domingo, 17 de agosto de 2014

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

"Tension"

Bailarinos são vistos como seres sublimes e dotados de subtileza.
O que pouca gente vê é a força e a tenacidade por trás de cada passo feito por eles.
Focado nessa energia, o fotógrafo Nir Arieli criou "Tension", um ensaio para mostrar através da sobreposição de imagens os movimentos complexos e dinâmicos da dança.
A escolha dos modelos não podia ser mais correta: bailarinos contemporâneos.
Os movimentos, que não eram coreografados, foram executados de forma espontânea, à escolha do modelo e os resultados não poderiam ser previstos, já que a montagem das fotos veio depois, enquanto Nir procurava a combinação perfeita para o resultado esperado: um estudo sobre dança e tensão muscular.
As imagens são incríveis e passam a sensação de um deslocamento causado pelas escolhas intrigantes das justa posições.
A impressão que temos é que o corpo dança em torno de si mesmo, sendo objecto e palco da própria performance.
Elegância e estranhamento nunca foram conceitos tão próximos quanto neste trabalho.
O mais espantoso de tudo isso é pensar que tal projecto foi desenvolvido por Nir Arieli, uma pessoa sem qualquer afinidade com a dança, como ele mesmo diz: “Eu não posso dançar. Não posso no meu quarto, nem em uma boate, muito menos em qualquer tipo de palco. (…) No entanto, desta vez, pela primeira vez, eu me vi envolvido activamente na dança — mesmo usando o corpo de outra pessoa.”
Nir começou por ser um fotógrafo militar que trabalhava para um jornal.




























sábado, 9 de agosto de 2014

"Habanera"

"Habanera" é talvez a mais conhecida ária da ópera "Carmen", de Bizet.
Apresento aqui duas versões "ligeiramente" diferentes dessa ária: uma, a clássica, aqui interpretada por uma lasciva Carmen (Ana Caterina Antonacci),
 e a segunda, uma variante completamente louca, eu diria antes saudavelmente louca.

Como adenda e como continuação da loucura, fica o link do "making off" - http://www.directorsnotes.com/2013/08/08/dn295-metube-daniel-moshel/

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Winslow Homer

Winslow Homer (Boston, 24 de Fevereiro de 1836) – (Prout’s Neck, 29 de Setembro de 1910), foi um importante pintor e gravurista dos Estados Unidos.
Era filho de Charles Savage Homer e Henrietta Benson Homer, ela sendo aguarelista amadora e a primeira professora do filho, com quem manteve uma relação forte por toda a vida.
Winslow Homer desde cedo manifestou talento artístico, e começou a trabalhar como ilustrador comercial, persistindo no ramo gráfico durante vinte anos, e essas características lineares impuseram-se no seu trabalho de pintura.
Mas ao mesmo tempo passou a trabalhar num estúdio com pinturas a óleo, explorando as suas capacidades de textura e densidade.
Também pesquisou a aguarela, criando obras de aspecto fluido e espontâneo.
Em 1859 abriu um estúdio em Nova Iorque e até 1863 teve aulas na Academia Nacional de Desenho.
Sua mãe queria que ele se aperfeiçoasse na Europa, mas a revista Harper’s enviou-o para a frente de batalha da Guerra Civil, onde desenhou cenas de combate e a vida militar.
Voltando para o seu estúdio, iniciou uma série de pinturas sobre a Guerra, que tiveram imediata aceitação. Depois desse período, voltou a sua atenção para cenas familiares e tranquilas.
Por fim conseguiu ir a Paris, permanecendo aí um ano, trabalhando como desenhista da vida parisiense para a Harper’s, e produzindo apenas pinturas pequenas sobre a vida camponesa.
No seu regresso à América, continuou a retratar cenas campestres numa visão idílica, que foram recebidas com muito gosto.
Na década de 1870 começou a retirar-se da vida social, vivendo num farol e despertando um amor pelo mar que daria origem a uma importante série de obras sobre pescadores e cenas litorais.
Entre 1881 e 1882 viveu na vila de Cullercoats, na Inglaterra, pintando o cenário local e suas figuras características, num estilo sóbrio, vigoroso e directo, em telas maiores que o seu usual, e com uma abordagem mais universal do que típica.
Voltando aos Estados Unidos em 1882, os críticos imediatamente perceberam que ele havia mudado, e que suas obras recentes se alçavam a patamares superiores de qualidade e significado.
Mudando-se para o Maine em 1883, começou a sua série de marinhas monumentais e dramáticas, isolando-se cada vez mais do mundo.
Era descrito como um Robinson Crusoé yankee e como um eremita com um pincel.
Apesar do respeito conseguido junto à crítica, as suas obras nunca se tornaram realmente populares.
Nos anos seguintes visitou a Flórida, Cuba e as Bahamas, mudando a sua paleta para cores vivas em aguarelas de belo impacto, que tiveram o efeito de rejuvenescer a sua mente e refinar a sua técnica aguarelística, que até hoje é altamente elogiada pela crítica, ao mesmo tempo em que se aventurava para temas de animais.
Homer jamais deu aulas regulares, mas as suas obras influenciaram as gerações seguintes pela sua honestidade no retrato das relações do homem com a natureza, e hoje é considerado um dos maiores pintores norte-americanos.





























sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Viagens 12 - Londres

Londres é das cidades que conheço, uma das que mais vezes visitei e também uma das que mais gosto.
E gosto por ser uma cidade com coisas muito bonitas, mas também por ser a grande metrópole europeia, em que podemos encontrar “todo o mundo”, os mais variados locais para os mais variados gostos e é uma cidade cheia de Cultura (museus, igrejas, espectáculos, acontecimentos), enfim, um mundo.
Já falei das minhas primeiras idas a Londres, uma de fugida, a caminho do Yorkshire e daquela semana de descompressão, após ter acabado a vida militar, no início de 1975.
Mas quem mesmo me mostrou Londres, foi o Duarte, que comigo partilhou várias dessas viagens, e porque ele tinha vivido ali quatro anos, tinha ali feito grandes amizades e conhecia bem a cidade.
Em todas as viagens que fiz com o Duarte a esta cidade, ficámos sempre em casa de amigos, e assim alternámos a casa do Dick e do Robert, em Highgate (norte de Londres)
do Roger e do Brian, em Whitton, (arredores de Londres)
e do Barry e do David, em Streatham (sudoeste de Londres)
Todos excelentes pessoas que nos receberam com imenso prazer e em casa de quem estivemos sempre muito à vontade.
Além destes, havia mais um casal amigo do Duarte com quem passámos bons momentos, o Dennis e o Alex, e almoçamos em sua casa, e ainda o simpático Daniel.
Foi nessas viagens que melhor conheci todos os monumentos e locais turísticos de Londres, visitando os museus (British Museum, National Gallery, Madame Tussaud…), mas também a animada vida nocturna, com predominância para os locais gays, desde os mais conhecidos e míticos até aos pequenos bares e pubs, nos anos mais recentes.
Assim entre outros os nomes de “XXL”, “Heaven”, “The Royal Vauxhall Tavern”, “The Black Cap”, “ The King’s Head”, “Admiral Duncan”, “Compton’s”, o saudoso “Salisbury’s” e o que mais gostávamos e mais frequentávamos – o “King’s Arms”, em Poland Street, bem pertinho de Oxford Street.

Também ali assistimos por duas vezes a celebrações do Gay Pride, bastante espaçadas no tempo, em 1990 e já no século XXI, com os desfiles monstruosos de gente a participar e assistir, desde o Hyde Park até Jubille Gardens, o primeiro e o outro a terminar em Strafalgar Square.
 Em 1990, o show que se seguiu foi fabuloso com imensos artistas conhecidos entre eles a Sandie Shaw e o Boy George.
Mas, claro que nas minhas visitas a Londres com o Duarte não havia apenas a componente gay; tivemos boas refeições em variadíssimos restaurantes, recordando duas memoráveis, uma num restaurante nepalês e outra num restaurante que se chamava “Belga’s”, especializado em mexilhões, perto de Camden Town. Deliciámo-nos com os belos parques londrinos, especialmente “Hampstead Head”, quase ao pé da casa do Dick e Robert, onde íamos quase todos os dias quando ali estávamos.
Percorremos os célebres mercados de Camden Town
 e de Portobello. Visitámos locais um pouco mais afastados como Greenwich
e outras localidades da Grande Londres, quando estávamos em Whitton.
Mas também fomos a Oxford
a Stratford upon Aven
e mesmo a Brighton, a praia dos londrinos.
E claro que visitámos Stonehenge, esse maravilhoso e estranho local.
Fomos a castelos reais desde Hampton Court, onde viveu Henrique VIII
até ao Castelo de Windsor, uma das actuais residências reais.
Não podíamos deixar de visitar a Torre de Londres, demoradamente
bem como passeámos pelas margens do Tamisa desde a Tower Bridge
até à New Tate Gallery.
E quando fomos a Greenwich vimos a nova e supermoderna Londres
zona onde recentemente se disputaram as Olimpíadas de 2012.
Mas Londres renova-se constantemente e há sempre algo que ainda não se viu e principalmente muita coisa que se quer voltar a ver.