sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tempo volta para trás

O tempo não passa só por nós; passa por toda a gente e é por vezes cruel, principalmente para quem, sendo famoso, foi essencialmente conhecido por um corpo esbelto ou um rosto bonito. Hoje apresento aqui nove actrizes de cinema que se distinguiram nessa arte e que se tornaram célebres; algumas delas estão retiradas, outras pouco aparecem, mas ainda há duas que continuam a fazer cinema, sem vergonha das suas rugas e sem o recurso a artificialismos plásticos - são duas Senhoras do cinema: Jeanne Moreau e a "nossa" Isabel Ruth. E, foi hoje anunciado que uma das actrizes aqui representadas, e que também foi cantora, Doris Day, hoje com 87 anos, vai editar um novo disco; será possível? Enfim, desta "lei do tempo", só escapam os mitos,como a eterna Marilyn Monroe...


Shirley Temple
DorisDay


Jane Fonda

Julie Christie



Marisol
Jeanne Moreau
Brigitte Bardot
Claudia Cardinale
Isabel Ruth

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Excitante????


Há tempos vi num blog de um amigo esta foto, e comentei que ela, não sabendo bem porquê, me excitava. E mantenho a afirmação.
Proponho um desafio: será que esta imagem te excita? E em caso afirmativo, porquê?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

"Mine Vaganti"

Ferzan Ozpetek é um realizador turco, que muito jovem decidiu ir estudar cinema para Itália, país onde se fixou após terminar os estudos e onde realizou os seus filmes, que são nove, incluindo uma curta metragem; apenas os seus dois primeiros filmes foram filmados na Turquia, embora sejam filmes italianos.
O primeiro deles, “Hamam”, foca a homossexualidade, tema de mais três dos seus filmes, e aqueles que tiveram mais êxito: “Le Fate Ignoranti”, “La Finesta di Fronti”, “Saturno Conto” e o seu mais recente filme e único exibido comercialmente em Portugal – “Mine Vaganti”, que teve o título português de “Uma Família Moderna”;  dois dos outros referidos passaram no Lisboa Queer. Vi estes quatro filmes e gostei de todos eles; mas este último foi talvez dos melhores filmes que vi recentemente e que recomendo vivamente. 
Passa-se numa cidade do sul de Itália, Lecce, cidade pequena em que todos se conhecem, e onde vive uma família burguesa possuidora de uma fábrica de massas, fundada pelo avô e tio do protagonista, um jovem estudante em Roma e que vem à sua cidade por causa de uma reorganização da sociedade familiar em questão. Na véspera do jantar em que se oficializam a entrada de novos sócios, Tomazzo confessa ao seu irmão António que irá nesse jantar contar a verdade sobre ele próprio: que não estuda Gestão, mas sim Letras, que quer ser escritor e não empresário e que é gay.
Para surpresa de todos, principalmente de Tomazzo, António antecipa-se-lhe no uso da palavra e afirma perante a atónita família que ele, António é gay e há trinta anos que cala esse segredo, tendo mesmo despedido um trabalhador da empresa, com quem tinha uma relação e afastando-o da cidade, para manter as aparências.
Após este começo, várias situações se desenvolvem, com o pai a expulsar António de casa, a ter problemas cardíacos e a forçar Tomazzo a manter-se junto dele na fábrica, longe do seu namorado, com quem vivia em Roma. Há mais duas irmãs, uma casada e outra alcoólica, e uma Avó, com um passado sentimental proibido, relembrado desde o início do filme em flashback, e que é uma espécie de matriarca da família.
O conflito interior de Tomazzo é enorme e compartilhado por uma jovem, filha do recente novo sócio da empresa e que com ele vai dando assistência à fábrica; a uma certa altura o namorado vem de Roma visitá-lo com mais três amigos gays e que são convidados a passar uns dias na mansão familiar, onde são muito bem recebidos, mas ocultando, com algum esforço a sua sexualidade.
O falecimento da Avó, pessoa de espírito livre e que sempre apoiou os netos vem reaproximar a família, numa cena final belíssima, onde se mistura o passado e o presente, e onde se vê perfeitamente que Tomazzo prefere ficar sozinho, observando na sua imaginação, talvez o enredo do seu próximo livro.
É um filme que me comoveu e que devia ser divulgado o máximo, pois é fundamental que seja visto por muita gente: pelos homossexuais que se escondem atrás dos tabus sociais e não são capazes de ser felizes (curioso o caso do cunhado heterossexual do protagonista); das famílias dos homossexuais para compreenderem que a homossexualidade não é uma opção, mas sim uma característica de um ser humano; dos homofóbicos, para tentarem(?) perceber toda a hipocrisia das suas vidas, em que tudo é permitido, desde que não seja gay.
E fica uma frase ouvida durante o filme que nunca esquecerei: um amor impossível, não acaba jamais…
Em cima o trailer do filme, e aqui a última cena, quase onírica.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

