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sábado, 7 de março de 2015

Julian Schnabel


A família de Julian Schnabel estabelece-se em Brownsville, no Texas, em 1965.
O adolescente que canta numa banda rock e grava um primeiro álbum, estuda na Houston University, Texas, entre 1969 e 1973, obtendo o seu BFA (Bachelor of Fine Arts) em 1973.
No final dos estudos, muda-se para Nova Iorque e frequenta o programa de estudos independentes do Whitney Museum of American Art em 1973-1974.
Decide então ser pintor, fixando-se na cidade de origem (trabalhando ao mesmo tempo como taxista e cozinheiro até 1976).
As suas obras são mostradas pela primeira vez em 1975, durante uma exposição no Contemporary Arts Museum de Houston.
Nessa altura viaja várias vezes até à Europa.
Em Barcelona, interessa-se muito pela utilização das cerâmicas partidas de Antoni Gaudí, no parque Güell.
Em reação à arte minimalista e conceptual da década de 1970, e criando obras consistentes, defende um regresso à pintura com temas figurativos e narrativos.
Esta pintura irá passar a ser conhecida por «Bad Painting» (má pintura), expressão que surgiu em 1978.
Corresponde a uma crítica ao bom gosto, que considera demasiado puritano, da geração anterior, e a uma vontade de reabilitação de uma subcultura.
Os grandes formatos transmitem uma sensação de vitalidade.
A distorção das formas e a violência das cores são à imagem do mundo.
Com Julian Schnabel, os outros seguidores da Bad Painting – David Salle, Robert Longo  e Malcolm Morley – os «grafitistas» – Keith Haring e Jean-Michel Basquiat – irão desencadear a indignação de uma crítica bem pensante.
A primeira exposição individual de Julian Schnabel em Nova Iorque acontece em 1979, na Mary Boone Gallery, tornando-o uma figura importante desse neoexpressionismo nova-iorquino.
A participação, em 1980, na Bienal de Veneza dá-lhe uma notoriedade internacional e a presença na exposição da Royal Academy of Arts, em Londres, no ano seguinte – A New Spirit in Painting – relaciona-o à transvanguarda italiana, ao neofauvismo alemão e à figuração livre em França.
O artista impõe-se, apoiado numa forte personalidade.
A partir de 1982, participa em várias exposições pelo mundo fora.
Recuperando a ideia de lixo, de deterioração, mas sem a estratégia glacial e decorativa da Pop Art, no início da década de 1980 dedica-se a colar, em painéis de madeira, cacos de pratos que cobre parcialmente com cores vivas.
Os formatos são frequentemente monumentais, cobrindo paredes inteiras.
O expressionismo é violento, no conteúdo e na forma.
Provoca voluntariamente o choque do espectador, não só pela técnica, mas também por temas como um Cristo na cruz ou um São Francisco em êxtase.
Regressa mais tarde a um expressionismo mais tradicional, quase minimalista, sempre sob o tema da religião (Holy Night [Noite Santa], The Incantation [A Evocação], ambas de 1984, Veronica’s Veil [O Véu de Verónica], 1983, e as séries Recognitions  [Reconhecimentos] e Stations of the Cross [Via Sacra], de 1987), trabalhando sobre veludo, tela alcatroada ou couro.
Aos trinta e seis anos, Schnabel publica uma autobiografia CVJ: Nicknames of Maitre D’S and Other Excerpts from Life (1987, Random House).
Regressa à música com um álbum, Every Silver Lining Has a Cloud (1995, Polygram Records).
Em 2002, é diretor artístico do álbum By the Way da banda The Red Hot Chili Peppers.
Instalado no mundo artístico, Julian Schnabel vira-se para o cinema.
O início desta carreira está diretamente ligado ao seu próprio percurso artístico: em 1996, escreve e realiza Basquiat – uma homenagem ao amigo e pintor Jean-Michel Basquiat, que conheceu em 1981, falecido prematuramente em 1988.
O filme seguinte, de 2001, Before Night Falls [Antes que anoiteça] – no qual é argumentista, realizador e produtor – é dedicado à vida do escritor cubano Reinaldo Arenas que, após desilusões, exílio e detenção, acaba por se suicidar em 1990.
Em 2007 adapta ao cinema o romance autobiográfico do jornalista francês Jean Dominique Bauby, Le Scaphandre et le papillon [O escafandro e a borboleta], filme premiado no Festival de Cannes e nos Golden Globes.
Nos seus filmes, Julian Schnabel perpetua a memória daqueles que foram derrotados por dramas pessoais.
Confirma o interesse por este tema quando realiza, em 2007, Berlin, um documentário que mostra o outro lado da tournée do lendário músico rock Lou Reed, baseado no seu álbum Berlin, de 1973.
Esta grande figura da arte contemporânea, hoje em dia representada nos mais importantes museus do mundo, nunca interrompeu o seu trabalho de pintor.
Privilegiando a relação com o espaço de exposição, escolhendo o tema em consequência, adapta a sua obra a cada exposição, como recentemente, em 2007, em Itália, no Palazzo Venezia de Roma e na Rotonda della Besana de Milão, no Schloss Derneburg de Holle, Alemanha, e na Tabacalera Donostia de San Sebastian, Espanha.
Depois do World Art Museum de Pequim, China, expõe na Gagosian Gallery de Beverly Hills, nos Estados Unidos, onde mostra um trabalho sobre o último dia de Cristo com radiografias encontradas em Berck (França), durante a rodagem do filme Le Scaphandre et le papillon.





















