onde precisa esperar uma noite inteira para pegar um avião no outro dia até o seu destino final. No entardecer, o nosso amigão resolve sair para tomar uma bebidinha… e é o suficiente para uma descida ao inferno tão angustiante que não desaponta o título dado ao filme aqui no Brasil! 
Primeiro, o sujeito vai à um bar gigantesco, abarrotado de pessoas entornando cerveja e logo de cara percebe-se que John se sente totalmente deslocado. Não é apenas o público que acha aquelas pessoas e o sotaque estranho (assisti ao filme sem legenda e o inglês australiano é bem complicado de seguir), mas o próprio protagonista se sente um estrangeiro em Bundanyabba, com seus rituais insólitos e uma bebedeira frenética sem fim. Ele conversa com algumas pessoas, com o xerife, e todo mundo bebe canecas de cervejas em uma virada e lhe pagam cerveja atrás de cerveja, fazendo-o beber da mesma forma que eles e putz, nunca vi na minha vida tanta cerveja sendo bebida desse jeito… em dez minutos eu já estava tonto de ver tanta cerveja entornada goelas a baixo. Ao fim da sessão eu precisava de um banho e dormir, sabendo que ia acordar com uma puta ressaca! 
E os habitantes pancados adoram Bundanyabba, acham o lugar um paraíso… Paraíso ou inferno, o negócio é que John fica literalmente preso no local - como os personagens de "O Anjo Exterminador", de Buñuel, só que de maneira mais realista - à partir da primeira bebedeira... Perde todo o dinheiro em um jogo de moedas, bebe, conhece pessoas cada vez mais estranhas, mas que ficam lhe dando cerveja a todo instante – e quando recusa, se sentem ofendidos, como se tivesse jogado merda na bandeira australiana – então ele bebe mais ainda, os dias vão passando e ele tentando arranjar dinheiro pra sair dali, joga, se envolve com a filha de um sujeito que lhe ajuda, bebe, sai pra caçar cangurus, bebe de novo, luta com os amigos bêbados, sempre com a mesma roupa, cada vez mais sujo, suado e tudo indica que tenha perdido a virgindade da “parte traseira” com o personagem do Donald Pleasence! Aí que o cara surta de vez…Mas as cenas mais impressionantes são as da caça aos cangurus, hiperrealistas e cruas. Na verdade, a sequência é uma autêntica prova de tolerância para o espectador, com os animais sendo abatidos cruelmente na tela, sem cortes, sem poupar o público de qualquer imagem mais impressionante. No final do filme há uma nota da produção informando que todas as cenas foram filmadas na época de caça, de forma legalizada, por profissionais. Mas isso pouco importa, a maneira como tudo é mostrado e editado deixa uma sensação extremamente depressiva. 
Como disse, é um pesadelo filmado, Wake in Fright é uma obra prima que deveria ter a mesma importância que "Walkabout", de Nicholas Roeg, para o cinema australiano, que começava a ganhar uma forma. E nada melhor que subverter. A coisa aqui é barra pesada, mas maravilhosamente bem filmada. O filme mexeu com meus nervos com muito mais eficiência que maioria dos filmes de terror que existem por aí… Rola uma história de que por muito tempo o negativo original havia se perdido e encontrado lá pelo ano de 2004, por isso sua restauração é tão recente. Mas sua redescoberta é obrigatória! a versão vagabunda, que eu assisti há alguns anos encontra-se disponível até no youtube. Recomendo, no entanto, a versão restaurada para uma experiência quase única, que tanto pode tangir o sublime quanto o perturbador."

 Quero deixar aqui uma ou duas opiniões próprias sobre este filme: possivelmente nunca se fez um filme que mostrasse a “outra face” da Austrália, do país profundo e não das modernas cidades como Sidney e outras. É um país muito marcado pelo “homem” e em que a mulher é relativamente pouco importante e de certa forma podemos ver neste filme uma envolvência quase homo erótica, embora isso não seja evidente, nas cenas dos bares onde os homens se divertem em jogos  e bebedeiras, fazendo por vezes lembrar bares gays (sem o serem em absoluto) e também num eventual encontro físico entre as personagens interpretadas por D.Pleasance e Gary Bond.
Finalmente, a cena da caça aos cangurus é talvez uma das mais violentas cenas que eu já vi no cinema.
Deixo aqui o link para se poder ver integralmente este filme num vídeo do You Tube. 
Vejam e apreciem, mas fica o aviso de que é um filme muito forte, mesmo.



domingo, 15 de dezembro de 2013

Karl Hofer


O Whynotnow vai voltar, mas com significativas modificações, não só do conteúdo, como também da perspectiva com que eu, de agora em diante, vou olhar a blogosfera.

