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Como não tenho arte nem engenho informático para postar apenas o vídeo, remeto este texto para uma postagem do blog italiano Gayburg.
Pessoal e transmissível
Mas que mal lhes fizemos nós, homossexuais? Mas que mal causa ao país, o casamento entre as pessoas do mesmo sexo? Mas que cruzada é esta que mobiliza Igreja, imprensa, partidos políticos, "chefes de família" ofendidos e sei lá quem mais? Será esta lei uma ameaça à sobrevivência demográfica do país como pretende sibilarmente insinuar o senhor Cavaco? Será que Espanha, Bélgica, Holanda, Suécia, África do Sul, Canadá, Noruega e cinco Estados americanos (aos quais se juntou a região administrativa da Cidade do México, com mais habitantes que Portugal inteiro), deixaram de ser países sem moral e em que os casamentos heterossexuais tivessem sido limitados e assim levassem a uma menor natalidade?
Será que é preciso referendar um direito cívico? Se assim for abre-se um precedente que numa ridícula extrapolação, "amanhã" poderá levar a pretender referendar cada casamento entre A e B, sejam hetero ou homossexuais. E ainda sobre o pretendido referendo, chamado o supra-sumo da democracia, que direito posso eu reconhecer ao Quim, da Merdaleja (que nem escrever sabe mas vai à missa e ouve o senhor padre dizer que deve votar NÃO) para opinar sobre o meu amor por outro homem?
Quando se diz que este assunto está a tirar importância aos verdadeiros problemas do país, é precisamente esta campanha que o está a provocar, e não a lei aprovada pelo Governo e agendada para discussão no Parlamento para 8 de Janeiro. Quando se afirma que o Governo, de uma forma ou de outra está a pressionar o PR na promulgação ou não de leis, como se chama a esta campanha, neste particular aspecto, se não uma forma de pressionar o veto presidencial.
E quando se insinua, como essa senhora Pegado que esta questão dos casamentos entre PMS custa uma fortuna ao país (só para rir), sabe ela quanto custa fazer um referendo?
Se não fosse tão ridícula a frase usada neste contexto, até apetecia dizer: "Senhor, perdoai-lhes, que eles não sabem o que fazem".
Nota: eu não pretendo casar com o Déjan e muito menos com qualquer outro homem; apenas quero ter esse direito!!!
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A utlilização dos textos deste blogue, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no seu todo, requer prévio consentimento do seu autor.
À noite a impressão é ainda mais forte. Tochas assinalando o friso recortado do Palazzo Vecchio conferem às pedras um esplendor brilhante, como se a luz as fizesse derreter. A esta hora, a vista de Neptuno, a sua humidade escorregadia e branca bastam para fazer crescer água na boca. Olhando para ele, percebemos enfim por que os escultores lutavam por blocos de mármore branco de Carrara. Apetece-nos tirar os sapatos, patinhar pela fonte e raspar as algas verdes nos seus flancos com as unhas."Este é um texto inserido no livro de David Leavitt - “Florença, Um Caso Delicado”, em que o autor descreve com minúcia o conjunto escultórico de uma das mais belas praças do mundo: a Piazza della Signoria, coração da mais bela das cidades italianas – Florença. O livro consagra muitas das suas páginas, não só à descrição dos principais locais da cidade, como o Duomo, a ponte sobre o Arno, a igreja de Santa Maria Novella, a Accademia, o Palácio Pitti e os Jardins de Boboli, como também a vida de tantos artistas e principalmente escritores ingleses que escolheram Florença para viver entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX.
Sendo Florença uma cidade que já visitei várias vezes, e sempre com crescente admiração, cabe-lhe a honra de inaugurar uma nova rubrica neste blog, sobre cidades que me fascinaram.
Com 90 anos de idade faleceu hoje a actriz Jennifer Jones, que marcou de forma indelével o cinema americano, principalmente nas décadas de 40 e 50 do século passado.
Tinha uma beleza não clássica, mas que a tornava muito sedutora. Após um primeiro casamento com o actor Robert Walker e depois de um longo romance, acabou por casar com o poderoso produtor de Hollywood, David O. Selznick, com quem viveu até este falecer; mais tarde casou de novo.
