domingo, 28 de setembro de 2008
Paul Newman
Prioridade para homenagear um dos mais prestigiados actores de toda a minha geração, que agora faleceu, sem surpresa, mas sempre com muita tristeza.
Além de excelente actor, não se pode esquecer a sua postura humana, num meio tão vulnerável como é o do mundo do cinema; o exemplo máximo será com certeza a invulgar duração do seu casamento com a também extraordinária actriz que foi e é Joanne Woodward.
Mais que falar dos seus principais filmes, dos prémios conquistados, é de referir a sua invulgar beleza física que encantou gente de ambos os sexos: tinha dos olhos mais expressivos de todos os actores de cinema.
Permito-me pôr aqui um pequeno vídeo da sua personagem (sob o meu ponto de vista) mais rica, a do jovem marido de Liz Taylor no filme "Gata em telhado de zinco quente", uma personagem bem ao género de tantas outras delineadas por Tenesse Williams, em que representa toda uma homossexualidade reprimida.
Vale a pena ver os outros vídeos que estão inseridos neste.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Parar e reflectir
Tudo isto para dizer que ponderei bastante seriamente em fechar este espaço, não por um motivo particular, mas por uma soma de questões, em que avulta o cansaço. Eu não preciso de um blog para nada, antes de o ter era a mesma pessoa que sou hoje, com os mesmos defeitos e qualidades; o seu aparecimento, já o afirmei há pouco aqui, veio um pouco na linha do aparecimento do Déjan na minha vida, o qual eu de certa forma não tinha programado, mas em boa hora acolhi; o próprio nome diz tudo: “Whynotnow”!
Claro que estou mais rico, ganhei bons, mesmo bons amigos e aprendi muito, essencialmente coisas positivas e também algumas negativas.
A gota de água que me fez ponderar o encerramento do blog, foi um mail que recebi de um Amigo que considero muito e que me deu conhecimento de algo que me entristeceu muito; e decidi mesmo fechar o blog; sou impulsivo, como bom Carneiro, mas também sei por vezes reflectir, sustendo o impulso; e foi quando me lembrei de uma palavra feia que existe na nossa língua e que é COBARDIA…
Eu tenho uma visão muito pessoal do que é ser cobarde; para mim só se é cobarde quando nós próprios sentimos que o somos; quando são os outros a decidir se o somos ou, não pode não o ser; basta ver a ténue fronteira entre o medo e a cobardia ( e quem nunca teve medo?) e uma outra questão muito complexa que é o que leva alguém a suicidar-se: será cobardia ou coragem?
E reflectindo melhor achei que seria um acto de cobardia, pelo menos neste momento fechar o blog, e que até poderia ser considerado um triunfo para determinadas pessoas e isso eu não quero, pois tenho o meu orgulho.
Mas fez-me bem esta paragem, para reflectir; deu para continuar, até quando????
domingo, 21 de setembro de 2008
Começou o "Queer"
Sobre o que vi o destaque vai para o filme de Ventura Pons “Barcelona (Un mapa)”, com interpretações muito boas dos “velhos” Josep Maria Pou, Núria Espert e a inevitável Rosa Maria Sarda, e que numa homenagem à sua cidade de sempre, disseca o presente e o passado de um casal, com as ligações às pessoas que habitam a sua casa.
Outra surpresa muito positiva foi a curta mexicana “Bramadero”, com um sexo explícito muito acentuado, mas curiosamente sem cair no pornográfico; um filme extraordinariamente polémico é o último do cineasta Bruce La Bruce, de quem o Festival tem apresentado por assim dizer todos os filmes; “Otto; or Up with Dead People”, não deixa ninguém indiferente - houve muita gente a abandonar a sala, mas também muitos aplausos no final; é um filme que provoca o espectador, chega mesmo a ser chocante, mas tem pelo meio pormenores deliciosos; não é filme para mim…
“Japan, Japan” é um filme israelita pouco interessante e a primeira sessão do “Obsceno” já depois da meia noite foi para mim uma desilusão.
Amanhã há mais uma maratona…
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Segredos de uma relação
Dessa interessante entrevista fiquei a pensar durante algum tempo na resposta dada a uma pergunta que lhe foi feita.:
“Qual o segredo para a longevidade de uma relação?”
