segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Os Kennedy's - a realeza americana

Numa ensolarada manhã de Setembro do ano de 1953, em Newport, Rhode Island, a igreja de Saint Mary, decorada com crisântemos brancos e gladíolos rosa, recebia 700 convidados ilustres. O arcebispo de Boston presidia à cerimónia de casamento, que, para o regozijo dos presentes, teve direito a bênção papal, através de uma carta enviada pelo próprio Pio XII. Do lado de fora, 3 mil curiosos aglomeravam-se para ver tudo. A imprensa ocupava-se com os mínimos detalhes. A nação inteira torcia pela felicidade de Jacqueline e John Kennedy. Não fora o facto de eles serem cidadãos de uma república presidencialista, o casamento teria sido uma cerimónia real. Nos Estados Unidos não existem castelos, mas, se existissem, eles teriam sido habitados pela dinastia Kennedy.

Porém nem tudo que reluz é ouro na história dessa família. Tragédias também assombram o clã, cuja trajectória política teve início no século 19, quando o primeiro Kennedy decidiu "fazer a América".

Filho de imigrantes irlandeses pobres, P.J. Kennedy tinha tudo para ser mais um trabalhador braçal e alcoólatra quando largou a escola para trabalhar como estivador no porto de Boston. Mas, diferentemente dos irlandeses que trabalhavam naquele e em tantos outros portos ao redor dos Estados Unidos, ele não gostava muito de bebidas alcoólicas. Sem beber, Kennedy conseguiu comprar o primeiro bar, aos 22 anos, com o dinheiro que juntara trabalhando. Cinco anos mais tarde, em 1885, ele já era dono de três bares e de uma importadora de bebida, a P.J. Kennedy and Company.

Naquele mesmo ano, ele foi o primeiro Kennedy a entrar para a política, na Câmara de Representantes. A seguir vieram outros mandatos como representante e como senador.

Em Boston, outro político rivalizava com P.J. Kennedy: o prefeito John Francis Fitzgerald. Durante anos, eles alternaram momentos de oposição e aliança. Kennedy saiu-se bem na política. Já Fitzgerald envolveu-se em escândalos por causa de infidelidade e fraude, perdendo várias eleições para cargos diferentes. Entre alianças e rivalidades, as famílias Kennedy e Fitzgerald uniram-se em 1929, no casamento dos seus filhos, Joe Kennedy e Rose Fitzgerald.
Joe e Rose tiveram nove filhos e ficaram milionários de um dia para o outro. Foi em 24 de Outubro de 1929, exactamente no crash da Bolsa de Valores de Nova York. Joe ganhou 15 milhões de dólares, negociando acções antes do mercado explodir. Ele tinha informações privilegiadas, o que, numa época sem qualquer regulamentação, não era crime.

A fortuna de Joe Kennedy multiplicar-se-ia dez vezes em poucos anos, não apenas por causa dos seus investimentos imobiliários, da sua carreira de produtor de Hollywood ou do seu diploma em Harvard. A grande jogada de Joe foi burlar a Lei Seca, que imperava nos Estados Unidos desde 1920, proibindo a importação e o consumo de bebidas alcoólicas. Usando os seus contactos em Washington, obteve permissão para importar quantidades enormes de bebidas como se fossem medicamentos. Uma parte delas, vendeu-a aos compatriotas alcoólatras, ilegalmente. A outra parte foi guardada até que a Lei Seca acabasse e Joe tivesse o maior reservatório de licores do país.
“Joe Kennedy combinava a falta de escrúpulos com uma certa prudência. Foi assim que ele adquiriu riqueza e poder na bolsa de valores e em todos os seus outros negócios", afirma o escritor Ronald Kessler, autor do livro The Sins of the Father ("Os pecados do pai", sem tradução para o português).

Como bom jogador, Joe Kennedy apostou em Franklin Roosevelt para presidente na eleição de 1932. No ano seguinte, Roosevelt acabou com a Lei Seca e, em 1934, ofereceu ao aliado o cargo de presidente da recém-criada Comissão de Valores Mobiliários, que deveria regular o mercado de acções. A oferta foi aceite. 

Na campanha de 1936, Kennedy esteve de novo ao lado de Roosevelt e foi convidado para outros cargos. De 1938 a 1940, chegou ao auge da carreira política, como embaixador na Grã-Bretanha. Mas Kennedy teve de deixar o cargo após se posicionar contra a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Diferentemente do sogro, que continuou insistindo na própria carreira - e perdendo -, preferiu dedicar-se às carreiras políticas dos filhos. Joe Kennedy apostava na vocação política do primogénito Joseph Jr., que morreu na 2ª Guerra Mundial.
O patriarca então voltou os olhos para os outros filhos. Três deles decidiram seguir seus passos: John, Robert e Edward graduaram-se em Harvard e entraram para a política.
John Kennedy entrou para a Câmara de Representantes em 1946. Carismático, ele cumpriu três mandatos até que foi eleito senador, em 1952.
Naquele mesmo ano, John conheceu uma jornalista e fotógrafa principiante do Washington Times-Herald. O seu nome era Jacqueline Bouvier. Ela vinha duma família rica e aristocrata de Long Island. Falava francês e italiano, gostava de moda e tinha acabado de passar uma temporada em Paris. Jackie estreou na profissão com uma coluna própria, "Inquiring Camera Girl", em que publicava fotos e opiniões sobre os assuntos do dia de cidadãos que encontrava nas ruas da capital - um deles foi John Kennedy.


Jackie e Kennedy casaram-se depois dele ser eleito senador por Massachusetts, em 1953. No primeiro ano de casamento, John Kennedy teve que ser operado às costas e ficou oito meses de cama. Escreveu o livro Profiles of Courage ("Perfis de coragem",sem tradução para o português), sobre senadores americanos. Foi um best-seller que ganhou o prêmio Pulitzer de 1957, dando um prestígio intelectual fundamental para a carreira de Kennedy.


Em 1960, quando John Kennedy anunciou que concorreria à presidência dos Estados Unidos, foi a vez de Jackie ficar de cama. Grávida e com um histórico de fragilidade (já havia sofrido um aborto e tido uma filha nada morta), ela precisava de repouso. Participou na campanha trabalhando em casa, respondendo a cartas, dando entrevistas e escrevendo uma coluna semanal intitulada "Campaign Wife" (esposa em campanha) que era distribuída aos jornais de todo o país. 

