segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Voltar...
Voltar…
Voltar de uma viagem, de uma ansiada e tão necessária viagem, que correu muito bem até chegar o momento da despedida, que em vez de se tornar rotina, se torna cada vez mais difícil…
Voltar aqui ao meu espaço, mais cedo do que esperaria, pois eu sabia que iria voltar; nem sequer disse o contrário no meu último texto; apenas pensei que demoraria mais tempo…
E voltar, porquê? As razões da paragem não se alteraram muito, apesar de um ou outro regresso, (olá Speedy), e de um prometido regresso de um “velho” senhor dos blogs, (olá Ric).
Talvez não tenha sido suficientemente explícito e assim não totalmente compreendida a razão invocada da não reciprocidade dentro da blogo; como muitos sabem, a noção que tenho de um blog é de partilha, mas de uma partilha comunicativa e não apenas confessional. Daí o desabafo de alguma falta dessa reciprocidade, para mim tão importante, porque uma postagem só termina realmente com o diálogo dos comentários; daí eu comentar os comentários…
Eu nunca me queixei da falta deles, nem nunca pedi para ser comentado quando não há razão para tal. Queixo-me sim é de quem NUNCA comenta, não o meu blog, mas qualquer blog, apesar de gostar de ser comentado, (olá Carlos).
Durante este tempo, li tudo o que foi escrito aqui na blogo, pelas pessoas que sigo, e quantas vezes me apeteceu comentar, (parabéns, Luís e Gonçalo).
Vou voltar pois a aparecer, talvez menos vezes, talvez com alguma necessária selecção dos blogs que sigo, talvez não com tanta frequência de comentários, pois há mais vida para além da blogosfera.
Uma palavra para as muitas palavras de apoio, de incitamento a continuar, que me foram deixando, aqui e nalguns dos vossos blogs.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Time to say Good Bye
É altura de parar!
Dediquei muito de mim à blogosfera, e desde há muito tempo; assisti ao início e ao fim de muitos blogs e sempre fui acompanhando com palavras o seu dia a dia.
Agora vejo que a reciprocidade não existe mais: há blogs (não os nomeio, pois os seus autores sabem que é a eles que me dirijo, essencialmente) que nunca comentam qualquer blog, mas gostam muito de ser visitados; outros abandonaram essa prática e hoje estão no comodismo de pôr uma postagem de quando em quando e nada mais.
A blogosfera, está verdadeiramente doente e eu já não tenho paciência para isto; que me desculpem os bons amig@s que continuam a alimentar esta forma de comunicação tão interessante.
Vou parar! Definitivamente? Não sei.
Vou no sábado para Belgrado e aproveito esta “porta aberta” para ir saindo…
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Amour, acide et noix
Amour, Acideet Noix é um bailado coreografado pelo canadiano Daniel Léveillé em 2001 e que faz parte do repertório da sua companhia Danile Léveillé Danse e é a primeira parte de uma trilogia que tem como restantes componentes “La Pudeur des icebergs” (2004) e “Crépuscule des océans (2007).
Gostaria de ter o bailado integral, cerca de uma hora, mas não o encontro na net. Se alguém souber se está editado em vídeo, e onde poderei adquiri-lo, fico desde já agradecido.
Quatro corpos entregues à dança, revelam o que se refugia atrás da pele, branca e estranha: água, músculos, respiração, energia, uma visão da vida, tão viva e consciente do outro, apesar de ou talvez por causa de uma necessidade para não estar completamente só.. Amour, acide et noix fala de solidão, mas também, e mais especificamente da infinita ternura do toque, a dureza da vida e o desejo de evitar ou escapar destes organismos, muitas vezes tão pesados. Amour, acide et noix apresenta a nudez como a única alternativa verdadeira para a leitura do corpo, franca e livre de falsa modéstia. Afinal, a pele do corpo pode ser o traje da verdade. A música de Vivaldi é perfeita para acompanhar a evolução dos corpos.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Justiça????????????????????????'
O PAÍS QUE TEMOS ! Face ao que aqui se relata, só há uma forma fazer justiça ( sem ser pela violência !), a justiça publica : é fazer circular o mais possível, para que se saiba quem são : · O psiquiatra João Vasconcelos Vila Boas · a classe de alguns dos juízes que temos · a classe de alguns médicos que temos, gozando da protecção dos seus pares, através da sua Ordem profissional .
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"Um Homem Sem Importância"
Ontem, vi um filme de 1994, que me “encheu as medidas”.
Trata-se de “Um Homem Sem Importância” (A Man Of No Importance), de um realizador de que nunca tinha ouvido falar, Suri Krishnamma, especializado mais em séries televisivas e passado no início dos anos sessenta do século passado, em Dublin.
Como se sabe, Dublin foi o berço de um dos maiores vultos da literatura moderna, Óscar Wilde, e este filme é, de uma certa forma, ao longo da sua história, uma homenagem ao grande dramaturgo e homem de letras, que foi Wilde, e até o título tem algo a ver com uma das suas mais conhecidas obras – “A importância de se chamar Ernesto”.
Também é conhecida a outra faceta de Wilde, a sua homossexualidade e toda a tragédia que sobre ele se abateu nos últimos anos de vida.