A sua resposta foi a seguinte:
“Respeito. Apaixonarmo-nos por alguém é muito fácil. Certos amigos meus apaixonam-se de dois em dois dias, é o mais fácil na vida. Mais difícil é aprender a respeitar o outro. Uma pessoa que tem opiniões diferentes das nossas. Eu tive de aprender isso. Eu comecei com opiniões formadas sobre muita coisa, pensando que qualquer opinião divergente era errada. Isso não é saudável para uma relação duradoura. A paixão vai diminuindo ao longo do tempo e tem de ser substituída por respeito e amizade, e quem não conseguir fazer isso vai perder a relação. Vejo muitos casais que ainda não aprenderam essa lição. Têm discussões terríveis em frente a outras pessoas e usam uma linguagem que indica que não desenvolveram respeito mútuo.”
Zimler sabe do que fala, pois vive em união de facto com o cientista Alexandre Quintanilha, há cerca de 30 anos. A palavra mais importante da sua resposta é respeito E desenganem-se os que pensam nas paixões eternas, pois elas são passageiras e dão lugar se forem vividas em plenitude, ao patamar mais alto do amor.
Pessoalmente a paixão torna-se-me desconfortável, pois comparo-a a um estado febril, a uma vivência exagerada e quase exclusiva com o outro, não é uma vivência normal; mas é necessária, pois sem a paixão o amor no seu estado mais restrito nunca existiria.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
"Saturno Contro"
De todos eles, foi o que mais gostei; é do realizador turco, radicado em Itália, Ferzan Ozpetek, que tem outros bons filmes no seu currículo, nomeadamente o cèlebre "Hamam", além de "Le Fate Ignoranti", já apresentado numa edição anterior do Festival de Lisboa e ainda de um belìssimo "La Finestra di Fronte"; quase sempre com o mesmo leque de actores, entre eles Stefano Arcosi (o Cap. Salgueiro Maia do filme de Maria de Medeiros "Capitães de Abril"), aborda temas conotados com a homossexualidade, mas de uma forma muito bela e sensível.
Este filme ganhou vários Óscares do cinema italiano, no ano passado, entre eles o da melhor banda musical, em que sobressai este tema que acompanha o vídeo - "Passione", interpretado pelo cantor Neffa.
Um filme a não perder, de forma alguma.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
A Torre de La Défense
Ainda antes de abordar a peça, uma palavra para o conceito de perfinst, um neologismo resultante da união das palavras perfomance e instalação, e à qual Luís Castro tem dedicado muito da sua obra, em que o encenador flui entre as artes do palco e as artes visuais, recorrendo ou não a texto.
É aliás um exemplo perfeito de perfinst, esta encenação do texto do dramaturgo argentino Copi (1939-1987), do qual a Karnat já havia apresentado uma dupla abordagem de “L’homosexuel ou la difficulté de s’exprimer”, com 3 actizes, primeiro e depois com 3 actores; uma referência apenas à variada obra deste autor já apresentada em Portugal, com destaque para a peça “Eva Péron”, encenada soberbamente pelo “saudoso” Filipe La Féria da Casa da Comédia, numa interpretação inesquecível de Teresa Roby (considero pessoalmente a trilogia encenada por La Féria na Casa da Comédia, e constituída por esta peça, pelo “Evangelho segundo Pasolini” e pela peça de teatro no estilo japonês Kabuki, como das coisas mais “loucamente conseguidas” do teatro já feito em Portugal).
Mas, falemos da peça “A Torre de la Défense”, com um texto desconcertante à volta das personagens de um casal gay, de uma burguesa em ácido e sua filha, de um travesti, de um árabe e de um americano, numa noite de passagem de ano , num apartamento do bairro parisiense de La Defense; aliás as personagens da filha da burguesa e do americano, nunca chegam a estar presentes. Durante a primeira parte do espectáculo, as personagens vão evoluindo, e vão-se definindo através de diálogos sem concessões de palavras, numa representação quase estática e essencialmente gestual. Após o intervalo, os espectadores seguem para os bastidores, onde lhes são apresentados variados aspectos que documentam alguns aspectos marcantes do texto, bem como da preparação cénica, com referência a adereços e outras coisas; no centro do “palco” numa espécie de caixões repousam os corpos dos intérpretes, expostos na sua total nudez; segue-se depois a audição e não visualização da segunda parte do texto, em que as “falas” são acompanhadas de sonorização adequada.
No cômputo geral, o que mais me agradou foi a abordagem da peça, no tal conceito supracitado de perfinst, pois o texto, embora muito interessante, não tivesse tido uma defesa muito conseguida dos intérpretes, melhor os femininos que os masculinos, nomeadamente Margarida Cardeal, muito bem na burguesa ácida.