E começo por aqui: sigo muitos blogs, demasiados blogs e custa-me deixar de os seguir; assim, e porque os acho  todos com motivos de interesse, vou continuar a segui-los, com previsíveis atrasos, e sem qualquer compromisso de comentário. Apenas comentarei aqui e ali, algum post que me “peça” um comentário.
Alguns são muito pessoais, quase um diário, outros são uma miscelânea de pequenas coisas, outros ainda apenas pictóricos ou musicais ou de conteúdo adulto, mas todos com algum interesse. Embora sem uma motivação extra que me faça dizer qualquer coisa.

Quanto a este blog e dado o cada vez maior interesse que mostro pelo Pinterest, onde tenho um perfil com 351 pastas das mais diversas situações e que comportam 71.000 fotos, perfil esse que é seguido por mais de 5.000 pessoas de todo o mundo, vou “abri-lo” aqui no blog a quem tiver interesse em seguir-me.

Não digo, que uma vez por outra, por um motivo qualquer, não faça uma postagem “clássica”, das habituais que fazia até agora, mas serão uma excepção e não a regra.

Como complemento, e sempre que possível, um complemento musical, que motive por si só, a vontade de visitar o blog.

Para começo escolhi um pintor alemão, não muito conhecido e que acho deveras interessante: Karl Hofer.
Karl Hofer (Karlsruhe, 1878 – Berlim, 1955) foi um pintor expressionista alemão, adstrito a uma corrente a que se chamou “Nova Objectividade”. 
Iniciado num certo classicismo próximo a Hans von Marées (lá irei um dia), estudou em Roma e Paris. Em Paris surpreendeu-o a I Guerra Mundial e foi feito prisioneiro durante três anos, facto que marcou profundamente o desenvolvimento da sua obra, com figuras atormentadas, de gestos vacilantes, em atitude estática, enquadradas em designs claros, de cores frias e pincelada pulcra e impessoal.
As suas figuras são solitárias, de aspecto pensativo, melancólico, denunciando a hipocrisia e a loucura da vida moderna.
É um pintor com uma vasta obra, e variada, pelo que a selecção aqui apresentada, além de muito subjectiva foi também difícil.
Para uma visão mais alargada poderão ir aqui.











































domingo, 1 de dezembro de 2013

Pairando...

Como disse no meu último post, este blog não seria encerrado, mas “cessaria funções”, apenas reabrindo para alguma coisa de uma maior importância.

Há por assim dizer duas semanas que nada aqui ponho, e tenho no entanto lido os blogs que acompanho, (nem todos), pois comecei alfabeticamente de trás para a frente e o constante movimento bloguístico ainda não me permitiu chegar acima do “D”…
Tenho comentado minimamente, quando uma postagem me chama por esse comentário.

E agora, que sucedeu, de tão importante que justifique esta entrada?. 
Nada verdadeiramente importante, apenas meia dúzia de coisas que eu gostaria de referir com maior destaque do que aquele que as redes sociais permitem.
E assim, este vai ser um longo post e variado nos assuntos versados.

Começo por falar de saúde, da minha e não só, pois eu, que sou diabético
desde há uns anos (entre outras patologias, onde avulta uma angina de peito), tive no Verão uma desagradável surpresa com os resultados anormalmente altos da glicémia o que fez com  que, finalmente,tivesse tomado juízo no que respeita à alimentação e à movimentação física; entretanto fui aceite na Associação dos Diabéticos e parece que já começa a haver resultados positivos…

Pior é um problema que muito me afectou, pois um amigo de infância, daqueles com quem almoço aqui em Lisboa, todos os meses, um ano mais velho que eu, foi sujeito a uma cirurgia para eliminar um tumor maligno no cérebro,
 isto depois de há três meses atrás ter tido o mesmo problema na próstata (casos completamente não relacionados). 
Estas coisas tocam-me muito fundo e vou-me abaixo psicologicamente. 
As coisas parecem terem corrido bem, mas ainda não há relatórios da biópsia…

Mas deixemos as coisa mais desagradáveis, pois também há referências a factos muito positivos:
Conheci dois amigos que por acaso não têm relação com a blogo, mas que são muito porreiros e é sempre bom aumentar o grupo de amigos se a Amizade é boa e não interesseira em qualquer aspecto. 