O filme que a catapultou para a fama foi “A Canção de Bernardette” (1943), e que lhe valeu o Óscar da melhor actriz.
Numa vasta filmografia, destacam-se os filmes em que foi nomeada para Óscares: “Desde que tu partiste” (1944), “Duelo ao Sol” (1946), “Love letters” (1945) e “Love is a many-splendored thing” (1955); ainda participou em outros filmes que a celebrizaram e em que contracenou com os melhores actores e sob a direcção de conhecidos realizadores: “A Fúria do desejo” (1952), “Estação Terminus” (1953), “O Homem do fato cinzento” (1956), “O adeus às Armas” (!957), “Terna é a noite” (1962), sendo a sua derradeira participação no cinema no filme catástrofe “A Torre do Inferno” (1974).
Curiosamente, esta actriz marcou-me muito, pessoalmente, por um filme menor, mas interessante, já de 1966 – “O Ídolo”, em que fazia o papel de uma mulher de meia idade que seduzia um jovem que podia ser seu filho; tendo ir a ver o filme (no Europa,
Pois é, uma das piores coisas que pode acontecer a um Carneiro, é sentir uma desilusão. Foi o que sucedeu neste fim de semana, quando me foi comunicado pelo meu amigo em casa de quem iria ficar em Berlim, em Março, que tal não seria possível, pelo menos nessa altura.
Como já tinha acertado datas com o Déjan e até já tínhamos voos programados, a desilusão foi enorme.
Mas, quando se junta a teimosia de um Carneiro, com a força de um Leão, mas principalmente uma imensa e mútua vontade de estarmos juntos nessas datas, até porque englobam o meu aniversário, já reservei hoje bilhete para o Déjan vir de novo a Portugal, no próximo dia 10 de Março e passar cá duas semanas. Estou naturalmente feliz!!!!
E como o Duarte, com quem compartilho a casa, combinou férias com o seu namorado, o americano Rich para a mesma data, vai ser muito interessante pois vamos ter férias simultâneas.
O Déjan e o Rich chegam no mesmo dia, a 10 de Março, e logo a 11, iremos de carro numa pequena digressão ao Minho e Galiza, ficando a dormir em dias consecutivos, no Porto, Guimarães, Braga, Vigo e Santiago de Compostela, de onde regressamos a casa.
Espero no Porto reencontrar amigos num jantar na marginal de Gaia e também em Braga, alguém que por lá viva.
O mais importante é estar com o Déjan, e o sítio é secundário. Mas…não é tudo, pois os “Metalicca” estarão em Lisboa no dia 18 de Maio e já hoje comprei bilhete para o Déjan para esse concerto; ele é tão marado pelos “Metalicca” que vai ao concerto deles em Zagreb, a 16 de Maio e de lá vem para aqui, via Madrid; ainda não sabemos quantos dias serão, mas talvez uma semana, pois entretanto mete-se o Rock in Rio…
Faltam 85 dias para abraçar e beijar o Déjan…ESTOU FELIZ!!!!
O Prémio Pessoa é um prémio concedido anualmente à pessoa de nacionalidade portuguesa que durante esse período - e na sequência de uma actividade anterior - tiver sido protagonista de uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país.
Não é por acaso que o prémio se chama Pessoa e não Fernando Pessoa. A Unisys e o Expresso criaram, intencionalmente, uma certa ambiguidade entre a figura do grande poeta - que, aliás, nunca foi premiado em vida - e a pessoa, a personalidade portuguesa que, no ano relativo ao prémio, tenha assumido um papel importante para a sociedade em geral.
O Prémio Pessoa pretende, assim, ir contra a corrente de uma velha tradição nacional, segundo a qual o reconhecimento da importância da obra de algumas pessoas só foi verdadeiramente feito postumamente - tendo sido esse, precisamente, o caso de Fernando Pessoa - pelo que este Prémio não poderá ser concedido a título póstumo.
