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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Louco

Eu não queria, (estou a ser sincero), tocar no tema mais falado, (pelos piores motivos), no nosso país, nos últimos tempos – a situação político-económica em que nos encontramos. Falar nisto é além do mais, sujar as mãos, pois quando se fala em determinadas pessoas e em determinadas decisões, decerto ficamos completamente submersos em porcaria.
Mas há limites para tudo, e parece-me que há alguém que atingiu o limite da decência e da racionalidade, tendo nos últimos dias mostrado, que mais do que um político obcecado ou cego, é realmente um ser perigoso, é um louco! E um louco perigoso!
Estou-me a referir a essa figura bizarra, misto de Mr.Bean e de experiência falhada de um Frankenstein de terceira ordem, que se chama Vítor Gaspar.
Já não falo num Passos Coelho, que me parece um títere nas mãos de um deslumbrado com a ambição – Miguel Relvas; nem de um homem que mostra à evidência as limitações que possui para exercer o cargo mais alto da nação – Cavaco Silva. Passo por cima dos detentores de grandes fortunas, desde banqueiros, gestores ou donos de grandes cadeias de híper mercados e ignoro mesmo os subservientes – que os há sempre - e que continuam com os antolhos que usam os muares. Gaspar, que se julga a ele próprio um iluminado, crê em absoluto no experimentalismo político, tipo “terra queimada”, mas de índole direitista e conduz o nosso país para um abismo certo e a curto prazo. Falam as eminências pardas que nos (des)governam que não há alternativas e a única que haverá será a bancarrota. Pergunto eu, se algum dos muitíssimos portugueses que já estão na bancarrota e os muito que para lá caminham, se importarão com essa eventual bancarrota? Eles já lá estão… E, há sempre alternativas, pois o exemplo de uma Islândia, mesmo de uma Irlanda falam por si, e mesmo com situações radicais haverá alternativas. E não esqueçamos que a UE, nomeadamente a zona euro, dificilmente deixará cair um dos seus membros, pois isso seria o começo de uma desagregação que até a Alemanha não deseja – e a Grécia é disso exemplo. Agora que com as últimas medidas, a classe média, nomeadamente a classe média alta, vê começarem a desaparecer as muitas regalias que sempre teve, talvez a contestação vá para patamares que a classe mais baixa e que mais tem sido prejudicada ainda não conseguiu. É imperioso fazer alguma coisa, e curiosamente está nas mãos de um homem a possibilidade de o fazer e já: basta que Portas seja coerente com tudo o que sempre defendeu e diga não a uma paz podre dentro do Governo. E até nem isso seria necessário se tivéssemos na presidência da República, um homem à altura, em vez de um individuo que se tem mostrado mais preocupado em proteger os corruptos amigos das suas relações.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os mitos do cinema - Marilyn Monroe