Enfim, uma maneira diferente de passar um serão de domingo, dominado nesta Lisboa de ontem quase totalmente, pelo concerto de Madonna; mas desse concerto muita gente amiga irá contar tudo…
sábado, 13 de setembro de 2008
Passado e presente: 8 - Walt Withman
Saudável, livre, o mundo à minha frente,
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Uma capa nojenta
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
The day that never comes
Toda a gente sabe que não morro de amores pelo Heavy Metal e que foi para mim uma odisseia ter assistido no Rock in Rio à actuação dos diversos grupos que culminou com os Metallica (o amor faz disto…); mas e porque sei toda a ânsia do Déjan nos últimos tempos e o seu desejo enorme de ter a caixa especial e de limitada edição deste álbum, fiz a pré-compra da mesma na FNAC, até por servir de prenda de aniversário atrasada para ele; também só a posso ir buscar dia 12, e não é nada barata…
Quando o Déjan ouviu o álbum pela primeira vez, ficou maravilhado e disse-me que finalmente o grupo tinha voltado aos velhos tempos de há 20 anos atrás, com um som duro e puro (sic…).
Pedi-lhe que me poupasse a ouvir qualquer faixa, mas ele insistiu tanto que eu anuí em ver os primeiros dois minutos do vídeo promocional do álbum, “The Day That Never Comes”; e, surpresa das surpresas, vi e ouvi o vídeo todo…e gostei!
Talvez por ser um vídeo com uma história, e a música estar um bocado entroncada nessa história, gostei mesmo muito.
E por isso, ele aí está., o novo álbum dos Metallica.
sábado, 6 de setembro de 2008
Grandes compositores
Impotentes – naturalmente Bach, com a sua “Toccata e fuga”
Semi-potentes – seria lógico que fosse Schubbert, com a sua “Sinfonia Incompleta”
Potentes – obrigatoriamente Stravinsky, com a famosa “Sagração da Primavera”
Potentíssimos – só poderia ser Beethoven, que após a “1ª.”, fez a “2ª.”, a “3ª”, a “4ª”, a “5ª”, a “6ª”, a “7ª”, …a “8ª”…e a “9ª”…com coros!!!!
E a propósito de grandes compositores, é delicioso ouvir este número musical interpretado por Louis Armstrong e o famoso comediante Danny Kaye.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
O 500º.!!!
1. Belgrado, Setembro 2006
2. Cascais, Janeiro 2007
3. Whiton, Maio 2007
4. Londres, Maio 2007
5. Zadar, Setembro 2007
6. Porto, Junho 2008
7. Ponta da Piedade, Junho 2oo8
terça-feira, 2 de setembro de 2008
O segundo...
No que diz respeito à evolução de um blog, tenho notado isso no meu, como em vários outros que frequento; no meu caso, isso tem acontecido não de uma forma deliberada, mas sim de um modo que eu acho natural; sendo um blog de alguém que vive a sua sexualidade de uma forma perfeitamente assumida, desde sempre os assuntos ligados à homossexualidade aqui tiveram acolhimento e debate; mas reparo que nos últimos tempos, a quantidade de postagens ligadas a esses assuntos, directa ou indirectamente tem crescido. Também, e devido a um certo isolamento social da minha parte, há determinados acontecimentos que aqui não são referidos, por não os ter acompanhado, o que lamento (os filmes são disso um bom exemplo). O Déjan tem sido, e será decerto, cada vez mais, assunto deste blog, pois dia após dia ele está mais presente em mim. De resto, o blog continua a ser aquilo que sempre foi: um blog bastante pessoal, generalista, que procura alternar assuntos sérios com algum humor, e aberto a todos os que saibam e gostem de conjugar o verbo “tolerar” e também sejam capazes de ver algo além do seu umbigo…
E assim passo ao segundo ponto, que é sobre quem me lê e/ou me comenta; deixemo-nos de esconder o lixo debaixo do tapete, mas a verdade é que toda a gente que tem um blog, gosta de ter comentários! Mas há comentários e “comentários”; eu ao comentar prefiro não dizer nada, do que “nada” dizer; e já me cobraram por isso, quem não tinha a mínima autoridade para o fazer, mas enfim…
Já várias vezes o referi, um texto só se completa totalmente com os comentários, pois quantos deles não trazem um valor acrescentado ao que foi escrito e noutros casos ao contraporem pontos de vista diferentes, só estão a enriquecer e alargar o exposto. Já “sofri” a erosão do abandono de alguns (muito poucos) leitores/comentadores, e em todos os casos estou de consciência absolutamente tranquila e, sinceramente, não sinto a falta deles; os amigos que aqui já conquistei são bastantes e alguns deles permanecerão para além do eventual fecho deste ou de outro blog; outros há que não são ainda amigos grandes, porque ainda não houve oportunidade de haver qualquer contacto extra-blog, mas todos os autores dos blogs referidos na minha lista no blog, são amigos em formação…Amigos não eram com certeza os que saltaram do barco, mesmo aqueles a quem franqueei a minha casa para comigo jantarem.
