quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Fotos de desporto
terça-feira, 11 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
"Bonecos"
sábado, 8 de agosto de 2009
Estou triste
Estou triste, hoje. Aliás todos nós, portugueses, estamos tristes, hoje.
Nós, considerados um povo triste, ficámos muito mais tristes hoje.
Porque hoje nos deixou quem, apesar de sermos tristes, nos fez sorrir, ao longo de tantos anos.
Morreu o Raul Solnado!
Por muito mérito que tenham tido ou tenham outros grandes humoristas do nosso país, desde os tempos de
Desde as suas rábulas revisteiras que o deram a conhecer (quem não conhece “A minha ida à guerra”?), passando pelo primeiro grande programa que a TV teve em Portugal, antes do 25 de Abril – o nunca esquecido “Zip Zip” e o seu impagável “Fritz”, aos momentos de puro gozo no concurso “A visita da Cornélia", muito mais fez Raul Solnado, no cinema, no teatro, na televisão, mas sobretudo na Vida!
Foi empresário, com a criação do seu teatro, ali perto do Saldanha, que era o “seu mundo”, foi comunicador e foi um grande vulto da Cultura portuguesa.
E foi acima de tudo um grande Homem, naquela corpo franzino; a tudo o que se dedicou, o fez com uma dádiva imensa, e sempre abraçou causas solidárias, defendeu ideais políticos com convicção e nunca se esquecia de sorrir…
Quando uma pessoa com estas tão grandes referências, nos deixa, é costume dizer que o país ficou mais pobre; hoje prefiro dizer que ficou mais triste, muito mais triste…
Obrigado, Raul Solnado.sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Ana e os "gatos"
Foi por mail que a Ana me mandou este vídeo, que não conhecia, e que achei delicioso.
"A Duetto di due gatti cómico" (Humurous dueto para dois gatos), é uma popular peça musical para dois sopranos; é muitas vezes apresentada como um "encore" de um concerto.
Apesar desta peça ser normalmente atribuída a Rossini, não foi realmente escrita por ele, sendo uma compilação escrita em 1825, a partir de trechos da sua ópera "Otello", de 1816. O compilador foi provavelmente o compositor inglês Robert Lucas de Pearsall, que para este efeito utilizou o pseudónimo de G. Berthold.
Por ter falado da Ana, gostaria de referir a excelência do seu blog "A Paixão dos Sentidos", em que ela com uma escrita descritiva muito apurada nos vai dando conta de tanta coisa bonita que acontece na vida rural, longe do bulício da cidade; é impressionante o que já aprendi ali, e a minúcia da explicação das causas de coisas simples que acontecem na natureza é fabulosa.
Devo confessar que um dia que vá por aquelas terras da Beira Alta, irei visitá-la e conhecê-la, se tal não acontecer antes, por aqui por Lisboa…
Fica a chamada de atenção para este blog, que vale bem a pena conhecer e onde o verbo partilhar é constantemente conjugado.
Obrigado, Ana!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
5 de Agosto
When I fall in love it will be forever
Or I’ll never fall in love
In a restless world like this is
Love is ended before it’s begun
And too many moonlight kisses
Seem to cool in the warmth of the sun
When I give my heart it will be completely
Or I’ll never give my heart
And the moment I can feel
that you feel that way too
Is when I fall in love with you
And the moment I can feel
that you feel that way too
Is when I fall in love with you
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Fim de semana "vermelhão" e uma boa semana...
Não é novidade para ninguém que sou benfiquista; e como bom benfiquista que sou, tenho uma enorme capacidade de sofrimento, principalmente nos últimos anos.
Outra característica de um bom benfiquista é o grande anseio, em cada início de época, de que “este ano é que vai ser”! Infelizmente, não tem sido…
Mas, e sem querer mostrar falsas expectativas, este ano, tenho verificado que o Benfica, nesta pré-época tem jogado sistematicamente bem, mesmo no único jogo que perdeu…
Os valores individuais, o Benfica sempre os foi tendo, o que há muito não tem é uma equipa e este ano tem…duas; uma a jogar e outra também excelente, no banco.
Comprou bons reforços? Sem dúvida que sim, mas “comprou” acima de tudo um bom técnico, pois
Este fim de semana, em Guimarães, o Benfica foi um regalo; venceu e convenceu!
Foi um fim de semana “vermelhão”!!!
