É para mim, o melhor "boneco" que a Maria Rueff já compôs...
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Balanço do "Queer Lisboa Festival"
Terminou o Queer Festival e terminou uma semana louca de cinema para mim; perdi a conta a quantos filmes vi e é difícil esquematizar razoável mente este post.
Talvez citar quais os filmes que mais me marcaram, quer positiva, quer negativamente, e começo por dizer que das dez longas metragens a concurso, vi metade, e por opção; deixei de fora algumas cujo resumo não foi suficientemente apelativo ou não se enquadravam de alguma forma, no perfil dos filmes que aprecio; entre eles, o filme vencedor “Antónia”, embora soubesse que iria ser bem acolhido e até adivinhasse que seria um sério candidato a ganhar. Dos cinco filmes que vi, dois sobressaíram: “Saturno Contro” do turco radicado em Itália Ferzan Ozpetek, ao qual dediquei um post, ainda antes do festival; e “Barcelona (Un Mapa)”do catalão Ventura Pons, de que já falei no outro post sobre o Queer. Uma outra película espanhola, “Clandestinos”, de António Hens, não me entusiasmou demasiado, pois mistura um pouco atabalhoadamente a homossexualidade com a ETA, sendo o fim do filme algo forçado. “Otto:or, Up with Death People”, é mais do mesmo (Bruce La Bruce), aqui numa versão “zombie”, a raiar o ridículo. Finalmente “Panorama”, um filme francês (?) de Loo Hui Phang, que detestei, pois nada me disse; é um tipo de cinema experimental para “encher o olho” e nada mais…
Confesso que gostava que tivesse sido “Saturno Contro” a ganhar, até porque é um filme que mostra que o Queer pode e deve ser também um festival de cinema não só para gays, mas para toda a gente que gosta de cinema.
“Barcelona (Un Mapa)” foi premiado como era mais que previsível, pelos prémios de interpretação feminino – Núria Espert, e masculino – Josep Maria Pou, dois extraordinários actores da velha guarda.
Ainda no campo das longas metragens que, por serem anteriores a 2007, não estiveram a concurso, encontrei algumas das melhores surpresas de todo o festival; tirando um vulgar filme israelita “Japan, Japan”, foi apresentado um outro filme do mesmo país, Israel, “Tied Hands”, de Dan Wolman, tremendamente humano e comovente, sobre a odisseia de uma mãe desesperada, procurando na noite de Telavive, droga para minorar o sofrimento do filho doente de Sida em fase terminal; é pena que este filme com apresentação única tenha decorrido para apenas cerca de 20 espectadores…Também “The Houseboy”, filme americano de Spencer Schiller é um filme muito curioso, que mostra a solidão em que se transforma o sexo sem amor. Deveria estar inserido nesta categoria e não na dos documentários, outra grande surpresa do festival, o filme sérvio de Zelimir Zilnik “Kenedi is Getting Married”; porque foi este filme enquadrado na secção “Queer Art”? Gostaria de saber porquê? É um filme um pouco louco, sobre a vida de um rapaz também ele algo alienado, que não olha a meios, principalmente sexuais, para conseguir ir viver para a Alemanha.
Nesta secção “Queer Art” pretendia-se mostrar filmes que fizessem a ponte entre Arte e homossexualidade; foi muito mais interessante assistir a “With Gilbert and George”, um excêntrico casal gay, cuja obra pictórica é notável (parecem Dupont e Dupond), do que rever “A Bigger Splash”, filme muito datado e repescado de um anterior festival, sobre a vida do pintor inglês David Hockney; tentei ainda ver alguma coisa de “Pascal Robitaille 1”, mas só aguentei 10 minutos na sala, pois olhei sempre para a mesma imagem…
Passando aos documentários, pareceria que o prémio não escaparia ao fabuloso “A Jihad for Love”, de Parvez Sharma, que nos relata e mostra as enormes dificuldades de se ser simultaneamente homossexual e muçulmano; aliás sobre as diferentes vertentes como é encarada a homossexualidade nos dias de hoje, também assisti a um interessante “Improvvisamente l’Inverno Scorzo”, de dois jovens italianos, sobre a aprovação ou não, em Itália, de uma lei sobre uniões de facto, e um muito “arejado” e agradável “Campillo si, quiero”, do espanhol Andrés Rubio, em que se fala de uma pequena povoação espanhola, célebre por se ter transformado em romaria, com os casamentos gays ali, pois o Alcaide é gay; nesta competição vi ainda um filme que não trouxe nada de novo, sobre um casal gay , cantores de sucesso que começaram a sua carreira numa comunidade evangélica dos EUA e alcançaram grande popularidade, “We’re all angels”; e um documentário muito “dejá vue” sobre o coming out do cinema GLBT “Here’s Looking at You, Boy”. O prémio, surpreendentemente, para mim e para muita gente, acabou por recair num filme australiano “Darling! The Pieter-Dirk Uys Story”, o qual não vi.
Nas curtas metragens, cujo prémio foi atribuído pela votação do público, vi um pouco de tudo; refiro apenas os filmes de que mais gostei; o sensual e explicito, mas não porno filme mexicano “Bramadero”, o francês “Amoureuses”, o impagável filme sueco “I am Gay”, o muito bom filme polaco “Mateusz”, o original filme romeno “”Madu + Ana”, “Scarred”, filme inglês que já conhecia, o filme australiano “Sexy Think”(bastante forte), o interessante filme lésbico norueguês “Spinning” e o também israelita “Troyout”, o irresistível filme sueco “A litlle tiger” e o delicioso “The best man”, inglês; e uma referência para o único filme português de que gostei, o muito curioso “Frequent Traveller”. O prémio foi para uma curta documental brasileira “69, Praça da luz” (parece que foi o festival das prostitutas brasileiras…)
Duas palavras para dois ciclos, um sobre a cinematografia gay portuguesa dos anos 70, em que foram exibidos dois filmes de João Paulo Ferreira, sendo o deles o sensacional ”Fatucha, superstar – uma ópera rock bufa”. E para as sessões denominadas “Obsceno”, uma das quais bastante excessiva, pois foi tão somente uma exibição de sexo pornográfico e dos maus…Não é admissível a inclusão de filmes pornográficos num festival cujo tema é sim a homossexualidade, mas que não se pretenda transformar este festival num guetto homossexual.
O balanço é positivo, parabéns ao João Ferreira e à sua excelente equipa.. Para o ano há mais….
Talvez citar quais os filmes que mais me marcaram, quer positiva, quer negativamente, e começo por dizer que das dez longas metragens a concurso, vi metade, e por opção; deixei de fora algumas cujo resumo não foi suficientemente apelativo ou não se enquadravam de alguma forma, no perfil dos filmes que aprecio; entre eles, o filme vencedor “Antónia”, embora soubesse que iria ser bem acolhido e até adivinhasse que seria um sério candidato a ganhar. Dos cinco filmes que vi, dois sobressaíram: “Saturno Contro” do turco radicado em Itália Ferzan Ozpetek, ao qual dediquei um post, ainda antes do festival; e “Barcelona (Un Mapa)”do catalão Ventura Pons, de que já falei no outro post sobre o Queer. Uma outra película espanhola, “Clandestinos”, de António Hens, não me entusiasmou demasiado, pois mistura um pouco atabalhoadamente a homossexualidade com a ETA, sendo o fim do filme algo forçado. “Otto:or, Up with Death People”, é mais do mesmo (Bruce La Bruce), aqui numa versão “zombie”, a raiar o ridículo. Finalmente “Panorama”, um filme francês (?) de Loo Hui Phang, que detestei, pois nada me disse; é um tipo de cinema experimental para “encher o olho” e nada mais…
Confesso que gostava que tivesse sido “Saturno Contro” a ganhar, até porque é um filme que mostra que o Queer pode e deve ser também um festival de cinema não só para gays, mas para toda a gente que gosta de cinema.
“Barcelona (Un Mapa)” foi premiado como era mais que previsível, pelos prémios de interpretação feminino – Núria Espert, e masculino – Josep Maria Pou, dois extraordinários actores da velha guarda.
Ainda no campo das longas metragens que, por serem anteriores a 2007, não estiveram a concurso, encontrei algumas das melhores surpresas de todo o festival; tirando um vulgar filme israelita “Japan, Japan”, foi apresentado um outro filme do mesmo país, Israel, “Tied Hands”, de Dan Wolman, tremendamente humano e comovente, sobre a odisseia de uma mãe desesperada, procurando na noite de Telavive, droga para minorar o sofrimento do filho doente de Sida em fase terminal; é pena que este filme com apresentação única tenha decorrido para apenas cerca de 20 espectadores…Também “The Houseboy”, filme americano de Spencer Schiller é um filme muito curioso, que mostra a solidão em que se transforma o sexo sem amor. Deveria estar inserido nesta categoria e não na dos documentários, outra grande surpresa do festival, o filme sérvio de Zelimir Zilnik “Kenedi is Getting Married”; porque foi este filme enquadrado na secção “Queer Art”? Gostaria de saber porquê? É um filme um pouco louco, sobre a vida de um rapaz também ele algo alienado, que não olha a meios, principalmente sexuais, para conseguir ir viver para a Alemanha.
Nesta secção “Queer Art” pretendia-se mostrar filmes que fizessem a ponte entre Arte e homossexualidade; foi muito mais interessante assistir a “With Gilbert and George”, um excêntrico casal gay, cuja obra pictórica é notável (parecem Dupont e Dupond), do que rever “A Bigger Splash”, filme muito datado e repescado de um anterior festival, sobre a vida do pintor inglês David Hockney; tentei ainda ver alguma coisa de “Pascal Robitaille 1”, mas só aguentei 10 minutos na sala, pois olhei sempre para a mesma imagem…
Passando aos documentários, pareceria que o prémio não escaparia ao fabuloso “A Jihad for Love”, de Parvez Sharma, que nos relata e mostra as enormes dificuldades de se ser simultaneamente homossexual e muçulmano; aliás sobre as diferentes vertentes como é encarada a homossexualidade nos dias de hoje, também assisti a um interessante “Improvvisamente l’Inverno Scorzo”, de dois jovens italianos, sobre a aprovação ou não, em Itália, de uma lei sobre uniões de facto, e um muito “arejado” e agradável “Campillo si, quiero”, do espanhol Andrés Rubio, em que se fala de uma pequena povoação espanhola, célebre por se ter transformado em romaria, com os casamentos gays ali, pois o Alcaide é gay; nesta competição vi ainda um filme que não trouxe nada de novo, sobre um casal gay , cantores de sucesso que começaram a sua carreira numa comunidade evangélica dos EUA e alcançaram grande popularidade, “We’re all angels”; e um documentário muito “dejá vue” sobre o coming out do cinema GLBT “Here’s Looking at You, Boy”. O prémio, surpreendentemente, para mim e para muita gente, acabou por recair num filme australiano “Darling! The Pieter-Dirk Uys Story”, o qual não vi.