Se alguém pode ser apelidado de mito, Marilyn Monroe é um exemplo disso. Uma mulher maravilhosamente bela, com um corpo excepcional, ela viveu apenas 36 anos, mas viveu-os intensamente, nem sempre com a felicidade que merecia.
Norma Jeanne Mortenson, o seu verdadeiro nome, nasceu em 1926, e teve uma infância difícil, sem conhecer o seu pai biológico, e aos 16 anos para fugir a uma vida errante e difícil (orfanatos e casas de parentes, pois a mãe e o padrasto não a podiam sustentar), casou com o seu namorado, de apenas 21 anos, Jimmy Dougherty.
Quando o marido foi para guerra, Marilyn, começou a sua carreira de modelo, e uma das suas fotos, que apareceu naqueles célebres calendários, fez furor e levou-a a mais altos voos.
 Divorciou-se do marido que não aceitava a sua carreira de modelo e iniciou-se no cinema, em pequenos papéis, um ano depois, em 1947.
Foi no início dos anos 50, que se começou a distinguir em filmes como "Niagara" ou "Os homens preferem as louras", ambos de 1953, "O Pecado mora ao lado" (1955), onde tem a célebre cena do vestido esvoaçando em cima do ventilador da rua,
 "Paragem de autocarro" (1956) e foi a Londres protagonizar com Lawrence Olivier "O Príncipe e a corista" (1957).
Dois anos depois ganhou o Globo de Ouro pelo seu desempenho na magnífica comédia "Quanto mais quente melhor", e em 1960, fez com Yves Montand "Lets Make Love".
Em 1961 protagonizou o seu último filme "Os inadaptados", filme amaldiçoado, já que os seus principais intérpretes faleceram todos pouco tempo depois (além de Marilyn, Clarck Gable e Montgomery Clift).
Trabalhava num filme que ficou inacabado, quando faleceu: "Something Got to Give", que tinha a cena da piscina com Marilyn nua.
A sua vida afectiva foi muito atribulada, tendo tido casos com alguns dos seus companheiros de filmagens, nomeadamente com Yves Montand.
Mas foi com Joe di Maggio, um jogador de basebol, que casou pela segunda vez, em 1954
casamento que apenas durou 9 meses. Dois anos mais tarde casou com o dramaturgo Arthur Miller, e esse seu terceiro e último casamento durou até ao início de 1961.
Curiosamente ela escolheu o dia da tomada de posse do presidente Kennedy para anunciar o seu divórcio. Sucede, que desde algum tempo antes de Kennedy se tornar presidente dos EUA, já era amante de Marilyn, e esse relacionamento continuou, e levou a especulações sobre a eventual chantagem feita por Edgar Hoover, chefe do FBI, junto dos irmão Kennedy (Robert era ministro da Justiça, que assim tutelava Hoover); nunca se percebeu bem o papel dos dois irmãos junto de Marilyn pois Robert costumava, segundo se dizia, acompanhar o irmão nas suas aventuras amorosas.
De qualquer forma, a morte de Marilyn ficará para sempre envolvida em mistério e ocorreu a 5 de Agosto de 1962, vai fazer 50 anos daqui a menos de duas semanas, pelo que este post que inaugura a rubrica "Mitos do cinema", só podia começar com Marilyn Monroe, que debaixo do seu sorriso e do seu "glamour" mostrava também a sua tristeza.
Finalmente deixo aqui um vídeo magnífico da sua mais célebre canção, no filme "Os Homens preferem as louras"

sexta-feira, 20 de julho de 2012

José Hermano Saraiva

Faleceu hoje o Professor José Hermano Saraiva, um dos grandes vultos da cultura portuguesa da segunda metade do século passado e que continuou activo ao longo da primeira década deste século.
Do passado fica a sua passagem como ministro da Educação nos tempos da ditadura, tendo sido ele que teve que enfrentar a chamada "crise académica de 1969".
Mas foi como historiador que se distinguiu, com a edição de um dos maiores "best sellers" de todos os tempos em Portugal: "História Concisa de Portugal" (1978) e posteriormente com a sua "História de Portugal", em 3 volumes (1981).
Apesar dessa sua faceta de historiador lhe ter aberto o caminho da popularidade, foram as suas várias colaborações televisivas que o catapultaram para a enorme popularidade que desfrutou no meio do nosso povo.
Senhor de uma vasta cultura e de uma muito particular  forma de se expressar, chegava facilmente ao povo, mesmo ao menos culto. O seu primeiro programa, ainda antes do 25 de Abril, foi  "O Tempo e a Alma" - RTP -1972, e vários outros, sempre na RTP e mais tarde no Segundo  Canal, da mesma RTP, onde ainda mantinha o último, "A Alma e a a Gente".
Portugal ficou mais pobre.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

It was a time...

Alguém me consegue explicar porque razão em 8 de Novembro de 2008, quase 200.000 professores, vindos de todos os pontos do país se manifestaram em Lisboa, exigindo um novo modelo de avaliação e a demissão da então ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues e agora perante uma ameaça real bem mais perigosa de uma redução drástica do número de docentes, com a ida para o desemprego de professores com muitos anos de docência, os sindicatos se limitam a protestos verbais e algumas manifestações locais?
Talvez seja a hora de questionar a essa eminência parda do PCP, Mário Nogueira, que na altura foi o paladino da “grande luta” e que só descansou quando Sócrates saiu do Governo, numa acção concertada entre outros, pelo seu partido e pelos actuais detentores do poder.
Aliás, é altura de perguntar à “real” (como eles próprios se apelidam) esquerda portuguesa porque razão derrubaram o Governo, quando sabiam – toda a gente sabia – que o próximo Governo nos conduziria ao estado em que hoje estamos.
Agora aparecem alguns “analistas” que consideram que se está a fazer um cerco a um ministro – Relvas, que tem feito asneiras de alto calibre, no que respeita a governação e que é realmente quem governa o país, e esquecem todo o vilipêndio exercido sobre José Sócrates, ao longo de anos.
E até há quem considere que o culpado da “brilhante” licenciatura do ministro seja culpa não dele, mas sim do governo de Sócrates.
Ao que isto chegou…
Valha-nos "Deus", que ainda há quem tenha a coragem de chamar os bois pelos nomes.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Um mundo novo