A sua ajuda foi fundamental para John, que venceu Richard Nixon numa das eleições mais disputadas da história dos Estados Unidos. Segunda a editora de moda do Washington Post, Robin Givhan, "os críticos diziam que Jackie era francesa demais. Mas não havia quem não a imitasse. E o seu guarda-roupas é copiado no mundo todo até hoje".
 Entre a vitória e a posse nasceu o segundo filho do casal, John Fitzgerald Kennedy Jr. Teriam ainda mais um filho, que morreria dias depois de nascer. O discurso de posse entrou para a história: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por seu país". 

John Kennedy deu o cargo de secretário de Justiça para seu irmão, Robert Kennedy.
Juntos, eles enfrentaram a Crise dos Mísseis, quando um avião de espionagem americano fotografou navios soviéticos levando armas nucleares para Cuba. Por um acordo entre os governos dos EUA e da União Soviética, a tão temida guerra nuclear não aconteceu.
Em 22 de Novembro de 1963, fez a semana passada 48 anos, o mandato de John F. Kennedy, um dos mais populares da história da política americana, foi tragicamente interrompido. Num desfile presidencial pelas ruas de Dallas, no Texas, o presidente foi assassinado com um tiro na cabeça e outro no pescoço.
 
Quando a morte de John completou cinco anos, seu irmão, Robert, foi assassinado. Ele era candidato à presidência e vencera as primárias do Partido Democrata na Califórnia.
Nas décadas seguintes, vários Kennedys assumiram cargos públicos, mas tragédias impediram que a família tivesse outro representante na corrida pela presidência dos Estados Unidos. Foram tantas que há quem diga que o clã é amaldiçoado. 

John-John, filho de JFK, morreu pilotando o seu próprio avião em 1999, matando a esposa e a cunhada.
 O descendente mais notório tornou-se o irmão mais novo de John e Robert, o senador Edward Kennedy, mais conhecido como Ted, que faleceu em 2009 devido a um tumor maligno no cérebro. Ele nunca se candidatou à presidência, porque um episódio em 1969 manchou a sua imagem pública. Enquanto dirigia embriagado, o seu carro embateu numa ponte e caiu num rio de Massachusetts, matando a sua secretária. Ele só informou a polícia no dia seguinte. Ted, que não morreu nem quando um raio atingiu o seu avião em pleno ar, sempre afirmou que essa história de maldição familiar não é real.
Para uma família que ficou milionária com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, que teve a alegria de ver um de seus membros à frente da nação mais poderosa do mundo e o viu morrer assassinado, a céu aberto, num desfile presidencial, sorte e azar são conceitos que parecem não caminhar separadamente.
Eles enriqueceram enquanto o mundo ruía, conquistaram o Senado, a Casa Branca e inúmeras beldades de Hollywood. Não fossem as tragédias que ensombram a sua história, os Kennedy’s seriam uma família invejável.

domingo, 27 de novembro de 2011

Fado

O Fado foi aprovado, esta manhã, como se esperava, pela UNESCO, em Bali (Indonésia), como Património Imaterial da Humanidade.
Nos tempos de crise que vamos vivendo, temos que nos agarrar a coisas que nos elevem o ego nacional, e este facto é relevante, por si próprio e também pelo que atrás refiro.
Para homenagear, nesta data, o Fado, escolhi dois vídeos, um deles, velhinho, com aquele que por mim é considerado o melhor intérprete masculino do Fado, desde sempre, Carlos Ramos, interpretando um clássico maravilhoso "Não venhas tarde".

E o outro não poderia deixar de ser da diva do Fado, a nossa Amália, que o divulgou como ninguém em todo o mundo. E dela escolhi, também numa perspectiva muito subjectiva o fado mais bonito que já ouvi, e que me emociona cada vez que o oiço de novo:"Lágrima"!

Se, porventura, quisesse ir para fados e intérpretes mais recentes, a escolha seria mais difícil, pois muitas opções teria; de qualquer forma escolheria, no naipe masculino, Camané, com o seu fado mais emblemático "Sei de um rio"

e no campo feminino (a Marisa, de que gosto muito, que me perdoe), a minha opção seria Ana Moura, num fado lindíssimo- "Os Búzios"

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jason Driskill

Jason Driskill nasceu em 1975,em Nashville e formou-se no Watkins College of Art e Design em 2004. É um pintor, realizador de vídeos, escritor, e às vezes trabalha como modelo; usa a fotografia digital e o vídeo para explorar a corpo masculino, a identidade de género e a objectivação sexualizada do poder masculino. Jason actualmente cria arte e ensina desenho e pintura na zona de S.Francisco.

"Auto-reflexão é a força motriz do meu trabalho. Essa motivação de trabalho é particularmente inspirada na dolorosa transformação que eu empreendi anos atrás, como um missionário cristão, quando eu substituí a minha ingenuidade religiosa por um reconhecimento de uma devastadora, indesejada e vergonhosa orientação sexual. Embora eu seja muito influenciado pela minha sexualidade, ainda me sinto compelido a fazer o sentido da mudança que ocorreu na minha auto-percepção, é a parte de mim que permanece presa entre o religioso e o sexual.”

http://jasondriskill.com/Index.htm

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Judeus ortodoxos

Na minha última viagem, e na escala em Londres, já no regresso, enquanto aguardava, no aeroporto de Lutton, a chamada para o “boarding”, cruzei-me com uma enorme quantidade de judeus ortodoxos, com os seus originais trajes negros, o seu cabelo caindo em caracóis e os seus enormes chapéus, pois havia dois voos programados na mesma altura para Telavive; curiosamente quase todos muito jovens, quase imberbes, acompanhados das suas jovens (e bonitas) mulheres e de vários filhos para quem é tão jovem. As mulheres também respeitando no vestuário as suas convenções a esse respeito
Veio-me à lembrança um filme recente sobre a relação homossexual entre dois judeus ortodoxos, de idades diferentes, um casado e outro solteiro, e do qual gostei muito.
Trata-se de “Eyes Wide Open”  2009, de  Haim Tabakman .
Sucede que estou a meio da leitura de um de vários livros que comprei no foyer do cinema S.Jorge, quando do festival de cinema "Queer Lisboa", por tuta e meia; trata-se de “Martin Bauman; ou Uma Presa Segura” de David Leavitt (custou-me um euro e meio). Deste autor já havia lido antes “A Linguagem Perdida dos Guindastes” e “Florença – Um Caso Delicado”, da colecção “O Escritor e a cidade”. Sucede que estou a gostar muito do livro, que não trata de assuntos religiosos, mas sim da vida de um jovem escritor americano (será auto-biográfico?), mas que a uma certa altura, nos apresenta uma personagem, Sara, que professa a religião em causa. E achei uma delícia o pequeno diálogo que aqui transcrevo e que faz a ligação ao tema desta postagem:

“Foi aí que lhe confessei, numa quinta-feira à noite, que era gay. Ela permaneceu muda e queda.
-Mas aposto que não há gays judeus ortodoxos, pois não? – perguntei, em tom de desafio.
- Claro que há.
- E como é que conciliam a sua vida sexual com a religião?
-Bem - explicou Sara - aqueles que eu conheço, como as escrituras dizem que não se podem deitar com outro homem, fazem-no de pé.”