Nas curtas metragens, cujo prémio foi atribuído pela votação do público, vi um pouco de tudo; refiro apenas os filmes de que mais gostei; o sensual e explicito, mas não porno filme mexicano “Bramadero”, o francês “Amoureuses”, o impagável filme sueco “I am Gay”, o muito bom filme polaco “Mateusz”, o original filme romeno “”Madu + Ana”, “Scarred”, filme inglês que já conhecia, o filme australiano “Sexy Think”(bastante forte), o interessante filme lésbico norueguês “Spinning” e o também israelita “Troyout”, o irresistível filme sueco “A litlle tiger” e o delicioso “The best man”, inglês; e uma referência para o único filme português de que gostei, o muito curioso “Frequent Traveller”. O prémio foi para uma curta documental brasileira “69, Praça da luz” (parece que foi o festival das prostitutas brasileiras…)
Duas palavras para dois ciclos, um sobre a cinematografia gay portuguesa dos anos 70, em que foram exibidos dois filmes de João Paulo Ferreira, sendo o deles o sensacional ”Fatucha, superstar – uma ópera rock bufa”. E para as sessões denominadas “Obsceno”, uma das quais bastante excessiva, pois foi tão somente uma exibição de sexo pornográfico e dos maus…Não é admissível a inclusão de filmes pornográficos num festival cujo tema é sim a homossexualidade, mas que não se pretenda transformar este festival num guetto homossexual.
O balanço é positivo, parabéns ao João Ferreira e à sua excelente equipa.. Para o ano há mais….
domingo, 28 de setembro de 2008
Paul Newman
Estava a preparar um post sobre o "Queer Festival" que terminou hoje, mas haverá tempo para tal.
Prioridade para homenagear um dos mais prestigiados actores de toda a minha geração, que agora faleceu, sem surpresa, mas sempre com muita tristeza.
Além de excelente actor, não se pode esquecer a sua postura humana, num meio tão vulnerável como é o do mundo do cinema; o exemplo máximo será com certeza a invulgar duração do seu casamento com a também extraordinária actriz que foi e é Joanne Woodward.
Mais que falar dos seus principais filmes, dos prémios conquistados, é de referir a sua invulgar beleza física que encantou gente de ambos os sexos: tinha dos olhos mais expressivos de todos os actores de cinema.
Permito-me pôr aqui um pequeno vídeo da sua personagem (sob o meu ponto de vista) mais rica, a do jovem marido de Liz Taylor no filme "Gata em telhado de zinco quente", uma personagem bem ao género de tantas outras delineadas por Tenesse Williams, em que representa toda uma homossexualidade reprimida.
Vale a pena ver os outros vídeos que estão inseridos neste.
Prioridade para homenagear um dos mais prestigiados actores de toda a minha geração, que agora faleceu, sem surpresa, mas sempre com muita tristeza.
Além de excelente actor, não se pode esquecer a sua postura humana, num meio tão vulnerável como é o do mundo do cinema; o exemplo máximo será com certeza a invulgar duração do seu casamento com a também extraordinária actriz que foi e é Joanne Woodward.
Mais que falar dos seus principais filmes, dos prémios conquistados, é de referir a sua invulgar beleza física que encantou gente de ambos os sexos: tinha dos olhos mais expressivos de todos os actores de cinema.
Permito-me pôr aqui um pequeno vídeo da sua personagem (sob o meu ponto de vista) mais rica, a do jovem marido de Liz Taylor no filme "Gata em telhado de zinco quente", uma personagem bem ao género de tantas outras delineadas por Tenesse Williams, em que representa toda uma homossexualidade reprimida.
Vale a pena ver os outros vídeos que estão inseridos neste.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Parar e reflectir
Há alturas da vida em que necessariamente fazemos uma paragem para reflectir; sucede a todos. E eu que sou bastante extrovertido, talvez demasiado, nem sempre reflicto nos contactos pessoais e escritos, o que vai cá dentro; nos últimos tempos não tenho passado bem, quer fisicamente, com um problema que se tem prolongado no tempo num joelho; quer profissionalmente, pois sinto-me algo desmotivado ao ver que sou apenas uma pequeníssima peça de uma máquina gigantesca, que não está programada para avaliar comportamentos humanos; quer a nível familiar em que sou o pára-raios de múltiplos atritos, enfim, tudo isso tem contribuído para um não bem estar, que justamente ambiciono; a excepção são os bons amigos de sempre e o incondicional, total e fantástico apoio do meu querido Déjan, que dentro de menos de um mês vou finalmente reencontrar.
Tudo isto para dizer que ponderei bastante seriamente em fechar este espaço, não por um motivo particular, mas por uma soma de questões, em que avulta o cansaço. Eu não preciso de um blog para nada, antes de o ter era a mesma pessoa que sou hoje, com os mesmos defeitos e qualidades; o seu aparecimento, já o afirmei há pouco aqui, veio um pouco na linha do aparecimento do Déjan na minha vida, o qual eu de certa forma não tinha programado, mas em boa hora acolhi; o próprio nome diz tudo: “Whynotnow”!
Claro que estou mais rico, ganhei bons, mesmo bons amigos e aprendi muito, essencialmente coisas positivas e também algumas negativas.
A gota de água que me fez ponderar o encerramento do blog, foi um mail que recebi de um Amigo que considero muito e que me deu conhecimento de algo que me entristeceu muito; e decidi mesmo fechar o blog; sou impulsivo, como bom Carneiro, mas também sei por vezes reflectir, sustendo o impulso; e foi quando me lembrei de uma palavra feia que existe na nossa língua e que é COBARDIA…
Eu tenho uma visão muito pessoal do que é ser cobarde; para mim só se é cobarde quando nós próprios sentimos que o somos; quando são os outros a decidir se o somos ou, não pode não o ser; basta ver a ténue fronteira entre o medo e a cobardia ( e quem nunca teve medo?) e uma outra questão muito complexa que é o que leva alguém a suicidar-se: será cobardia ou coragem?
E reflectindo melhor achei que seria um acto de cobardia, pelo menos neste momento fechar o blog, e que até poderia ser considerado um triunfo para determinadas pessoas e isso eu não quero, pois tenho o meu orgulho.
Mas fez-me bem esta paragem, para reflectir; deu para continuar, até quando????
Tudo isto para dizer que ponderei bastante seriamente em fechar este espaço, não por um motivo particular, mas por uma soma de questões, em que avulta o cansaço. Eu não preciso de um blog para nada, antes de o ter era a mesma pessoa que sou hoje, com os mesmos defeitos e qualidades; o seu aparecimento, já o afirmei há pouco aqui, veio um pouco na linha do aparecimento do Déjan na minha vida, o qual eu de certa forma não tinha programado, mas em boa hora acolhi; o próprio nome diz tudo: “Whynotnow”!
Claro que estou mais rico, ganhei bons, mesmo bons amigos e aprendi muito, essencialmente coisas positivas e também algumas negativas.
A gota de água que me fez ponderar o encerramento do blog, foi um mail que recebi de um Amigo que considero muito e que me deu conhecimento de algo que me entristeceu muito; e decidi mesmo fechar o blog; sou impulsivo, como bom Carneiro, mas também sei por vezes reflectir, sustendo o impulso; e foi quando me lembrei de uma palavra feia que existe na nossa língua e que é COBARDIA…
Eu tenho uma visão muito pessoal do que é ser cobarde; para mim só se é cobarde quando nós próprios sentimos que o somos; quando são os outros a decidir se o somos ou, não pode não o ser; basta ver a ténue fronteira entre o medo e a cobardia ( e quem nunca teve medo?) e uma outra questão muito complexa que é o que leva alguém a suicidar-se: será cobardia ou coragem?
E reflectindo melhor achei que seria um acto de cobardia, pelo menos neste momento fechar o blog, e que até poderia ser considerado um triunfo para determinadas pessoas e isso eu não quero, pois tenho o meu orgulho.
Mas fez-me bem esta paragem, para reflectir; deu para continuar, até quando????
domingo, 21 de setembro de 2008
Começou o "Queer"
Começou na sexta feira o 12º. Queer Lisboa Festival, tendo sido na sessão de abertura apresentado o divertido filme espanhol “Chuecatown”; como já tinha visto o filme só neste sábado dei início à minha maratona, tendo visto 5 sessões!!!. Não vou aqui assinalar dia a dia o que vou vendo, embora vá havendo pequenos balanços; para já, gostei de ver o S. Jorge bastante bem preenchido de público, e revi caras habituais de todos os anos, assim como tive o prazer de conhecer o Engine, e realmente muita coisa sobre este tipo de filmes temos que conversar; foi um prazer a troca de impressões com ele; outras pessoas amigas fui encontrando entre as quais alguém dos blogs, como o
Special K que me apresentou umas amigas de um outro blog e o Rui, que sem ter blog, vai comentando alguns blogs amigos.
Sobre o que vi o destaque vai para o filme de Ventura Pons “Barcelona (Un mapa)”, com interpretações muito boas dos “velhos” Josep Maria Pou, Núria Espert e a inevitável Rosa Maria Sarda, e que numa homenagem à sua cidade de sempre, disseca o presente e o passado de um casal, com as ligações às pessoas que habitam a sua casa.
Outra surpresa muito positiva foi a curta mexicana “Bramadero”, com um sexo explícito muito acentuado, mas curiosamente sem cair no pornográfico; um filme extraordinariamente polémico é o último do cineasta Bruce La Bruce, de quem o Festival tem apresentado por assim dizer todos os filmes; “Otto; or Up with Dead People”, não deixa ninguém indiferente - houve muita gente a abandonar a sala, mas também muitos aplausos no final; é um filme que provoca o espectador, chega mesmo a ser chocante, mas tem pelo meio pormenores deliciosos; não é filme para mim…
“Japan, Japan” é um filme israelita pouco interessante e a primeira sessão do “Obsceno” já depois da meia noite foi para mim uma desilusão.
Sobre o que vi o destaque vai para o filme de Ventura Pons “Barcelona (Un mapa)”, com interpretações muito boas dos “velhos” Josep Maria Pou, Núria Espert e a inevitável Rosa Maria Sarda, e que numa homenagem à sua cidade de sempre, disseca o presente e o passado de um casal, com as ligações às pessoas que habitam a sua casa.
Outra surpresa muito positiva foi a curta mexicana “Bramadero”, com um sexo explícito muito acentuado, mas curiosamente sem cair no pornográfico; um filme extraordinariamente polémico é o último do cineasta Bruce La Bruce, de quem o Festival tem apresentado por assim dizer todos os filmes; “Otto; or Up with Dead People”, não deixa ninguém indiferente - houve muita gente a abandonar a sala, mas também muitos aplausos no final; é um filme que provoca o espectador, chega mesmo a ser chocante, mas tem pelo meio pormenores deliciosos; não é filme para mim…
“Japan, Japan” é um filme israelita pouco interessante e a primeira sessão do “Obsceno” já depois da meia noite foi para mim uma desilusão.
Num intervalo entre duas sessões aproveitei para ir comer alguma coisa a um local próximo, e enquanto comia entraram também para comer algo, três funcionários do S. Jorge, duas raparigas e um rapaz que falavam sobre o festival e sobre a homossexualidade; algumas coisas que foram ditas tiveram o seu interesse, principalmente por parte de uma das moças, mas também foram ditas várias coisas, nunca num tom homofóbico, que mostravam algum desconhecimento do assunto. Fui incapaz de me manter em silêncio e depois de ter pago e antes de sair dirigi-me á mesa deles e apresentei-me como espectador assíduo do festival e como homossexual, claro, pedindo desculpa da minha intromissão, mas explicando algumas situações que me tinham parecido pouco esclarecidas; aceitaram com prazer os 10 minutos de conversa que mantivemos e estou certo que ficaram a perceber melhor o que é ser-se homossexual; foi talvez o melhor momento do dia.