domingo, 8 de fevereiro de 2015

Dan Witz


Dan Witz nasceu em 1957 em Brooklyn (NY), embora tivesse crescido em Chicago.
Formou-se na Cooper Union, em Nova York e é desde o final da década de 70, um dos pioneiros da “urban art”.






Mas é também um pintor realista, inspirando-se muitas vezes na cena “punk” para criar as suas obras deste tipo.












Os interiores e as luzes são outro campo em que desenvolveu a sua arte. 












E é ainda é um excelente retratista. 






Fora do campo da pintura, escreveu alguns livros, entre eles “"Os Pássaros de Manhattan", (1983), “In Plain View”, (2010) e “Colibris”, (2011). 
Colaborou ainda em vários filmes.
As pinturas de Dan Witz foram mostrados em galerias de todo os EUA e Europa.
Vive actualmente em Nova York e é considerado como um dos maiores artistas da sua geração; é um rebelde confesso e um dos principais objectivos do seu trabalho é chocar, não só pelo realismo técico que faz acreditar que as suas pinturas são fotografias, mas também pelas reacções emocionais que as mesmas provocam.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Josef Albers


Josef Albers (Bottrop, 1888 — New Haven, 1976), nasceu na Alemanha e foi professor de escola primária de 1908 até 1913.
Mudando a sua orientação, estudou na Königliche Kunstschule em Berlim de 1913 a 1915, tendo sido aprovado como professor de arte.
Albers estudou então Belas Artes em Essen e München – até que entrou na Escola Bauhaus*, em Weimar, no ano de 1920.
Na Bauhaus, Albers concentrou-se inicialmente na pintura sobre vidro.
Em 1923, quando Johannes Itten foi convidado a sair, Albers passou a leccionar oVorkurs, o Curso Preliminar de iniciação na Bauhaus .
Quando a Escola Estatal se mudou para Dessau em 1925, foi contratado como professor.
Além de trabalhar com vidro e metal, desenhava móveis e tipografia.
Em 1925, Josef Albers assume a responsabilidade pelo curso preliminar.
Os exercícios que concebe mostram uma mudança em relação a Moholy-Nagy e a Gropius: apesar de serem uma reinterpretação de exercícios de anos anteriores, de Johannes Itten e Moholy-Nagy, introduzem o tema do “estudo das forças internas e das possibilidades práticas dos materiais”.
Como afirma Albers, é uma transição da colagem para a montagem.
O «lúdico» de Itten passa a ser uma «investigação tecnológica».
Quando Moholy-Nagy saiu da Bauhaus em 1928, Albers dirigiu o Vorkurs completo, continuando a treinar os estudantes a usar diferentes materiais.

*A Staatliches-Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitectura de vanguarda na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado “Modernismo”, no design e na arquitectura, sendo a primeira escola de design do mundo.