Finalmente e para aguçar o apetite pelo excelente filme atrás referenciado, aqui deixo algumas imagens e o tema musical do mesmo

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Três blogs...


Como muitas vezes tenho explanado, a blogosfera já teve melhores dias: blogs a fechar, outros abandonados, ainda outros com postagens quando o rei faz anos…
E penso que já demonstrei por variadas vezes, o apoio que tenho dado a certos blogs, principalmente no seu arranque, para que eles tenham mais seguidores e comentadores.
Ora hoje quero falar em três blogs, um recentíssimo (tem dois dias),que nasceram depois da extinção de blogs antigos. São três blogs muito diferentes entre si, mas com algo em comum: todos são interessantes.
O mais antigo é “Troubled Water”, que veio substituir o “Ophius 3”. É um blog eléctrico, como o seu autor, meu velho amigo, que nos dá a conhecer sítios e situações tantas vezes desconhecidas, principalmente do Norte (no que se refere a locais). Não é um blog fácil, mas remete-nos muitas vezes para links explicativos. Só lhe acho um defeito, que já lá exprimi e que se refere com a nova forma de apresentação do blog, e que tem já alguns seguidores; mas isso é o menos… Aqui fica o link http://aguaagitada.blogspot.com/
Outro, mais recente, e muito específico, pois trata quase só de cinema GLBT, é o “The Porcupine Lair”, absolutamente imperdível para quem, como eu, gosta deste tipo de filmes; substitui um outro blog que se chamava “O Prepucio das Ostras”, exactamente sobre o mesmo tema. O seu link é http://theporcupinelair.wordpress.com/
Finalmente, e ainda bebé, vem “Um Ribatejano no Oeste”, do velho amigo “Eu”, e que tinha o finado “O Diário de um Desconhecido”. É pois um blog recém nascido e que precisa de ser divulgado, não só aos antigos seguidores, mas a todos. O link do novo blog é http://ribatejanoeste.blogspot.com/

Ora estes três blogs além do ponto comum de serem todos interessantes, como já referi, por ora, têm-me a mim quase só, como único seguidor ou comentador, o que não está nada bem. Toca a ir cuscar estes blogs, valeu?

domingo, 20 de novembro de 2011

Dois casos de má gestão

Andamos sempre a aprender!!!

A Internet ajuda a aprender com as experiências de outros o que nos economiza os inconvenientes de experiências negativas!!!  

 
 Dois casos de má gestão:

Caso 1:

Ia uma jovem a passear com o seu namorado, quando ouviram uns empregados de umas obras gritar:
- Oh cabrão, não a leves a passear, leva-a mas é para um lugar escuro.
O rapaz, muito envergonhado, segue o seu caminho com a namorada e passam por um parque onde estão vários reformados sentados que ao vê-los começam às bocas ao noivo:
- De mãozinha dada com a miúda, devias é levá-la para um motel, ó paneleiro!
O rapaz, cada vez mais envergonhado, decidiu-se levar a namorada a casa e despede-se:
- Então até amanhã, meu amor!
A noiva responde-lhe:
- Até amanhã, surdo de merda!...

Conclusão:
Escuta e põe em prática os conselhos dos consultores externos pois são gente com experiências; se não o fizeres, a tua imagem e a tua gestão empresarial ver-se-ão seriamente deterioradas.


Caso 2:

Um rapaz de quinze anos vai a uma farmácia e diz ao farmacêutico:
- Senhor, dê-me um preservativo. A minha namorada convidou-me para ir jantar esta noite lá a casa, já saímos há três meses, a pobre começa a estar muito quente e parece-me que me vai pedir para lhe pôr o termómetro.
O farmacêutico dá-lhe o preservativo e o jovem sai da farmácia. De imediato, volta a entrar, dizendo:
- Senhor, é melhor dar-me outro, porque a irmã da minha namorada, é uma boazona de primeira, passa a vida a cruzar as pernas à minha frente. Acho que também quer algo, e como vou jantar hoje lá a casa...
O farmacêutico dá-lhe o preservativo e o jovem sai da farmácia. De imediato, volta a entrar, dizendo:
- Senhor, é melhor dar-me outro, porque a mãe da minha namorada também é boa como o milho. A velha, quando a filha não está ao pé, passa a vida a insinuar-se dum modo que me deixa atrapalhado, e como eu hoje vou jantar lá a casa...
Chega a hora da comida e o rapaz está sentado à mesa com a sua namorada ao lado, a mãe e a irmã à frente. Nesse instante entra o pai da namorada e senta-se também à mesa. O rapaz, baixa imediatamente a cabeça, une as mãos e começa a rezar:
- Senhor, abençoa estes alimentos, bzzzz, bzzzz, bzzzz,...damos-te graças por estes alimentos.
Passa um minuto e o rapaz continua de cabeça baixa rezando:
- Obrigado Senhor por estes dons, bzzz, bzzz, bzzz..
Passam cinco minutos e prossegue:
- Abençoa Senhor este pão, bzzz, bzzz, bzzz...
Passam mais de dez minutos e o rapaz continua de cabeça baixa rezando. Todos se entreolham surpreendidos e a namorada diz-lhe ao ouvido:
- Meu amor, não sabia que eras tão crente...!!!
- E eu não sabia que o teu pai era farmacêutico !!!

Conclusão:
Não comente os planos estratégicos da empresa com desconhecidos, porque essa inconfidência pode destruir a sua própria organização.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Foi esta noite e eu estive lá...