Mas, no que respeita a conhecimentos, o facto mais relevante foi ter conhecido finalmente a minha Amiga virtual de há muitos anos, a “Justine” do blog “Quarteto de Alexandria”.
Claro que não foi surpresa nenhuma o imenso prazer que tive nesse encontro, que teve lugar na Gulbenkian, onde fomos ver uma maravilhosa exposição que merece ser vista por toda a gente, pois é magnífica -  "O Brilho das Cidades - A Rota do Azulejo”, uma viagem pelo mundo do azulejo, no tempo e nos mais diversificados locais.
Após a visita, uma muito interessante conversa fez-me apenas concluir o que já sabia – a Justine é uma pessoa de uma grande sensibilidade, possuidora de uma cultura muito acima da média e com uma vivência e experiência de vida notáveis. Foi o nosso primeiro encontro, mas não o último, estou certo.

Entretanto, eu que por vezes me desleixo com o que de bom acontece em Lisboa, no campo cultural, não só visitei uma excelente exposição (e atenção que outra deveras interessante está agora a começar no Museu Nacional de Arte Antiga),


fui alertado por um amigo da Covilhã sobre um concerto do John Grant em Lisboa, e apenas isso aconteceu na véspera do mesmo, ou seja na passada quinta feira, e o concerto foi ontem, sexta, no S.Jorge, às 23 horas. 
Foi um concerto integrado no Vodafone Mexefest,
 um festival com múltiplos concertos em variados locais lisboetas, circunscritos à zona entre o Marquês de Pombal e o Rossio. 
Paga-se uma importância fixa (40 euros) e com uma pulseira em troca do bilhete tem-se acesso a todos os eventos.
Claro que o meu interesse era o John Grant, mas já que tinha oportunidade assisti também na mesma sala, mas antes, um concerto de Márcia, que não conhecia, e que trouxe dois convidados para dois duetos cada – Samuel Úria e António Zambujo; claro que a duração dos concertos é reduzida e quase nunca ultrapassa uma hora, pelo que se fica a pedir mais e assim, eu que nunca tinha ouvido o Zambujo ao vivo fiquei com vontade de o ouvir durante mais tempo. 
Márcia e Samuel cumpriram…

Quanto a John Grant é um dos meus ídolos desde que ouvi duas músicas dele no excelente filme “Weekend”, aliás os dois maiores êxitos do seu primeiro disco – “I wanna go to Marz” e “Queen of Denmark”. 
Foi com este último tema que ele fechou um concerto memorável, talvez o melhor concerto a que já assisti.
Além destes dois temas sobressaem outros dois, de que muito gosto: “Where dreams go to die” e “Greatest mother fucker”, de que aqui deixo o vídeoclip.
A sala rebentava pelas costuras e pelo entusiasmo do público, contagiando os próprios músicos, acredito que Grant regresse a Lisboa em breve para um concerto mais alargado.

Mas, e porque tinha direito a isso, esta noite mesmo, fui ver outro concerto, completamente diferente e no qual depositava muitas esperanças, nada defraudadas, antes pelo contrário – superou em muito as minhas expectativas. 
Num ambiente interessante, a Sociedade de Geografia, a fadista de que toda a gente fala e da qual eu só conhecia a poderosa voz: Gisela João!

E que concerto…ela é fogo, ou melhor é um vulcão! 
Canta com a voz, sim, mas também canta com o corpo, o corpo que ela movimenta constantemente em gestos pouco ou nada convencionais numa fadista; talvez os puristas do fado não gostem muito da forma como ela se apresenta, já que quanto à voz, ela é intocável, mas para mim a revelação mais que positiva está mesmo nessa postura dela em que se entrega de corpo e alma aos temas que interpreta. 
Mostrar aqui um vídeo apenas com o som da sua voz era talvez bastante, mas Gisela merece mais, pelo que escolhi um vídeo ao vivo, realizado na FNAC

e onde ela interpreta alguns dos fados mais marcantes do seu repertório e do qual destaco um que por razões evidentes me fez vir as lágrimas aos olhos e me fez imediatamente após o final falar com o Déjan e dizer-lhe que da próxima vez que ele vier a Portugal, iremos assistir, onde quer que seja a um concerto de Gisela João. 
Fiquei rendido.

Como não me emocionar com a sua interpretação intensa de um fado com esta letra?