Este post é assim uma reflexão mais genérica sobre o meu blog, na sequência do anterior e que precede um último deste trio; mas não esperem grandes surpresas, pois será um post muito mais singelo e menos palavroso do que estes dois.
domingo, 31 de agosto de 2008
O primeiro de três
Hoje permito-me explicar um pouco mais em detalhe o porquê do meu blog; ele apareceu de uma forma quase natural, embora algo impulsiva, como é característica minha, e é essencialmente muito pessoal, quer no que respeita a mim próprio, quer à forma como vejo o mundo. Isto já foi dito, mas nunca referi o que me levou a adoptar o nome "whynotnow"; sucede que, quando iniciei o blog (6 de Novembro de 2006), se tinha finalmente cimentado um relacionamento que tivera início uns largos meses antes, mas que, na realidade só se efectivou depois de um primeiro encontro, em Belgrado, em Setembro desse ano.
E se este nome do blog, só por si se justificava para o início de um blog, mais isso acontecia se esse mesmo nome era a minha total aceitação desse relacionamento, pondo de lado, sem reservas as dúvidas de um relacionamento difícil, devido às distâncias (problema que se mantém) e devido à diferença de idades (completamente ultrapassado).
Quantas vezes me questionei, mais do que o “porquê”, sobretudo o “agora”…
Mas rendi-me e fiz o que devia, quebrei todas as defesas e fui em frente.
Portanto o nome deste blog deve-se em grande parte ao Déjan, que com tudo o que me foi dando (e continua a dar), me fez ver que precisava, como sempre precisei, de uma janela aberta para dizer das minhas alegrias e tristezas, para comunicar, para encontrar amigos (sem eles, o mundo é uma monotonia) e para ser eu, na realidade.
Este é o primeiro de três posts sobre o meu blog; Why now??? You w’ll see! Faltam dois…
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Passado e presente: 7 - O Lago dos Cisnes
Há inúmeras e variadíssimas formas de se manifestar este conceito que nos proporciona uma simbiose de movimento e melodia, e que se podem apresentar, desde o folclore, alma da música popular das variadas regiões, passando pelas mais normalizadas versões de conhecidos tipos de música (tango, valsa, salsa, rock, etc...), até às mais sofisticadas interpretações do chamado ballet, o qual, só por si, nos oferece variadas concepções, que tanto podem ser clássicas, como modernas.
É neste conceito de ballet clássico, que se inclui o famoso "Lago dos cisnes", coreografando de várias formas a maravilhosa partitura de Tchaikovsky.
Na sua versão mais normalizada, é considerada uma obra que se tem prestado a excelentes interpretações de famosas bailarinas em todo o mundo, de onde ao acaso me recordo por as ter presenciado, as de Margot Fonteyn e da portuguesa Isabel Santa Rosa.
No entanto, o coreógrafo britânico Mathew Bourne, na sua muito pessoal versão de obras famosas, que passa pelo "Quebranozes" e por "Eduardo mãos de tesoura", entre outras, maravilha-nos com uma ousada versão do "Lago dos cisnes", em que as esbeltas aves não são as habituais e graciosas bailarinas a que estamos acostumados, mas sim jovens e bem constituídos homens, com um figurino muito adequado à ave em questão, e que nos maravilham com a sua agilidade misturada com muita arte de bem dançar. Na versão original, da qual existe um filme, com saída já em DVD, o papel principal era magistralmente dançado por Adam Cooper, embora nas actuais digressões da companhia pelas diferentes salas de todo o mundo, o elenco, todo de excelente qualidade é diferente.
É claro que anseio vir a poder ver aqui no nosso país esta companhia, em alguma das suas coreografias (uma das mais recentes é "Mary Poppins" ), mas com a inclusão deste inolvidável clássico do bailado.
Uma das minhas recentes "Opções Culturais" e no que diz respeito à dança foi a versão que Mathew Bourne nos deu do “Lago dos Cisnes”; a propósito disso, repesquei este texto publicado no meu blog em 14 de Novembro de 2006, e como o tempo não pára, posso dizer que a mais recente obra deste coreógrafo é “O Retrato de Dorian Gray”; a inclusão do vídeo também não fazia parte do post de então, apenas documentado com uma pequena foto.
Matthew Bourne - Le Lac Des Cygnes
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Jornalismo????
«Chegou a vez dos “larilas”.
