quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Imagens

Estas são imagens diferentes; imagens delirantes, atrevidas, absurdas e inteligentes, todas elas com origens publicitárias de produtos ou de conceitos, mas concebidas de uma forma provocatória, que sem chocar, ou chocando pouco, acabam por nos relacionar com o produto ou conceito que querem publicitar.














segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"uncertain"


"uncertain" relates the drowsy-dream of a teenage boy who has taken an overdose of pills to end his life. Driven on an open-field road, Anson slowly wakes up to realize he does not know where he is or where is being taken. Only when he meets a man in the middle of a prairie does he recall his suicide attempt caused by the social aggression he’s suffered at school.
“uncertain” is a video response to the deaths of Carl Joseph Walker-Hoover, Eric Mohat and Jaheem Herrera in April 2009. All three teenagers and numerous more across the country are choosing to end their lives unable to enduring the physical attacks and gay slurs they face on a daily basis at their respective schools and communities.

This short video project does not intend to answer any specific questions, instead it is inviting viewers to participate in a constructive conversation by asking questions regarding teen suicide, school bullying and GLBTQ issues. This online forum also encourages parents, educators and young people to share their experiences, whether it’s the loss of a loved one or the bodily and verbal abuse they are suffering.

3 nationally renowned non-profit organizations focusing specifically on suicide prevention, youth outreach, and education to ensure safe schools are lending their support and resources to help us better understand and positively affect the lives of those individuals who need our support.

In collaboration with The Trevor Project, Teen Line, and Hope Line.

“uncertain” is a student-made project at the University of Texas at Dallas. Written, edited and directed by Luis Fernando Midence.

Winner Best Movie at 2010 UTD Cosmic Film Festival. Official selection 2010 Dallas International Film Festival and Awareness Fest: Heal One World in California.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ansiedade


Ando a passar um mau bocado, psicologicamente.
A idade não ajuda e as constantes “mazelas” provocam-me algum desconforto, mais emocional do que propriamente físico. Sinto-me amolecido e algo amedrontado com as leis da vida que se vão fazendo sentir; sei que grande parte da culpa é minha, pois devia ter a força de vontade suficiente para reagir e começar a mudar de vida. Estava a começar a habituar-me a um ritmo novo, com a inscrição num curso de educação física para pessoas como eu, e embora custoso, estava entusiasmado; ao mesmo tempo comecei a caminhar todos os dias e assim andava, quando me apareceu a tendinite que me impossibilita a frequência da  ginástica, e por arrasto me levou de novo a esta deprimente letargia.

Por outro lado esta já tão prolongada separação do Déjan (já vai em três meses e meio) e pior que isso, a impossibilidade de ter uma data assente para o novo encontro, tem-me levado a um estado de ansiedade que se reflecte no nosso relacionamento nos últimos tempos. Não está em causa, e nunca estará, o futuro dos nossos sentimentos de um para com o outro; antes pelo contrário, mas por vezes vemo-nos como que num beco sem saída em que cada um pensa que está a ser causador de alguma infelicidade ao outro.
Amo o Déjan, com toda a minha alma e sei que da mesma forma sou amado; mas falta-nos a aproximação mais frequente, o carinho de um afago, enfim aquelas coisas que quem ama conhece bem.
Espero que em breve tudo se resolva pelo melhor, pois eu e ele precisamos disso, como de pão para boca.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

World Press Photo 2012

Com esta foto, o espanhol Samuel Aranda, venceu este importante prémio do foto jornalismo. Nesta foto o júri quis homenagear a "Primavera Árabe", que também já tinha obtido o direito à capa anual da revista "Time". É uma foto magnífica registada em Sana, capital do Iémen, numa mesquita transformada em hospital, e é imediata a comparação à famosa escultura de Miguel Ângelo, que está na Catedral de S.Pedro, em Roma, a "Pietá".
Mas outras excelentes fotos foram premiadas nas diferentes secções, e eu escolhi algumas daquelas que mais gostei.
"Child Brides"de Stephanie Sinclair
"Maria - uma drogada ucraniana" de Brent Stirton
"Scrum Half" de Ray McManus
"Never let you go" de Alejandro Kirchuk
"Danish and Iranian Culture" de Laerke Posselt
"North Korea" de Damir Sagolj
"Dakar Fashion Week" de Vincent Boisot
"Arrest of protesters in Harlem" de Tomasz Lazar