Acreditando cada vez mais na necessidade de intervenção da sociedade civil na regulação do futuro do nosso País, a organização pretende com este Prémio contribuir anualmente para o alargamento e o aprofundamento da obra de tantas pessoas portuguesas, umas mais conhecidas outras menos, que necessitam e merecem ser encorajadas para fazer mais e melhor.(*)
Foi entregue pela primeira vez em 1987 ao escritor e historiador José Mattoso, e no ano de 2008 ao arquitecto Carrilho da Graça, tendo distinguido ao longo destes cerca de vinte anos ilustres personalidades, como os escritores Manuel Alegre, Cardoso Pires e Herberto Hélder (que o recusou), Maria João Pires, João Lobo Antunes , Souto de Moura,
Após cerca de ano e meio de aturada pesquisa gastronómica, o cineasta João Canijo e os actores e encenadores Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues criaram uma peça que tem como ambiente os bastidores de um restaurante.
Em palco, há dois cozinheiros às turras. O ambiente cheira a comida mas os espectadores não provam os pratos. Ficam com água na boca.
A peça "O que se leva desta vida", coloca em acção dois cozinheiros que dão vida a duas visões diferentes do que é a arte de cozinhar e que se confrontam na defesa das sua opções culinárias .
A partilha conduz ao confronto: para um deles, o acto sublime é o próprio acto de criar, para o outro, o prazer de saborear.
"O que se leva desta vida" é, nas palavras dos seus autores, " uma visita aos bastidores da alta cozinha, mergulhando com humor e paixão num mundo onde os sentidos se encontram com a filosofia e a própria vida".
É, em suma, um espectáculo sobre a arte e a ciência da cozinha, sobre a insatisfação permanente e o espírito inventivo de dois cozinheiros que acabam por descobrir que um prato conta sempre a história de quem o cozinhou.
Para a peça foram criados por Juan Mari Arzak e Martín Berasategui dois pratos que são confeccionados em palco pelos actores.
Parece que o diálogo desta peça é bastante "preenchido" por palavras próprias de uma "stand up comedy", e não sei quem nem porquê, alguém teve a infeliz ideia de levar um grupo de pessoas da terceira idade a ver esta peça. É louvável que haja iniciativas dessas, mas há que escolher peças adequadas.
Ora as reacções deste público à peça foram as piores, tendo sido os actores vaiados em cena e produziram-se declarações no final, que podemos ver neste vídeo; claro que estas declarações mostram não só o atraso do nosso povo, mas também e sobretudo o inoportuno desta sessão.
Enfim, Portugal "progride e moderniza-se".
Como se sabe Portugal soube hoje quais os seus adversários na fase de grupos do Mundial da África da Sul do próximo ano; qualquer grupo seria difícil e calhámos no grupo encabeçado pelo Brasil, juntamente com a Costa do Marfim e a Coreia do Norte.
O primeiro jogo será para mim o mais importante, pois em caso de vitória e perante uma admissível vitória contra os coreanos, defrontaríamos no derradeiro jogo, o Brasil, já qualificados…
Mas o jogo com o Brasil traz um problema curioso: é sabido que têm feito parte dos convocados de Carlos Queiroz, os brasileiros Deco e mais recentemente Liedson; claro que ao fazê-lo renunciaram a representar o seu país de origem, o que até se pode compreender, pois devido a tão bons jogadores que o Brasil possui, eles poucas ou nulas hipóteses teriam de alguma vez serem seleccionados pelo país irmão.
Mas se no futebol de clubes, é o dinheiro que impera e há que ser realista e bom profissional, já no que respeita à selecção nacional, o caso muda de figura; atente-se nas declarações de Liedson, hoje mesmo, após o sorteio:
Perante isto, questiono eu, sem pôr em dúvida o bom jogador que Liedson indiscutivelmente é, se Queiroz o deverá convocar para a África do Sul, e caso o faça, se o fará alinhar contra o seu país?
O mesmo
Não comparemos com o caso de Scolari, pois este era seleccionador contratado e pago (muito bem pago) para defender as cores de Portugal; não é esse o caso de Liedson.
