E para finalizar, um vídeo explicativo.
sábado, 31 de julho de 2010
Por uma boa causa
E para finalizar, um vídeo explicativo.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
António Feio
O mundo do espectáculo, principalmente a televisão e o teatro estão de luto.
Obrigado por tanto que nos deste...
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Desporto "fora do armário"
Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=wjU2FeU_3qI
Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=vDYOPXyXEaQ
Parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=w9QDiASNfc8
John Amaeshi, basquetebolista norte americano.
Greg Louganis, o famoso nadador norte americano
Justin Fashanu, futebolista inglês, que se suicidou após ter-se assumido como homossexual.
Martina Navratilova, uma das melhores tenistas de sempre.
Donal Óg Cusack, atleta irlandês de uma modalidade pouco conhecida entre nós - o hurling.
Amelie Mauresmo, tenista francesa, ainda hoje em actividade e muito bem colocada no ATP.
Mathew Mitchum, o saltador para a água australiano, medalha de ouro nos JO de Pequim.
Gareth Thomas, galês, um dos melhores jogadores do rugby mundial.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
" O Orgulho"
É este o título de um post que me foi recomendado (em boa hora) pela minha amiga Sairaf, e que foi escrito pelo autor do blog O ALFAIATE LISBOETA, tendo pedido por mail ao seu autor permissão para o transcrever aqui no meu blog, o que ele amavelmente aceitou e que mais uma vez agradeço.
"nunca vi tantos paneleiros na minha vida". Foi assim que começou a minha passagem pela parada gay. Foi no táxi que apanhei no aeroporto que soube do evento. Pelo motorista, um madrileno de 25 anos que antes de andar nas rondas trabalhou 5 anos nas obras. Com base no meu senso-comum repleto de presunções sociológicas diria que dificilmente um português com a mesma trajectória falaria daquele evento num jeito tão natural. Sem um único travo de crítica ou escárnio. Falámos da parada da mesma forma que percorremos os caminhos das nossas selecções na África do Sul ou que trocámos números sobre a taxa de desemprego de cada um dos nossos países. Fui a Madrid visitar um amigo e curiosamente foi ele (que não é propriamente o maisgay friendly dos meus amigos) quem sugeriu que passássemos pela parada. E foi já no meio da festa que repeti com surpresa sincera "foda-se, nunca vi tantos paneleiros na minha vida". "paneleiro" é um termo feio. Primeiro na sua fónica e depois no seu sentido. Tanto assim é que o emprego mais vezes para falar de tipos que não me merecem o respeito que propriamente de tipos que se deitam com outros tipos. Mas não é sobre palavras ou glossários pessoais que me apetece falar. Até porque não planeio fazer nenhum mea culpa por não empregar os vocábulos mais precisos ou diplomaticamente correctos. É sobre a diferença, e sobre a forma como a olhamos. Parece reinar uma obsessão de identificar tudo o que se destaca daquilo que temos por regra. E de aplicar uma censura social em torno dela. Mais que uma lei ou uma proibição, a censura sobre o que quer que não ande alinhado com uma dada consciência colectiva pode ser a forma mais cruel de julgar alguém. Enquanto corríamos os inúmeros autocarros que compunham a parada ia reparando na quantidade de homens musculados, de traços viris e aparência masculina que iam revolucionando q.b. a minha visão pré-definida, limitada e um tanto ou quanto arcaica daquela que é ou deixa de ser a imagem de um gay. Não vos vou dizer que me é completamente indiferente ter ao lado um bodybuilder a olhar-me de alto abaixo como se eu fosse o seu brinquedo sexual predilecto para aquela noite mas a verdade é que não estou em condições de vos garantir que, nunca na vida, lancei olhar idêntico a uma miúda bem feita e, entre uma atitude e outra, não vejo porque raio a do matulão madrileno haverá de ser mais censurável que a minha.