Quando hoje cheguei a casa, cerca da meia noite, era esta foto que me aguardava no computador, enviada pelo Déjan!
Eu já me tinha comovido muito com algumas coisas que tinha visto e sentido no Estádio da Luz, esta noite, mas esta homenagem do Déjan calou-me bem fundo, e só veio confirmar o que há muito sei: ele adora este país, como eu sinto a Sérvia de uma forma muito especial.
Mas vamos por partes; eu raramente vou ao futebol, embora goste muito de ver este desporto e não perco os jogos das selecções nacionais e do meu Benfica, mas na TV. As duas últimas vezes que fui ao futebol foi precisamente com o Déjan, a ver o Benfica, no ano em que fomos campeões, contra o Braga, e em Janeiro passado, com um clube que já não recordo. Fora disso, tinha assistido a outras dois jogos na Luz, desde 2004...
E desta vez, apeteceu-me ir, apesar da instabilidade do tempo, apesar de ser mais confortável ver o jogo no sofá, apeteceu-me ir ver o jogo ao vivo; mas sozinho não. Assim convenci um dos meus amigos de infância e lá fomos.
Em boa hora!!!
Foi um dos jogos que mais prazer me deram assistir, desde sempre. Boa assistência, bom tempo e um jogo fabuloso de Portugal, quase perfeito, com a demonstração plena, cabal, de que Cristiano Ronaldo é um jogador "do outro mundo".
Vibrei, gritei, cantei e emocionei-me muito no final do jogo.
Nunca tinha assistido a um jogo, que após ter terminado, as pessoas não se iam embora. E depois aquele cantar do hino, com os jogadores no meio do relvado e com a bandeira ali, foi lindo, caramba.
Portugal, tão triste que tem andado, merecia que a selecção lhe tivesse oferecido este presente: esquecer durante umas horas a crise, os cortes salariais, os sacrifícios insuportáveis,tudo isso durante aqueles 90 minutos foi esquecido e principalmente no final do jogo, a satisfação era total.
Os bósnios foram assobiados, enxovalhados e tudo lhes chamaram, e foi mais que merecido, pela forma como nos receberam.
Obrigado, rapazes!!!

domingo, 13 de novembro de 2011

Viagens - 2

Hoje venho falar das primeiras viagens que fiz, sem a família, e que poderei  situar entre os meus  10 e 17 anos.
Começo por referir as excursões liceais, muito diferentes das de hoje, pois eram muito cordatas, sob a guarda atenta de três ou quatro professores e que não tinham grandes horizontes geográficos : ficavam-se por cá e recordo-me bem das duas primeiras a que fui, logo no então 1º.ano do Liceu (Covilhã), equivalente ao actual 5º.ano, e que foi à região centro, com aquele itinerário clássico para a época – Batalha, Alcobaça, Fátima, Tomar, Coimbra, Nazaré e por aí; três dias diferentes, com companhia agradável, e pela primeira vez com uns “tostões” para poder gerir por mim próprio.
No ano seguinte foi a vez do Norte – Guimarães, Braga, Viana e curiosamente evitando o Porto, pois seria mais difícil o controlo...
Depois, apenas me recordo de ter ido, já no 6º.ano, actual 10º. e no Liceu de Castelo Branco, que já nos levou e pela primeira vez  neste tipo de excursões a sair de Portugal, pois fomos até Salamanca. Já havia um controlo menos apertado e também a idade, sendo outra, nos proporcionava outros pequenos prazeres, mas nada de ir além do que era politicamente correcto.
Ainda no que respeita a visitas escolares, recordo uma efectuada a diversas unidades fabris e agrícolas, já no 1º. Ano de Económicas, que teve momentos memoráveis e que levaram a uma expulsão a meio da noite, de todos nós, de um hotel em Sesimbra, por distúrbios e mau comportamento, e só estávamos em 1963…Foi um passeio de que guardo recordações fabulosas.
Tenho que falar numa viagem, não escolar, que foi para mim, talvez a mais importante da minha vida e que se efectuou, tinha eu à volta de 16 anos, durante umas férias e em que fui passar um mês a Inglaterra. Tendo a minha família uma empresa têxtil, na Covilhã, havia entre os fornecedores de matérias primas – lãs – um indivíduo inglês que vinha todos os anos a Portugal e que se tornou relativamente amigo do meu Pai. Um dia, o meu Pai surpreendeu-me ao dizer-me que tinha acordado com o referido senhor, que eu fosse passar um mês, não à sua casa, mas  perto, na cidade de Bradford, no Yorkshire, para desenvolver o meu inglês e também para me desenvolver um pouco em relação à vida, claro.
Fui de comboio até Londres, e recordo a emoção de ir sozinho, chegar à Gare de Austerlitz, em Paris e aí apanhar o metro até à Gare do Norte, onde apanhei o comboio que me levou à estação de Vitória em Londres. Aí chegado, fiquei confuso como tomaria o comboio para a cidade onde ele me esperava, mas vi um local de informações, onde expus o que pretendia, tendo inclusivamente dado á pessoa que me atendeu, o contacto do fornecedor em causa; disse-me para aguardar e passados uns 20 minutos disse-me que tinha falado com a pessoa e o que eu devia fazer: apanhar o comboio x na linha y e à hora z, com destino a Wakefield, onde chegaria já de noite. Era uma estação pequena e o senhor estaria ali à minha espera. Assim fiz e quando nos encontrámos, ele levou-me de carro, a Bradford, onde me tinha arranjado um quarto numa residência familiar que apenas tinha 3 quartos para alugar, e onde comeria (tudo pago por ele) e que tinha uma particularidade – a empregada dos quartos era portuguesa e assim eu poderia ter menos problemas linguísticos; mas a Conceição era madeirense e tinha ido directamente da Madeira para ali, pelo que quando comecei a falar com ela em português, cheguei à conclusão que era preferível falarmos em inglês.

Num outro quarto estava hospedado um rapaz mais velho que eu, espanhol, de Barcelona, o Xavier, com quem comecei a andar, visitando a cidade e os arredores (Bradford era e é uma cidade feia), íamos a uma piscina a Ilkley, chegámos a ir a Leeds, que era muito perto e fomos a ver filmes, o que era delicioso para mim, que já na altura adorava cinema e pude ver vários filmes que aqui estavam proibidos. E até fomos a discotecas abanar o capacete. Foi uma amizade muito saudável e o Xavier depois convidou-me a visitá-lo na Catalunha, onde vivia em Sabadell, perto de Barcelona, e onde iria começar a trabalhar numa fábrica de perfumes; acabei por concretizar essa viagem dois anos mais tarde e foi muito interessante. Nunca falámos em assuntos sexuais, eu era virgem, mas hoje tenho quase a certeza de que ele seria homossexual…
Quanto ao senhor, estava no seu trabalho, e sempre que podia ia buscar-me e levava-me a diversas cidades para as conhecer e assistir a coisas diferentes: assim fui a Manchester assistir a um jogo de futebol em Old Strattford, fui a Sheffield ver uma partida de crickett, que não entendi patavina, fomos a York, que é linda, linda e fomos ver corridas de cavalos, visitámos Coventry, com a sua catedral moderníssima ao lado da que tinha sido completamente destruída na guerra, enfim foi excepcional.