Por várias vezes, representantes de diversas Instituições
têm alertado a opinião pública para um facto que consideram muito preocupante,
ou seja, em Portugal cada vez há menos crianças a nascer. Na terça feira, dia 22
de Julho, nas televisões e nas rádios, era divulgado este facto, tendo por base
as estatísticas da Direcção Geral de Saúde, publicadas no seu espaço informativo
na Internet. “Em Portugal manteve-se, em 2007, a tendência decrescente da
taxa de natalidade reflectindo uma redução de cerca de 3 000 nados vivos face
aos valores do ano anterior. Estas taxas são mais baixas nos distritos do
interior, Guarda, Bragança, Portalegre e Vila Real e superiores à média nos
Açores, Algarve e distritos de Lisboa e Setúbal. Quer isto dizer, sem margem
para dúvidas, que há menos bebés a nascer no nosso País. Este problema é sentido
em várias regiões do Interior, inclusivé já têm surgido autarquias a dar vários
incentivos aos jovens casais para terem mais filhos, uma forma de ajudar a
combater a desertificação. Até que surgiu a ideia luminosa do Governo, acabar
com algumas maternidades e mandar as Portuguesas terem os filhos em Badajoz,
olé! E, se recuarmos alguns anos, dá para saber que em 2001, nasceram em
Portugal 112.825 crianças, menos 7.246 que em 2000. Perante estes dados e sem
ser necessário dar mais pormenores, qualquer pessoa de bom senso e sentido das
responsabilidades estará preocupada com a falta de nascimentos de bebés no nosso
País. Mas, como em tudo na vida, não há regra sem excepção. Como se fosse mais
um milagre das rosas, surgiu uma luz no horizonte, não no sentido dos casais
terem mais filhos, mas sim uma nova “bandeira” da Juventude Socialista o
“casamento dos homossexuais!...” A propósito e para que não fique qualquer
dúvida transcreve-se parte das declarações do novo líder da Juventude
Socialista, Duarte Cordeiro, no Congresso do Porto, dadas a conhecer na TSF,
16h51, Domingo, dia 20 de Julho, e cita-se: O novo líder da Juventude
Socialista (JS), Duarte Cordeiro, afirmou este domingo que o casamento
homossexual «é uma imposição do princípio de igualdade», acreditando que o PS se
empenhará na defesa desta causa. «Deparamos com uma das poucas desigualdades
existentes na lei, impondo-se a alteração a vários níveis», disse Duarte
Cordeiro, acrescentando que «trata-se da felicidade de milhares». Duarte
Cordeiro, que foi este fim-de-semana eleito secretário-geral da JS, no Congresso
Nacional dos ‘jotas’ que decorreu no Porto, reafirmou que os jovens socialistas
estão empenhados «nesta batalha pelos direitos fundamentais dos cidadãos e
cidadãs homossexuais, mas estão cientes de que a alteração da lei se fará
através da força reformista do PS e do seu empenho na defesa das liberdades em
democracia». Ora aí estão as preocupações do Líder da JS! Sobre as liberdades em
democracia, este slogan foi defendido há décadas por socialistas convictos que
lutaram contra o antigo regime de Oliveira Salazar, estiveram presos nas
masmorras da PIDE, foram deportados, perderam a vida numa luta por uma causa que
abraçaram e que veio a culminar no 25 de Abril de 1974. Se nessa altura
soubessem que em pleno Século XXI os ideais da JS é conseguirem o casamento
entre dois homens ou entre duas mulheres, na linguagem do povo “larilas” e não
só, eram capazes de morrer de vergonha. Aliás dentro do Partido Socialista
felizmente há quem repudie esta forma de actuação, caso da Deputada Maria do
Rosário Carneiro. Tudo isto se torna mais grave por surgir de jovens que
deveriam lutar por outras causas. Exemplos: a falta de emprego, “jovens
licenciados sem trabalho já são 65 mil”. Depois há milhares de raparigas à
espera de encontrar um namorado e com os casamentos dos homossexuais bem podem
ir encomendando uma touca e ficarem para tias. Outro facto que fica como
interrogação para as próximas Eleições de 2009 e que são três: Será que a JS vai
organizar manifestações e comícios para os homossexuais? Ou vamos ter as marchas
GAY? Infelizmente não há uma oposição firme a muitos desvarios que vão
acontecendo neste País cada vez mais decadente, desacreditado e endividado, onde
alguns tentam enterrar os valores morais e da família. Se houvesse oposição,
quando o Primeiro Ministro José Sócrates respondeu a Manuela Ferreira Leite que
o PS era um Partido de liberdades e não era conservador, (presumível alusão aos
casamentos de homossexuais) tinham partido a louça toda... O que se viu? Com
medo de perderem os votos dos GAY no PSD e no CDS/PP, ou falaram a medo, ou
encolheram-se!...Ora bolas!…»
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Opções culturais
Eu não indico os acontecimentos cronologicamente, até porque alguns podem ser simultâneos, caso da música e da leitura e também apenas escolhi coisas já vistas e que me deram um imenso prazer; sendo assim passo às minhas opções:
- Exposição - não será propriamente uma exposição, mas sim um objecto exposto, e
que seria o “David” de Miguel Ângelo, na Galeria da Academia, em
Florença, talvez a mais bela obra esculpida desde sempre, perfeita!