Neste filme, o protagonista é um revisor de uma carreira de autocarros urbana, numa Dublin, muito conservadora, católica e demasiado pachorrenta. É um homem de meia idade, devotado às letras, principalmente poesia e teatro, tendo OW como grande mentor, e que é um homossexual não assumido, tendo uma paixão platónica pelo condutor do autocarro em que ambos trabalham, um atractivo jovem, a quem chama afectuosamente Bosie, o jovem amante de Wilde.
Com os habituais utentes da carreira onde trabalha, cria laços de amizade e estes, homens e mulheres de meia idade e pouca cultura gostam dos seus poemas e colaboram com ele na montagem de peças de teatro.
O nosso amigo resolve montar uma peça, mais ousada, de Wilde (obviamente), “Salomé”, desafiando assim o meio conservador em que está integrado; encontra numa nova e bonita passageira da carreira a intérprete ideal, pura aos seu olhos e a quem chama princesa.
Mas nem tudo é o que parece, nem tudo é como se quer: devido à descoberta da realidade da vida da sua “princesa” e depois de ver o seu platónico apaixonado beijar uma jovem, o protagonista resolve assumir-se como é realmente e assume a personagem real de Wilde, publicamente e sofre as naturais consequências. Acaba com uma réstia de esperança ao ver o regresso do seu Bosie, para junto de si, e ao ver o apoio dos seus amigos de sempre.
Para desempenhar este papel foi escolhido um dos grandes actores ingleses, Albert Finney, que tem aqui uma interpretação fabulosa, bem acompanhado por outros dois conhecidos nomes: Brenda Fricker e Michael Gambon.
Escolhi apresentar dois vídeos, o trailer e uma cena, para mim, a melhor do filme, em que Finney mostra o extraordinário actor que é, quando recita uma conhecida fala de Óscar Wilde ( "love that dare not speak its name").
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Capas gays de discos (2)
Aqui há umas semanas publiquei um post com capas gays de discos e prometi na altura, que viria a publicar mais uma série, mas apenas de discos portugueses.
Não foi fácil a escolha, pois a oferta é muito grande, mas cheguei a uma selecção, obviamente muito subjectiva:
E este vem com um anexo, que mostra as "meninas do coro"
E para finalizar em beleza, não é uma capa de disco, mas sim uma foto que o nosso "distinto" José Cid tirou para comemorar um qualquer prémio de disco de ouro, ou platina, ou coisa do género...
Não foi fácil a escolha, pois a oferta é muito grande, mas cheguei a uma selecção, obviamente muito subjectiva:
E este vem com um anexo, que mostra as "meninas do coro"
E para finalizar em beleza, não é uma capa de disco, mas sim uma foto que o nosso "distinto" José Cid tirou para comemorar um qualquer prémio de disco de ouro, ou platina, ou coisa do género...
domingo, 2 de outubro de 2011
Viagens - 1
Início aqui uma nova rubrica, sobre viagens.
As viagens que eu fiz, desde que me lembro e aquelas que me deixaram lembranças, quase todas boas; vai haver várias postagens, mais ou menos classificadas e vou tentar, dentro do possível, respeitar a cronologia…
Hoje vou referir-me apenas às primeiras viagens, as viagens da minha meninice, que eu fiz, sempre ou quase sempre acompanhado pelos meus Pais.
Há duas categorias de viagens desse tipo que me marcaram muito: aquelas que fiz a Lisboa, e não foram muitas; e as de todos os Verões até à Figueira da Foz, desde muito criança até ter autonomia para ter férias sozinho.
Das viagens a Lisboa, além daquelas visitas habituais ao Jardim Zoológico, ao Aquário Vasco da Gama e a alguns monumentos, recordo-me principalmente da atracção que Lisboa tinha sobre mim, com o seu movimento automóvel, a muita gente nas ruas, os ruídos e os hotéis (como eu gostava dos hotéis!)
Já quanto às idas para a Figueira da Foz, aconteciam sempre no dia 1 de Agosto e ia o carro a abarrotar, connosco e com coisas, pois era um mês inteiro que ali passávamos, sempre numa casa alugada, no chamado Bairro Novo, cerca do Casino.
Esses Verões foram inolvidáveis, já que eu adorava aquela praia e era a praia onde veraneava toda a família (a primalhada toda) e muitas famílias amigas. A praia, os banhos, os passeios de bicicleta alugadas ao Alves Barbosa,os jogos de máquinas automáticas no Casino Oceano, os carrinhos de choque, as saídas em grupo, já adolescente, com uma guitarra a cantar por aí, as idas ao Casino, os cafés na Caravela, os bifes à noite na Agostinha, a ida à pesca, depois apareceu o Tubarão, na marginal, com música para dançar…Enfim, fiquei sempre ligado àquela terra de que continuo a gostar muito.
E há uma outra viagem familiar que não esqueço, e que foi a minha primeira ida a Espanha, com os meus Pais e irmãos; fomos a Salamanca e Madrid. Os Preciados deixavam-me louco e a Gran Via era qualquer coisa do outro mundo.
Curiosamente, nunca mais viajei com a família, excepto uma vez, já depois da morte do meu Pai, que levei a minha Mãe comigo a passar uns dias a Madrid.
(A foto de Lisboa é de 1954 e a da Figueira da Foz é de 1950)
Esta canção de Maria Clara, é quase tão linda como a própria Figueira. Já se não fazem canções assim.
Este texto foi enviado como participação para o tema proposto pela "Fábrica de Letras"
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