Amanhã há mais uma maratona…
Amanhã há mais uma maratona…
Adenda: Devido ao adiantado da hora esqueci-me de referir dois factos, um dos quais imperdoável, e que foi o reencontro com o amigo Ding Ling, que não via desde o célebre jantar de Abril; o outro foi que vi também um documentário pouco interessante sobre o "coming out" do cinema queer, desde os seus começos nos anos 60, com cenas de certos filmes e entrevistas a realizadores e actores, nada de novo...
Publicada por
João Roque
à(s)
04:15
44 comentários:
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Segredos de uma relação
Num dos números já saídos da revista “Com’ Out” (que continua excelente) foi publicada uma excelente entrevista com Richard Zimler, escritor americano, autor de livros de grande sucesso como “O Último Cabalista de Lisboa”, e que vive em Portugal desde há 18 anos (no Porto), tendo-se mesmo naturalizado português em 2002.
Dessa interessante entrevista fiquei a pensar durante algum tempo na resposta dada a uma pergunta que lhe foi feita.:
“Qual o segredo para a longevidade de uma relação?”
A sua resposta foi a seguinte:
“Respeito. Apaixonarmo-nos por alguém é muito fácil. Certos amigos meus apaixonam-se de dois em dois dias, é o mais fácil na vida. Mais difícil é aprender a respeitar o outro. Uma pessoa que tem opiniões diferentes das nossas. Eu tive de aprender isso. Eu comecei com opiniões formadas sobre muita coisa, pensando que qualquer opinião divergente era errada. Isso não é saudável para uma relação duradoura. A paixão vai diminuindo ao longo do tempo e tem de ser substituída por respeito e amizade, e quem não conseguir fazer isso vai perder a relação. Vejo muitos casais que ainda não aprenderam essa lição. Têm discussões terríveis em frente a outras pessoas e usam uma linguagem que indica que não desenvolveram respeito mútuo.”
Zimler sabe do que fala, pois vive em união de facto com o cientista Alexandre Quintanilha, há cerca de 30 anos. A palavra mais importante da sua resposta é respeito E desenganem-se os que pensam nas paixões eternas, pois elas são passageiras e dão lugar se forem vividas em plenitude, ao patamar mais alto do amor.
Pessoalmente a paixão torna-se-me desconfortável, pois comparo-a a um estado febril, a uma vivência exagerada e quase exclusiva com o outro, não é uma vivência normal; mas é necessária, pois sem a paixão o amor no seu estado mais restrito nunca existiria.
Dessa interessante entrevista fiquei a pensar durante algum tempo na resposta dada a uma pergunta que lhe foi feita.:
“Qual o segredo para a longevidade de uma relação?”
A sua resposta foi a seguinte:
“Respeito. Apaixonarmo-nos por alguém é muito fácil. Certos amigos meus apaixonam-se de dois em dois dias, é o mais fácil na vida. Mais difícil é aprender a respeitar o outro. Uma pessoa que tem opiniões diferentes das nossas. Eu tive de aprender isso. Eu comecei com opiniões formadas sobre muita coisa, pensando que qualquer opinião divergente era errada. Isso não é saudável para uma relação duradoura. A paixão vai diminuindo ao longo do tempo e tem de ser substituída por respeito e amizade, e quem não conseguir fazer isso vai perder a relação. Vejo muitos casais que ainda não aprenderam essa lição. Têm discussões terríveis em frente a outras pessoas e usam uma linguagem que indica que não desenvolveram respeito mútuo.”
Zimler sabe do que fala, pois vive em união de facto com o cientista Alexandre Quintanilha, há cerca de 30 anos. A palavra mais importante da sua resposta é respeito E desenganem-se os que pensam nas paixões eternas, pois elas são passageiras e dão lugar se forem vividas em plenitude, ao patamar mais alto do amor.
Pessoalmente a paixão torna-se-me desconfortável, pois comparo-a a um estado febril, a uma vivência exagerada e quase exclusiva com o outro, não é uma vivência normal; mas é necessária, pois sem a paixão o amor no seu estado mais restrito nunca existiria.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
"Saturno Contro"
Este é um dos filmes que vão ser apresentados no "Queer Festival" e é um dos que já vi, juntamente com o "Chuecatown", "Clandestinos", "The Houseboy" e "A Bigger Splash".
De todos eles, foi o que mais gostei; é do realizador turco, radicado em Itália, Ferzan Ozpetek, que tem outros bons filmes no seu currículo, nomeadamente o cèlebre "Hamam", além de "Le Fate Ignoranti", já apresentado numa edição anterior do Festival de Lisboa e ainda de um belìssimo "La Finestra di Fronte"; quase sempre com o mesmo leque de actores, entre eles Stefano Arcosi (o Cap. Salgueiro Maia do filme de Maria de Medeiros "Capitães de Abril"), aborda temas conotados com a homossexualidade, mas de uma forma muito bela e sensível.
Este filme ganhou vários Óscares do cinema italiano, no ano passado, entre eles o da melhor banda musical, em que sobressai este tema que acompanha o vídeo - "Passione", interpretado pelo cantor Neffa.
Um filme a não perder, de forma alguma.
De todos eles, foi o que mais gostei; é do realizador turco, radicado em Itália, Ferzan Ozpetek, que tem outros bons filmes no seu currículo, nomeadamente o cèlebre "Hamam", além de "Le Fate Ignoranti", já apresentado numa edição anterior do Festival de Lisboa e ainda de um belìssimo "La Finestra di Fronte"; quase sempre com o mesmo leque de actores, entre eles Stefano Arcosi (o Cap. Salgueiro Maia do filme de Maria de Medeiros "Capitães de Abril"), aborda temas conotados com a homossexualidade, mas de uma forma muito bela e sensível.
Este filme ganhou vários Óscares do cinema italiano, no ano passado, entre eles o da melhor banda musical, em que sobressai este tema que acompanha o vídeo - "Passione", interpretado pelo cantor Neffa.
Um filme a não perder, de forma alguma.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
A Torre de La Défense
Há muito que aprecio o percurso de Luís Castro no panorama teatral português e embora com pouca assiduidade aos seus espectáculos, tenho acompanhado a sua luta em prol de um teatro diferente em Portugal., mormente através da “sua” Companhia KARNAT, fundada em 2001, em associação com outros nomes, que ultrapassam o universo estritamente teatral, pois englobam também fotógrafos, artistas plásticos, designers de moda, produtores e realizadores; recordo um espectáculo que me marcou muito, pois foi uma abordagem muito diferente da habitual versão da conhecida peça de Bernardo Santareno “António Marinheiro”. Ainda sobre esta Companhia, uma palavra para o magnífico espaço que a Karnat tem vindo a melhorar, do edifício da secção de Anatomia da antiga Escola de Medicina Veterinária, junto ao Liceu Camões, e que terá que ser abandonado até ao final do corrente ano, pois ali serão instalados serviços de apoio da Polícia Judiciária.
Ainda antes de abordar a peça, uma palavra para o conceito de perfinst, um neologismo resultante da união das palavras perfomance e instalação, e à qual Luís Castro tem dedicado muito da sua obra, em que o encenador flui entre as artes do palco e as artes visuais, recorrendo ou não a texto.
É aliás um exemplo perfeito de perfinst, esta encenação do texto do dramaturgo argentino Copi (1939-1987), do qual a Karnat já havia apresentado uma dupla abordagem de “L’homosexuel ou la difficulté de s’exprimer”, com 3 actizes, primeiro e depois com 3 actores; uma referência apenas à variada obra deste autor já apresentada em Portugal, com destaque para a peça “Eva Péron”, encenada soberbamente pelo “saudoso” Filipe La Féria da Casa da Comédia, numa interpretação inesquecível de Teresa Roby (considero pessoalmente a trilogia encenada por La Féria na Casa da Comédia, e constituída por esta peça, pelo “Evangelho segundo Pasolini” e pela peça de teatro no estilo japonês Kabuki, como das coisas mais “loucamente conseguidas” do teatro já feito em Portugal).
Mas, falemos da peça “A Torre de la Défense”, com um texto desconcertante à volta das personagens de um casal gay, de uma burguesa em ácido e sua filha, de um travesti, de um árabe e de um americano, numa noite de passagem de ano , num apartamento do bairro parisiense de La Defense; aliás as personagens da filha da burguesa e do americano, nunca chegam a estar presentes. Durante a primeira parte do espectáculo, as personagens vão evoluindo, e vão-se definindo através de diálogos sem concessões de palavras, numa representação quase estática e essencialmente gestual. Após o intervalo, os espectadores seguem para os bastidores, onde lhes são apresentados variados aspectos que documentam alguns aspectos marcantes do texto, bem como da preparação cénica, com referência a adereços e outras coisas; no centro do “palco” numa espécie de caixões repousam os corpos dos intérpretes, expostos na sua total nudez; segue-se depois a audição e não visualização da segunda parte do texto, em que as “falas” são acompanhadas de sonorização adequada.
No cômputo geral, o que mais me agradou foi a abordagem da peça, no tal conceito supracitado de perfinst, pois o texto, embora muito interessante, não tivesse tido uma defesa muito conseguida dos intérpretes, melhor os femininos que os masculinos, nomeadamente Margarida Cardeal, muito bem na burguesa ácida.
Enfim, uma maneira diferente de passar um serão de domingo, dominado nesta Lisboa de ontem quase totalmente, pelo concerto de Madonna; mas desse concerto muita gente amiga irá contar tudo…
Ainda antes de abordar a peça, uma palavra para o conceito de perfinst, um neologismo resultante da união das palavras perfomance e instalação, e à qual Luís Castro tem dedicado muito da sua obra, em que o encenador flui entre as artes do palco e as artes visuais, recorrendo ou não a texto.
É aliás um exemplo perfeito de perfinst, esta encenação do texto do dramaturgo argentino Copi (1939-1987), do qual a Karnat já havia apresentado uma dupla abordagem de “L’homosexuel ou la difficulté de s’exprimer”, com 3 actizes, primeiro e depois com 3 actores; uma referência apenas à variada obra deste autor já apresentada em Portugal, com destaque para a peça “Eva Péron”, encenada soberbamente pelo “saudoso” Filipe La Féria da Casa da Comédia, numa interpretação inesquecível de Teresa Roby (considero pessoalmente a trilogia encenada por La Féria na Casa da Comédia, e constituída por esta peça, pelo “Evangelho segundo Pasolini” e pela peça de teatro no estilo japonês Kabuki, como das coisas mais “loucamente conseguidas” do teatro já feito em Portugal).
Mas, falemos da peça “A Torre de la Défense”, com um texto desconcertante à volta das personagens de um casal gay, de uma burguesa em ácido e sua filha, de um travesti, de um árabe e de um americano, numa noite de passagem de ano , num apartamento do bairro parisiense de La Defense; aliás as personagens da filha da burguesa e do americano, nunca chegam a estar presentes. Durante a primeira parte do espectáculo, as personagens vão evoluindo, e vão-se definindo através de diálogos sem concessões de palavras, numa representação quase estática e essencialmente gestual. Após o intervalo, os espectadores seguem para os bastidores, onde lhes são apresentados variados aspectos que documentam alguns aspectos marcantes do texto, bem como da preparação cénica, com referência a adereços e outras coisas; no centro do “palco” numa espécie de caixões repousam os corpos dos intérpretes, expostos na sua total nudez; segue-se depois a audição e não visualização da segunda parte do texto, em que as “falas” são acompanhadas de sonorização adequada.