Nem um poema, nem um verso, nem um canto

Tudo raso de ausência, tudo liso de espanto
Amiga, noiva, mãe, irmã, amante
Meu amigo está longe
E a distância é tão grande

Nem um som, nem um grito, nem um ai
Tudo calado, todos sem mãe nem pai
Amiga, noiva, mãe, irmã, amante
Meu amigo está longe
E a tristeza é tão grande

Ai esta mágoa, ai este pranto, ai esta dor
Dor do amor sozinho, o amor maior
Amiga, noiva, mãe, irmã, amante
Meu amigo está longe
E a saudade é tão grande.

Para finalizar, uma referência ao próximo acontecimento a que vou estar presente com uma imensa satisfação; é no próximo sábado, dia 7, pelas 22 horas, no Bar “O Século” , o lançamento do livro “O Corredor de Fundo”, traduzido pelo João Máximo e editado pela INDEX ebooks, do João e do Luís Chainho, de um dos mais importantes livros da literatura LGBT de sempre, “The Front Runner” de Patricia Nell Warren.


domingo, 17 de novembro de 2013

Até sempre...

Tenho pensado muito nesta questão da blogosfera, como ela está hoje, o que ela foi há pouco tempo atrás, mas principalmente o que ela foi e é hoje, para mim.
Estou em pleno gozo de uma pausa, que confesso pensaria mais curta e na qual me estou a sentir muito bem. E pondero, com uma cada vez mais forte razão, prolongá-la ou mesmo torna-la definitiva.
A blogosfera foi para mim algo de muito importante, e peço desculpa de generalizar, o que é sempre perigoso, mas esta blogosfera de agora não me satisfaz.
Perdeu-se aquele entusiasmo que havia de partilhar, comentar, expor ideias e entusiasmos.
Hoje, na grande maioria dos casos os blogs são um repositório de casos banais, muitas vezes repetidos à exaustão com coisas de interesse muito relativo.
Claro que há excepções, e quero realçar um blog, talvez o único dos tempos passados que mantém inalterados ao longo de todos estes anos a mesma teia e se mantém igual a si próprio – o “Innersmile” do Miguel! Honra lhe seja feita.
Não esqueço um outro blog (e estou a ir por um caminho que não quereria, que é pessoalizar demais esta postagem) que devo referir, por ser do mesmo tipo de o do Miguel e trata-se de um blog que não pertence ao “grupo” que se tem formado na blogosfera e que é uma das razões que adiante irei desenvolver; trata-se do blog da Justine,“O Quarteto de Alexandria”.
Esse “grupo” de que falo e no qual me integro, mas do qual me escapo para outros blogs com interesse, fecha-se em torno de si próprio, comenta-se a si próprio e não vai mais além, muito raramente…
Por vezes aparece alguém com um blog novo que se integra, é “aceite” e nada mais.
E muitos blogs vivem disso, dessa “vivência conjunta”, muitas vezes repetida e pouco ousam além disso.
Há nesse grupo, por uma razão ou outra, blogs que deveriam expandir-se porque são blogs de muito valor e necessitariam de uma maior amplitude de divulgação, como o da Margarida, do Mark e até muito recentemente uma reformulação do blog do Ribatejano.
Há outros blogs que têm interesses específicos e que sempre têm um interesse próprio em qualquer pessoa que os conheça.
Como é sabido, leio muitos blogs (demasiados) embora alguns, a maior parte, a título meramente informativo ou porque os acho interessantes no seu conteúdo quer político-social, quer pictórico ou qualquer outro e dos quais retiro por vezes coisas interessantes quer para o meu Pinterest, um dos meus hobbies preferidos, quer pequenas anotações que não resisto a partilhar nas redes sociais, mas que não justificam uma postagem no blog.
Também este menor interesse actual pela blogosfera não é reflexo de falta de motivos para manter o blog activo, longe disso; mas sim uma inércia que está a tornar-se cada vez mais permanente.
Não me vejo a andar afogueado a ler os posts que sigo, para os comentar muitas vezes com lugares comuns, só porque assim “deve ser”.
Na minha lista (interminável) de postagens a ler, no “Feedly”, começando alfabeticamente do “z” para o “a”, ainda não passei do “d”, pois há sempre mais e mais posts a ver.
Curiosamente, tenho aqui e ali comentado um ou outro post e quando o faço é com enorme satisfação e nunca por obrigação, e é assim que devia ser.
Recordo-me quando há um par de anos, talvez um pouco mais, o espírito de partilha na blogo era enorme e se chegava aos 100 comentários com facilidade, mas sem a tal obrigação; claro que o número de blogs era inferior em quantidade, mas infinitamente superior em qualidade – foram ficando pelo caminho…
Portanto, este não será um post de encerramento do “Whynotnow”, mas apenas uma satisfação a quantos me seguem de que só aqui virei de tempos a tempos, como só vos visitarei nas mesmas circunstâncias. Continuarei a ler-vos, sempre que me seja possível.
Daí, o abandono do “até já ou “até logo” para um mais ambíguo "até sempre".