É cada vez mais recorrente no meu pensamento o facto de estarmos, e não me refiro só ao que se passa em Portugal, ou na Europa, mas em todo o planeta, a assistir a uma destruição da Vida.
Sim, falo do ambiente, mas não só;  falo da subjugação económica a interesses cada vez mais obscuros, da imensa e cada vez mais profunda desigualdade social, do desrespeito pelos valores maiores que o ser humano deve ter como base, enfim de um mundo que caminha para o abismo sem querer perceber que pode e deve parar…
Está na nossa vontade, no nosso empenho, na nossa força, como habitantes deste planeta, não nos demitirmos de ter uma parte activa nesta desconstrução da felicidade, pois é disso que se trata.
Assistimos a uma progressiva diminuição de competências políticas, à ausência de gente com carisma, e o mundo é regido cada vez mais por complexas e nebulosa teias de interesses que lentamente asfixiam as liberdades humanas.
É tempo de parar. É tempo de dizer basta. É tempo de um “Novo Mundo”.
Porque, apesar de tudo, resta sempre a esperança, porque a música nos acalma, nos ajuda e nos faz reflectir, pois haja música.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia Internacional Contra a Homofobia

Hoje é o Dia Internacional contra a Homofobia

É preciso que os políticos, cada vez mais assumam esta luta, não só no Parlamento ou na Comissão Europeia, mas também e principalmente na aprovação de leis apropriadas nos seus países.
Não queremos, no nosso país, ouvir mais vozes como as de Isilda Pegado, João César das Neves ou António José Saraiva...

Mapa europeu dos direitos gay
Que gradua os países numa escala de 30 (direitos plenamente adquiridos) até -12 (graves implicações dos direitos humanos); curiosa a posição de países como a França, e principalmente, a Itália.

domingo, 13 de maio de 2012

Feira do Livro


Há que anos eu não ia à Feira do Livro!
Depois da longa hibernação literária em que estive mergulhado, e numa espécie de “em busca do tempo perdido”, tenho lido muito.
Desde que li aquele livro a que dediquei um post sobre as Cruzadas (“O Livro dos Dias”), li mais dois, um deles muito interessante – “O Sentido do Fim” de Julian Barnes - e outro, algo decepcionante, “O Messias dos Judeus” de Arnon Grunberg.
Agora estou a ler um que há muito aguardava na fila e penso lê-lo depressa pois parece ser muito interessante, “A Mentira Sagrada” de Luís Miguel Rocha, uma intriga sobre os segredos do Vaticano.
Mas, no meu regresso à Feira do Livro, fui naquele dia de intenso calor e sendo no mesmo local de sempre (Parque Eduardo VII), a grande diferença é que muitas das editoras que antes tinham um pavilhão, agora não estão lá, ou porque faliram ou porque foram compradas pelos dois grandes grupos editoriais portugueses; a Leya e a Porto Editora, que têm espaços gigantescos.
Depois há aquelas editoras clássicas que ainda resistem, as especializadas e um grande número de pavilhões, de organismos oficiais ou afins. Aliás cruzei-me com a Presidente da Assembleia da República, que ia visitar o pavilhão da AR, acompanhada por um grupo de deputados.
Poucos alfarrabistas e nenhum deles com as obras esgotadas que eu pretendia.
O que comprei? Apesar da crise, os preços não estavam assim tão baixos, e são sensivelmente os descontos que se obtém com o cartão FNAC, nestas lojas.
Mesmo assim lá fui comprando: 3 livros de Augusten Burroughs, 2 de Frederico Lourenço, 3 de Allan Massie (faltou um para ficar com a biografia dos quatro grandes imperadores romanos), “Reflexos num olho doirado” de Carson McCullers, “Agora ou nunca” de Tom Spanbauer e um livro, este sim barato, mas que me custou muito comprar…Trata-se de mais um volume da “História de Portugal”, da Verbo, da autoria de Joaquim Veríssimo Serrão. Estupidamente há uns anos largos comecei a comprar esta colecção, que não é barata (mais de 30 euros cada volume, a preços de hoje), e enquanto a História não envolveu ideologias ou juízos de valor, tudo bem; mas entrados que somos na revolução de 1926, vem ao de cima todo o facciosismo quase fascizante do autor e eu deixei de comprar os últimos volumes, pois comprar algo que faz a apologia daquilo que eu sou absolutamente contra, custa bastante; mas o investimento já feito, lá fui comprando um ou dois volumes…
Agora encontrei todos os volumes a 10 euros; seria uma boa altura para acabar de vez com esta História; mas não me apeteceu gastar tanto dinheiro de uma vez só com esta “porcaria” e como não tinha a certeza de qual era o último volume que adquirira, resolvi comprar…o último, ou seja o XVIII. Verifiquei depois em casa que tenho 13, pelo que faltam “apenas” quatro (XIV, XV, XVI e XVII). Eram só mais 40 euros, mas fica para a próxima Feira, sim porque eu agora não perco mais nenhuma.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