E agora começa a semana; muita gente de férias, está claro, a blogosfera a meio gás, mas há quem trabalhe…
E que tal inovar e começar a ir para o trabalho assim
domingo, 2 de agosto de 2009
Casamento musical
Vi este vídeo aqui e fiquei absolutamente conquistado; se eu tivesse casado, o meu casamento teria começado assim...
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Para o Félix...
Porque conheço a felicidade que estás a viver nestes dias, porque sei os sentimentos que partilhas com o Arthur, porque me fazem recordar dias intensamentos vividos com o Déjan e que sei que se repetirão, porque sei dos teus anseios futuros acerca do teu relacionamento e espero que se concretizem, aqui vai uma canção para ti, para vós e para tantos e magníficos exemplos de amor que tenho encontrado aqui na blogosfera; não os vou nomear, pois seria deselegante, a omissão de algum, mas vocês sabem que são para vocês também..
E, claro, porque tenho umas saudades imensas do meu amor...
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Madalena Azeredo Perdigão
No comentário que ali lhe deixei, referi que tinha tido o prazer de assistir ao vivo a um espectáculo de Merce Cunninhgam aqui em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, quando aqui estudava, salvo erro na década de 70.
Já há pouco tempo, em conversa com alguém, referi também a oportunidade que me foi dada em ver na mesma sala Stravinsky. E se quiser, posso ir buscar outros grandes nomes da música clássica, e do bailado que tive a possibilidade de aplaudir, sempre no velhinho Coliseu, após horas de espera nas filas para apanhar bons lugares naquelas terríveis e incómodas bancadas, pois dinheiro não havia para plateias e camarotes (nunca fui a S.
E assim delirei com Karajan e Rubinstein, com Fonteyn e Nureyev,
E recordo de novo aquela noite com Béjart após o seu “
Tudo isso, integrado num acontecimento anual cujo programa, era sempre ansiosamente aguardado, para ver que óperas, grandes orquestras, fabulosos solistas e magníficos bailarinos poderíamos ver cada ano, e que era o Festival Gulbenkian de Música, que era supervisionado por uma Senhora a quem o nosso país muito ficou a dever no campo da cultura e que era a esposa do Presidente da Fundação, Maria Madalena Azeredo Perdigão, e a quem a Fundação numa homenagem mais que merecida, resolveu dar o seu nome ao Centro de Arte Moderna (CAM), que está integrado nas instalações da Fundação em Palhavã.
Queria aqui deixar algumas notas sobre esta Senhora espantosa, mas nas minhas buscas no Google ou na Wikipédia, nada encontrei de relevo (apenas inúmeras referências aos grandes nomes que já ganharam o meritório prémio que tem o seu nome).
Devido a Madalena Perdigão, aprendi a gostar de coisas belas e mais importante que isso, foi devido a ela que o nosso país, nesses anos de isolacionamento internacional, foi apesar de tudo ficando com alguns dos maiores vultos mundiais nesse campo culturalterça-feira, 28 de julho de 2009
"A homofobia não existe"
Este é um texto tirado da revista espanhola Zero, e embora o ache eivado de uma filosofia muito subjectiva e talvez utópica, pois a realidade da homofobia não pode ser tratada assim, com tanta benevolência e superficialidade, não quero deixar de o transcrever aqui, dado a sua originalidade.
“Desde já há que afirmá-lo, claramente: a homofobia não existe!
Homofobia é o nome que damos à actuação de algumas pessoas no nosso contexto social. É um nome muito útil para fazer análises sociais - eu mesmo a uso, por vezes – mas não existe como entidade própria.
A homofobia não existe, o que existe são pessoas com actuações homofóbicas; algumas pessoas pensarão que esta distinção é pouco importante, mas estão equivocadas. Se algo não existe, devemos questionar-nos o que é que realmente existe, para saber para onde devemos dirigir a nossa acção.
A homofobia não existe. O que existem são pessoas com comportamentos homofóbicos; portanto devemos dirigir as nossas forças para modificar as pessoas homofóbicas: é a única maneira de transcender a homofobia; e os homofóbicos, como as serpentes, também são perfeitos. As serpentes são perigosas: por isso são serpentes perfeitas; não serve de nada censurá-las por porem em perigo a nossa vida: faz parte da sua natureza, são uma expressão perfeita da natureza. Também os homofóbicos são perfeitos: não podem ser de outra forma dado o seu nível evolutivo. A homofobia é uma conduta que algumas pessoas se vêem obrigadas a exercer porque não podem aceitar um amor diferente do maioritário; encontram-se tolhidas perante uma visão rígida da realidade; são pessoas com um subdesenvolvimento importante, na sua capacidade de amar; dessa pequenez emocional só podem morder para tentarem defender-se, visto que vivem a diferença como algo que os agride. Desta sua visão do mundo, não podem actuar de forma diferente: a sua acção é perfeita segundo o seu nível de evolução.