No cômputo geral, o que mais me agradou foi a abordagem da peça, no tal conceito supracitado de perfinst, pois o texto, embora muito interessante, não tivesse tido uma defesa muito conseguida dos intérpretes, melhor os femininos que os masculinos, nomeadamente Margarida Cardeal, muito bem na burguesa ácida.
Enfim, uma maneira diferente de passar um serão de domingo, dominado nesta Lisboa de ontem quase totalmente, pelo concerto de Madonna; mas desse concerto muita gente amiga irá contar tudo…
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sábado, 13 de setembro de 2008
Passado e presente: 8 - Walt Withman
"A pé e de coração aberto lanço-me à estrada larga.
Saudável, livre, o mundo à minha frente,
À minha frente o longo trilho pardo conduzindo aonde quer que eu escolha.
Doravante não peço mais boa-sorte, eu próprio sou a boa-sorte,
Doravante não mais lamurio, não mais adio, de nada preciso,
Acabados os queixumes portas-dentro, bibliotecas, críticas lamentosas.
Forte e contente percorro a estrada larga.
A terra, eis o suficiente,
Não quero as constelações mais próximas,
Sei que estão muito bem onde estão,Sei que bastam aos que delas precisam."
(...)in "Cântico da estrada larga" (FOLHAS DE ERVA)
Este post dedicada ao maior poeta americano - opinião subjectiva - foi publicado neste blog, originalmente a 14 de Novembro de 2006.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Uma capa nojenta
Esta capa recente do jornal Público, que como toda a gente sabe é propriedade do senhor Belmiro de Azevedo, é um exemplo vergonhoso como a imprensa "séria" portuguesa brinca despudoradamente com assuntos da justiça e ironiza com uma pretensa inteligência balofa um caso que nesta altura teve o seu epílogo(?)...
Não quero entrar em considerações sobre a culpabilidade ou não de Paulo Pedroso, isso ultrapassa-me, mas acho que esta primeira página é um nojo!
Talvez mais que a "coincidência" da formatação desta capa, foi a coincidência do editorial do Público, no dia seguinte ao falhanço da OPA da Sonae sobre a PT, tivesse sido uma informação oficiosa de que seria a partir dessa data que José Sócrates saberia o que é a oposição de um órgão da comunicação social, dando perfeitamente a entender que foi culpa do Governo o falhanço da OPA; se "isto" aparecesse no "24 Horas", já seria pouco digno, mas no Público, torna-se objectivamente sujo.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
The day that never comes
O dia 12 de Setembro será para muita gente, no mundo inteiro, um dia há muito ansiado; finalmente, vai ser lançado no mercado o último álbum dos Metallica, cujo nome é “Death Magnetic”; embora desde o princípio do mês já se conheçam as músicas do álbum, vai ser um corrupio para o obter na próxima sexta feira.
Toda a gente sabe que não morro de amores pelo Heavy Metal e que foi para mim uma odisseia ter assistido no Rock in Rio à actuação dos diversos grupos que culminou com os Metallica (o amor faz disto…); mas e porque sei toda a ânsia do Déjan nos últimos tempos e o seu desejo enorme de ter a caixa especial e de limitada edição deste álbum, fiz a pré-compra da mesma na FNAC, até por servir de prenda de aniversário atrasada para ele; também só a posso ir buscar dia 12, e não é nada barata…
Quando o Déjan ouviu o álbum pela primeira vez, ficou maravilhado e disse-me que finalmente o grupo tinha voltado aos velhos tempos de há 20 anos atrás, com um som duro e puro (sic…).
Pedi-lhe que me poupasse a ouvir qualquer faixa, mas ele insistiu tanto que eu anuí em ver os primeiros dois minutos do vídeo promocional do álbum, “The Day That Never Comes”; e, surpresa das surpresas, vi e ouvi o vídeo todo…e gostei!
Talvez por ser um vídeo com uma história, e a música estar um bocado entroncada nessa história, gostei mesmo muito.
E por isso, ele aí está., o novo álbum dos Metallica.
Toda a gente sabe que não morro de amores pelo Heavy Metal e que foi para mim uma odisseia ter assistido no Rock in Rio à actuação dos diversos grupos que culminou com os Metallica (o amor faz disto…); mas e porque sei toda a ânsia do Déjan nos últimos tempos e o seu desejo enorme de ter a caixa especial e de limitada edição deste álbum, fiz a pré-compra da mesma na FNAC, até por servir de prenda de aniversário atrasada para ele; também só a posso ir buscar dia 12, e não é nada barata…
Quando o Déjan ouviu o álbum pela primeira vez, ficou maravilhado e disse-me que finalmente o grupo tinha voltado aos velhos tempos de há 20 anos atrás, com um som duro e puro (sic…).
Pedi-lhe que me poupasse a ouvir qualquer faixa, mas ele insistiu tanto que eu anuí em ver os primeiros dois minutos do vídeo promocional do álbum, “The Day That Never Comes”; e, surpresa das surpresas, vi e ouvi o vídeo todo…e gostei!
Talvez por ser um vídeo com uma história, e a música estar um bocado entroncada nessa história, gostei mesmo muito.
E por isso, ele aí está., o novo álbum dos Metallica.
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sábado, 6 de setembro de 2008
Grandes compositores
Os grandes compositores clássicos, como qualquer humano, tinha a sua sexualidade apurada. Conta-se que, conforme o seu desempenho sexual, eram catalogados em quatro categorias diferentes, e que eram os impotentes, os semi-potentes, os potentes e os potentíssimos; ora aqui vão os mais importantes representantes de cada categoria:
Impotentes – naturalmente Bach, com a sua “Toccata e fuga”
Semi-potentes – seria lógico que fosse Schubbert, com a sua “Sinfonia Incompleta”
Potentes – obrigatoriamente Stravinsky, com a famosa “Sagração da Primavera”
Potentíssimos – só poderia ser Beethoven, que após a “1ª.”, fez a “2ª.”, a “3ª”, a “4ª”, a “5ª”, a “6ª”, a “7ª”, …a “8ª”…e a “9ª”…com coros!!!!
E a propósito de grandes compositores, é delicioso ouvir este número musical interpretado por Louis Armstrong e o famoso comediante Danny Kaye.
Impotentes – naturalmente Bach, com a sua “Toccata e fuga”
Semi-potentes – seria lógico que fosse Schubbert, com a sua “Sinfonia Incompleta”
Potentes – obrigatoriamente Stravinsky, com a famosa “Sagração da Primavera”
Potentíssimos – só poderia ser Beethoven, que após a “1ª.”, fez a “2ª.”, a “3ª”, a “4ª”, a “5ª”, a “6ª”, a “7ª”, …a “8ª”…e a “9ª”…com coros!!!!
E a propósito de grandes compositores, é delicioso ouvir este número musical interpretado por Louis Armstrong e o famoso comediante Danny Kaye.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
O 500º.!!!
Sim, este é post nº. 5oo deste blog; sempre gostei de números redondos e assim é de assinalar.
Comecei a fazê-lo dois posts atrás e agora limito-me a assinalar o facto com um conjunto de fotos em que estou acompanhado da razão afinal deste blog e neste momento, da minha vida: o Déjan!Claro que a música só podia ser uma..."A nossa canção"!!!!
Puno hvala, ljuvab moja, VOLIM TE!
1. Belgrado, Setembro 2006
2. Cascais, Janeiro 2007
3. Whiton, Maio 2007
4. Londres, Maio 2007
5. Zadar, Setembro 2007
6. Porto, Junho 2008
7. Ponta da Piedade, Junho 2oo8
terça-feira, 2 de setembro de 2008
O segundo...
Um blog, tirando casos muito específicos, tem sempre uma evolução; evolução essa que depende em grande parte do seu autor, mas também da forma como o vão “moldando” os seus leitores e comentadores. E por falar em leitores e comentadores, que são muitas vezes entidades distintas, eles também têm uma evolução…
No que diz respeito à evolução de um blog, tenho notado isso no meu, como em vários outros que frequento; no meu caso, isso tem acontecido não de uma forma deliberada, mas sim de um modo que eu acho natural; sendo um blog de alguém que vive a sua sexualidade de uma forma perfeitamente assumida, desde sempre os assuntos ligados à homossexualidade aqui tiveram acolhimento e debate; mas reparo que nos últimos tempos, a quantidade de postagens ligadas a esses assuntos, directa ou indirectamente tem crescido. Também, e devido a um certo isolamento social da minha parte, há determinados acontecimentos que aqui não são referidos, por não os ter acompanhado, o que lamento (os filmes são disso um bom exemplo). O Déjan tem sido, e será decerto, cada vez mais, assunto deste blog, pois dia após dia ele está mais presente em mim. De resto, o blog continua a ser aquilo que sempre foi: um blog bastante pessoal, generalista, que procura alternar assuntos sérios com algum humor, e aberto a todos os que saibam e gostem de conjugar o verbo “tolerar” e também sejam capazes de ver algo além do seu umbigo…
E assim passo ao segundo ponto, que é sobre quem me lê e/ou me comenta; deixemo-nos de esconder o lixo debaixo do tapete, mas a verdade é que toda a gente que tem um blog, gosta de ter comentários! Mas há comentários e “comentários”; eu ao comentar prefiro não dizer nada, do que “nada” dizer; e já me cobraram por isso, quem não tinha a mínima autoridade para o fazer, mas enfim…
Já várias vezes o referi, um texto só se completa totalmente com os comentários, pois quantos deles não trazem um valor acrescentado ao que foi escrito e noutros casos ao contraporem pontos de vista diferentes, só estão a enriquecer e alargar o exposto. Já “sofri” a erosão do abandono de alguns (muito poucos) leitores/comentadores, e em todos os casos estou de consciência absolutamente tranquila e, sinceramente, não sinto a falta deles; os amigos que aqui já conquistei são bastantes e alguns deles permanecerão para além do eventual fecho deste ou de outro blog; outros há que não são ainda amigos grandes, porque ainda não houve oportunidade de haver qualquer contacto extra-blog, mas todos os autores dos blogs referidos na minha lista no blog, são amigos em formação…Amigos não eram com certeza os que saltaram do barco, mesmo aqueles a quem franqueei a minha casa para comigo jantarem.
Este post é assim uma reflexão mais genérica sobre o meu blog, na sequência do anterior e que precede um último deste trio; mas não esperem grandes surpresas, pois será um post muito mais singelo e menos palavroso do que estes dois.