E agora, Europa???

Ontem houve várias eleições, na Europa.

Umas mais importantes que as outras e umas que podem vir a se verdadeiramente importantes, a curto prazo, para o nosso país.

Deixando essas para o fim, ou seja as presidenciais em França e as legislativas, na Grécia, referir que houve outras eleições menos importantes, mas com algum significado em três países comunitários: no Reino Unido, na Itália e na Alemanha; e curiosamente o único resultado agradável para a chanceler alemã foi o seu, pois que é evidente que o povo alemão não sente ou sente menos a crise.
Tanto na Itália como no Reino Unido, os resultados foram bem contrários aos governos actuais desses países, mostrando o descontentamento do povo.

Houve também, extra EU, eleições na Sérvia, a que eu dou realce, naturalmente, por ser o país do Déjan e eu estar mais ou menos por dentro da política daquele país que eu muito gosto. Foram eleições presidenciais, legislativas e autárquicas. Quanto às presidenciais, como era esperado os dois principais candidatos, o actual presidente, Boris Tadic, do Partido Democrático (esquerda moderada)
e o líder da oposição, Tomislav Nikolic, do Partido Progressista (centro direita), vão disputar dentro de duas semanas uma segunda volta, sendo de esperar a reeleição de Tadic, que por ora teve uma ligeira vantagem sobre o seu adversário. Nas legislativas houve quase um empate técnico entre estes dois partidos, pelo que tudo ficará na mesma e a médio prazo a Sérvia integrará a EU.

Passando agora às eleições francesas, pela primeira vez, um presidente não é reeleito para um segundo mandato; Sarkozy pagou caro o seu apoio incondicional a Ângela Merckl e quem beneficiou foi um candidato que há um ano atrás ninguém pensaria poder vir a ser o candidato dos socialistas. François Hollande,
até agora uma personalidade algo parda do PS francês, viu mesmo nas últimas eleições ser designada a sua então esposa Ségolène Royal como candidata que perdeu para Sarkozy e este ano só as aventuras sexuais do ex-presidente do FMI, Strauss-Kahn, o levaram a ser candidato. No entanto fez uma boa campanha, tendo sabido gerir o descontentamento para com Sarkozy a seu favor, tendo tido uma aliada “contra natura”, a líder da Frente Nacional, Marine Le Penn, menos agressiva que o seu pai e que, caso falhe Hollande será uma candidata muito séria para novas eleições presidenciais. Hollande já fez saber que não está de acordo com a política de demasiada austeridade determinada pela Alemanha e não será pau mandado de Merckl. Mesmo em relação a Portugal, numa entrevista dada a 1 de Maio ao correspondente da RTP, afirmou não concordar com a demasiada austeridade sem crescimento económico no nosso país. Um bom sinal foi já dado de que logo que tome posse, diminuirá o seu salário e o dos seus ministros em 30% e haverá um tecto salarial para altos dirigentes públicos; sim, isto também é austeridade, mas é uma boa austeridade. Não é fácil a sua tarefa, mas eu quero acreditar que François Hollande poderá vir a ser uma boa surpresa, para bem da Europa e de Portugal, é óbvio. Ainda neste mês ele será posto à prova em reuniões importantes, quer na EU, quer nos G8.