Os homofóbicos são a oportunidade que as pessoas GLBT têm de transformar a realidade e actualizar o seu potencial; as pessoas homofóbicas são o ginásio quotidiano que nos chama a actuar e assim, actuando, incrementar a nossa musculatura espiritual, o nosso amor, a nossa inteligência e a nossa energia.
Não se trata de negar a existência das pessoas homofóbicas, mas sim de actualizar a nossa inteligência para compreender o seu nível evolutivo, para entender de que maneira vêem o mundo e desenhar inteligentemente uma forma para as ajudar a evoluir.
Tão pouco se trata de aceitar que nos amachuquem; da mesma forma como nos mantemos precavidos aos lacraus e às serpentes, devemos usar a energia que temos para que essas pessoas nos causem o menor dano possível.
Finalmente também devemos usar o amor que possuímos para os transformar; trata-se de actuar inteligente e energicamente, mas de coração aberto para acolher a evolução, a transformação destas pessoas; precisamente porque somos amor, queremos incorporar nele aqueles que nos odeiam – a homofobia é um ódio social muito claro – com a intenção de que consigam transcender o seu actual inferno; quando o conseguirem, serão mais livres, mais conscientes e mais felizes.
Quando este desejo de vê-los libertos do seu inferno, for o nosso motor, a mudança para uma sociedade não homofóbica será possível.”
domingo, 26 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Surpresa e Satisfação
Foi com alguma surpresa e muita satisfação que li aqui o desafio que Miguel Vale de Almeida resolveu aceitar, ao estar incluído, e num lugar de destaque, nas listas do PS ao Parlamento, por Lisboa, como independente.
Este facto tem várias leituras: pela primeira vez estará na AR um deputado assumidamente homossexual, e mais que isso, defensor desde sempre das causas LGBT; o facto de MVA estar na lista do PS é um sinal inequívoco das intenções de legislar sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pois caso contrário, nunca MVA teria aceite este desafio; é uma inteligente manobra política para retirar votos ao BE, até aqui o único partido com assento na AR que defendeu convictamente esses casamentos.
Fico agora a aguardar os argumentos da população LGBT deste país que se negava a votar PS por não acreditar que essas propostas fossem mesmo para a frente.
Ao Miguel um enorme abraço de parabéns e mais uma vez demonstra que não é só com palavras, mas com acções, que as coisas se mudam.
Todo o meu apoio.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Tunísia 3
fomos também a uma pequena e encantadora cidade , bem perto de Tunis, muito procurada pelos turistas, e em que o branco e o azul dominam – Sidi Bou Said;
e ainda nesse dia visitámos as ruínas de Cartago, mas apenas do período romano, já que os romanos arrasaram todo e qualquer vestígio da civilização cartaginesa; ali eram as grandes termas romanas.
Numa outra visita, fomos a Sousse, situada em pleno centro da principal região costeira turística; é uma cidade interessante, talvez a segunda do país e perto tem uma enorme marina, muito bem “apoiada” por um bonito conjunto de residências e hotéis – um luxo! O seu nome é Port El Kantaoui.
É natural desta região, o actual presidente, que está omnipresente
Finalmente, e no dia anterior ao regresso fui visitar Monastir, a cidade perto da qual estava situado o meu hotel, apenas a 7 Kms . É uma cidade pequena e bonita, que tem como principal atracão, além da parte turística, a mesquita onde está sepultado Habib Bourguiba, o primeiro presidente e que é chamado o pai da Pátria, já que a ele se deve a independência do país, um dos primeiros países de África a serem descolonizados pelos franceses, e sem complicações como sucedeu mais tarde com a Argélia.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Faz hoje 40 anos...