- Filme – não um, mas dois: “Brokeback Mountain”, pela história, pela fotografia, pela
música, mas principalmente por duas cenas que jamais me sairão da memória
(a cena do primeiro reencontro e a cena final); e “Far from the Heaven”, pela
recreação perfeita dos anos 50, pela história e sobretudo por uma admirável
Julianne Moore.
- Teatro – “O caminho para Meca” que vi há anos na Casa de Garrett, com uma Eunice
Munoz fabulosa e com uma esplêndida encenação de João Lourenço.
- Ópera – “Aida”, pela música, pela grandiosidade, por ser de Verdi, claro.
- Bailado – também duas opções: a versão gay do “Lago dos Cisnes” de Mathew
Bourne (das coisas mais belas que já vi); e “Romeu e Julieta” de Maurice
Béjart, que conseguiu “revolucionar” uma das maiores histórias de amor de
sempre.
- Música – fado, com Amália, incluindo “Lágrima”, “You raise me up”, porque “ele”
está sempre no meu coração, o “Piano concerto nº.21” de Mozart e o
“Inverno” de Vivaldi.
- Livro – e agora para variar, uma trilogia: “O Principezinho” de Antoine de Saint-
Exupery, “Memórias de Adriano” de Margaret Yourcenar e “As canções” de
António Botto.
Como é da praxe, aqui vão os desafiados, todos eles capazes de óptimas escolhas, estou certo: “Felizes juntos”, “Castelo d’areia”, "Gritosmudos”, "Psimentos" e "How the enGine throb"
sábado, 23 de agosto de 2008
Ouro gay em Beijing
O jovem australiano, Mathew Mitcham, de 20 anos de idade, acaba de conquistar a medalha de ouro na categoria de saltos para a água, graças a um sexto e último salto extraordinário.
Nada de grande realce, no meio de tantas medalhas de ouro, com o natural relevo para a do nosso Nélson Évora, se não fosse o facto de Mitcham, ser o único atleta masculino presente em Beijing, assumidamente homossexual (houve outras três atletas femininas que se assumiram).
Assim, Mathew Mitchum é o primeiro atleta gay a conquistar uma medadlha de ouro olimpíca.
Recordo que Gregg Louganis, o conhecido saltador americano, que conquistou várias medalhas entre as quais uma de ouro, só assumiu a sua homossexualidade mais tarde, ao anunciar que era portador do vírus da SIDA
Faltava esta foto, com o Mathew a festejar com o seu namorado.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Tale of Tales
Este filme realizado pelo russo Yuri Norstein em 1979, está considerado como um dos melhores filmes de animação de todos os tempos. Este vídeo mostra apenas a primeira de três partes, devido ao filme ser uma média metragem; no "You Tube" podem encontrar-se facilmente as duas partes restantes.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Desejo-te tempo
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
"Latter Days"
Aaron e Christian são talvez duas das pessoas mais antagónicas deste mundo. Aaron é um jovem Elder (missionário mórmon) que deseja ser o orgulho da sua família e que vive intensamente a sua missão; Christian é um jovem homossexual, empregado de restaurante e que sexualmente é um “predador”(um encontro sexual todas as noites fá-lo feliz).
Quando Aaron e mais três jovens missionários chegados a Los Angeles, se instalam num apartamento vizinho do de Christian, os amigos deste fazem com ele uma aposta não acreditando que ele consiga seduzir um dos missionários; quase instintivamente, Christian elege Aaron como o seu alvo. Mas daí advêm dois problemas: Christian descobre que Aaron é um homossexual reprimido e depressa se apaixonam; mas por outro lado, para os Mormons, a homossexualidade é algo completamente inaceitável.
Quando o seu romance é descoberto, ambos terão que vencer imensas vicissitudes para manter o que afinal mais desejam: o amor entre ambos.
Dirigido por C. Jay Cox, em 2003, este belíssimo filme, tem como principais intérpretes Steve Sandvos (admirável como Aaron, e Wes Ramsey, como Christian. É um filme que ultrapassa e muito o vulgar romance gay, para pôr a nu o confronto entre a religião e a homossexualidade e os problemas que um jovem tem ao enfrentar uma feroz homofobia familiar; mas a capacidade do amor entre estes jovens tudo supera. Um filme a ver ou a rever.