Voltei, passado um mês, bastante diferente, com uma visão de um mundo diferente, aprendi a desembaraçar-me sozinho e com dinheiro para gerir (não era muito, mas chegou, pois quase tudo foi pago pelo senhor). Foi uma maravilhosa lição de vida que o meu Pai me proporcionou.


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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Comovente...

Possivelmente já muita gente viu este vídeo; mas não importa. Eu também já o vi variadas vezes e não me canso.
Não é só por gostar de gatos, é principalmente porque poucas vezes me senti tão enternecido com um episódio com um animal, e é quase inevitável não ficar com os olhos humedecidos.


domingo, 6 de novembro de 2011

5 Anos de blog

Ainda muito novinho, mas já com cabelos no peito; poderá ser uma boa definição para este blog que hoje completa cinco anos de idade.
Desde 6 de Novembro de 2006, 1146 postagens aqui foram deixadas, umas mais sérias, outras mais fúteis; algumas bastante contundentes, outras eivadas de amor e carinho.
Abrangendo as mais variadas áreas, este blog tem-me trazido coisas muito boas, quase só coisas boas e apenas uns poucos, raros, amargos de boca.
O melhor de tudo, tem sido, sem a menor dúvida, a quantidade de amigos que aqui encontrei e não só em quantidade, mas também em qualidade. Só por isso, teria valido a pena.
Obrigado a todos pelo vosso apoio, a vossa amizade, a vossa presença.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Língua Portuguesa em Belgrado

O mundo é muito pequeno, e por vezes agradavelmente surpreendente. Estive a passar quinze dias em Belgrado, e como a cidade já não tem quase segredos para mim, procuramos agora preencher o nosso tempo com a ida a locais onde aconteçam coisas interessantes. E o Déjan lembrou-me que estava a acontecer na Feira de Belgrado (um excelente espaço, diga-se de passagem), a Feira do Livro, e que nesta edição, o destaque escolhido, tinha sido a Língua Portuguesa, isto é, de todos os espaços do mundo onde se fala a nossa língua. Claro que logo mostrei interesse em visitar o certame e lá fomos uma tarde. Gostei desde logo da disposição do espaço escolhido para essa homenagem, na parte nobre do certame
e quando ali chegámos contactei um senhor que parecia ser uma das pessoas importantes ali, e que era português, e me informou, muito gentilmente do que se estava a realizar ali, quem estava ou estaria presente e mantive uma muito agradável conversa com ele, e quando lhe disse que era português de passagem em Belgrado e lhe referi ser natural da Covilhã, fiquei surpreso ao saber que ele também era, embora duma freguesia rural do concelho e ainda há dois dias tinha lá estado a inaugurar uma Casa de Cultura numa aldeia. Convidou-me a ouvir a entrevista que o escritor moçambicano Mia Couto ia dar nessa altura, devidamente traduzida para sérvio por um tradutor, perante um auditório muito interessado.
Durante essa entrevista, fixei o olhar na pessoa com quem tinha falado, e de repente reparei que a cara não me era de todo estranha, e ainda mais rapidamente me lembrei do nome da pessoa, confirmado por um rapaz português que ali estava junto a mim: tratava-se do Prof. Arnaldo Saraiva, ensaísta, escritor e jornalista, de quem eu tinha lido tantas crónicas no Jornal do Fundão, onde continua a escrever.
No final da entrevista de Mia Couto, fui cumprimentar pessoalmente o escritor e fui falar novamente com o Prof. Saraiva para lhe dizer que afinal sabia quem ele era e que já tinha lido muitas crónicas dele. Aproveitou para me dizer que tinham chegado entretanto a Alice Vieira e a Lídia Jorge, ambas muito simpáticas, mas foi com Lídia Jorge que falei mais, pois, num outro acaso interessante, tinha lido o seu magnífico “Dia dos Prodígios” precisamente em Belgrado, na última vez que ali tinha estado; apresentei-lhe o Déjan e acedeu a ficar comigo numa foto.

Mais tarde, passei outra vez no local e estava a ser entrevistado o Rui Zink, saudavelmente louco como sempre e a pôr a assistência a rir a cada passo.
Enfim, um excelente fim de tarde.
Mas, a surpresa e as coincidências não acabam aqui, pois dois dias mais tarde, estava a almoçar com o Déjan num popular e central restaurante, ocupando dois lugares de uma mesa de quatro; entretanto chega uma senhora, bastante distinta, dos seus quarenta anos que pede licença para ocupar um dos espaços vagos da mesa, pois não havia mais mesas vagas. Claro que sim, e eu a falar com o Déjan normalmente e a senhora a consultar uns dossiers, enquanto esperava pelo almoço. Como este estava algo demorado, ela disse para o Déjan que estava apressada, pois tinha que ir dali para a Feira do Livro. O Déjan disse-lhe que havíamos aí estado há dois dias, pois eu era português e tinha mostrado interesse em ir lá pelos motivos já citados.
Qual o meu espanto, quando a senhora, num português quase correcto me perguntou se eu tinha gostado. Claro que começámos a falar, ora em português, ora em inglês, para o Déjan entender, e fiquei a saber que a senhora vive desde há anos em Faro, é tradutora de quase todos os livros de escritores portugueses editados em sérvio e isso porque depois de se ter licenciado em Letras na Universidade de Belgrado, tirou o mestrado, escolhendo como tema a poesia portuguesa!!!
E pronto, o almoço foi um espanto, falámos de Eugénio de Andrade, da Sophia, de Florbela, do Al Berto, do Bernardo Santareno, eu sei lá mais de quê; a senhora já queria que eu fosse com ela para a Feira do Livro, onde iria ser a tradutora daí a pouco da entrevista, precisamente, do Prof. Arnaldo Saraiva.
Que coisas belas acontecem por vezes…

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mãe



Quando Eu For Pequeno

Quando eu for pequeno, mãe,
quero ouvir de novo a tua voz
na campânula de som dos meus dias
inquietos, apressados, fustigados pelo medo.
Subirás comigo as ruas íngremes
com a certeza dócil de que só o empedrado
e o cansaço da subida
me entregarão ao sossego do sono.

Quando eu for pequeno, mãe,
os teus olhos voltarão a ver
nem que seja o fio do destino
desenhado por uma estrela cadente
no cetim azul das tardes
sobre a baía dos veleiros imaginados.

Quando eu for pequeno, mãe,
nenhum de nós falará da morte,
a não ser para confirmarmos
que ela só vem quando a chamamos
e que os animais fazem um círculo
para sabermos de antemão que vai chegar.