Um dos momentos mais marcantes da minha vida.
sábado, 18 de julho de 2009
Yes, its for you, Déjan
I can wait another day until I call you
You've only got my heart on a string and everything a-flutter
But another lonely night might take forever
We've only got each other to blame
It's all the same to me love
'Cause I know what I feel to be right
No more lonely nights
No more lonely nights
You're my guiding light
Day or night I'm always there
May I never miss the thrill of being near you
And if it takes a couple of years
To turn your tears to laughter
I will do what I feel to be right
No more lonely nights
Never be another
No more lonely nights
You're my guiding light
Day or night I'm always there
And I won't go away until you tell me so
No I'll never go away
Yes, I know what I feel to be right
No more lonely nights
Never be another
No more lonely nights
You're my guiding light
Day or night I'm always there
And I won't go away until you tell me so
No I'll never go away
And I won't go away until you tell me so
No I'll never go away
no more lonely nights... no more...
(Postagem sugerida pela amizade do Paulo Vasco, a quem envio um abraço.)
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Sexo e música
Sendo assim, e conforme a sua “pujança” sexual houve quem os dividisse em quatro grandes categorias; à primeira, ficaram ligados aqueles que não “davam conta do recado” e dessa categoria a que chamaremos os IMPOTENTES, o exemplo máximo será Bach com a sua famosa “Toccata e fuga”
Numa segunda categoria, estariam aqueles que “cumpriam os mínimos” ou quase…serão os SEMI-POTENTES e tomemos como exemplo Schubert com a sua obra máxima “A Sinfonia Incompleta”
Já com um desempenho bastante meritório vem a terceira categoria, a dos chamados POTENTES, e aqui um bom exemplo será Stravinsky, com o seu conhecido “Pássaro de Fogo”
Finalmente, aqueles cujas façanhas sexuais só têm comparação à obra que nos deixaram; serão para sempre lembrados como os POTENTISSIMOS, e aqui não há opção para exemplo; terá que ser obrigatoriamente Beethoven, pois após a primeira, a segunda, a terceira, a quarta, a quinta…a sexta… a sétima (uffff…), e a oitava, ainda conseguiu ter forças para a “Nona Sinfonia”…e com coros!!!!
Podem entretanto deliciar-se com as fantasias… musicais destes quatro grandes compositores.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Transcrição
Aqui transcrevo na integra o texto que Miguel Vale de Almeida publicou há dois dias no seu blog “Os tempos que correm”, sob o título Talvez não sejamos muitos e muitas…
Porque, nas suas premissas reflecte o pensar de “muitos e muitas”, apesar de eventualmente não concluírem como MVA, porque concordo quase em decalque das premissas anunciadas e porque até sou dos que adiro á sua conclusão, tem todo o cabimento a transcrição desta reflexão no meu blog.
O momento político português é grave e tem que ser equacionado na base do que “não se quer”, e tão mais importante do que ser esta reflexão válida para as próximas eleições legislativas, ela é também extremamente válida para a eleição autárquica em Lisboa, pois mais Santana Lopes, NÃO, por favor!
sábado, 11 de julho de 2009
A hora da partida
“A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.”
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Para ti, meu amor, as palavras de Sophia, pois eu não tenho palavras para te dizer o vazio que sinto dentro de mim, embora me sinta feliz por saber quanto nos amamos.
Até Novembro, em Belgrado…até logo!
quarta-feira, 8 de julho de 2009
A Beira Litoral e não só...
Daí seguimos para a Nazaré, tendo ido primeiro ao “Sítio” para as fotos da praxe,
e depois almoçámos maravilhosamente numa transversal da marginal.
Após um passeio para digerir a feijoada de marisco, rumámos à Batalha e por lá vimos o esplendor do gótico manuelino;
depois de alguns enganos devidos à já habitual má sinalização das estradas portuguesas, lá chegámos ao nosso hotel, e descansámos um pouco antes de partir para Pombal, onde nos esperava o amigo
O jantar, muito cuidadosamente preparado pelo nosso anfitrião foi no jardim, pois o tempo estava agradável; muita conversa e mais um bom amigo que conheci; aliás o
Na manhã de sábado rumámos à minha saudosa praia da meninice e juventude, a Figueira da Foz e devo confessar que me entristeceu ver tão pouca gente num sábado de Julho; a Figueira está um pouco decadente e apenas a zona de Buarcos parece ter verdadeira animação; subimos à serra da Boa Viagem e almoçámos no centro; depois rumámos à cidade dos doutores, onde eu não ia há para aí uns 15 anos; e que bonita está Coimbra! Era o feriado municipal, a 4 de Julho e a animação cultural nas ruas era grande.