Não nasci ensinado a lidar com a diferença. Devia ter uns 12 ou 13 anos quando numa manhã ia a passar junto à secretaria da minha escola. Na fila estava o único rapaz do liceu que nunca se deu ao trabalho de negar que simpatizava com moços bonitos. Lembro-me tão bem… Passei e comentei alto "as bichas na bicha". E fi-lo com a sensação que estava a proclamar o trocadilho mais sofisticado à face da terra. Acendeu-se um rastilho de esgares e risadas em torno do miúdo que já parecia lidar com colegas estúpidos como eu como se de uma inevitabilidade nos tratássemos. Não foi há muito tempo que me cruzei com ele de novo. Faltou-me coragem para o abordar e pedir desculpa por qualquer mau bocado que a minha brejeirice lhe tivesse infligido um dia mas, em verdade vos digo, sinto-me em falta com ele. A censura social consegue ser, muitas vezes, mais castradora que qualquer lei. Tenho a certeza que o número de aceleras que se gaba de fazer parte do percurso entre Lisboa e Porto ao dobro do permitido por lei vai diminuir brutalmente, não no dia em que as penas se agravaram, mas na hora em que sentirem que o indicador do seu velocímetro não merece mais a aprovação daqueles que os rodeiam. E parte do problema da intolerância sexual reside precisamente no facto de, em muitos meios tidos como sofisticados, se cultivar uma certa homofobia. Reside no aparente orgulho que parece existir entre aqueles que rejeitam qualquer diferença relativa à sua própria condição. Chego a ficar com a sensação que a homofobia é para muitos homens, uma forma de afirmação da sua própria virilidade, como se a rejeição de uma orientação sexual diferente da sua lhes assegurasse, simultaneamente, níveis olímpicos de testosterona e o reconhecimento da sua masculinidade pelos seus pares.
Para uma criança o sentimento de marginalidade é provavelmente o cenário mais aterrador que se lhe poderá desenhar. Num ambiente homofóbico, qualquer adolescente que sinta atracção física por alguém com quem partilhe o balneário arriscar-se-á a sentir isolado num mundo que não lhe parecerá ter sido desenhado à sua medida. Arriscar-se-á a sentir que, ele mesmo, não tem lugar na concepção de condição humana que lhe transmitiram e que ele próprio assimilou. É assim que imagino uma miúda que se dê conta que o seu ser a impele para uma referência corporal feminina ao invés das idealizações masculinas que o mundo em que ela se inscreve lhe impinge. E este direito, o de projectarmos os ímpetos sexuais que nos impelem sobre o género que bem entendermos deveria ser um direito inalienável, tal qual… (repito, tal qual) o direito à declaração pública dos nossos afectos. E sinceramente, dispenso grandes erudições ou reflexões académicas sobre a matéria. A resposta está no mundo físico, tangível e acessível a todos. Porque a minha orientação sexual se exprime através de uma coisa muito simples – a minha pila. Porque nem o mais bem-falante behaviorista me conseguiria convencer de que a minha sexualidade não acabaria sempre por ser comandada por ela. Porque ela nunca me deu a escolher sobre os critérios que determinam a sua erecção. Porque ela não me perguntou nunca se eu queria ou não sentir tesão por mulheres. Não escolhi gostar de peles sedosas, braços delicados ou contornos femininos. Não escolhi, na minha infância, ter amores platónicos pelas minhas primas mais velhas, sentir-me atraído por amigas mais novas lá de casa ou, já na adolescência, ter tido sonhos molhados com a filha de uns amigos de uns amigos com quem me cruzei numa festa. Não escolhi ser muito ou pouco normal aos olhos dos outros. Não escolhi gostar de mulheres. Como também não vou poder escolher pelo meu filho. Não vos vou mentir. O ideal tipo para a minha descendência não passa por ter um filho gay. Agrada-me pensar que o meu filho saia com metade das miúdas de Lisboa e tenha a outra metade a suspirar por ele. Que seja respeitado entre o seu grupo de pares, que prefira apanhar umas chapadas a virar as costas a um puto que o insulte; que seja inteligente, bonito, dotado de sentido de humor e, já agora, que não seja o puto que, invariavelmente, passa o jogo inteiro à baliza. Eu tenho direito a traçar os ideais tipo que bem entender para o meu filho. O que não me permito é amá-lo menos se ele não for nada do que eu tiver idealizado. Se for o miúdo a quem roubam recorrentemente o lanche no recreio, a quem ordenam que passe o jogo inteiro na baliza ou aquele que venha um dia a gostar de rapazes.