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A actualidade de Botto

Ainda há pouco tempo,na semana passada, referi este mesmo livro, como um dos melhores que já li, no que concerne à literatura gay.
Mas António Botto, foi acima de tudo um grande poeta, que pela sua condição de homossexual foi perseguido e amaldiçoado, tendo por isso partido para o Brasil, onde morreu atropelado.
Este magnífico poeta e também ficcionista (não esquecer um belo livro para crianças "Os Contos"), tem a sua poesia essencialmente contida neste livro "As Canções", de que nunca me canso de ir de vez em quando...
Dele se retira este poema, intitulado "Poema da Cinza" e que ele dedica à memória de outro grande poeta, Fernando Pessoa.
Se o lerem atentamente, poderão nele encontrar muita actualidade, embora escrito há tanto tempo...

"Se eu pudesse fazer com que viesses
Todos os dias, como antigamente,
Falar-me nessa lúcida visão -
Estranha, sensualíssima, mordente;
Se eu pudesse contar-te e tu me ouvisses,
Meu pobre e grande e genial artista,
O que tem sido a vida - esta boémia
Coberta de farrapos e de estrelas,
Tristíssima, pedante, e contrafeita,
Desde que estes meus olhos numa névoa
De lágrimas te viram num caixão;
Se eu pudesse, Fernando, e tu me ouvisses,
Voltávamos à mesma: Tu, lá onde
Os astros e as divinas madrugadas
Noivam na luz eterna de um sorriso;
E eu, por aqui, vadio de descrença
Tirando o meu chapéu aos homens de juízo...
Isto por cá vai indo como dantes;
O mesmo arremelgado idiotismo
Nuns senhores que tu já conhecias
- Autênticos patifes bem falantes...
E a mesma intriga: as horas, os minutos,
As noites sempre iguais, os mesmos dias,
Tudo igual! Acordando e adormecendo
Na mesma cor, do mesmo lado, sempre
O mesmo ar e em tudo a mesma posição
De condenados, hirtos, a viver -
Sem estímulo, sem fé, sem convicção...
Poetas, escutai-me. Transformemos
A nossa natural angústia de pensar -
Num cântico de sonho! e junto dele,
Do camarada raro que lembramos,
Fiquemos uns momentos a cantar!"

Adenda: sobre o exemplar que possuo deste livro, ler o meu comentário ao André, na caixa de comentários. E é a que está agora na foto.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Uma outra visão dos filmes infantis

Há dias, recebi este mail, de um amigo. E além de me ter levado de novo à infância, achei alguma piada à actualização do seu conteúdo.

"Como querem que me porte bem depois dos 40 ???
Se em criança via que o Tarzan andava nu,
A Gata Borralheira chegava a casa à meia noite,
O Pinóquio mentia,
O Batman conduzia a 320 km,
A Bela Adormecida era uma preguiçosa,
A Branca de Neve vivia com 7 anões,
A Capuchinho Vermelho não ligava ao que lhe dizia a mãe,
A Betty Boop andava vestida como uma prostituta,
O Polegarzinho espalhava migalhas por todos os lados,
E  o Popeye fumava erva !!!!!! 
Vamos não me lixem..........!!!!! Muito bons saímos nós...  "

Sucede que mais ou menos na mesma altura tive conhecimento das fotos de Thomas Czarnecki, que num dos seus temas, a que chamou de uma forma genérica “Do encantamento até ao abismo”, recreou à sua maneira as “princesas de Disney”, de uma forma que até pode ser chocante, mas que a mim não me choca nada.
Por haver alguns pontos comuns na forma como olhamos, como adultos, para esses contos infantis, aqui ficam as fotos, com os nomes por ele escolhidos para cada uma.
"O Capuchinho Vermelho" - happy end
"Branca de Neve" - my sweet prince
"Alice no país das maravilhas" - just a trap
"A Bela Adormecida"- naughty girl
"A Gata Borralheira" - too fast
" A Pequena Sereia" - on the other shore
" A Lâmpada de Aladino" - one last wish
" A Bela e o Monstro" - not so romantic
"Pocahontas" - one more trophy