Quanto à Grécia, as coisas estão deveras complicadas e há uma séria ameaça de que o país esteja em breve numa situação de ingovernabilidade.
Como se esperava, os dois partidos que nos últimos anos têm governado o país foram severamente castigados, mais o PASOK que a Nova Democracia, que apesar de ter o seu pior resultado eleitoral de sempre, ainda foi o mais votado. Não vai ser fácil chegar a um entendimento para formar governo, pois houve uma subida grande dos dois partidos extremistas, o SYRIZA, de esquerda e o Amanhecer Dourado, da direita (neo nazi). Qualquer destes dois partidos se opõe totalmente às medidas obrigadas a tomar pela troika ao povo grego e mesmo os outros dois partidos, na sua campanha prometiam um aliviar da austeridade. Sendo o SYRIZA o segundo partido mais votado, à frente do PASOK, tudo está muito confuso e é uma situação que vai criar possivelmente muitos problemas à EU. Durão Barroso e a senhora Merckl que se cuidem, pois até pode vir a ser decretada a curto prazo a saída da Grécia da zona euro.

Enfim, dias de grande expectativa, mas decerto de mudança na Europa comunitária. Entretanto Passos Coelho e a sua equipa de tecnocratas, estão cada vez mais isolados na sua política de obediência cega aos ditames dos sistemas financeiros de mercado que realmente nos governam…

terça-feira, 1 de maio de 2012

1º. de Maio

Em 1974 foi assim
Uma festa de um povo inteiro.
E hoje?
Um povo aflito, temeroso da situação a que foi levado, até já não protesta, quase resignado; e pior, quase ameaçado de se manifestar, pois a "convulsão social" não dá uma boa imagem do país às entidades económicas que na realidade nos governam.
Um país que tem um governo que promete coisas para um ano em que a sua legislatura já findou...
Precisamos, mais que nunca de um novo 1º.de Maio, porque hoje muita gente não goza o dia do trabalhador, pois é obrigado a trabalhar.
Uma vergonha!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Uma ideia...um desafio!


Pode ser uma ideia um pouco despropositada, mas lanço-a aqui, para ver o acolhimento que tem.
Infelizmente o tempo chuvoso impediu-me, a mim, e a muita gente de ir à manifestação comemorativa do 25 de Abril. Espero que no próximo dia 1 de Maio, as rezas da Cristas a pedir chuva não tenham sucesso e esteja um dia bom.
E a ideia é, combinar com toda a gente que conhecermos da blogosfera e que tencione ir à manifestação (refiro-me à de Lisboa, mas outros poderão fazê-lo noutras cidades), um ponto de reunião para nos encontrarmos e participar juntos nessa jornada de comemoração e de luta. Não sugiro nenhum ponto, mas gostaria que alguém o fizesse, de preferência perto do início da manifestação, mas num ponto facilmente referenciável. Seria ao mesmo tempo, uma forma simpática de alargarmos o conhecimento real ao conhecimento virtual.
Fica lançado o desafio…