Quando eu for pequeno, mãe,
trarei as papoilas e os búzios
para a tua mesa de tricotar encontros,
e então ficaremos debaixo de um alpendre
a ouvir uma banda a tocar
enquanto o pai ao longe nos acena,
lenço branco na mão com as iniciais bordadas,
anunciando que vai voltar porque eu sou pequeno
e a orfandade até nos olhos deixa marcas.

José Jorge Letria

Para a minha Mãe que hoje cumpre o seu 89º.aniversário, cada vez mais linda e maravilhosa!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Voltar...


Voltar…
Voltar de uma viagem, de uma ansiada e tão necessária viagem, que correu muito bem até chegar o momento da despedida, que em vez de se tornar rotina, se torna cada vez mais difícil…
Voltar aqui ao meu espaço, mais cedo do que esperaria, pois eu sabia que iria voltar; nem sequer disse o contrário no meu último texto; apenas pensei que demoraria mais tempo…
E voltar, porquê? As razões da paragem não se alteraram muito, apesar de um ou outro regresso, (olá Speedy), e de um prometido regresso de um “velho” senhor dos blogs, (olá Ric).
Talvez não tenha sido suficientemente explícito e assim não totalmente compreendida a razão invocada da não reciprocidade dentro da blogo; como muitos sabem, a noção que tenho de um blog é de partilha, mas de uma partilha comunicativa e não apenas confessional. Daí o desabafo de alguma falta dessa reciprocidade, para mim tão importante, porque uma postagem só termina realmente com o diálogo dos comentários; daí eu comentar os comentários…
Eu nunca me queixei da falta deles, nem nunca pedi para ser comentado quando não há razão para tal. Queixo-me sim é de quem NUNCA comenta, não o meu blog, mas qualquer blog, apesar de gostar de ser comentado, (olá Carlos).
Durante este tempo, li tudo o que foi escrito aqui na blogo, pelas pessoas que sigo, e quantas vezes me apeteceu comentar, (parabéns, Luís e Gonçalo).
Vou voltar pois a aparecer, talvez menos vezes, talvez com alguma necessária selecção dos blogs que sigo, talvez não com tanta frequência de comentários, pois há mais vida para além da blogosfera.
Uma palavra para as muitas palavras de apoio, de incitamento a continuar, que me foram deixando, aqui e nalguns dos vossos blogs.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Time to say Good Bye

É altura de parar!
Dediquei muito de mim à blogosfera, e desde há muito tempo; assisti ao início e ao fim de muitos blogs e sempre fui acompanhando com palavras o seu dia a dia.
Agora vejo que a reciprocidade não existe mais: há blogs (não os nomeio, pois os seus autores sabem que é a eles que me dirijo, essencialmente) que nunca comentam qualquer blog, mas gostam muito de ser visitados; outros abandonaram essa prática e hoje estão no comodismo de pôr uma postagem de quando em quando e nada mais.
A blogosfera, está verdadeiramente doente e eu já não tenho paciência para isto; que me desculpem os bons amig@s que continuam a alimentar esta forma de comunicação tão interessante.
Vou parar! Definitivamente? Não sei.
Vou no sábado para Belgrado e aproveito esta “porta aberta” para ir saindo…

Zebras e Rinocerontes

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amour, acide et noix

Amour, Acideet Noix é um bailado coreografado pelo canadiano Daniel Léveillé  em 2001 e que faz parte do repertório da sua companhia Danile Léveillé Danse e é a primeira parte de uma trilogia que tem como restantes componentes “La Pudeur des icebergs” (2004) e “Crépuscule des océans (2007).
Gostaria de ter o bailado integral, cerca de uma hora, mas não o encontro na net. Se alguém souber se está editado em vídeo, e onde poderei adquiri-lo, fico desde já agradecido.

Quatro corpos entregues à dança, revelam o que se refugia atrás da pele, branca e estranha: água, músculos, respiração, energia, uma visão da vida, tão viva e consciente do outro, apesar de ou talvez por causa de uma necessidade para não estar completamente só.. Amour, acide et noix fala de solidão, mas também, e mais especificamente da infinita ternura do toque, a dureza da vida e o desejo de evitar ou escapar  destes organismos, muitas vezes tão pesados. Amour, acide et noix apresenta a nudez como a única alternativa verdadeira para a leitura do corpo, franca e livre de falsa modéstia. 
Afinal, a pele do corpo pode ser o traje da verdade. A música de Vivaldi é perfeita para acompanhar a evolução dos corpos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Justiça????????????????????????'

O PAÍS QUE TEMOS !


Face ao que aqui se relata, só há uma forma fazer justiça ( sem ser pela violência !), a justiça publica : é fazer circular o mais possível, para que se saiba quem são :

·        O psiquiatra João Vasconcelos Vila Boas
·        a classe de alguns dos juízes que temos
·        a classe de alguns médicos que temos, gozando da protecção dos seus pares, através da sua Ordem profissional .

MAS ISTO É JUSTIÇA?!!
Com juízes e procuradores que são apanhados a copiar nos exames de concursos, que seria de esperar...???
Fixem-lhe bem a cara (e é pena não estarem os retratos dos juízes) e não lhe dêem a mais pequena oportunidade de exercer a sua profissão ou angariar dinheiro de qualquer outro modo.
Nesta sociedade de consumo e vaidades deverá ser um punição razoável...!!!


Abuso de grávida
Durante cinco meses, o psiquiatra João Vasconcelos Vila Boas tornou-se no confidente de 'Ana', nome fictício, e acompanhou o crescimento da barriga de grávida da paciente, com 30 anos. No início de Setembro, 2009, quando estava a um mês de ser mãe, o médico violou-a na sala do seu consultório - adaptada de uma divisão do apartamento onde também vive na Foz, Porto.
 
Para que vejamos a cara desta aberração E NUNCA A ESQUEÇAMOS !!!! 
O médico psiquiatra João Vasconcelos Vila Boas

Violada por recusar sexo oral
'Quando ela se levantou para ir embora, ele baixou as calças e ordenou que lhe fizesse sexo oral. Incrédula, ela tentou fugir, mas a porta estava trancada à chave. Agarrou-a por trás e baixou a roupa dela. Como estava com o pénis erecto, e ela estava já com alguma dilatação, ele violou-a ali mesmo', contou ao CM um familiar da vítima que tinha duas consultas por semana com o psiquiatra. Estava debilitada emocionalmente e tinha medo de não conseguir ser uma boa mãe.
'No final, deu-lhe um guardanapo para ela se limpar e disse-lhe que o que tinha feito era um segredo e esperava por ela na próxima semana', recordou o familiar. Apavorada, Ana entrou no carro para voltar para Vila Real, onde vive. Fez a viagem calada. Mas pelo caminho não conseguiu aguentar o silêncio. Contou à mãe e depois ao pai. A revolta invadiu ambos e decidiram levar a vítima ao hospital. Os exames que lhe foram realizados são inequívocos: foram encontrados vestígios de sémen do psiquiatra na vagina da grávida. Quinta-feira foi preso e no dia seguinte presente ao juiz. Saiu em liberdade e está apenas proibido de exercer a profissão e de sair do País.