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

E vão sete...

Não, não se assustem…ainda não é o regresso!
É apenas uma lembrança de uma data – 6 de Novembro de 2006 – quando aqui deixei neste mesmo blog, mas na parte tristemente e estupidamente apagada, um primeiro post, que tinha esta minha imagem.
Hoje, sete anos depois, não posso deixar passar em claro este dia, até porque durante estes sete anos, toda a muita gente que por aqui foi passando, me deu motivos de muita satisfação e alegria; obrigado a todos vocês que me fizeram acreditar na partilha e principalmente na Amizade.
Graças a este blog, tenho hoje muitos amigos, mas acima de tudo uma meia dúzia de grandes Amigos.
Até sempre e continuo a dizer: até breve.

sábado, 26 de outubro de 2013

Até já, até logo, até depois...

O prometido é devido.
Comecei por folgar nos comentários, não deixando no entanto de lado algumas excepções, aqui e ali.
E agora a folga alarga-se às postagens.
Vou parar. Até quando? A resposta está no título...
Mas vou continuar por aí, lendo-vos, seguindo-vos, sabendo dos vossos anseios, das vossas curiosidades, dos vossos amores, das vossas vidas e dos vossos gostos.
E vou continuar, sem aquela obrigação de o fazer, a "cometer" excepções e deixando um comentário que a sensibilidade não me deixe calar.
A blogosfera é algo que é impossível eu largar definitivamente; ao longo destes anos, "apadrinhei" vários blogs e empurrei várias pessoas para entrarem neste mundo.
Aqui fiz muitos e alguns grandes amigos.
Para esses, não há folgas...
Deixo-vos com um vídeo muito belo, deixo-vos com a Bethânia, com o Pessoa e com o Menino, em quem continuo a acreditar, apesar de ter deixado de acreditar naqueles que se servem d'Ele e não o servem.
Fiquem bem...

domingo, 20 de outubro de 2013

Um jantarinho de amigos

Com o intuito duplo de “fazer a apresentação” do livro do Miguel “Elvis sobre a baía de Guanabara e outras histórias”
e proporcionar um convívio entre o Déjan e alguns dos meus amigos, tivemos ontem um agradável jantar no habitual “Restaurante Guilho”, na Amadora.
Éramos 13 mas ninguém se manifestou supersticioso e tudo correu muito bem.
Estiveram presentes, alem de mim e do Déjan, o Duarte, a Margarida, o Mark, o Ribatejano, o Paulo e o Zé, o Miguel, e o João Máximo e o Luís.
De realçar também a presença pela primeira vez nos nossos convívios do João Eduardo , do blog “Banda Larga” e do João Jorge, um amigo do Ribatejano; ambos se integraram muito bem no ambiente e decerto voltarão ao nosso convívio.
Como um dos assuntos mais falados foi “livros”, trocaram-se “encomendas” entre mim, o Miguel e a Margarida, pelo que a minha colecção de livros para ler aumentou muito consideravelmente.
O Déjan esteve bem e penso ter conquistado a simpatia das pessoas que ainda o não conheciam (a maioria).
O Mark fez-nos rir a todos com as suas aventuras no metropolitano (e mais não digo, hehehe…).
Obrigado a todos pela vossa presença.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Um salto lá cima...

