Este post foi publicado originalmente na parte desaparecida do meu blog a 12 de Dezembro de 2006.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Passado e presente 16 - Covilhã, a minha cidade
Este post foi publicado originalmente na parte desaparecida do meu blog a 12 de Dezembro de 2006.
terça-feira, 20 de julho de 2010
I Am Who I Am
And no I don't mind if you pick on the clothes that I
wear
But know I can keep my head when all around me are
losing theirs because
I am who I am
And you can't change me
I've done what I can
And I'll stand my ground
You're tying my hands
You rearrange me
It all falls down
It all falls down
Why when you dream do you see me as something I'm not
Why don't you wake up and see all the good things
you've got
A heart isn't made out of clay
Not something you shape with your hands understand
Is the reason you ask me to change so that you stay
the same
Well I'm sorry if I keep disappointing you again and
again but
I am who I am
domingo, 18 de julho de 2010
Pegadas negras
Obrigado e que sirva de exemplo esta partilha.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Uma referência...
quarta-feira, 14 de julho de 2010
волим те сваки пут све више ! *
A smilin' face, a warm embrace, two arms to hold me tenderly
Where the boys are, my true love will be
He's walkin' down some street in town and I know he's lookin' there for me
In the crowd of a million people I'll find my valentine
And then I'll climb to the highest steeple and tell the world he's mine
Till he holds me I'll wait impatiently
Where the boys are, where the boys are
Where the boys are, someone waits for me
Till he holds me I'll wait impatiently
Where the boys are, where the boys are
Where the boys are, someone waits for me
* Amo-te cada vez mais!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
"An Englishman in New York"
Mesmo com todas as lutas que enfrentou, e as decorrentes agressões físicas e morais, Crisp atingiu a fama pela sua visão da homossexualidade; pelo seu exibicionismo e inconformismo.
Trata-se de um filme com mais peso e foco no que Quantin Crisp se tornou para o mundo depois de sua adolescência difícil e dos problemas que enfrentou até escrever sua biografia em 1968.
“An Englishman in New York” (2009) é dirigido por Richard Laxton, outro veterano da TV que, diferente de Jack Gold (realizador do primeiro filme) , não arriscou uma linguagem poética, mas manteve o recurso da narração como um elo entre os dois filmes.
John Hurt está ainda melhor do que no filme anterior. Talvez isso seja a coisa mais interessante deste projecto: ele voltou a interpretar o mesmo papel 34 anos depois e está magnífico. Se antes a sua fisionomia era uma cópia autenticada de Crisp, aqui essa característica eleva-se ainda mais ao assistir ao envelhecimento da seu personagem, numa transformação assustadora.
O filme explica o que aconteceu com Crisp depois da exibição de “A naked civil servant” na tv com cabo inglesa. O sucesso do filme elevou ainda mais as vendas de sua biografia e revelou de vez ao mundo este homem inglês de fino trato feminino. Como resultado, Crisp fez sucesso nos EUA e recebe um convite para uma palestra sobre sua vida, no começo dos anos oitenta. Ele aceita, muda-se para Nova York e começa então a segunda etapa de sua vida, cheia de tributos e desgraças.
O trabalho de Laxton reflete constantemente sobre as batalhas que Quentin enfrentou no passado. Ele é amado pelos gays novaiorquinos e pode andar como quiser na rua, já que todos se vestem sem maiores pudores. Ser admirado e ouvido é como um paraíso, uma recompensa para uma vida tão intensa e mal compreendida quanto a que teve. Mas Quentin decidiu seguir falar o que sente e este mundo não é para aqueles que promovem a lucidez. Graças a um comentário infeliz sobre a SIDA, Quentin passa a ser odiado pelos gays, mas segue firme tentanto sobreviver com o que a vida lhe dá.
Alguns ecos das regras de Quentin aparecem, lembrando o quanto ele estava de facto a frente do tempo em que vivia.
Agora existem dois pêndulos que refletem a figura de Quentin: o primeiro, que fala sobre negação, o quanto Quentin foi menosprezado e discriminado e o segundo que fala sobre sua dedicação com o aprendizado, com o novo. Quentin toma gosto na arte de promover as suas inspirações e, mesmo doente e inválido, segue em frente numa jornada de autoconhecimento, riscos e desafios constantes até os seus 90 anos, claro, sem deixar o baton de lado.