No “You Tube”, podemos encontrar todo o filme, legendado em castelhano, dividido por vários vídeos; é de não perder!
Dedico com todo o prazer esta postagem ao amigo Engine.
sábado, 16 de agosto de 2008
A guerra do Cáucaso
Depois da queda do comunismo e da extinção da URSS, tem sido uma vertiginosa descida aos infernos o que se tem passado na nova Rússia; até que surgiu um senhor formado na KGB, mas com uma política híbrida de charme e de repressão, que fez voltar às gentes russas o orgulho pátrio: Putin!
Sorriso aqui, abraço ali, tornou-se um amigo do ocidente, mas sempre de pé atrás...
Quando o expansionismo americano, via UE, começou a "dinamitar" as fronteiras do seu território, "a mula deu um coice" e Putin, agora a jogar na sombra, mas sempre a comandar, achou que esta "sealy season", mascarada de jogos olímpicos, seria a altura ideal, para dizer "basta",
E agora, que chatisse, vamos lá a interromper as férias, ainda bem que a presidência europeia está em mãos francesas, pois Sarcozy tem vocação "pessoal" para Nobel da Paz, e o Bush lá manda a "Condolência" e manda mais umas asneiradas, e pronto, a poeira assenta...
Será que assenta? Esta "Guerra do Cáucaso" quer dizer muito mais do que parece e intimida muito boa gente; a Rússia, pela primeira vez desde a "venda" da R.D.A. efectuada por Gorbatchev a Kholl, rugiu e disse a uma América, perigosamente a liderar o mundo, nas mãos de um cretino, à politicamente imatura U.E. e a
uma China emergente e vizinha, que também tem, ou quer ter voz activa.
Vamos ver em que é que isto tudo dá, uma coisa é certa: essa Guerra Fria que durou nas décadas finais (50 a 80) do século passado, parece ter estado só em hibernação; mas o tabuleiro político dessa guerra também foi imensamente alterado...
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Dois lutadores foram ao tapete
Dois jovens lutadores da Universidade do Nebraska, Paul Donahoe e Kenny Jordan, foram excluídos da sua equipa depois de terem aparecido nus num "site" pornográfico gay. A razão oficial do seu afastamento, é baseada no facto de, como atletas da NCCA(National Collegiate Athletic Assossiation), eles não terem o direito de deixar as suas fotos serem utilizadas para fins comerciais( o "site" não é gratuito), nem de usufruir qualquer compensação com essas fotos.
Aqui ficam as fotos devidamente "axadrezadas" de cada um dos lutadores.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
La Mamma Morta
Esta é para mim, uma das cenas mais marcantes do filme "Filadélfia", pois junta dois talentos excepcionais, em diferentes áreas artísicas, é claro, mas ambos fabulosos: de Maria Callas já tudo se disse, mas nunca é demais ouvi-la, e nesta ária de "André Chennier" ela sobe a um nível quase inultrapassável. Tom Hanks, que neste filme tem, de longe, a sua melhor interpretação de sempre, consegue nesta cena, transmitir-nos toda a intensidade do seu drama pessooal, ao som de "La Mamma morta", e ao mesmo tempo, associa esse drama ao "libretto" da própria ópera. A estupefacção (admiração) de Denzel Washington só é comparável à nossa.
Admirável!!!
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Quando o telefone toca
domingo, 10 de agosto de 2008
Passado e presente: 6 - Belgrado, uma cidade, um país, um povo
Adenda: estes posts foram escritos em 11 e 16 de Novembro de 2006; após estas visitas já voltei a Belgrado, visita essa que documentei aqui no blog em 13 e 18 de Janeiro do corrente ano; e claro, desde Novembro de 2006 até hoje muito aprendi sobre este povo e este país…
sábado, 9 de agosto de 2008
O blog de um amigo
O André cresceu e hoje é um jovem de 27 anos; quis a vida que os nossos contactos sejam mais raros, mas nunca deixou de ser o “puto” André, e quando há cerca de 4 anos ganhou um importante prémio internacional, e chegou a ser entrevistado na CNN, nunca o André perdeu aquele ar tímido que o caracteriza; esse prémio foi o corolário de inúmeros projectos que ia desenvolvendo na sua área preferida, o design, de preferência sobre automóveis e aviões.