No que diz respeito à evolução de um blog, tenho notado isso no meu, como em vários outros que frequento; no meu caso, isso tem acontecido não de uma forma deliberada, mas sim de um modo que eu acho natural; sendo um blog de alguém que vive a sua sexualidade de uma forma perfeitamente assumida, desde sempre os assuntos ligados à homossexualidade aqui tiveram acolhimento e debate; mas reparo que nos últimos tempos, a quantidade de postagens ligadas a esses assuntos, directa ou indirectamente tem crescido. Também, e devido a um certo isolamento social da minha parte, há determinados acontecimentos que aqui não são referidos, por não os ter acompanhado, o que lamento (os filmes são disso um bom exemplo). O Déjan tem sido, e será decerto, cada vez mais, assunto deste blog, pois dia após dia ele está mais presente em mim. De resto, o blog continua a ser aquilo que sempre foi: um blog bastante pessoal, generalista, que procura alternar assuntos sérios com algum humor, e aberto a todos os que saibam e gostem de conjugar o verbo “tolerar” e também sejam capazes de ver algo além do seu umbigo…
E assim passo ao segundo ponto, que é sobre quem me lê e/ou me comenta; deixemo-nos de esconder o lixo debaixo do tapete, mas a verdade é que toda a gente que tem um blog, gosta de ter comentários! Mas há comentários e “comentários”; eu ao comentar prefiro não dizer nada, do que “nada” dizer; e já me cobraram por isso, quem não tinha a mínima autoridade para o fazer, mas enfim…
Já várias vezes o referi, um texto só se completa totalmente com os comentários, pois quantos deles não trazem um valor acrescentado ao que foi escrito e noutros casos ao contraporem pontos de vista diferentes, só estão a enriquecer e alargar o exposto. Já “sofri” a erosão do abandono de alguns (muito poucos) leitores/comentadores, e em todos os casos estou de consciência absolutamente tranquila e, sinceramente, não sinto a falta deles; os amigos que aqui já conquistei são bastantes e alguns deles permanecerão para além do eventual fecho deste ou de outro blog; outros há que não são ainda amigos grandes, porque ainda não houve oportunidade de haver qualquer contacto extra-blog, mas todos os autores dos blogs referidos na minha lista no blog, são amigos em formação…Amigos não eram com certeza os que saltaram do barco, mesmo aqueles a quem franqueei a minha casa para comigo jantarem.
Este post é assim uma reflexão mais genérica sobre o meu blog, na sequência do anterior e que precede um último deste trio; mas não esperem grandes surpresas, pois será um post muito mais singelo e menos palavroso do que estes dois.
domingo, 31 de agosto de 2008
O primeiro de três
Já escrevi várias vezes sobre a blogosfera, o que motiva este fenómeno e as várias razões que estão subjacentes ao aparecimento de um blog.
Hoje permito-me explicar um pouco mais em detalhe o porquê do meu blog; ele apareceu de uma forma quase natural, embora algo impulsiva, como é característica minha, e é essencialmente muito pessoal, quer no que respeita a mim próprio, quer à forma como vejo o mundo. Isto já foi dito, mas nunca referi o que me levou a adoptar o nome "whynotnow"; sucede que, quando iniciei o blog (6 de Novembro de 2006), se tinha finalmente cimentado um relacionamento que tivera início uns largos meses antes, mas que, na realidade só se efectivou depois de um primeiro encontro, em Belgrado, em Setembro desse ano.
E se este nome do blog, só por si se justificava para o início de um blog, mais isso acontecia se esse mesmo nome era a minha total aceitação desse relacionamento, pondo de lado, sem reservas as dúvidas de um relacionamento difícil, devido às distâncias (problema que se mantém) e devido à diferença de idades (completamente ultrapassado).
Quantas vezes me questionei, mais do que o “porquê”, sobretudo o “agora”…
Mas rendi-me e fiz o que devia, quebrei todas as defesas e fui em frente.
Portanto o nome deste blog deve-se em grande parte ao Déjan, que com tudo o que me foi dando (e continua a dar), me fez ver que precisava, como sempre precisei, de uma janela aberta para dizer das minhas alegrias e tristezas, para comunicar, para encontrar amigos (sem eles, o mundo é uma monotonia) e para ser eu, na realidade.
Este é o primeiro de três posts sobre o meu blog; Why now??? You w’ll see! Faltam dois…
Hoje permito-me explicar um pouco mais em detalhe o porquê do meu blog; ele apareceu de uma forma quase natural, embora algo impulsiva, como é característica minha, e é essencialmente muito pessoal, quer no que respeita a mim próprio, quer à forma como vejo o mundo. Isto já foi dito, mas nunca referi o que me levou a adoptar o nome "whynotnow"; sucede que, quando iniciei o blog (6 de Novembro de 2006), se tinha finalmente cimentado um relacionamento que tivera início uns largos meses antes, mas que, na realidade só se efectivou depois de um primeiro encontro, em Belgrado, em Setembro desse ano.
E se este nome do blog, só por si se justificava para o início de um blog, mais isso acontecia se esse mesmo nome era a minha total aceitação desse relacionamento, pondo de lado, sem reservas as dúvidas de um relacionamento difícil, devido às distâncias (problema que se mantém) e devido à diferença de idades (completamente ultrapassado).
Quantas vezes me questionei, mais do que o “porquê”, sobretudo o “agora”…
Mas rendi-me e fiz o que devia, quebrei todas as defesas e fui em frente.
Portanto o nome deste blog deve-se em grande parte ao Déjan, que com tudo o que me foi dando (e continua a dar), me fez ver que precisava, como sempre precisei, de uma janela aberta para dizer das minhas alegrias e tristezas, para comunicar, para encontrar amigos (sem eles, o mundo é uma monotonia) e para ser eu, na realidade.
Este é o primeiro de três posts sobre o meu blog; Why now??? You w’ll see! Faltam dois…
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sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Passado e presente: 7 - O Lago dos Cisnes
A Dança é uma Arte maior, da qual se pode ser mais ou menos fiel seguidor.
Há inúmeras e variadíssimas formas de se manifestar este conceito que nos proporciona uma simbiose de movimento e melodia, e que se podem apresentar, desde o folclore, alma da música popular das variadas regiões, passando pelas mais normalizadas versões de conhecidos tipos de música (tango, valsa, salsa, rock, etc...), até às mais sofisticadas interpretações do chamado ballet, o qual, só por si, nos oferece variadas concepções, que tanto podem ser clássicas, como modernas.
É neste conceito de ballet clássico, que se inclui o famoso "Lago dos cisnes", coreografando de várias formas a maravilhosa partitura de Tchaikovsky.
Na sua versão mais normalizada, é considerada uma obra que se tem prestado a excelentes interpretações de famosas bailarinas em todo o mundo, de onde ao acaso me recordo por as ter presenciado, as de Margot Fonteyn e da portuguesa Isabel Santa Rosa.
No entanto, o coreógrafo britânico Mathew Bourne, na sua muito pessoal versão de obras famosas, que passa pelo "Quebranozes" e por "Eduardo mãos de tesoura", entre outras, maravilha-nos com uma ousada versão do "Lago dos cisnes", em que as esbeltas aves não são as habituais e graciosas bailarinas a que estamos acostumados, mas sim jovens e bem constituídos homens, com um figurino muito adequado à ave em questão, e que nos maravilham com a sua agilidade misturada com muita arte de bem dançar. Na versão original, da qual existe um filme, com saída já em DVD, o papel principal era magistralmente dançado por Adam Cooper, embora nas actuais digressões da companhia pelas diferentes salas de todo o mundo, o elenco, todo de excelente qualidade é diferente.
É claro que anseio vir a poder ver aqui no nosso país esta companhia, em alguma das suas coreografias (uma das mais recentes é "Mary Poppins" ), mas com a inclusão deste inolvidável clássico do bailado.
Uma das minhas recentes "Opções Culturais" e no que diz respeito à dança foi a versão que Mathew Bourne nos deu do “Lago dos Cisnes”; a propósito disso, repesquei este texto publicado no meu blog em 14 de Novembro de 2006, e como o tempo não pára, posso dizer que a mais recente obra deste coreógrafo é “O Retrato de Dorian Gray”; a inclusão do vídeo também não fazia parte do post de então, apenas documentado com uma pequena foto.
Matthew Bourne - Le Lac Des Cygnes
Há inúmeras e variadíssimas formas de se manifestar este conceito que nos proporciona uma simbiose de movimento e melodia, e que se podem apresentar, desde o folclore, alma da música popular das variadas regiões, passando pelas mais normalizadas versões de conhecidos tipos de música (tango, valsa, salsa, rock, etc...), até às mais sofisticadas interpretações do chamado ballet, o qual, só por si, nos oferece variadas concepções, que tanto podem ser clássicas, como modernas.
É neste conceito de ballet clássico, que se inclui o famoso "Lago dos cisnes", coreografando de várias formas a maravilhosa partitura de Tchaikovsky.
Na sua versão mais normalizada, é considerada uma obra que se tem prestado a excelentes interpretações de famosas bailarinas em todo o mundo, de onde ao acaso me recordo por as ter presenciado, as de Margot Fonteyn e da portuguesa Isabel Santa Rosa.
No entanto, o coreógrafo britânico Mathew Bourne, na sua muito pessoal versão de obras famosas, que passa pelo "Quebranozes" e por "Eduardo mãos de tesoura", entre outras, maravilha-nos com uma ousada versão do "Lago dos cisnes", em que as esbeltas aves não são as habituais e graciosas bailarinas a que estamos acostumados, mas sim jovens e bem constituídos homens, com um figurino muito adequado à ave em questão, e que nos maravilham com a sua agilidade misturada com muita arte de bem dançar. Na versão original, da qual existe um filme, com saída já em DVD, o papel principal era magistralmente dançado por Adam Cooper, embora nas actuais digressões da companhia pelas diferentes salas de todo o mundo, o elenco, todo de excelente qualidade é diferente.
É claro que anseio vir a poder ver aqui no nosso país esta companhia, em alguma das suas coreografias (uma das mais recentes é "Mary Poppins" ), mas com a inclusão deste inolvidável clássico do bailado.
Uma das minhas recentes "Opções Culturais" e no que diz respeito à dança foi a versão que Mathew Bourne nos deu do “Lago dos Cisnes”; a propósito disso, repesquei este texto publicado no meu blog em 14 de Novembro de 2006, e como o tempo não pára, posso dizer que a mais recente obra deste coreógrafo é “O Retrato de Dorian Gray”; a inclusão do vídeo também não fazia parte do post de então, apenas documentado com uma pequena foto.
Matthew Bourne - Le Lac Des Cygnes
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quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Jornalismo????
Com o devido respeito, e depois de ter lido um post no blog do X_bear, resolvi alargar a citação dele, e publicar todo o artigo que um jornal(?) regional e vinculado à Igreja trouxe a público; é simplesmente vergonhoso ; e depois não há-de haver homofobia em Portugal....
O jornal em causa chama-se "O DISTRITO DE PORTALEGRE"
Director: João Pires Coelho Telefone: 245301620 email: jornalodistrito@net.novis.pt
Eis o artigo:
«Chegou a vez dos “larilas”.