Em jeito de homenagem, acrescento aqui a fabulosa caracterização do próprio Quentin Crisp, quando interpretou a personagem da Rainha Vitória no filme "Orlando", de Sally Potter (1992).
sábado, 10 de julho de 2010
Desenrascanços
Isto aplica-se muito bem ao nosso povo, ou não fossemos nós conhecidos como "desenrascados"...
Vejamos alguns exemplos
quarta-feira, 7 de julho de 2010
"Criação"
a disciplina militar da corte persa. Ainda jovem, recebeu o cargo de embaixador, o que o levou, em sucessivas missões oficiais, a transpor as fronteiras do seu reino, que então se estendia do Mediterrâneo até à India.
Como “aperitivo” para quem se atrever a ler esta complexa mas brilhante obra de Gore Vidal, aqui deixo, na visão de Confúcio, quais eram as “quatro coisas feias” da sua teoriasobre o ser humano:
terça-feira, 6 de julho de 2010
Súplica
Quando eu estiver triste, abraça-me!
when I need you
I just close my eyes and I'm with you
and all that I so want to give you
It's only a heartbeat away
when I need love
I hold out my hands and I touch love
I never knew there was so much love
keeping me warm night and day
miles and miles of empty space in between us
the telephone can't take the place of your smile
but you know I won't be travelin' forever
it's cold out, but hold out, and do like I do
when I need you
I just close my eyes and I'm with you
and all that I so wanna give you babe
it's only a heartbeat away
it's not easy when the road is your driver
honey that's a heavy load that we bear
but you know I won't be traveling a lifetime
it's cold out but hold out and do like I do
oh, I need you
when I need love
I hold out my hands and I touch love
I never knew there was so much love
keeping me warm night and day
when I need you
I just close my eyes
and you're right here by my side
keeping me warm night and day
I just hold out my hands
I just hold out my hand
and I'm with you darlin'
yes, I'm with you darlin'
all I wanna give you
it's only a heartbeat away
domingo, 4 de julho de 2010
Na despedida...o tango
quinta-feira, 1 de julho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Para o Déjan...
Li um dia destes no sempre interessante blog “Jugular” um belo poema da Dra. Isabel Moreira, conhecida jurista e que muito admiro, sobre a Sérvia.
Claro que não fiquei indiferente, pois, embora em situações pessoais diferentes, com certeza, o poema refere-se a alguém que a autora conheceu na Sérvia e também eu conheço muito bem alguém da Sérvia, e que me transmitiu exactamente os mesmos sentimentos que o poema refere acerca da posição dos sérvios durante a guerra dos Balcãs.
Aqui deixo a transcrição do belo poema e também do comentário que lá deixei.
“E depois há uma música
Que é sempre a mesma
Que são muitas outras
Que é sempre a mesma
Que eras sempre tu
E depois disseste-me, com a voz nas pálpebras:
Eu não tenho esses séculos de fronteiras
Eu não tenho a paz de saber das minhas memórias
Eu não sou eu até que me não doa a casa magoada do meu tio
E a grávida morta porque morta antes a mulher do assassino
E por isso dizias-me, sem uma lágrima na voz:
Isto é só isto é a dor da identidade; de que falas, Isabel?
E depois agarravas uma viola e era uma outra voz
Que era sempre a mesma
Que eram muitas outras
Que era muito tua
E o som da tua voz inutilizava o significado das palavras
Que não entendo
E que me dizia tudo
Um tiro de raízes ciganas, pelo meio de todas muçulmanas, croatas, albanesas
E as tuas, isso que projectava a pergunta: de que falas, Isabel?
Os olhos cerrados de um sérvio a recuar aos sons
Que eram tantos
Que eram muitos outros
Que terão sido sempre aqueles
Cantados antes que gritados
Ou chorados
Ou sangrados
De que falas, Dragan?
E tu a dizeres: eu preciso de tempo
E que fosse a partir de um sítio com o nome de lugar novo
E assim a dizeres-me, de viola na mão, que precisas de viver
Com a paz muito sofrida da palavra eu.”
Houve nomes de que os sérvios se envergonham, com Milosevic à frente; mas houve também nomes que deviam envergonhar croatas e bósnios.