Visitámos detalhadamente a Universidade (a Biblioteca Joanina é um espanto!)
e depois baixámos à Sé Velha, subimos à Sé Nova e passeámos no Jardim da Sereia; descemos depois até à baixa, onde nos encontrámos com o amigo
Domingo de manhã, saímos cedo pois teríamos que vir a buscar o Duarte a casa para rumarmos à terra onde “o mar é mais azul”, e aí tivemos juntamente com outros amigos o prazer de ser recebidos lindamente pelo Tong e pelo Cara metade, que nos proporcionaram um magnífico churrasco no agradável terraço
com uma vista maravilhosa; ainda parámos no regresso, em Mafra para tirar fotos lindas ao Convento, num inesquecível pôr do Sol.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Dias Felizes
o sol voltou e pudemos fazer o que o Déjan mais gosta em Lisboa: passear na Baixa! Voltou a tirar fotos que já tinha tirado, voltámos a calcorrear ruas e praças; passámos por um local, ainda não visto por mim, e muito menos por ele e que visitámos, tendo constituído uma agradável surpresa: o MUDE, Museu de Design, na rua Augusta; tanto a exposição permanente, de design, no rés do chão, quer a exposição dos cartazes políticos são excelentes;
descansámos as pernas numa das agradáveis esplanadas das traseiras da estação do Rossio.
fizemos uma directa ao Parque das Nações, e depois de uma refeição apressada assistimos no Pavilhão Atlântico a um magnifico concerto, dedicado à cura da leucemia, com nomes famosos e duetos muito pouco esperados: Camané a cantar com Mariza, Rui Veloso a cantar com Luís Represas e acima de tudo, o fabuloso José Cura a cantar sózinho e a cantar com cada um deles. Também Pedro Caldeira Cabral deslumbrou com a sua guitarra portuguesa.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Um fim de semana diferente
depois de um merecido descanso fomos jantar a uma daquelas esplanadas nas traseiras dos "pastéis de Belém", com 3 bons amigos
e daí seguimos para o Arraial junto à Torre de Belém, que, apesar de alguma chuva, esteve excelente de gente e de amigos
perdi a conta a quanta gente falei e apresentei o Déjan, apesar de muita malta dos blogs já o conhecer "de vista"; e muita gente ficou por encontrar, pois também não estivémos até muito tarde, pois estávamos completamente feitos num oito...
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Neste dia em que te espero
Esperança e desespero de alimento
Me servem neste dia em que te espero
E já não sei se quero ou se não quero
Tão longe de razões é meu tormento.
Mas como usar amor de entendimento?
Daquilo que te peço desespero
Ainda que mo dês - pois o que eu quero
Ninguém o dá se não por um momento.
Mas como és belo, amor, de não durares,
De ser tão breve e fundo o teu engano,
E de eu te possuir sem tu te dares.
Amor perfeito dado a um ser humano:
Também morre o florir de mil pomares
E se quebram as ondas no oceano.
(Sophia de Mello Breyner Andresen «Soneto à moda de Camões»)
Neste dia em que te espero, Déjan, renovo todo o amor ausente, mas sempre presente. És a força da minha vida e sinto-te tão seguro como eu dessa realidade bela que é a entrega mútua de dois corações. Amo-te! Volim te!
quarta-feira, 24 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
Passado e presente 14: "Belgrado - uma cidade, um país, um povo"
Estas entradas foram originalmente publicadas em 11 e 15 de Novembro de 2006.
"Fui recentemente, pela segunda vez na minha vida a Belgrado, curiosamente uma cidade capital de dois diferentes países, nessas visitas. Há anos, capital da ex-Jugoslávia, no seu imediato pós-Tito, e agora da Sérvia.
Foi uma visita atribulada, essa primeira vez, pois tinha sido infantilmente roubado, durante a noite, na travessia ferroviária desde Atenas, ficando privado de qualquer documentação, do bilhete e de dinheiro, como é óbvio. Assim sendo, foi quase só o tempo ocupado com a ida à embaixada portuguesa, para resolver o problema, e pouco tempo restou para ver a cidade, da qual relembro essencialmente um bonito parque, com uma óptima panorâmica da confluência do rio Sava, que atravessa a cidade, com o Danúbio, que também banha as suas margens.
Recordo, nesses tempos já longínquos, que era a primeira vez que visitava um país da área comunista, pese embora um comunismo pouco ortodoxo e algo terceiro-mundista, à imagem do seu líder até então, o Marechal Tito.