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Letras gay

É com letras, que se escrevem frases, e é com frases que se escrevem livros. Pegando neste abecedário tão belo, muitos autores escreveram magníficas obras sobre temas homossexuais.
Um deles foi Edmund White,
autor de vários livros que já li e de que gostei (O Homem Casado, Um Belo Quarto Vazio, Esfolado Vivo, Sinfonia a Despedida), escolheu os cinco livros gay de que mais gostou e que são os seguintes:


1. Jean Genet, Notre Dame des Fleurs
2. Christopher Isherwood, Um homem singular 
3. Alan Hollinghurst, La stella di Espero 
4. Edward Morgan Forster, Maurice 
5. Andrew Holleran, Dancer from the dance


Destes, li e gostei muito de três: os de Jean Genet, Christopher Isherwood e E.M.Forster.


Achei interessante estas escolhas e aqui deixo as minhas, sem qualquer ordem de referência, e que não foram fáceis de escolher, até porque foram muitas e de grande valor, as minhas leituras deste tipo.

“As Canções”, de António Botto
“Memórias de Adriano” , de Margarite Yourcenar
“As Amizades Particulares”, de Roger Peyrefitte
“A Sombra dos Dias” , de Guilherme de Melo
“De Profundis” , de Óscar Wilde

Talvez surpreenda a inclusão de dois autores portugueses neste lote de cinco livres, mas considero o livro de Guilherme de Melo, uma pedrada no charco, na altura em que foi publicado e em que o autor conta com o mesmo desassombro com que assumiu a sua homossexualidade, na Lourenço Marques de então, onde era uma referência cultural e jornalística, a sua vida, sem omissões ou medos. Uma belíssima auto-biografia.
Quanto a “As Canções” é um livro de poesia, e penso que devia haver aqui um livro de poesia; sendo Botto, esse poeta maldito, quem, em Portugal melhor soube pôr em verso a homossexualidade sem medo, não hesitei.

Gostaria de vos convidar a deixar aqui, as vossas referências, dos livros que já leram, dentro deste contexto, e de que gostaram mais.
É um desafio, que alguns de vós, penso, não irão recusar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

P.D.I.

Pois é...saio de uma e logo entro noutra...
Agora é daquelas chatas, que mais que doer, incomoda e não é fácil de passar rapidamente.
Estou com uma tendinite no cotovelo direito, isto é uma inflamação naquelas "coisas" que existem junto aos dois ossos do braço e do antebraço: o radio e o cúbito. 

É mais incomodativo que doloroso, e como sou um utilizador quase a 100% do meu braço direito, qualquer pequeno esforço do dia a dia, custa-me.
A minha médica receitou-me uma pomada analgésica e anti inflamatória, já a pus sem resultados, já experimentei uns pensos largos que também são anti inflamatórios e agora estou no Voltaren Gel, mas sempre sem grandes progressos.
Já me disseram tanta coisa que estou assustado: ter que fazer uma infiltração (já fiz uma num calcanhar e vi estrelas ao meio dia), andar com o braço ao peito, etc e tal.
Mas algo tenho que fazer, pois tem consequências negativas nesta doença - usar menos ou mesmo deixar de utilizar o computador e isso para mim é terrível.
Tenho diminuído o tempo aqui passado, mas mesmo assim continuo a ser computo-dependente.
Portanto,não estranhem alguma menor intensidade nos comentários aos vossos blogs, mas que continuarei a seguir e a comentar quando me pareça interessante...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Para desopilar...

Dedicada a tod@s as pessoas amigas que tenho no Alentejo (vivi quatro maravilhosos anos em Serpa), uma daquelas histórias velhinhas que nos fazem rir e que têm por protagonistas um simpático casal de alentejanos.