Mas é sempre conveniente arranjar bodes expiatórios.
E para terminar, uma música bem representativa daquele país.
sábado, 26 de junho de 2010
Old Lady GaGa
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Festival Sete Sóis Sete Luas
Como é habitual, nas sextas feiras de Verão, realiza-se no anfiteatro da Fábrica da Pólvora, em Barcarena, este Festival, que costuma trazer até nós música algo alternativa de músicos pouco conhecidos no nosso país, mas de inegável valor.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
"Dois dias para esquecer"
Aos 42 anos, Antoine é um publicitário de sucesso, casado com Cécile, de quem tem dois filhos, vive numa bela casa e tem tudo para ser feliz.
Mas, num fim-de-semana como outro qualquer, Antoine sente que nada faz sentido e inicia um processo de autodestruição, arrasando com tudo o que tinha construído até aí: desde a sua vida profissional até cada uma das suas relações afectivas. Para surpresa de todos, durante um jantar na sua casa de campo, mostra-se rude e intransigente, insultando cada um dos presentes. Acaba por expulsá-los e, depois de uma terrível e definitiva conversa com a mulher, abandona a sua casa e tudo o que ela significa.
Em apenas dois dias, Antoine, um homem comum, destrói todas as bases da sua vida. Será esta apenas uma crise de meia-idade?
Este é o tema de um belíssimo filme de Jean Becker,” Dois dias para esquecer”, muito bem interpretado por um excelente Albert Dupontel e que de algum modo estabelece pontos de contacto com o filme de François Ozon “Le Temps qui reste”.
Faz-nos pensar e de que maneira, na precarieridade da vida e também nas difíceis opções que por vezes se verificam num relacionamento baseado no amor.
No final, comovente, ouvimos esta belíssima canção na voz magnífica de Serge Reggiani, precisamente com o mesmo nome do filme de Ozon: “le Temps qui reste”.
Quanto tempo ...
Por quanto tempo mais
Anos, dias, horas, como?
Quando penso nisso, o meu coração bate tão forte ...
O meu país é a vida.
Quanto tempo ...
Quantos
Eu o amo tanto o tempo que resta ...
Quero rir, correr, falar, chorar,
E ver, e acreditar
E beber, dançar,
Gritar, comer, nadar, saltar, desobedecer
Eu não terminei, eu não terminei
Voar, cantar, ir, deixar
O sofrimento, o amor
Eu amo tanto o tempo que resta
Eu não sei onde eu nasci, ou quando
Eu sei que não há muito tempo ...
E que o meu país é a vida
Também sei que meu pai dizia:
O tempo é como o pão ...
Guarda-o para amanhã ...
Eu ainda tenho pão
Eu ainda tenho tempo, mas quanto?
Eu quero jogar ainda ...
Eu quero rir montanhas de riso
Eu quero chorar inundações de lágrimas,
Eu quero beber barcos carregados de vinho
De Bordeaux e da Itália
E chorar, dançar, voar, nadar em todos os oceanos
Eu não terminei, eu não terminei
Eu quero cantar
Eu quero falar até ao fim da minha voz ...
Eu amo tanto o tempo que resta ...
Quanto tempo ...
Por quanto tempo mais?
Anos, dias, horas, quantos?
Quero histórias, viagens ...
Eu tenho tanta gente para ver, tantas fotos ..
Crianças, mulheres, homens grandes
Pequenos homens, engraçados, tristes,
Alguns muito inteligentes e outros idiotas,
É engraçado, os idiotas, isso acalma,
É como a folha no meio das rosas ...
Quanto tempo ...
Por quanto tempo mais?
Anos, dias, horas, quantos?
Eu não ligo meu amor ...
Quando a música parar, eu vou dançar ainda ...
Quando os aviões não voarem mais, eu vou voar sozinho ...
Quando o tempo parar ..
Eu ainda te amarei
Eu não sei onde, não sei como ...
Mas ainda te amarei ...
Concordas?
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Os "antigos combatentes"
* "antigo combatente" não significa ter andado a combater pela manutenção do colonialismo ou ter ideias fascistas e de direita; é tão simplesmente ter tido que optar por não emigrar, não ficar anos a fio separado da família; não se considera um "antigo combatente" como um ser amante da violência ou racista, nem sequer um português imbuído do dever de defender a pátria, porque aquelas regiões não eram a minha pátria...