Não foi fácil a comunicação com as pessoas, pois não encontrei muita gente a falar inglês, o francês era praticamente desconhecido e eu, de alemão e russo era e sou completamente ignorante. Ainda por cima, existia um segundo alfabeto, o cirílico, o que para mim era igual a hieróglifos...
Mas, lá me fui "desenrascando", e pude ficar com uma ideia de um país de contrastes, se é que se pode ter a imagem de um país apenas com uma fugaz visita a uma cidade, mesmo que seja a sua capital.
Um povo afável, mas algo fechado e é curioso que fiquei com uma impressão, talvez pouco definida, mas que o tempo, infelizmente se encarregou de me explicar, de que era um povo com alguns problemas...
Voltei a Belgrado em Setembro último, e desta vez aí permaneci quase duas semanas, o que foi suficiente para ficar com uma ampla visão da mesma, visitando os locais mais turísticos, mas também alguns outros menos conhecidos, devido à companhia sempre agradável e conhecedora de alguém que nela habita há vários anos.
É uma cidade de contrastes, confirmei. Alguns prédios degradados convivem, nas principais avenidas, com belíssimos exemplos de uma arquitectura rica e muito bem conservada.
Vasta, na sua área, bastante populosa (perto de dois milhões de habitantes), visitei pela primeira vez, na margem esquerda do Sava, a "nova Belgrado", com as suas amplas avenidas, modernos prédios de habitação, hotéis e zonas comerciais.
Passeei-me pela extensa e sempre muito concorrida, dia e noite, zona pietonal, com uma quantidade e diversidade enorme de cafés, restaurantes e esplanadas aprazíveis.
Recordei locais da minha anterior visita, como a já "gasta" estação ferroviária central, e o alindado parque da cidade, junto aos rios, que continua a ser o local de passeio e visita mais popular.
Fui conhecer o majestoso e previamente auto imaginado mausoléu de Tito...
Vi a enorme catedral de S.Sava, a maior igreja ortodoxa que existe, e que apenas recentemente, teve a sua atribulada construção, finalizada. Mas preferi a simplicidade da igreja de S.
Vivi a cidade , no seu dia a dia e habitei uma das suas principais avenidas, aquela que "ostenta" ainda hoje os sinais de uma acção punitiva, que visou não só Belgrado, mas vastas áreas da Sérvia, essencialmente pontes e importantes unidades económicas do país.Estes bombardeamentos cirúrgicos foram efectuados pela NATO, com o objectivo, atingido, de certa forma, de forçar, em 1999 o então presidente Milosevic a aceitar a permanência das Nações Unidas no Kosovo, situação que ainda hoje se mantém num impasse difícil de resolver.
Mas a contestação interna a Milosevic foi também enorme, e forçou mesmo a sua demissão, após as esmagadoras manifestações populares, que terminaram com o seu abandono do poder em Outubro de 2000.
É lamentável, ver, ainda hoje, numa mesma avenida, prédios esventrados pelos "rockets" americanos, lado a lado com magníficos edifícios governamentais; sinais de uma violência que tanto marcou a Sérvia no final do século passado, consequências de uma guerra fratricida, que a ninguém beneficiou e a todos penalizou.
Emergiram nos Balcãs novos países, alguns de fracas capacidades económicas, outros ajudados pela conivência de grandes potências europeias, com a Alemanha à cabeça, que sempre se opôs à formação de uma "grande Sérvia", e assim nasceu um novo mapa europeu, a juntar ao desmembramento da antiga URSS, no final da década de 90.
O povo, esse, foi quem mais sofreu, como sempre sucede. Mas já tanto tinha sofrido nessa cruel e mortífera guerra, que teve, a meu ver, como primeiro e máximo culpado, mesmo após ter desaparecido, o Marechal Tito, o qual para seu poder pessoal, formou e manteve uma fictícia união de etnias, religiões e viveres, que se chamou um dia Jugoslávia.
Dessa guerra, desses acontecimentos, espero vir a escrever algo, um dia destes.”
A utlilização dos textos deste blogue, qualquer que seja o seu fim, em parte ou no seu todo, requer prévio consentimento do seu autor.
sábado, 20 de junho de 2009
Tem problemas???? Está safo...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
Quantos galileus têm que ser mortos?