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Portas de Abril

Quis o destino marcar o dia 24 de Abril como a data do adeus prematuro de Miguel Portas à vida que ele sempre viveu com a intensidade própria de um Homem plenamente convicto dos seus ideais de esquerda. Não chegou ao dia em que se comemoram 38 anos de uma data que não pode jamais ser esquecida, não só por quem a viveu, mas também por quem teve a felicidade de enfrentar a vida já em Liberdade.
Infelizmente, a maior parte das pessoas que hoje têm menos de quarenta anos e que são a força vital da nação, pouco ligam à data ou voluntariamente ou por desconhecimento, o que não os desculpa, pois é da mais elementar forma de cultura saber o que representou e representa para Portugal uma data que acabou com uma ditadura de quase 50 anos e devolveu ao povo português o orgulho nacional.
Ainda mais lamentável é assistir hoje à destruição sistemática dos valores instituídos pelo 25 de Abril, no dia a dia, e por parte de pessoas com responsabilidades governamentais que estão a levar o povo português a um estado de descontentamento como só Há paralelo antes dessa data.
Sim, há liberdade e democracia, caso contrário eu não estaria aqui para falar desta maneira, mas que dizer quando nas vésperas da celebração desta data, vem o Governo ameaçar estar atento a todos os actos potencialmente violentos decorrentes dessas celebrações: estarão com medo de que haja um novo 25 de Abril? Talvez isso seja necessário, sim, não como clama o eterno palhaço Otelo, mas nas consciências de todo o povo português que vê serem-lhe cerceadas todas as oportunidades de uma vida decente e digna, com um empobrecimento cada vez mais assustador das classes mais desfavorecidas, com o aniquilar de uma classe média que é o motor do desenvolvimento económico da nação e sobretudo com a manutenção e até enriquecimento da classe dos que tudo têm e que sempre querem mais, não cedendo um palmo dos privilégios adquiridos.
Esta desigualdade social que tem sido um dos grandes pilares da política deste governo, não é emanada de qualquer compromisso que se tomou com as entidades que realmente agora governam o país, mas sim uma vontade própria deste governo, perante a passividade quando não, mesmo a complacência do pior Presidente da República que Portugal já teve desde1974.
Tudo isto está na base na decisão, quanto a mim justa, da Comissão dos Militares de Abril de não estarem presentes nas comemorações oficiais deste dia, já que quem nos governa não está senão a fazer uma encenação de comemorar uma data que realmente não sente como sua. E há ainda a desfaçatez, quando não a pequenez política de um Primeiro Ministro a falar em termos pouco edificantes de pessoas a quem devia, pelo menos institucionalmente mais respeito e que dele não recebem qual quer lição: Mário Soares e Manuel Alegre.
Por tudo isto, Miguel Portas partiu ainda na data das trevas políticas deste velho país, data a que os actuais governantes parece quererem que Portugal volte, pese embora queiram mostrar uma face que não possuem e que Miguel Portas tinha e nunca hesitou mostrar: coerência política!




A primeira foto foi tirada do blog "WEHAVEKAOSINTHEGARDEN".


©Todos os direitos reservados A utilização dos textos deste blogue, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no seu todo, requer prévio consentimento do seu autor.

terça-feira, 27 de março de 2012

As Três Graças*

* Este é possivelmente o mais longo post deste blog, mas não é cansativo.

Graças, nome latino das Cárites gregas, eram as deusas da fertilidade, do encantamento, da beleza e da amizade. Aglaia, a claridade; Tália, a musa da comédia e da poesia; e Eufrosina, a deusa da alegria.
Nas primeiras representações plásticas, as Graças apareciam vestidas; mais tarde, contudo, foram representadas como jovens nuas, de mãos dadas; duas das Graças olham numa direção e a terceira na direcção oposta.
Esse modelo, do qual se conserva um grupo escultórico da época helenística, foi o que se transferiu ao Renascimento e originou quadros célebres como "A primavera", de Botticelli, e "As três Graças", de Rubens.
Sandro Boticelli -A Primavera

Rubens

Mas comecemos pelo princípio, pelas representações do período helenístico




As Três Graças de Pompeia

Depois temos diversas telas da Idade Moderna
Raffaello

Jean-Étienne Liotard

Cranach

Grien
Hans Aushen

Duas esculturas
Bertel Thorvaldsen

Canova

Uma outra escultura portuguesa, que está na Praça de Londres
Fernando Fernandes

Alguma arte contemporânea
Delaunay

Randolphlee-mciver

Lucy Unwin

Marisol Diaz

Algumas "variações"
Leonard Nimoy

Harald Seiwert

Joel-Peter Witkin

Alexandre Mury

Tom of Finland

(autor desconhecido...)

Século XXI
Kehinde Wiley

Promoção da Samsung

A caricatura



E finalmente, a triste realidade