A Blogosfera

Toda a gente sabe que a Blogosfera atravessa uma enorme crise, com blogs a fecharem, outros puramente abandonados pelos seus autores, os comentários a rarearem, enfim, uma moda que já teve melhores dias: e também se sabe que, em grande parte, tal se deve ao aparecimento e desenvolvimento das redes sociais, nomeadamente o Facebook e agora o Google+, e no Brasil o Orkut...
Eu sempre dei primazia à blogo, em detrimento das redes sociais e continuo a postar e a comentar nos blogs que sigo. Mais do que o facto de continuar a ter uma razoável aceitação, a grande compensação para mim, surge do facto de, quando em vez, ser surpreendido com manifestações de amizade que além de me surpreenderem, me emocionam; sei que são simples gestos de amizade, mas é também o reconhecimento do Pinguim, mais do que o João que está por detrás dele. O Pinguim é uma figura da blogosfera e quando lhe dirigem palavras bonitas, estão indirectamente a homenagearem a Blogosfera.
Tudo isto para agradecer ao blog "Comyxturar-te" um dos seus últimos posts, que muito me sensibilizou e que é objectivamente muito belo, pelo vídeo que lá mostra.
É este o vídeo (se possível vejam em ecrã inteiro) e um enorme obrigado ao Francisco.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Barril de pólvora

Foi assim, barril de pólvora, que o meu amigo André Benjamim, chamou, muito justamente, aos acontecimentos que se estão a verificar em Londres e não só.
Ficam as fotos a testemunhar, não actos de criminalidade, mas sim, actos de bestialidade.
De notar, que entre os detidos, 25% têm idade igual ou inferior a 14 anos. Ao que o mundo chegou!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Reliquia portenas

O tango está para a Argentina, como o fado está para Portugal; revela através da música, a alma de um povo.
E sendo o tango uma melodia dançável, geralmente é dançado por um par misto (homem e mulher); mas nem sempre e vem de longe a imagem de dois homens dançando o tango, sem que isso revele necessariamente algo a ver com homossexualidade. Pese embora, por natureza própria, seja considerado o tango uma dança sensual, e o é, na realidade.
Neste vídeo, ele é magistralmente dançado por dois irmãos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Roberto e o BPN

Quase simultâneamente duas notícias vieram a público e ambas têm a ver com “vendas”.
Por um lado, o Governo anuncia a venda do BPN por 40 milhões de euros e por outro o Benfica anuncia a venda do guarda redes Roberto ao Saragoça por 8 milhões e 600.000 euros.
Parece não haver qualquer razão para estar a referir num só texto estas duas operações económicas; mas vejamos melhor…
No que respeita ao Roberto, o Benfica comprou este guarda-redes ao Saragoça por 8,5 milhões de euros, por 5 épocas, o que foi considerado, desde logo, um negócio esquisito, pois dar uma quantia tão elevada por um guarda-redes, só em casos excepcionais e nem o Benfica é o Real Madrid ou o Chelsea, nem o Roberto era um jogador rotulado por aí além. Veio a verificar-se que, desde logo, nos jogos de apresentação, como no início do campeonato, em que o Benfica perde os três primeiros jogos, que Roberto não terá sido, de forma alguma, um bom negócio para o maior clube português.
Ao fim de uma época, penosa para o jogador e para o clube, e contratados três novos guarda- redes, era evidente que o Benfica teria que “despachar” Roberto, mas para quem e em que condições que não lesassem demasiado as finanças do clube – dado, não, mas era certo que ou seria emprestado ou vendido por tuta e meia. Eis senão quando, um milagre se dá: Roberto é vendido ao Saragoça, clube com dívidas assustadoras, e com um lucro de 100.000 euros!
Eu, que até sou do Benfica, rejubilei duplamente, por saber que o Roberto não voltaria a dar “frangos” no Glorioso, e pela brilhante operação financeira. Mas, na realidade, há algo aqui que parece obscuro ou está mal explicado, o que levou a CMVM a pedir explicações, e muito bem ao clube da Luz.
Por outro lado, e num plano absolutamente diferente e muito mais importante, pois afecta todos os portugueses, o Governo, e dando cumprimento a um dos requisitos do acordo com a “troika”, vendeu o BPN ao BIC, que é liderado por Mir…ra Amaral e que é um dos mais importantes investimentos do governo angolano em Portugal, por…quarenta milhões de euros!!! Grande negócio, afirmam os senhores do Governo, os Espíritos Santos e outros que tal, pois acabou-se o sorvedouro de dinheiro dos contribuintes dos últimos longos meses para sustentar um banco dirigido quase exclusivamente por aqueles senhores que todos conhecemos muito bem e que têm em comum a estranha (?) coincidência de todos serem da esfera política chegada, e até pessoal do nosso (?) senhor Silva.
E além do mais, tinha sido mais uma das obrigações a que o actual Governo dá cumprimento, pois “eles” são assim: cumpridores e se possível com cumprimento a mais e tudo…
Só que, havia mais interessados no negócio da venda do BPN, entre os quais o Montepio Geral e um grupo de investidores, que já veio anunciar ter oferecido 100 milhões de euros, em vez dos quarenta, e, ainda mais importante, garantindo a manutenção de todos os postos de trabalho. Claro que no Parlamento, os pedidos de esclarecimento de um caso tão grave são chumbados pela maioria governamental, e lá irá uma Secretária de Estado a justificar o injustificável e mais nada.
Não seria, por absurdo que eu sei que é a comparação, um caso para que a CMVM pedisse explicações ao Governo?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Capas gays de discos (1)

Num dos vários blogs figurativos ou descritivos que diariamente vejo, recolhi esta listagem das 10 capas de discos, mais gays. É naturalmente uma opinião subjectiva e que, sendo o blog estrangeiro não foca discos portugueses.
Apresento essa escolha, mas desde já anuncio uma segunda recolha, esta mais pessoal, que até poderia envolver alguma que outra destas escolhas de hoje, nomeadamente a do disco de Prince...
A música do dia é uma "velha" relíquia do Tom Robinson, que talvez seja uma descoberta para gente mais nova.