Não é meu hábito fazer transcrições de textos de outros blogs, e ainda menos, integralmente, embora já o tenha feito uma ou duas vezes, a última foi de um texto do
Volto a fazê-lo agora e justifico-o por duas razões, ambas fortes: a primeira, é óbvia, porque se trata de um texto muito bom, bem escrito, actual e com o qual concordo por inteiro. A segunda, porque o blogue que a publicou – “Natcho Box” – é um blog interessantíssimo, a que muito pouca gente parece prestar atenção; pelo menos, parece-me ser eu o único comentador, o que é uma pena, pois o seu autor, um jovem estudante do Porto, parece-me dotado de uma grande cultura e personalidade e tem um âmbito alargado de temas, alguns tratados ao de leve, com frases certeiras e curtas, outros, como o da música, que eu nunca comento, por desconhecimento apenas, bastante desenvolvidos, e de vez em quando com uma exposição fotográfica apurada e exaustiva de certas figuras masculinas que são da sua preferência (eu tenho outros gostos, mas por isso o mundo não cai); enfim, é um blog que merece uma maior divulgação e é com o maior prazer que aqui o apresento.
“É um facto reconhecido o recente fenómeno do crescimento do racismo/xenofobia nos países da Europa Ocidental. Tal fenómeno é visível na crescente visibilidade dos partidos de extrema-direita. O caso da liberal Holanda é prova disso. Mas será que esse súbito (?) crescimento será assim tão recente? Quais as razões que potencializam essa subida da extrema-direita em países tão liberais, como por exemplo, a Holanda?
Detesto iniciar um texto com um cliché mas, em certa parte, é uma realidade: a História é cíclica e tende-se a repetir.
Basta olharmos os factos históricos em todas as suas dimensões – cultural, social, económica – para nos darmos conta que os eventos históricos, no que se refere às ideologias (conservadora/liberal) que transportam, não obedecem a uma linhagem contínua mas antes a uma espécie de ondulação, ora reaccionária, ora libertária.
Da libertinagem sadia dos impérios greco-romanos à ascensão do cristianismo (que se aproveitou e muito bem, das invasões bárbaras), da ascensão do cristianismo e do surgimento da idade das trevas (Idade Média), com tudo a que isso tinha direito (Inquisição, por exemplo) ao Renascimento, do Renascimento à expansão marítima nacionalista dos impérios europeus (com Portugal e Espanha lá no meio), da expansão nacionalista à indagação dos cânones pré-estabelecidos, ao confronto ciência versus religião (O “Contrato Social” de Rosseau), do Absolutismo barroco (Napoleão, Luíses qualquer coisa) ao Iluminismo e à Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), da Revolução Francesa e da queda do Ancient Régime aos nacionalismos bárbaros que desencadearam a I Grande Guerra, da I Grande Guerra à Belle Epoque dos anos 20 (a emancipação da mulher, o álcool, o jazz, o cabaret burlesco), da Belle Epoque à crise económica e financeira do Wall Street em NY, 1930 (o pico da II Guerra Mundial) trazendo consigo a ascensão do nazismo italiano e alemão (Salazar
Do Holocausto aos movimentos de contracultura dos anos 60 nos USA (movimento dos direitos civis de mulheres, negros, homossexuais; descontentamento face à guerra do Vietname; ascensão do flower power hippie com os Beatles e Rolling Stones a darem uma ajuda).
Dos movimentos de contracultura à iminência da ameaça nuclear da Guerra Fria, da Guerra Fria à libertinagem sexual dos anos 80 (o punk e o disco de mão dadas, o sexo hardcore e a sida). Já nos anos
É uma visão estruturalista, eu sei, mas faz algum sentido. Esse sentido nas coisas nos levanta uma questão crucial: o que é que o futuro nos reserva? Não vou recorrer da Maya para pressupor uma série de coisas mas posso sempre tentar.
Ficamos no ponto da
A crise do Wall Street dos anos 30 estabeleceu as condições necessárias para a ascensão do nazismo na Alemanha e na Itália. Uma análise mais crítica e desconstrutivista permitia-nos concluir que um dos culpados dessa crise foi o capitalismo mas não. A população estava demasiada revoltada e não tinha tempo para reflexões, precisava de respostas rápidas, urgentes, concretas e eficazes.
A somar a essa realidade, uma população sem emprego, pobre, descontente, revoltada precisava de um bode expiatório. De preferência, um grupo minoritário que contrarie a norma dominante. Hitler sugeriu um: os judeus.