Devido à crise, o Aníbal e a sua Maria não tinham sítio recatado para os seus devaneios amorosos e assim num momento de arrebatadora paixão e intenso desejo, apeteceu-lhes algo que apetece tantas vezes a qualquer casal: dar uma "queca"!
O problema de não haver lugar mais privado foi facilmente resolvido pelo casal: uma via férrea ali ao lado, e ali mesmo, "aí vai disto"...
Estavam o Aníbal e a Maria no momento " crítico", quando aparece ao longe, numa curva uma velha automotora, cujo condutor ao ver o que se passava lá adiante, começa a apitar o mais possível. Pois sim, o casal continuava a sua "brincadeira" e até parecia não ouvir qualquer som, senão os seus próprios sons, que não deixo aqui reproduzidos, porque isto não é um filme pornográfico...
A automotora abrandou, abrandou e o condutor teve que meter travões a fundo, tendo parado exactamente uns poucos metros antes daqueles dois loucos.
Louco estava o Zé, o condutor do comboio, que saltou para a linha a berrar e com toda a razão com o Aníbal e com a Maria: que o iam desgraçando, pois se os tivesse atropelado ele é que ficaria com as culpas; que  havia outras maneiras de se matarem; que estas coisas só acontecem em Portugal, etc. e tal...
Só então, o Aníbal levantou a cabeça (só a cabeça) e lhe disse com aquele ar que só os alentejanos têm nestes momentos "apertados": "Compadre, eu estava-me a vir, a minha Maria estava-se a vir, o comboio estava-se a vir...parou quem teve travões, compadre!".

(Claro que os nomes do casal são mera coincidência, eheheh...)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dois textos de um leigo - 2 - Portugal

Portugal tornou-se membro da EU em 1986, ao mesmo tempo que a Espanha, e na altura o país teve um enorme afluxo de dinheiro vindo desse organismo com o fim de dinamizar e desenvolver o nosso país, que era bastante mais atrasado que o resto dos países comunitários.
Esse acesso aos fundos avultados que então foram postos à nossa disponibilidade, foram utilizados por Cavaco Silva, primeiro-ministro dispondo de maioria absoluta, de 1987 a 1995, de uma forma absolutamente esbanjadora, que aliás é o espelho total da forma de gerir o dinheiro do povo português: gastar o que há e o que há-de chegar, sem precaver minimamente o futuro.
Portanto foi com Cavaco Silva que começou o grande descalabro das contas públicas portuguesas e que continuou com os governos seguintes: Guterres,Barroso, S.Lopes (permitam-me um sorriso…), e por último Sócrates.
Toda a gente sabe o que se passou; Guterres foi-se embora, alegando que o país estava num pântano,
Barroso seguiu-lhe os passos trocando as chatices de Lisboa por mordomias em Bruxelas,
Santana Lopes, foi uma palhaçada que se não fosse triste, tinha posto a rir o país com o que sucedia em S.Bento; foi um erro de casting…
E apareceu Sócrates, com uma natural maioria absoluta e que fez uma primeira legislatura bastante satisfatória; talvez por não estar habituado a uma maioria simples, muito por sua culpa, mas essencialmente pela conjuntura internacional, a segunda legislatura de Sócrates foi bastante negativa, mas mesmo assim com algumas iniciativas interessantes, como a aposta nas energias renováveis, nas indústrias de ponta e outras. Tentou mexer naquelas coisas que nenhum outro chefe de governo antes tinha ousado, principalmente no campo da Educação e da Saúde, e o povo foi-se revoltando contra ele, bem como todos os outros partidos da oposição. Obrigado a tomar medidas impopulares, tomou-as e teve o povo na rua, por assim dizer todos os dias. Foi sem sombra de dúvida o mais vilipendiado de todos os políticos portugueses desde o 25 de Abril e quando da reeleição de Cavaco Silva para o seu segundo mandato, teve que ouvir um discurso ignóbil na AR, que institucionalmente é inconcebível. Quanto a mim, aqui reside o maior erro de Sócrates que se devia ter demitido de imediato e posto assim o ónus da crise na figura do PR.
Acabou por o fazer quando nessa mesma AR, os partidos todos se uniram para reprovarem um novo pacote de medidas de austeridade, impostas pela troika (FMI, BE e EU), que entretanto tinham sido chamadas à resolução da crise portuguesa (quiçá tarde de mais).
E o PSD surge como normal vencedor das legislativas antecipadas, em cuja campanha disse de Sócrates o que o diabo não diz da cruz, repudiou todas as suas políticas e prometeu sinceridade e progresso. O então líder do PSD, um impreparado e mal visto internamente Passos Coelho
torna-se primeiro-ministro e chama para o governo, (em coligação com o PP de Portas, que lhe assegura uma maioria absoluta), dois ministros tecnocratas, dois teóricos, para as pastas chave: Vítor Gaspar para as Finanças e Álvaro Pereira para a Economia.
Um parêntesis para referir que Portas,
o populista oposicionista de há um ano, paladino de que com ele no governo, acabava rapidamente a criminalidade, anda calado como um rato a assistir à assustadora e crescente vaga de assaltos que alastra pelo país.
E é Gaspar
que começa a comandar o barco, sempre debaixo de vários pressupostos: toda a culpa da situação é de Sócrates e SÓ DELE, a necessidade de cumprir as exigências da troika e o apoio do PS. Só que a culpa é de Sócrates, sim, mas também de todos os que lá estiveram antes, a começar em Cavaco e mesmo do próprio PSD que cria uma crise política, apenas com o objectivo de alcançar o poder. Ultrapassa e muito o exigido pela troika, desculpando-se sempre com situações do governo anterior que hoje estão mais que provadas serem falsas. E encontrando um PS, principal partido da oposição numa posição delicada sim, pois assinou o pedido de ajuda, mas com uma débil chefia de um A.J.Seguro
que mais parece um Passos Coelho do PS.
A política de austeridade tem sido tremenda, e sem qualquer medida que revele preocupação com a recuperação económica, com uma recessão galopante, após tantos meses de governação, continua e continuará a ter Sócrates como bode expiatório, não reconhecendo NUNCA a ineficácia das medidas até agora tomadas. E lá vamos caminhando para o abismo, satisfeitos por sermos uns cumpridores exemplares do que nos tem sido imposto.
E o que mais custa é assistirmos à imunidade com que os grandes senhores deste país - políticos, banqueiros, empresários, gestores e oportunistas – resistem a estas medidas mantendo as suas mordomias, quando não as aumentam…Argumentam os “sábios” economistas que nos governam, que o fim dessas mordomias não representam senão uma gota de água no oceano das nossas carências. Mesmo que tal seja verdade, não havia o terrível e enorme sentir da profunda injustiça social que nos envolve.