O que fará Queiroz????
Havia a mesa grande, todos os anos mais esticada, onde ficavam os adultos, e a mesa pequena, cada ano maior, onde algazarravam os mais novos, infinitamente mais animada, improvisada junto à lareira, que naquela noite aquecia o conjunto das duas salas contíguas.
No entanto, a passagem da mesa pequena para a mesa grande era um estatuto que nos envaidecia, pois iniciava-nos nas conversas dos adultos, mas onde nos sentíamos náufragos e quantas vezes não invejávamos as sãs gargalhadas da outra mesa.
Uma canja quentinha iniciava o repasto, em que o bacalhau reinava e era invariavelmente elogiado como melhor que o do ano anterior. Havia também polvo, mas não tinha um grande número de apoiantes. O peru, enorme e completamente "entupido" por um maravilhoso recheio, seguia-se-lhe. No capítulo da doçaria, pois havia os sonhos, as filhós, aletria, arroz doce e as "papas" com desenhos de canela que me deliciavam.
Dois momentos eram sempre esperados: a aparição da Xica, muito pequenina, cada vez mais velhinha a desejar as Boas Festas, e a chamada ao "palco" da mesa grande, do meu primo
Depois do jantar, os presentes, no salão grande, em que cada sofá era ocupado por uma "família". Era grande a admiração da pequenada a comparar presentes iguais apenas com cores diferentes; os mais velhos escapavam a essa regra e tinham o seu presente autónomo.
Depois era o convívio, em que sempre sob o olhar severo do meu Avô, se ia inovando ano após ano, com as iniciativas dos netos mais velhos. Não esqueço as minhas iniciativas de mostrar a toda a família que a minha Avó tocava maravilhosamente piano, e quando a convenci a abrir um improvisado baile, dançando uma valsa comigo (que bom foi, Avó...).
Alguns iam à missa do Galo, ali ao lado na capela das Doroteias, e no regresso já com os mais pequenos adormecidos, com o andar dos tempos, despachávamos o Avô para a cama e já com melhor ambiente, chegámos a fazer interessantes jogos, como o adivinhar nomes de filmes por mímica, onde eu obrigava o meu Pai a explicar "O delicadinho do 5º.esquerdo" e a tia mais puritana o "Sexualmente tua".
Era uma festa, a consoada em casa dos meus avós.
Este texto foi escolhido para ser incluído no blog “Fábrica de Letras”.
Foram duas semanas de um perfeito entendimento, em que apesar de um agradável mês de Novembro (dias de temperatura amena e apenas uma tarde de chuva), não saímos muito, privilegiando a companhia um do outro no aconchego da casa.
Mas deu para acrescentar algo mais ao conhecimento de uma cidade que me surpreende a cada passo, tendo desta vez conhecido melhor a margem esquerda do Sava, a chamada Nova Belgrado, com os seus arranha céus, as suas largas avenidas, os grandes hotéis e salas de espectáculo, e a sua crescente população. Foi aí, mesmo na confluência do Sava com o Danúbio que tivemos um maravilhoso almoço num barco restaurante lindíssimo e de muito boa comida, e com uma vista maravilhosa. Também conheci um outro restaurante, antigo, muito tradicional, com uma apresentação a fazer lembrar um teatro, com camarotes, com uma decoração princípio do século XX e com uma pequena orquestra de 4 jovens músicos a criarem um bom ambiente musical.
Tanta coisa bela em duas semanas que passaram a voar, e de que irei dando algumas “pinceladas” em próximos posts.
Uma imensa cidade de 2 milhões de pessoas, de constantes contrastes, de vivências fortes, de gente que vibra, ri e sofre, no seu isolamento, dum povo que vai ter neste mês de Dezembro um pequeno mas significativo passo para estar mais perto da Europa, pois vão ser abolidos os visas para a saída do país, no espaço Schengen.
E, como não podia deixar de ser, já temos datas aprazadas para o reencontro: dia 11 de Março em Berlim!!!!
Como o meu bom amigo
I miss you my love!