Hitler não era burro. Os judeus tinham jeito para os negócios, logo, dinheiro (aliás, esse é um dos estereótipos mais comuns associados aos judeus, naquela época). De referir que o estado alemão precisava de dinheiro para concretizar os planos militaristas do seu tresloucado líder, na sua ganância para conquistar o mundo.
Curioso que os novos yuppies do século XXI sejam agora os homossexuais (a importância crescente do comércio rosa e as críticas do extrema-direita aos homossexuais chamando-os de lobby – como o lobby judeu –), mas os homossexuais tem essencialmente uma imagem, deveras, clean e capitalista para serem o alvo preferencial dos grupos neonazis actuais embora a crescente mobilização e aquisição de direitos fundamentais para os homossexuais como o de casar e o de constituir família torna-os uma ameaça (preservação da família tradicional, valorização do aspecto biológico para a manutenção da herança genética).
Continuando nos judeus. Se dantes eram os judeus, agora é a Islamofobia que guia cegamente os movimentos neonazis. Aumenta o fosso sociedade decente (= ocidentais; não árabes) vs sociedade primitiva (= muçulmanos).
A crise faz reaparecer os discursos pró-salazaristas. Basta irem de bus e reparam. Discursos como “esses imigrantes vêem para aqui roubar os nossos empregos” são o prato do dia. Eles são sempre os responsáveis pela crescente onda de violência (carjacking, crimes da noite, assaltos violentos a joalharias, supermercados, farmácias, bancos e estações de serviço) mesmo que os estudos nos provem o contrário.
Em suma, as crises económicas potencializam discursos reaccionários de direita. Mesmo que perante as evidências a possibilidade da culpa seja do capitalismo desregrado e irresponsável. Mesmo que os estados não hesitem, um segundo se quer, a nacionalizar os bancos para salvaguardarem a economia.
Não há valores morais quando a base para a manutenção dos mesmos falta (Já viram o filme “O Senhor das Moscas”?), e essa base é o dinheiro. É o dinheiro que nos gere muitos dos nossos comportamentos, quer queiramos quer não. O dinheiro representa o acesso aos bens essenciais e sem esses bens a nossa vida/existência está comprometida. Por isso toca a atacar os imigrantes (como se os imigrantes não representassem mais de 10% do nosso PIB ou como se existissem milhões e milhões de portugueses noutros países, nomeadamente, França ou Canadá).
A mentalidade conservadora (direita e Religião) está fortemente enraizada na dimensão da Natureza e essa dimensão tem que ver com o mito das origens (Adão e Eva). Qualquer mudança é um perigo. Representa uma reviravolta com o estabelecido. Cheira e sabe a futuro. Expressões comuns, normalmente, em pessoas mais idosas, como “no meu tempo é que era”, leva-nos ao passado, ao primitivismo cavernoso. Transporta-nos a Adão e Eva. Brancos, heterossexuais e com o homem, à imagem e semelhança de Deus, a liderar o processo da evolução (Eva surge depois e é ela a culpada do pecado da imperfeição, da desobediência, do acesso à liberdade individual).
A realidade biológica é fruto de todo o tipo de preconceitos. Há um século não se pensava que os negros eram incapazes de ter o mesmo nível de intelectualidade de um branco só porque tinha uma cor de pele diferente? Para depois se descobrir que o problema era cultural… Mesmo que, hoje em dia, a ciência comprove que há mais genes que separam o ser humano branco do ser humano nórdico do que o homem branco e homem negro, há sempre qualquer coisa a dizer que não parece que seja assim.
Chegou-se a argumentar que as mulheres não poderiam votar porque estariam muito ligadas à metafísica, logo não sabiam discernir a Razão (que o Homem possuía em doses modestas) da Emoção (Mulheres – Reprodução – Natureza – Deus).
A esmagadora maioria das pessoas têm determinados preconceitos e estereótipos que, de certa forma, são necessários q.b. mas não se pense que isso sirva para legitimar ódios infundados. Quando não temos consciência deles nem capacidade de desconstrução aí é mau.
Temos que ter espírito crítico e inconformista para escavarmos fundo e perceber como as coisas (inclusive os factos históricos) foram meramente contingentes. Não é esse o espírito que sempre caracterizou a esquerda liberal? Quantos Galileus têm que ser mortos para percebermos isso?
De facto, tomando como linha de raciocínio a minha frase acima mencionada: a História é cíclica mas nós podemos fazer com que ela nunca mais se repita.”