Por várias vezes, representantes de diversas Instituições
têm alertado a opinião pública para um facto que consideram muito preocupante,
ou seja, em Portugal cada vez há menos crianças a nascer. Na terça feira, dia 22
de Julho, nas televisões e nas rádios, era divulgado este facto, tendo por base
as estatísticas da Direcção Geral de Saúde, publicadas no seu espaço informativo
na Internet. “Em Portugal manteve-se, em 2007, a tendência decrescente da
taxa de natalidade reflectindo uma redução de cerca de 3 000 nados vivos face
aos valores do ano anterior. Estas taxas são mais baixas nos distritos do
interior, Guarda, Bragança, Portalegre e Vila Real e superiores à média nos
Açores, Algarve e distritos de Lisboa e Setúbal. Quer isto dizer, sem margem
para dúvidas, que há menos bebés a nascer no nosso País. Este problema é sentido
em várias regiões do Interior, inclusivé já têm surgido autarquias a dar vários
incentivos aos jovens casais para terem mais filhos, uma forma de ajudar a
combater a desertificação. Até que surgiu a ideia luminosa do Governo, acabar
com algumas maternidades e mandar as Portuguesas terem os filhos em Badajoz,
olé! E, se recuarmos alguns anos, dá para saber que em 2001, nasceram em
Portugal 112.825 crianças, menos 7.246 que em 2000. Perante estes dados e sem
ser necessário dar mais pormenores, qualquer pessoa de bom senso e sentido das
responsabilidades estará preocupada com a falta de nascimentos de bebés no nosso
País. Mas, como em tudo na vida, não há regra sem excepção. Como se fosse mais
um milagre das rosas, surgiu uma luz no horizonte, não no sentido dos casais
terem mais filhos, mas sim uma nova “bandeira” da Juventude Socialista o
“casamento dos homossexuais!...” A propósito e para que não fique qualquer
dúvida transcreve-se parte das declarações do novo líder da Juventude
Socialista, Duarte Cordeiro, no Congresso do Porto, dadas a conhecer na TSF,
16h51, Domingo, dia 20 de Julho, e cita-se: O novo líder da Juventude
Socialista (JS), Duarte Cordeiro, afirmou este domingo que o casamento
homossexual «é uma imposição do princípio de igualdade», acreditando que o PS se
empenhará na defesa desta causa. «Deparamos com uma das poucas desigualdades
existentes na lei, impondo-se a alteração a vários níveis», disse Duarte
Cordeiro, acrescentando que «trata-se da felicidade de milhares». Duarte
Cordeiro, que foi este fim-de-semana eleito secretário-geral da JS, no Congresso
Nacional dos ‘jotas’ que decorreu no Porto, reafirmou que os jovens socialistas
estão empenhados «nesta batalha pelos direitos fundamentais dos cidadãos e
cidadãs homossexuais, mas estão cientes de que a alteração da lei se fará
através da força reformista do PS e do seu empenho na defesa das liberdades em
democracia». Ora aí estão as preocupações do Líder da JS! Sobre as liberdades em
democracia, este slogan foi defendido há décadas por socialistas convictos que
lutaram contra o antigo regime de Oliveira Salazar, estiveram presos nas
masmorras da PIDE, foram deportados, perderam a vida numa luta por uma causa que
abraçaram e que veio a culminar no 25 de Abril de 1974. Se nessa altura
soubessem que em pleno Século XXI os ideais da JS é conseguirem o casamento
entre dois homens ou entre duas mulheres, na linguagem do povo “larilas” e não
só, eram capazes de morrer de vergonha. Aliás dentro do Partido Socialista
felizmente há quem repudie esta forma de actuação, caso da Deputada Maria do
Rosário Carneiro. Tudo isto se torna mais grave por surgir de jovens que
deveriam lutar por outras causas. Exemplos: a falta de emprego, “jovens
licenciados sem trabalho já são 65 mil”. Depois há milhares de raparigas à
espera de encontrar um namorado e com os casamentos dos homossexuais bem podem
ir encomendando uma touca e ficarem para tias. Outro facto que fica como
interrogação para as próximas Eleições de 2009 e que são três: Será que a JS vai
organizar manifestações e comícios para os homossexuais? Ou vamos ter as marchas
GAY? Infelizmente não há uma oposição firme a muitos desvarios que vão
acontecendo neste País cada vez mais decadente, desacreditado e endividado, onde
alguns tentam enterrar os valores morais e da família. Se houvesse oposição,
quando o Primeiro Ministro José Sócrates respondeu a Manuela Ferreira Leite que
o PS era um Partido de liberdades e não era conservador, (presumível alusão aos
casamentos de homossexuais) tinham partido a louça toda... O que se viu? Com
medo de perderem os votos dos GAY no PSD e no CDS/PP, ou falaram a medo, ou
encolheram-se!...Ora bolas!…»
«Chegou a vez dos “larilas”.
Por várias vezes, representantes de diversas Instituições
têm alertado a opinião pública para um facto que consideram muito preocupante,
ou seja, em Portugal cada vez há menos crianças a nascer. Na terça feira, dia 22
de Julho, nas televisões e nas rádios, era divulgado este facto, tendo por base
as estatísticas da Direcção Geral de Saúde, publicadas no seu espaço informativo
na Internet. “Em Portugal manteve-se, em 2007, a tendência decrescente da
taxa de natalidade reflectindo uma redução de cerca de 3 000 nados vivos face
aos valores do ano anterior. Estas taxas são mais baixas nos distritos do
interior, Guarda, Bragança, Portalegre e Vila Real e superiores à média nos
Açores, Algarve e distritos de Lisboa e Setúbal. Quer isto dizer, sem margem
para dúvidas, que há menos bebés a nascer no nosso País. Este problema é sentido
em várias regiões do Interior, inclusivé já têm surgido autarquias a dar vários
incentivos aos jovens casais para terem mais filhos, uma forma de ajudar a
combater a desertificação. Até que surgiu a ideia luminosa do Governo, acabar
com algumas maternidades e mandar as Portuguesas terem os filhos em Badajoz,
olé! E, se recuarmos alguns anos, dá para saber que em 2001, nasceram em
Portugal 112.825 crianças, menos 7.246 que em 2000. Perante estes dados e sem
ser necessário dar mais pormenores, qualquer pessoa de bom senso e sentido das
responsabilidades estará preocupada com a falta de nascimentos de bebés no nosso
País. Mas, como em tudo na vida, não há regra sem excepção. Como se fosse mais
um milagre das rosas, surgiu uma luz no horizonte, não no sentido dos casais
terem mais filhos, mas sim uma nova “bandeira” da Juventude Socialista o
“casamento dos homossexuais!...” A propósito e para que não fique qualquer
dúvida transcreve-se parte das declarações do novo líder da Juventude
Socialista, Duarte Cordeiro, no Congresso do Porto, dadas a conhecer na TSF,
16h51, Domingo, dia 20 de Julho, e cita-se: O novo líder da Juventude
Socialista (JS), Duarte Cordeiro, afirmou este domingo que o casamento
homossexual «é uma imposição do princípio de igualdade», acreditando que o PS se
empenhará na defesa desta causa. «Deparamos com uma das poucas desigualdades
existentes na lei, impondo-se a alteração a vários níveis», disse Duarte
Cordeiro, acrescentando que «trata-se da felicidade de milhares». Duarte
Cordeiro, que foi este fim-de-semana eleito secretário-geral da JS, no Congresso
Nacional dos ‘jotas’ que decorreu no Porto, reafirmou que os jovens socialistas
estão empenhados «nesta batalha pelos direitos fundamentais dos cidadãos e
cidadãs homossexuais, mas estão cientes de que a alteração da lei se fará
através da força reformista do PS e do seu empenho na defesa das liberdades em
democracia». Ora aí estão as preocupações do Líder da JS! Sobre as liberdades em
democracia, este slogan foi defendido há décadas por socialistas convictos que
lutaram contra o antigo regime de Oliveira Salazar, estiveram presos nas
masmorras da PIDE, foram deportados, perderam a vida numa luta por uma causa que
abraçaram e que veio a culminar no 25 de Abril de 1974. Se nessa altura
soubessem que em pleno Século XXI os ideais da JS é conseguirem o casamento
entre dois homens ou entre duas mulheres, na linguagem do povo “larilas” e não
só, eram capazes de morrer de vergonha. Aliás dentro do Partido Socialista
felizmente há quem repudie esta forma de actuação, caso da Deputada Maria do
Rosário Carneiro. Tudo isto se torna mais grave por surgir de jovens que
deveriam lutar por outras causas. Exemplos: a falta de emprego, “jovens
licenciados sem trabalho já são 65 mil”. Depois há milhares de raparigas à
espera de encontrar um namorado e com os casamentos dos homossexuais bem podem
ir encomendando uma touca e ficarem para tias. Outro facto que fica como
interrogação para as próximas Eleições de 2009 e que são três: Será que a JS vai
organizar manifestações e comícios para os homossexuais? Ou vamos ter as marchas
GAY? Infelizmente não há uma oposição firme a muitos desvarios que vão
acontecendo neste País cada vez mais decadente, desacreditado e endividado, onde
alguns tentam enterrar os valores morais e da família. Se houvesse oposição,
quando o Primeiro Ministro José Sócrates respondeu a Manuela Ferreira Leite que
o PS era um Partido de liberdades e não era conservador, (presumível alusão aos
casamentos de homossexuais) tinham partido a louça toda... O que se viu? Com
medo de perderem os votos dos GAY no PSD e no CDS/PP, ou falaram a medo, ou
encolheram-se!...Ora bolas!…»
opinião João Trindade 24/07/2008 11:09 4556 Caracteres
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Opções culturais
Já há muito tempo não era desafiado para uma destas correntes bloguistas que de quando em vez aparecem. Desta vez, foi a Blueminerva a desafiadora e o que há a fazer é indicar quais os eventos culturais a que pudesse assistir ou ler, durante 24 horas de um período de férias, e se possível ordená-los cronologicamente: exposição, cinema, bailado, teatro, livro, música. Claro que está implícito o ver pela primeira vez ou rever…
Eu não indico os acontecimentos cronologicamente, até porque alguns podem ser simultâneos, caso da música e da leitura e também apenas escolhi coisas já vistas e que me deram um imenso prazer; sendo assim passo às minhas opções:
- Exposição - não será propriamente uma exposição, mas sim um objecto exposto, e
que seria o “David” de Miguel Ângelo, na Galeria da Academia, em
Florença, talvez a mais bela obra esculpida desde sempre, perfeita!
- Filme – não um, mas dois: “Brokeback Mountain”, pela história, pela fotografia, pela
música, mas principalmente por duas cenas que jamais me sairão da memória
(a cena do primeiro reencontro e a cena final); e “Far from the Heaven”, pela
recreação perfeita dos anos 50, pela história e sobretudo por uma admirável
Julianne Moore.
- Teatro – “O caminho para Meca” que vi há anos na Casa de Garrett, com uma Eunice
Munoz fabulosa e com uma esplêndida encenação de João Lourenço.
- Ópera – “Aida”, pela música, pela grandiosidade, por ser de Verdi, claro.
- Bailado – também duas opções: a versão gay do “Lago dos Cisnes” de Mathew
Bourne (das coisas mais belas que já vi); e “Romeu e Julieta” de Maurice
Béjart, que conseguiu “revolucionar” uma das maiores histórias de amor de
sempre.
- Música – fado, com Amália, incluindo “Lágrima”, “You raise me up”, porque “ele”
está sempre no meu coração, o “Piano concerto nº.21” de Mozart e o
“Inverno” de Vivaldi.
- Livro – e agora para variar, uma trilogia: “O Principezinho” de Antoine de Saint-
Exupery, “Memórias de Adriano” de Margaret Yourcenar e “As canções” de
António Botto.
Como é da praxe, aqui vão os desafiados, todos eles capazes de óptimas escolhas, estou certo: “Felizes juntos”, “Castelo d’areia”, "Gritosmudos”, "Psimentos" e "How the enGine throb"
Eu não indico os acontecimentos cronologicamente, até porque alguns podem ser simultâneos, caso da música e da leitura e também apenas escolhi coisas já vistas e que me deram um imenso prazer; sendo assim passo às minhas opções:
- Exposição - não será propriamente uma exposição, mas sim um objecto exposto, e
que seria o “David” de Miguel Ângelo, na Galeria da Academia, em
Florença, talvez a mais bela obra esculpida desde sempre, perfeita!
- Filme – não um, mas dois: “Brokeback Mountain”, pela história, pela fotografia, pela
música, mas principalmente por duas cenas que jamais me sairão da memória
(a cena do primeiro reencontro e a cena final); e “Far from the Heaven”, pela
recreação perfeita dos anos 50, pela história e sobretudo por uma admirável
Julianne Moore.