PORMENORES
84 EUROS SEM RECIBO
Ana pagava 84 euros por cada uma das duas consultas semanais. O médico nunca passou recibo e 'pedia que pagassem em notas e só no fim do mês'.
TENTOU MASTURBÁ-LA
Durante as consultas, o psiquiatra fazia perguntas sobre a vida sexual de Ana. Tentou por duas vezes masturbá-la, mas ela recusou. Alegava ser uma técnica especial para relaxar grávidas.
DIZIA PARA IR SOZINHA
Incentivou Ana a ir só e de autocarro para o Porto para ficar a dormir na cidade.

ORDEM DOS MÉDICOS JÁ AVERIGUA
Após ter conhecimento da detenção do psiquiatra pela PJ, a Ordem dos Médicos decidiu abrir um processo disciplinar de forma a averiguar o que realmente aconteceu. No entanto, segundo o bastonário Pedro Nunes, só após a conclusão do inquérito do Ministério Público será tomada uma decisão. 'Vamos acompanhar o inquérito judicial e se no fim se provar que as acusações são verdadeiras tomaremos uma atitude', explicou ontem o bastonário ao CM.
Pedro Nunes diz que até prova em contrário o psiquiatra é inocente e salienta que vários são os médicos alvos de acusações infundadas. 'Infelizmente, nesta profissão somos acusados muitas vezes sem ter culpa. O trabalho de um médico é muito complexo', disse.
Também o Instituto de Droga e Toxicodependência, onde João Vasconcelos Vilas Boas exerce funções, garantiu que vai investigar o caso e a possibilidade de ter ocorrido alguma situação na instituição.
 Porto: Decisão judicial não implica expulsão da Ordem dos Médicos
"Teria sido justo se fosse cadeia"
O psiquiatra João Vasconcelos Vilas Boas, de 48 anos, manteve-se impávido e sereno ao ouvir, ontem, a sua condenação a cinco anos de prisão, mas com pena suspensa, por ter violado uma paciente, de 30 anos, grávida de oito meses no seu consultório, na Foz do Porto. A família da vítima está indignada. "A pena teria sido justa se ele fosse para a cadeia porque foi tudo provado em tribunal", disse ontem ao CM a mãe da vítima.

'COMO PODE UM JUIZ SOLTAR UM MONSTRO DESTES'
Dois meses após a violação, o pai de Ana ficou ainda mais revoltado após conhecer as medidas de coacção aplicadas pelo
TIC do Porto.
'Como é possível um juiz soltar um monstro destes', disse ao CM. Confiámos nele, que nos garantiu que ia curar a nossa
filha, mas afinal só se queria aproveitar dela', vincou o homem, que se diz 'desiludido e revoltado com a nossa justiça'.
A família tenta agora arranjar forças junto do bebé que nasceu três semanas antes do previsto porque Ana
estava muito abalada.
Uma hora após a violação, soube pela filha do sucedido. 'Fiquei cego e liguei-lhe para o telemóvel. Ele atendeu e ainda
teve a ousadia de me dizer que era tudo mentira. Que nada de anormal se tinha passado na consulta.
' Mas os exames feitos a Ana confirmaram o contrário.

A decisão judicial, que será alvo de recurso por parte do advogado do médico, não obriga a Ordem dos Médicos a expulsá-lo. Neste momento, o psiquiatra realiza trabalho administrativo no Instituto da Droga e da Toxicodependência em Campanhã, no Porto. O CM tentou ouvir o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, mas foi impossível saber qual a decisão tendo em conta a condenação.
Ontem, a juíza Manuela Paupério considerou que ficou 'provado que o arguido introduziu o seu pénis na boca da ofendida, agarrando-lhe a cabeça. Quando esta se levantou, o arguido agarrou-a, empurrou-a contra um sofá e, por trás, introduziu o seu pénis na vagina da ofendida, aí ejaculando'. A magistrada considerou ainda que os factos provam 'uma acção física violenta exercida pelo arguido sobre a ofendida, de modo a constrangê--la quer ao coito oral, quer à cópula'.
A juíza desvalorizou os depoimentos prestados por ilustres médicos arrolados pelo psiquiatra, sublinhando que o relato da vítima é mais consistente que o testemunho do psiquiatra, condenado a pagar 30 mil euros de indemnização.

ADVOGADO AGRIDE JORNALISTA
Artur Marques, advogado de defesa do psiquiatra, agrediu ontem a repórter fotográfica do Correio da Manhã, tendo inclusivamente rasgado a camisola da nossa fotojornalista quando tentava, à força, arrancar-lhe a máquina fotográfica. Tudo aconteceu depois da leitura da sentença, num corredor do tribunal S. João Novo, quando a irmã do médico tentou arrancar a máquina fotográfica à jornalista do CM, alegando não querer ser fotografada, apesar de se ter colocado propositadamente à frente do psiquiatra, vendo que a jornalista estava a fazer o seu trabalho. Prontamente, os agentes da PSP tentaram sanar o atrito. Mas o advogado Artur Marques, numa atitude muito agressiva e prepotente, tentou partir a máquina para apagar as fotografias. Só não o conseguiu graças à PSP.

APÓS RECURSO - EIS A DECISÃO FINAL DOS NOSSO TRIBUNAIS ....
Psiquiatra absolvido de violação de paciente grávida
12 de Maio, 2011

O Tribunal da Relação do Porto considerou que o psiquiatra João Vasconcelos Villas Boas, de 48 anos, que arrolou 14 testemunhas m sua defesa, entre elas Júlio Machado Vaz, e que continua a trabalhar no Instituto da Droga e Toxicodependência em Campanhã, no Porto e ainda no seu consultório na Foz, Porto, não cometeu o crime de violação contra uma paciente sua, grávida de 34 semanas, com 30 anos de idade, no ano de 2009, pois os actos não foram suficientemente violentos, apesar de este forçar a vítima a ter sexo com base em empurrões e puxões de cabelo.
 