(clicar para aumentar)
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Alentejo da minh'alma...
Adoro o Alentejo; vivi quatro anos em Serpa e aprendi a gostar das terras e das gentes.
Muitas anedotas se contam sobre os alentejanos e eles próprios as contam, sem se ofenderem.
Assim sendo aqui vai uma série delas, para descontrair do último post, que parece que incomodou algumas pessoas...
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"Estavam dois alentejanos num café, já bêbados, quando passa uma equipa de futebol de anões.
Então um dos alentejanos vira-se para o outro:
- Oh compadre, quem é que deixou fugir os matraquilhos?"
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"Dizia uma comadre para outra:
- Oh comadre, eu sou extremamente asseada, mudo de roupa interior três vezes por dia.
Diz-lhe então a outra:
- Eu também fui assim até aos dois anos, mas depois nunca mais foi necessário."
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"Um alentejano está estendido debaixo de uma figueira de barriga para o ar e de boca aberta.
Cai-lhe um figo na boca e ele fica na mesma posição.
- Por que é que não comes o figo? - pergunta-lhe o companheiro.
- Estou à espera que caia outro, para me empurrar este para baixo."
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"Estavam dois alentejanos sentados e diz um para o outro:
- Ei compadre, tem a mão inchada!
Responde o outro:
- Mais vale uma mão inchada do que uma enxada na mão!"
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"Estavam dois alentejanos encostados a um chaparro, um deles volta-se para o outro e pergunta:
- Compadre, eu tenho a braguilha aberta?
O outro responde:
- Não, Compadre, não tem.
Responde o primeiro:
- Porra, então faço amanhã!"
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"Vai um casal francês de visita ao Alentejo, mas, ao descer do autocarro, a mulher tropeça, cai e o vestido sobe-lhe até à cintura... Muito resignada, olha para o marido e comenta:
- C'est la vie!!!
O alentejano perto do local, que tinha apreciado toda a cena, replica:
- Se la vi! Se la vi! Vi la toda!"
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"Dois alentejanos:
- Atão, compadre, nã quêra lá ver que hoje de manhã fui dar com dois caracóis no mê quintali!
- Ah sim!? E atão o que é que você fez?
- Ah compadre! Um ainda o apanhei, mas o outro... conseguiu fugir!!!
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"Dois alentejanos, zangados há muito tempo, passam um pelo outro, num caminho.
Um deles leva um bovino à frente.
Diz o outro:
- Atão, vai passear o boi?
O outro, muito admirado:
- Essa agora, compadre? A gente nã se falava há tanto tempo! Mas isto nã é um boi, é uma vaca. O compadre enganou-se.
Resposta do primeiro:
- Ê cá nã falê consigo. Foi com a vaca!"
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"Uns lisboetas de viagem ao Alentejo vêem um alentejano junto a uma paragem de autocarro e, tentando entrar no gozo, perguntam:
- Compadres, a que horas chega aqui o autocarro da Rodoviária?
- A gente aqui na chama Rodoviária, é cameneta da carrera!
- Mas compadre, a Rodoviária é a transportadora nacional!...
- Já lhe disse, a gente aqui chama cameneta da carrera!
Já irritado, o lisboeta vira-se e pergunta:
- E como é que chamam aos filhos da puta?
- A gente aqui nã os chama, eles vem cá teri!"
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"A jornalista tentava iniciar uma entrevista com um alentejano, que minuciosamente estudava o firmamento, debaixo do chaparro.
A jornalista: Aquele monte além dá trigo?
O alentejano: Na dá nada...
A jornalista: E dá batata?
O alentejano: Na dá batata, não...
A jornalista: Então, dá centeio?
O alentejano: Na dá nada...
A jornalista: E semeando milho?
O alentejano: ÁÁÁHHHHHHH, semeando já é outra conversa...!!! "
domingo, 13 de junho de 2010
Why not ?