- Teatro – “O caminho para Meca” que vi há anos na Casa de Garrett, com uma Eunice
Munoz fabulosa e com uma esplêndida encenação de João Lourenço.
- Ópera – “Aida”, pela música, pela grandiosidade, por ser de Verdi, claro.
- Bailado – também duas opções: a versão gay do “Lago dos Cisnes” de Mathew
Bourne (das coisas mais belas que já vi); e “Romeu e Julieta” de Maurice
Béjart, que conseguiu “revolucionar” uma das maiores histórias de amor de
sempre.
- Música – fado, com Amália, incluindo “Lágrima”, “You raise me up”, porque “ele”
está sempre no meu coração, o “Piano concerto nº.21” de Mozart e o
“Inverno” de Vivaldi.
- Livro – e agora para variar, uma trilogia: “O Principezinho” de Antoine de Saint-
Exupery, “Memórias de Adriano” de Margaret Yourcenar e “As canções” de
António Botto.
Como é da praxe, aqui vão os desafiados, todos eles capazes de óptimas escolhas, estou certo: “Felizes juntos”, “Castelo d’areia”, "Gritosmudos”, "Psimentos" e "How the enGine throb"
Publicada por
João Roque
à(s)
14:27
28 comentários:
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sábado, 23 de agosto de 2008
Ouro gay em Beijing
O jovem australiano, Mathew Mitcham, de 20 anos de idade, acaba de conquistar a medalha de ouro na categoria de saltos para a água, graças a um sexto e último salto extraordinário.
Nada de grande realce, no meio de tantas medalhas de ouro, com o natural relevo para a do nosso Nélson Évora, se não fosse o facto de Mitcham, ser o único atleta masculino presente em Beijing, assumidamente homossexual (houve outras três atletas femininas que se assumiram).
Assim, Mathew Mitchum é o primeiro atleta gay a conquistar uma medadlha de ouro olimpíca.
Recordo que Gregg Louganis, o conhecido saltador americano, que conquistou várias medalhas entre as quais uma de ouro, só assumiu a sua homossexualidade mais tarde, ao anunciar que era portador do vírus da SIDA
Faltava esta foto, com o Mathew a festejar com o seu namorado.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Tale of Tales
Este filme realizado pelo russo Yuri Norstein em 1979, está considerado como um dos melhores filmes de animação de todos os tempos. Este vídeo mostra apenas a primeira de três partes, devido ao filme ser uma média metragem; no "You Tube" podem encontrar-se facilmente as duas partes restantes.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Desejo-te tempo
Não te desejo um presente qualquer.
Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.
Tempo, para te divertires e para sorrir;
Tempo para que os obstáculos sejam sempre superados
E muitos sucessos comemorados.
Desejo-te tempo, para planear e realizar,
Não só para ti mesmo, mas também para doá-lo aos outros.
Desejo-te tempo, não para ter pressa e correr,
Mas tempo para encontrares a ti mesmo,
Desejo-te tempo, não só para passar ou para vê-lo no relógio,
Desejo-te tempo, para que fiques;
Tempo para te encantares e tempo para confiar em alguém.
Desejo-te tempo para tocar as estrelas,
E tempo para crescer, para amadurecer.
Desejo-te tempo para aprender e acertar,
Tempo para recomeçar, se fracassar.
Desejo-te tempo também para poder voltar atrás e perdoar.
Para ter novas esperanças e para amar.
Não faz mais sentido protelar.
Desejo-te tempo para ser feliz.
Para viver cada dia, cada hora como um presente.
Desejo-te tempo, tempo para a vida.
Desejo-te tempo.
Tempo.
Muito tempo!
(Autor: Giuseppe Tropi Somma)
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
"Latter Days"
Aaron e Christian são talvez duas das pessoas mais antagónicas deste mundo. Aaron é um jovem Elder (missionário mórmon) que deseja ser o orgulho da sua família e que vive intensamente a sua missão; Christian é um jovem homossexual, empregado de restaurante e que sexualmente é um “predador”(um encontro sexual todas as noites fá-lo feliz).
Quando Aaron e mais três jovens missionários chegados a Los Angeles, se instalam num apartamento vizinho do de Christian, os amigos deste fazem com ele uma aposta não acreditando que ele consiga seduzir um dos missionários; quase instintivamente, Christian elege Aaron como o seu alvo. Mas daí advêm dois problemas: Christian descobre que Aaron é um homossexual reprimido e depressa se apaixonam; mas por outro lado, para os Mormons, a homossexualidade é algo completamente inaceitável.
Quando o seu romance é descoberto, ambos terão que vencer imensas vicissitudes para manter o que afinal mais desejam: o amor entre ambos.
Dirigido por C. Jay Cox, em 2003, este belíssimo filme, tem como principais intérpretes Steve Sandvos (admirável como Aaron, e Wes Ramsey, como Christian. É um filme que ultrapassa e muito o vulgar romance gay, para pôr a nu o confronto entre a religião e a homossexualidade e os problemas que um jovem tem ao enfrentar uma feroz homofobia familiar; mas a capacidade do amor entre estes jovens tudo supera. Um filme a ver ou a rever.
No “You Tube”, podemos encontrar todo o filme, legendado em castelhano, dividido por vários vídeos; é de não perder!
Dedico com todo o prazer esta postagem ao amigo Engine.
sábado, 16 de agosto de 2008
A guerra do Cáucaso
Depois da queda do comunismo e da extinção da URSS, tem sido uma vertiginosa descida aos infernos o que se tem passado na nova Rússia; até que surgiu um senhor formado na KGB, mas com uma política híbrida de charme e de repressão, que fez voltar às gentes russas o orgulho pátrio: Putin!
Sorriso aqui, abraço ali, tornou-se um amigo do ocidente, mas sempre de pé atrás...
Quando o expansionismo americano, via UE, começou a "dinamitar" as fronteiras do seu território, "a mula deu um coice" e Putin, agora a jogar na sombra, mas sempre a comandar, achou que esta "sealy season", mascarada de jogos olímpicos, seria a altura ideal, para dizer "basta",
E agora, que chatisse, vamos lá a interromper as férias, ainda bem que a presidência europeia está em mãos francesas, pois Sarcozy tem vocação "pessoal" para Nobel da Paz, e o Bush lá manda a "Condolência" e manda mais umas asneiradas, e pronto, a poeira assenta...
Será que assenta? Esta "Guerra do Cáucaso" quer dizer muito mais do que parece e intimida muito boa gente; a Rússia, pela primeira vez desde a "venda" da R.D.A. efectuada por Gorbatchev a Kholl, rugiu e disse a uma América, perigosamente a liderar o mundo, nas mãos de um cretino, à politicamente imatura U.E. e a
uma China emergente e vizinha, que também tem, ou quer ter voz activa.
Vamos ver em que é que isto tudo dá, uma coisa é certa: essa Guerra Fria que durou nas décadas finais (50 a 80) do século passado, parece ter estado só em hibernação; mas o tabuleiro político dessa guerra também foi imensamente alterado...
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Dois lutadores foram ao tapete
Dois jovens lutadores da Universidade do Nebraska, Paul Donahoe e Kenny Jordan, foram excluídos da sua equipa depois de terem aparecido nus num "site" pornográfico gay. A razão oficial do seu afastamento, é baseada no facto de, como atletas da NCCA(National Collegiate Athletic Assossiation), eles não terem o direito de deixar as suas fotos serem utilizadas para fins comerciais( o "site" não é gratuito), nem de usufruir qualquer compensação com essas fotos.
Aqui ficam as fotos devidamente "axadrezadas" de cada um dos lutadores.
Para quem estiver interessado noutras fotos "sem pedras de xadrês" dos mesmos atletas poderá encontrá-las no "Código Secreto" - depois não digam que foram lá, inadvertidamente, ok?
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
La Mamma Morta
Esta é para mim, uma das cenas mais marcantes do filme "Filadélfia", pois junta dois talentos excepcionais, em diferentes áreas artísicas, é claro, mas ambos fabulosos: de Maria Callas já tudo se disse, mas nunca é demais ouvi-la, e nesta ária de "André Chennier" ela sobe a um nível quase inultrapassável. Tom Hanks, que neste filme tem, de longe, a sua melhor interpretação de sempre, consegue nesta cena, transmitir-nos toda a intensidade do seu drama pessooal, ao som de "La Mamma morta", e ao mesmo tempo, associa esse drama ao "libretto" da própria ópera. A estupefacção (admiração) de Denzel Washington só é comparável à nossa.
Admirável!!!
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Quando o telefone toca
"Um Homem liga para casa, numa tarde para saber o que a sua esposa ia fazer para o jantar.
- Estou?
Responde uma voz de criança.- Olá, querida, é o Papá. A Mamã está perto do telefone?
- Não, Papá. A mamã está lá em cima no quarto com o tio João.
Após alguns segundos, o homem diz:
- Mas querida, tu não tens nenhum tio chamado João!!
- Tenho sim, e ele está lá em cima no quarto com a mamã.
- Ok, então, quero que faças o seguinte:- Sobes as escadas a correr, bates na porta do quarto e gritas que o carro do Papá acabou de parar na frente da casa.....
- Está bem Papá, eu volto já. Alguns minutos depois, a criança volta:- Estou, Papá, já gritei à porta do quarto da mamã.
- E o que é que aconteceu?
- Bem, a mamã saltou da cama nua, começou a correr e a gritar pelo quarto, tropeçou no tapete e caiu pelas escadas e agora ela está morta...
- Oh, meu Deus e o Tio João ?
- Ele também saltou da cama todo nu, e muito assustado, saltou pela janela do fundo para dentro da piscina, mas esqueceu-se que tu tinhas esvaziado a piscina na semana passada para limpar, então, ele bateu com a cabeça no fundo da piscina, e agora também está morto....
Após alguns segundos de pausa o homem diz:- Piscina ? ? ?- Por acaso o Nº. para onde estou a ligar é o 082 70 00 24?
- Não.
- Então não é a Joana que está a falar ?
- Não.