Perfil do violador - Relatório diz que médico mente
Mentiroso e narcisista acima da média, e com tendência para simular uma boa imagem de si próprio além de ter uma atitude de falta de preocupação pelas consequências negativas que o seu comportamento pode ter nos outros.
É desta forma que os técnicos que avaliaram João Vasconcelos Vilas Boas definem o psiquiatra de 48 anos que está a ser julgado,
acusado de violar uma paciente grávida de oito meses, no seu consultório, no Porto.
O relatório da perícia em que foram ouvidos a família, amigos e colegas de trabalho do médico, que há três anos mantém uma relação com uma economista, sublinha que nas provas de personalidade a que foi sujeito se mostrou pouco sincero e com tendência para não reconhecer as suas falhas, evidenciando valores acima da média na análise à propensão para a mentira e narcisismo.
O arguido, que após ser confrontado com a denúncia da grávida apresentou três versões contraditórias dos factos à polícia e ao juiz de Instrução Criminal que o ouviu, é definido como uma pessoa egocêntrica e com capacidade para compreender os actos errados. Os técnicos entendem por isso que é imputável. Ao Tribunal de S. João Novo, no Porto, o médico - que tem dois filhos de 17 e 20 anos - confirmou ter tido relações sexuais com a vítima e diz estar envergonhado.
Está suspenso das funções no Instituto da Droga e Toxicodependência em Campanhã, no Porto.
 
O tribunal deu como provado os factos, que têm início com a vítima a começar a chorar na consulta e com o médico a pedir para esta se deitar na marquesa..
O psiquiatra começou então «a massajar-lhe o tórax e os seios e a roçar partes do seu corpo no corpo» da paciente, como se pode ler no acórdão. http://www.dgsi.pt/jtrp.nsf/d1d5ce625d24df5380257583004ee7d7/1c550c3ad22da86d80257886004fd6b4?OpenDocument
 
A mulher, que estava grávida e numa situação de fragilidade psicológica, levantou-se e sentou-se no sofá, tendo o médico começado a escrever uma receita. Quando voltou, aproximou-se da paciente, «exibiu-lhe o seu pénis erecto e meteu-lho na boca», agarrando-lhe os cabelos e puxando a cabeça para trás, enquanto dizia: «estou muito excitado» e «vamos, querida, vamos».
A mulher tentou fugir, mas o médico «agarrou-a, virou-a de costas, empurrou-a na direcção do sofá fazendo-a debruçar-se sobre o mesmo, baixou-lhe as calças (de grávida) e introduziu o pénis erecto na vagina, até ejacular». 

Para o colectivo de juízes, o arguido não cometeu o crime de violação, porque este implica colocar «a vítima na impossibilidade de resistir para a constranger à prática da cópula».
 Diz o acórdão que para que tal acontecesse era preciso que «a situação de impossibilidade de resistência
tivesse sido criada pelo arguido, não relevando, para a verificação deste requisito, o facto de a ofendida apresentar uma personalidade fragilizada».

O colectivo de juízes considera:
-  que o «empurrão» sofrido pela vítima por acção física do arguido não constitui «um acto de violência que atente gravemente contra a liberdade da vontade da ofendida»

e, por isso,

-- «impõe-se a absolvição do arguido,  
na medida em que a matéria de facto provada não preenche os elementos objectivos do tipo do crime de violação».

 Mas um dos três juízes, José Manuel Papão, não concorda com a absolvição e juntou ao acórdão uma declaração de voto em que considera
 «que a capacidade de resistência da assistente estava acrescida mente diminuída por estar praticamente no último mês de gravidez,
período em que se aconselha à mulher que na prática de relações sexuais observe o maior cuidado para evitar o risco da precipitação do trabalho de parto».

 

ANEXO UM COMENTÁRIO INSERIDO NUM JORNAL DE 12.MAIO.2011:
Importa-se de Repetir?
Médico absolvido de violação porque não foi muito violento
Relação do Porto absolveu psiquiatra com argumentos muito polémicos.
O Tribunal da Relação do Porto absolveu o psiquiatra João Villas Boas do crime de violação
contra uma paciente sua, grávida de 34 semanas, que estava a ter acompanhamento devido à gravidez.

Segundo a maioria de juízes, os actos sexuais dados como provados no julgamento de primeira instância não foram suficientemente violentos. Agarrar a cabeça (ou os cabelos) de uma mulher, obrigando-a a fazer sexo oral e empurrá-la contra um sofá para realizar a cópula Z

não constituíram actos susceptíveis de ser enquadrados como violentos.
Imprecaução óbvia, mesmo se populista: - e se fosse a vossa filha ou mulher?
Melhor: e se fossem vocelências a serem lixados com ph?

PARA FINALIZAR:
Como é que uma mulher grávida de 8 meses, consegue ter a mobilidade necessária para se libertar e fugir dentro do próprio consultório do violador - trancada á chave ???
E que provas é que serão necessárias para que uma violação como esta careça de:
-  MAIS VIOLÊNCIA para ser punidas por lei   ???
NÃO BASTA POR SI SÓ AO QUE A VITIMA FOI SUJEITA ?
Que merda de juízes são estes que se "balizam"nos pontos e virgulas da lei cega, surda e muda, para virem agora dizer que esta BESTA está absolvida porque o crime não foi violento !!
Devia ter-lhe dado alguma facada na barriga ?
Ou, sei lá, mata-la até, quem sabe se é isso que a lei "obriga".
Que merda de Justiça é esta e que caraças de PAIS É ESTE ???
SERÁ QUE ESTE ANORMAL É DA FAMÍLIA DE ALGUM POLITICO OU DE ALGUM JUIZ???
NÃO SERÁ DE CERTEZA DA CLASSE MÉDIA...!!!
PARA TER LEVADO COMO TESTEMUNHA O PSICÓLOGO MAIS CONHECIDA DA NOSSA PRAÇA: Júlio Machado Vaz
O TEMPO O DIRÁ !!!




">ALGUÉM SABE QUEM SÃO OS INCOMPETENTES QUE FIZERAM ESTE JULGAMENTO? NÃO ESTARÁ NA HORA DE SEREM JULGADOS POR QUEM, DE FACTO, SABE DAS LEIS QUE QUEREMOS QUE SEJAM IMPLEMENTADAS?
ALGUÉM SABE SE ELES TÊM MULHERES OU FILHAS A QUEM SE POSSA FAZER O MESMO QUE O ANORMAL AGORA ILIBADO FEZ À SENHORA GRÁVIDA DE OITO MESES?
JÁ QUE NÃO SE É PUNIDO POR ISSO...



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