Agora o André criou um blog, um bocadinho “empurrado” por mim – é o “Work in progress” e nele vai incorporar a vertente do design, mas também outras coisas da Vida e da sua vida; porque o conheço, sei que será um bom blog. Deixo aqui as referências ao troféu conquistado, sendo a foto a do prototipo vencedor “O português André C. foi o grande vencedor do 3º Concurso mundial de Design Peugeot, com o original projecto Moovie. Um feito assinalável, não só por ter sido alcançado por um jovem designer amador, de apenas 23 anos, como por demonstrar que em Portugal existe inspiração para criar projectos ousados e inovadores na área do design automóvel, que tão pouca expressão tem no mercado português.. Respondendo ao desafio "Desenhe o Peugeot com que sonha para o futuro próximo", André C. conseguiu destacar-se entre os 3800 projectos a concurso e terá agora como principal prémio a concepção de um protótipo à escala 1/1 do Moovie, o qual será apresentado no Salão Automóvel de Frankfurt, em Setembro próximo. Um cheque no valor de 6000 euros e a criação de uma miniatura do seu projecto à escala de 1/43 pela Norev são outras das recompensas que esperam este estudante de Design de Equipamento da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (FBAUL).
O Moovie é uma pequena viatura de apenas dois lugares, que deve muito do seu design às inovadoras rodas de grandes dimensões, as quais, pela sua concepção oca, recebem também as próprias portas da viatura. Estas últimas abrem num movimento circular, deslocando-se para a frente. As rodas, aliadas a duas esferas orientáveis, são capazes de rodar em ângulos próximos dos 360º, o que, conjugado com a ampla superfície vidrada, facilita as manobras a bordo do Moovie em ambientes urbanos.
O projecto idealizado por André C. aponta para um veículo amigo do ambiente, utilizando energia eléctrica, mas a própria Peugeot admite que a adopção de um sistema de células de combustível miniaturizado também poderia ser uma opção para animar esta interessante proposta. Mas, mais do que a mecânica, foi a estética que permitiu ao Moovie arrebatar o galardão. Os responsáveis da marca francesa reconheceram que o projecto português foi o que suscitou mais entusiasmo no seu centro de design, destacando a qualidade do tratamento da superfície, a simplicidade e suavidade das formas e o design emotivo, que transmite a sensação de um habitáculo acolhedor e confortável. Importa ainda referir que o Moovie não foi o único projecto distinguido pela Peugeot, pois, pela primeira vez na história deste concurso, foi instituído um pódio. O segundo prémio foi atribuído ao projecto 607 Arabesque, criado por um designer industrial inglês de 37 anos, o qual assume as formas de um coupé de altas prestações. O terceiro classificado foi um jovem chinês de 21 anos, Zhonghuayi, que concebeu um veículo futurista animado por células de combustível, que se poderá classificar como uma pick- -up para o futuro.”
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Os olhos do amor
Tão triste como belo; o amor na sua expressão total...
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Claro ou escuro
E se o forem apenas a «tempo parcial», porque não deixar a «parte obscura» escondida?
Aberto à sociedade apenas deve ser o «normal» e o maioritário, o dominante, aquilo que se pode expor sem medo; para o resto, é melhor o silêncio.”
Esta é uma citação de Vicente Molina Foix, conhecido escritor catalão, actor e realizador de um interessante filme - “Sagitário”, assumidamente homossexual e está inserido num excelente texto publicado na Zero, acerca do “Outing”, que difere da saída do armário, por ser feita por terceiros, normalmente acerca de pessoas conhecidas…
Se esta é a opinião de uma pessoa bem conhecedora da sociedade actual, e neste caso da sociedade espanhola, muito mais avançada que a nossa, questiono-me o que pensará a sociedade portuguesa, tão homofóbica como continua a ser, pese embora os pequenos passos que têm sido dados…
sábado, 2 de agosto de 2008
For you, my love
The first time, ever I saw your face
I thought the sun rose in your eyes
And the moon and the stars
Were the gifts you gave
To the dark, and the endless skies
My Love.
And the first time, ever I kissed your mouth
I felt the earth move in my hands
Like the trembling heart
Of a captive bird
That was there, at my command
My Love.
And the first time, ever I lay with you
I felt your heart so close to mine
And I knew our joy
Would fill the earth
And last, til the end of time
My Love.
The first time, ever I saw
Your face
Every time I listen to this song, I remember one September morning when I arrived to Beograd airport and I see you for the firs time; it was an impossible description sensation and during a lot of time no words from our mouths, only a wonderful double smile and a real strong hug .
I have seen this “movie” so many times, my love and I become always touched when I remember it.
This song is for you and you can be sure that I keep having the same emotion, every time I see you again.
Next time it will be at Malpensa airport, in Milan, next 19 October, but it happens all days in my mind, and for ever.
Volim te, chako pako moe!!!