-Peço imensa desculpa, mas foi engano..."
domingo, 10 de agosto de 2008
Passado e presente: 6 - Belgrado, uma cidade, um país, um povo
Fui recentemente, pela segunda vez na minha vida a Belgrado, curiosamente uma cidade capital de dois diferentes países, nessas visitas. Há anos, capital da ex-Jugoslávia, no seu imediato pós-Tito, e agora da Sérvia. Foi uma visita atribulada, essa primeira vez, pois tinha sido infantilmente roubado, durante a noite, na travessia ferroviária desde Atenas, ficando privado de qualquer documentação, do bilhete e de dinheiro, como é óbvio. Assim sendo, foi quase só o tempo ocupado com a ida à embaixada portuguesa, para resolver o problema, e pouco tempo restou para ver a cidade, da qual relembro essencialmente um bonito parque, com uma óptima panorâmica da confluência do rio Sava, que atravessa a cidade, com o Danúbio, que também banha as suas margens. Recordo, nesses tempos já longínquos, que era a primeira vez que visitava um país da área comunista, pese embora um comunismo pouco ortodoxo e algo terceiro-mundista, à imagem do seu líder até então, 0 Marechal Tito. Não foi fácil a comunicação com as pessoas, pois não encontrei muita gente a falar inglês, o francês era praticamente desconhecido e eu, de alemão e russo era e sou completamente ignorante. Ainda por cima, existia um segundo alfabeto, o cirílico, o qual para mim era igual a hieróglifos...Mas, lá me fui "desenrascando", e pude ficar com uma ideia de um país de contrastes, se é que se pode ter a imagem de um país apenas com uma fugaz visita a uma cidade, mesmo que seja a sua capital. Um povo afável, mas algo fechado e é curioso que fiquei com uma impressão, talvez pouco definida, mas que o tempo, infelizmente se encarregou de me explicar, de que era um povo com alguns problemas...Voltei a Belgrado em Setembro último, e desta vez aí permaneci quase duas semanas, o que foi suficiente para ficar com uma ampla visão da mesma, visitando os locais mais turísticos, mas também alguns outros menos conhecidos, devido à companhia sempre agradável e conhecedora de alguém que nela habita há vários anos. É uma cidade de contrastes, confirmei. Alguns prédios degradados convivem, nas principais avenidas, com belíssimos exemplos de uma arquitectura rica e muito bem conservada. Vasta, na sua área, bastante populosa (perto de dois milhões de habitantes), visitei pela primeira vez, na margem esquerda do Sava, a "nova Belgrado", com as suas amplas avenidas, modernos prédios de habitação, hotéis e zonas comerciais. Passeei-me pela extensa e sempre muito concorrida, dia e noite, zona pedonal, com uma quantidade e diversidade enorme de cafés, restaurantes e esplanadas aprazíveis. Recordei locais da minha anterior visita, como a já "gasta" estação ferroviária central, e o alindado parque da cidade, junto aos rios, que continua a ser o local de passeio e visita mais popular. Fui conhecer o majestoso e previamente auto laneado mausoléu de Tito...Vi a enorme catedral de S.Sava, a maior igreja ortodoxa que existe, e que apenas recentemente, teve a sua atribulada construção, finalizada. Mas preferi a simplicidade da igreja de S.Marcos, onde me foi dado observar pela 1ª vez,com alguma minúcia uma religião afinal tão próxima do catolicismo, que por aqui se pratica. Vivi a cidade, no seu dia a dia e habitei uma das suas principais avenidas, aquela que "ostenta" ainda hoje os sinais de uma acção punitiva, que visou não só Belgrado, mas vastas áreas da Sérvia, essencialmente pontes e importantes unidades económicas do país.
Estes bombardeamentos cirúrgicos foram efectuados pela NATO, com o objectivo, atingido, de certa forma, de forçar, em 1999 o então presidente Milosevic a aceitar a permanência das Nações Unidas no Kosovo, situação que ainda hoje se mantém num impasse difícil de resolver(*).Mas a contestação interna a Milosevic foi também enorme, e forçou mesmo a sua demissão, após as esmagadoras manifestações populares, que terminaram com o seu abandono do poder em Outubro de 2000. É lamentável, ver, ainda hoje, numa mesma avenida, prédios esventrados pelos "rockets" americanos, lado a lado com magníficos edifícios governamentais; sinais de uma violência que tanto marcou a Sérvia no final do século passado, consequências de uma guerra fratricida, que a ninguém beneficiou e a todos penalizou. Emergiram nos Balcãs novos países, alguns de fracas capacidades económicas, outros ajudados pela conivência de grandes potências europeias, com a Alemanha à cabeça, que sempre se opôs à formação de uma "grande Sérvia", e assim nasceu um novo mapa europeu, a juntar ao desmembramento da antiga URSS, no final da década de 90. O povo, esse, foi quem mais sofreu, como sempre sucede. Mas já tanto tinha sofrido nessa cruel e mortífera guerra, que teve, a meu ver, como primeiro e máximo culpado, mesmo após ter desaparecido, o Marechal Tito, o qual para seu poder pessoal, formou e manteve uma fictícia união de etnias, religiões e viveres, que se chamou um dia Jugoslávia. Dessa guerra, desses acontecimentos, espero vir a escrever algo, um dia destes...
Adenda: estes posts foram escritos em 11 e 16 de Novembro de 2006; após estas visitas já voltei a Belgrado, visita essa que documentei aqui no blog em 13 e 18 de Janeiro do corrente ano; e claro, desde Novembro de 2006 até hoje muito aprendi sobre este povo e este país…
Adenda: estes posts foram escritos em 11 e 16 de Novembro de 2006; após estas visitas já voltei a Belgrado, visita essa que documentei aqui no blog em 13 e 18 de Janeiro do corrente ano; e claro, desde Novembro de 2006 até hoje muito aprendi sobre este povo e este país…
(*) - Infelizmente já teve alguma resolução: a independência unilateral de um "país", chamado Kosovo...
sábado, 9 de agosto de 2008
O blog de um amigo
Conheço o André desde os seus 4/5 anos, era um puto porreiro que se entretinha quando criança com actividades bastante curiosas: gostava de fazer “coisas”…e coisas diferentes; era um miúdo calado, mas com opiniões e aprendi desde cedo a gostar muito dele.
O André cresceu e hoje é um jovem de 27 anos; quis a vida que os nossos contactos sejam mais raros, mas nunca deixou de ser o “puto” André, e quando há cerca de 4 anos ganhou um importante prémio internacional, e chegou a ser entrevistado na CNN, nunca o André perdeu aquele ar tímido que o caracteriza; esse prémio foi o corolário de inúmeros projectos que ia desenvolvendo na sua área preferida, o design, de preferência sobre automóveis e aviões.
Agora o André criou um blog, um bocadinho “empurrado” por mim – é o “Work in progress” e nele vai incorporar a vertente do design, mas também outras coisas da Vida e da sua vida; porque o conheço, sei que será um bom blog. Deixo aqui as referências ao troféu conquistado, sendo a foto a do prototipo vencedor “O português André C. foi o grande vencedor do 3º Concurso mundial de Design Peugeot, com o original projecto Moovie. Um feito assinalável, não só por ter sido alcançado por um jovem designer amador, de apenas 23 anos, como por demonstrar que em Portugal existe inspiração para criar projectos ousados e inovadores na área do design automóvel, que tão pouca expressão tem no mercado português.. Respondendo ao desafio "Desenhe o Peugeot com que sonha para o futuro próximo", André C. conseguiu destacar-se entre os 3800 projectos a concurso e terá agora como principal prémio a concepção de um protótipo à escala 1/1 do Moovie, o qual será apresentado no Salão Automóvel de Frankfurt, em Setembro próximo. Um cheque no valor de 6000 euros e a criação de uma miniatura do seu projecto à escala de 1/43 pela Norev são outras das recompensas que esperam este estudante de Design de Equipamento da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (FBAUL).
O Moovie é uma pequena viatura de apenas dois lugares, que deve muito do seu design às inovadoras rodas de grandes dimensões, as quais, pela sua concepção oca, recebem também as próprias portas da viatura. Estas últimas abrem num movimento circular, deslocando-se para a frente. As rodas, aliadas a duas esferas orientáveis, são capazes de rodar em ângulos próximos dos 360º, o que, conjugado com a ampla superfície vidrada, facilita as manobras a bordo do Moovie em ambientes urbanos.
O projecto idealizado por André C. aponta para um veículo amigo do ambiente, utilizando energia eléctrica, mas a própria Peugeot admite que a adopção de um sistema de células de combustível miniaturizado também poderia ser uma opção para animar esta interessante proposta. Mas, mais do que a mecânica, foi a estética que permitiu ao Moovie arrebatar o galardão. Os responsáveis da marca francesa reconheceram que o projecto português foi o que suscitou mais entusiasmo no seu centro de design, destacando a qualidade do tratamento da superfície, a simplicidade e suavidade das formas e o design emotivo, que transmite a sensação de um habitáculo acolhedor e confortável. Importa ainda referir que o Moovie não foi o único projecto distinguido pela Peugeot, pois, pela primeira vez na história deste concurso, foi instituído um pódio. O segundo prémio foi atribuído ao projecto 607 Arabesque, criado por um designer industrial inglês de 37 anos, o qual assume as formas de um coupé de altas prestações. O terceiro classificado foi um jovem chinês de 21 anos, Zhonghuayi, que concebeu um veículo futurista animado por células de combustível, que se poderá classificar como uma pick- -up para o futuro.”
O André cresceu e hoje é um jovem de 27 anos; quis a vida que os nossos contactos sejam mais raros, mas nunca deixou de ser o “puto” André, e quando há cerca de 4 anos ganhou um importante prémio internacional, e chegou a ser entrevistado na CNN, nunca o André perdeu aquele ar tímido que o caracteriza; esse prémio foi o corolário de inúmeros projectos que ia desenvolvendo na sua área preferida, o design, de preferência sobre automóveis e aviões.
Agora o André criou um blog, um bocadinho “empurrado” por mim – é o “Work in progress” e nele vai incorporar a vertente do design, mas também outras coisas da Vida e da sua vida; porque o conheço, sei que será um bom blog. Deixo aqui as referências ao troféu conquistado, sendo a foto a do prototipo vencedor “O português André C. foi o grande vencedor do 3º Concurso mundial de Design Peugeot, com o original projecto Moovie. Um feito assinalável, não só por ter sido alcançado por um jovem designer amador, de apenas 23 anos, como por demonstrar que em Portugal existe inspiração para criar projectos ousados e inovadores na área do design automóvel, que tão pouca expressão tem no mercado português.. Respondendo ao desafio "Desenhe o Peugeot com que sonha para o futuro próximo", André C. conseguiu destacar-se entre os 3800 projectos a concurso e terá agora como principal prémio a concepção de um protótipo à escala 1/1 do Moovie, o qual será apresentado no Salão Automóvel de Frankfurt, em Setembro próximo. Um cheque no valor de 6000 euros e a criação de uma miniatura do seu projecto à escala de 1/43 pela Norev são outras das recompensas que esperam este estudante de Design de Equipamento da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (FBAUL).
O Moovie é uma pequena viatura de apenas dois lugares, que deve muito do seu design às inovadoras rodas de grandes dimensões, as quais, pela sua concepção oca, recebem também as próprias portas da viatura. Estas últimas abrem num movimento circular, deslocando-se para a frente. As rodas, aliadas a duas esferas orientáveis, são capazes de rodar em ângulos próximos dos 360º, o que, conjugado com a ampla superfície vidrada, facilita as manobras a bordo do Moovie em ambientes urbanos.
O projecto idealizado por André C. aponta para um veículo amigo do ambiente, utilizando energia eléctrica, mas a própria Peugeot admite que a adopção de um sistema de células de combustível miniaturizado também poderia ser uma opção para animar esta interessante proposta. Mas, mais do que a mecânica, foi a estética que permitiu ao Moovie arrebatar o galardão. Os responsáveis da marca francesa reconheceram que o projecto português foi o que suscitou mais entusiasmo no seu centro de design, destacando a qualidade do tratamento da superfície, a simplicidade e suavidade das formas e o design emotivo, que transmite a sensação de um habitáculo acolhedor e confortável. Importa ainda referir que o Moovie não foi o único projecto distinguido pela Peugeot, pois, pela primeira vez na história deste concurso, foi instituído um pódio. O segundo prémio foi atribuído ao projecto 607 Arabesque, criado por um designer industrial inglês de 37 anos, o qual assume as formas de um coupé de altas prestações. O terceiro classificado foi um jovem chinês de 21 anos, Zhonghuayi, que concebeu um veículo futurista animado por células de combustível, que se poderá classificar como uma pick- -up para o futuro.”
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Os olhos do amor
Tão triste como belo; o amor na sua expressão total...
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