Sim, porque não mostrar nalgumas fotos que o amor, a paixão e o desejo não ofendem, se retratados com beleza e sensibilidade?. Bom dia de Santo António, padroeiro dos casamentos, de todos os casamentos!!!!
quinta-feira, 10 de junho de 2010
World Cup 2010
Aí está ele, o Campeonato do Mundo de Futebol, que, quer se goste ou não, vai ser o grande acontecimento mundial durante os próximos 30 dias, com milhões e milhões de espectadores nas televisões de todo o mundo. Pegando numa ideia do Glauco , e porque gosto de futebol, vou aqui deixar os meus vaticínios para esta primeira fase por grupos:
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Queer Lisboa 14
Realiza-se de 17 a 25 de Setembro o 14º. Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa, como sempre nos últimos anos no Cinema S.Jorge.
Infelizmente este ano não vou estar presente no Festival, mas é
por uma boa razão: estarei em Belgrado, com o Déjan!!!!
domingo, 6 de junho de 2010
Uma voz "incómoda"
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Na despedida, meu amor
Na despedida, meu amor, uma Ode de José Régio; tu não partes. Apenas vais "voar" por uns tempos...
"Nuvens tocadas pelos ventos, ide!
Lá para além de vós, o céu não passa.
Contra as rochas erguidas e paradas,
Desfazei-vos na vossa eterna lide,
Ondas!, flocos de espumas encrespadas…
Que a praia, não há onda que a desfaça.
Desfolhai-vos nas asas do tufão,
Rosas inda em botão esta manhã,
Folhas aos velhos troncos arrancadas!
Cinzas levais, só cinza!, em vossa mão,
Tempestades futuras e passadas!
Sobre a semente, a vossa fúria é vã.
Decorrei, dias meus já sem sentido
Senão o de ficar, que não é vosso
Dissolvei-vos no ar, mãos revoltadas!
Gestos, formas, visões, sons, pó erguido,
Voltai ao pó das tumbas ignoradas!...
Que não se apaga a luz de além do poço.
Sou, como as nuvens sou que nada são,
E as ondas frágeis como vãs quimeras,
E as pétalas e as folhas desfolhadas,
E as formas fogos-fátuos da ilusão…
Correi , lágrimas fúteis enganadas!
Mas tu canta, minh’alma! Enquanto esperas."
terça-feira, 1 de junho de 2010
Belíssimo fim de semana
Os nossos amigos João e Carlos (os melhores amigos do mundo, apenas com um “pequeno” defeito – para eles não há horas…), vieram buscar-nos para irmos até Setúbal à Festa da Sardinha; difícil estacionar, gente e mais gente e nós com fome. Após encontrarmos a amiga Lena fomos comer sardinhas sim, mas a uma tasca encantadora, e não foi só sardinha, mas tantos outros peixes grelhados , todos fresquissimos; o Déjan adorou os chocos com tinta e com as saladas, as batatas e tudo o mais, foi um almoço memorável que acabou eram quase 5 horas. Depois fomos dar uma volta à Festa da Sardinha,
fomos comprar camarões e ameijoa da boa e eis-nos a atravessar o Sado
a caminho de uma Tróia que renasce diferente e linda.
Daí rumámos pela Comporta até Grândola e fomos comprar pão e coentros e lá seguimos para o cada vez mais bonito monte dos nossos anfitriões
e com todos os atrasos, do festival da Eurovisão, vimos…a votação.
O nosso jantar foi uma pratada monumental de ameijoa à Bulhão Pato, com bom pão alentejano e várias variedades de camarão, tudo regado com bom vinho branco.
Para fazer a digestão fomos divertir-nos com umas renhidas partidas de snooker, que há tanto tempo não jogava e quando demos pelas horas eram quatro da matina.
Domingo, pela hora do almoço, devido à piscina do monte estar muito suja, fomos almoçar perto da Lagoa de Santo André… peixinho, pois então – espetada de lulas! E depois lá fomos para a bela praia da Vacaria,
entre Melides e Sines, onde o mar estava bravio, mas deu para eu e o Déjan brincarmos com as ondas, como crianças…
Ainda fomos ver Sines e o seu Vasco da Gama,
antes de rumar ao monte para um duche retemperador e um jantar com o resto das ameijoas, dos camarões e um bom presunto.
Arrumadas as coisas regressámos a casa, era uma da manhã, cansados mas muito felizes.
O resto…não conto!!!!