Até quando?

Por um décimo do que este governo já fez, Sócrates tinha manifestações diárias; agora, há um encolher de ombros e uma intimidação tremenda do governo sobre qualquer movimento social, com a infiltração de agentes à paisana no meio dos manifestantes para mostrar que há violência (causada pelos próprios).
Cavaco tem sido, como sempre foi, um político dividido: tão depressa apoia o governo, como manda bicadas de oposição. É um político sem qualquer crédito neste momento, devido a determinadas atitudes tomadas nada consonantes com o elevado cargo que desempenha; e não me refiro apenas a essa imbecilidade sobre as suas dificuldades económicas, mas sobre outras que revelam um político cínico e que não merece qualquer confiança, desde o já referido discurso de tomada de posse em Janeiro de 2011, à questão das escutas e outras.

Qual a solução? Sinceramente não sei, pois não se vislumbram no horizonte, nomes, nem um só, que garantam a fuga à mediocridade geral dos políticos portugueses actuais.

Não posso deixar de referir um ministro deste governo, que representa tudo o que de mau tem um político: sinistro, manipulador, cínico e convencido, é ele na realidade a imagem do governo que infelizmente nos governa: Miguel Relvas, um NOJENTO!!!

Não sei quando haverá novas eleições, nem mesmo se as haverá, como sucedeu em Itália e na Grécia; mas caso as haja, não há nenhum partido que mereça o meu voto e penso mesmo que deverá ser essa a resposta do povo português: não votar, dando assim uma mostra a quem ganhar que não é mandatado pelo povo para exercer o seu mandato.

©Todos os direitos reservados. A utilização dos textos deste blogue, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no seu todo, requer prévio consentimento do seu autor.