Desde que o Déjan cá tem vindo, tenho procurado mostrar-lhe o que de mais belo há em Portugal e neste momento ele conhece quase todo o território continental português; falta apenas a zona interior a norte da Covilhã, ou seja a Beira Alta e Trás-os-Montes.
Nesta viagem, não sendo possível uma deslocação a essa região e porque um grande amigo, aqui dos blogs me desafiou para ir “lá cima” jantar com ele, decidi fazer uma curta viagem e mostrar ao Déjan as poucas coisas que ele ainda não conhecia na região perto da costa e uma preciosidade, mais para o interior.
Assim, domingo de manhã, lá fomos até Aveiro, cidade muito bonita, com a sua famosa Ria que lhe confere o nome de Veneza portuguesa; há muito lá não ia e surpreendeu-me o movimento turístico no centro.
É uma cidade que merece uma visita sem dúvida, e não foram uns pingos de chuva que lhe tiraram o encanto. Aí almoçámos um belo leitão à moda da bairrada…
Depois demos um salto à Costa Nova, apreciar as suas características casas com riscas coloridas, e aqui sim, foi preciso esperar uma “aberta” na chuva copiosa para ver e fotografar as casas.
E então fomos até o “poiso” que escolhemos para pernoitar, o Ibis de Gaia, situado na Afurada, muito catita e a um preço muito interessante.
deu para descansar até irmos até ao cais de Gaia (um saltinho), onde tínhamos encontro marcado com o Ima, do blog “00.15”, ou seja “Meia noite e um quarto”, e com quem jantámos.
A sua simpatia juntou-se à simpatia do Déjan, e o resultado só poderia ter sido um agradabilíssimo jantar, no Restaurante Adão, em que sempre sou recebido muito bem e onde se come lindamente.
 Eles debateram-se com umas “iscas de bacalhau”
acompanhadas com arroz da água do feijão e eu defrontei-me com bravura com umas “tripas à moda do Porto”.
O jantar acabou passava da meia noite e só foi pena a noite estar tão chuvosa que não nos permitiu gozar a paisagem da Ribeira.

Na manhã de segunda, partimos de Gaia com chuva forte, que foi amenizando à medida que íamos rumando a Sul e assim visitámos sem qualquer problema climatérico aquela maravilha que se chama o “Palácio Hotel do Bussaco”, tendo inclusivamente visitado algo do seu interior.

Fomos almoçar numa pensão simpática do Luso e regressámos a Massamá, onde chegámos cansados mas satisfeitos.

Obrigado, Ima, pela tua companhia tão amiga e simpática.

sábado, 12 de outubro de 2013

E agora?

Sim, é verdade, tenho tido menos tempo e há uma excelente razão para tal, a presença do Déjan aqui; mas, não é apenas a falta de tempo, para não estar a comentar os blogs que acompanho e há já dias em que não os visito...
Há também alguma saturação, devo confessá-lo, desta minha blogo-dependência que ocupa grande parte do meu tempo.
Sigo demasiados blogs, sei isso perfeitamente e por vezes, aqueles que costumo comentar, admito que o faço de uma forma quase automática, porque não digo senão banalidades, eu que defendo que os comentários são num blog a chave da partilha.
Daí, e para já suspendo os comentários que costumo fazer, aliás como presumo muita gente tem feito, pois há diversas pessoas que comentavam o meu blog com assiduidade e agora nem aparecem...
Mas, e embora não me faltem motivos mais que suficientes para postagens eventualmente interessantes, vou também, não de imediato, mas muito em breve, suspender o meu blog.
Digo suspender e não encerrar, pois toda a gente sabe que será impossível estar muito tempo longe da blogo, apesar de ela ser muito diferente, e muito menos interessante do que era há 2 ou 3 anos.
Por ora, até porque está um jantar programado para o próximo sábado, vou continuar por aqui por mais uns dias, e depois...relaxo, e meto "férias".
Por vezes, é mesmo necessário, para que o encerramento não seja definitivo.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Vamos jantar juntos e conhecer um livro?

No próximo dia 19 deste mês, um sábado, vai realizar-se um novo jantar no mesmo restaurante – “O Guilho”, na Amadora. 
Não sera um novo jantar de blogs (esse terá lugar em Maio próximo), e terá características diferentes.
A razão deste jantar é dupla: pretende ser ao mesmo tempo o lançamento informal do livro do Miguel Botelho – “Elvis sobre a baía de Guanabara e outras histórias”, da editora “Index ebooks”, com a presença do autor e dos editores, como é óbvio; e por outro lado, estando cá o Déjan, é uma forma de ele confraternizar com pessoas amigas.
Assim sendo, desde já convido todos os amigos, bloguistas ou não, a juntarem-se a nós e disfrutar de um agradável convívio.
Não vou estar naquele stress dos outros jantares sobre o número de participantes, até porque não haverá um menu específico (cada um comerá o que quiser, constante do cardápio da casa, que tem preços simpáticos). 
Claro que terei de dar um número aproximado de pessoas ao restaurante, para preparar a mesa, já que será um jantar sentado, devido a não esperar um número tão grande de pessoas como nos jantares dos blogs.
Podem fazer os vossos planos pessoais para que, querendo, possam estar presentes, e comunicar-me a vossa decisão atempadamente; será sempre um prazer a vossa companhia.