A parada é um fenómeno impressionante. E estava realmente impressionado com a quantidade de (supostos) “paneleiros” que estava a ver naquele dia. Vi dezenas de autocarros numa avenida que desistimos de percorrer ainda a meio. Pedi autorização para subir àquele cujo visual me agradou mais e tirei meia dúzia de fotos indiscriminadamente. E foi neste autocarro que nasceu estepost. E ainda bem que o escrevi. Porque se o fiz foi porque aquilo que me faz sentido neste blog é escrever sobre o que cada um dos meus retratos me diz, sobre o que cada um destes retratos me lembra e sobre cada um dos sítios para onde estes retratos me transportam. Porque, na verdade, o orgulho que dá o nome a estepost não é necessariamente o orgulho gay. É também o orgulho que tenho em ter escrito este post. Porque se deixar os meus amigos homofóbicos a fazer contas de cabeça é sinal que já valeu bem a pena tê-lo escrito. Porque se não tivesse tido coragem para o ter escrito aí sim… Independentemente dos meus apetites e voracidades sexuais… Se qualquer receio me tivesse impedido de escrever este post… Aí sim, aí seria um grandessíssimo paneleiro
sábado, 24 de julho de 2010
Mexer na "arte"...
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Passado e presente 16 - Covilhã, a minha cidade
Este post foi publicado originalmente na parte desaparecida do meu blog a 12 de Dezembro de 2006.
terça-feira, 20 de julho de 2010
I Am Who I Am
And no I don't mind if you pick on the clothes that I
wear
But know I can keep my head when all around me are
losing theirs because
I am who I am
And you can't change me
I've done what I can
And I'll stand my ground
You're tying my hands
You rearrange me
It all falls down
It all falls down
Why when you dream do you see me as something I'm not
Why don't you wake up and see all the good things
you've got
A heart isn't made out of clay
Not something you shape with your hands understand
Is the reason you ask me to change so that you stay
the same
Well I'm sorry if I keep disappointing you again and
again but
I am who I am
domingo, 18 de julho de 2010
Pegadas negras
Obrigado e que sirva de exemplo esta partilha.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Uma referência...
quarta-feira, 14 de julho de 2010
волим те сваки пут све више ! *
A smilin' face, a warm embrace, two arms to hold me tenderly
Where the boys are, my true love will be
He's walkin' down some street in town and I know he's lookin' there for me
In the crowd of a million people I'll find my valentine
And then I'll climb to the highest steeple and tell the world he's mine
Till he holds me I'll wait impatiently
Where the boys are, where the boys are
Where the boys are, someone waits for me
Till he holds me I'll wait impatiently
Where the boys are, where the boys are
Where the boys are, someone waits for me
* Amo-te cada vez mais!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
"An Englishman in New York"
Mesmo com todas as lutas que enfrentou, e as decorrentes agressões físicas e morais, Crisp atingiu a fama pela sua visão da homossexualidade; pelo seu exibicionismo e inconformismo.
Trata-se de um filme com mais peso e foco no que Quantin Crisp se tornou para o mundo depois de sua adolescência difícil e dos problemas que enfrentou até escrever sua biografia em 1968.
“An Englishman in New York” (2009) é dirigido por Richard Laxton, outro veterano da TV que, diferente de Jack Gold (realizador do primeiro filme) , não arriscou uma linguagem poética, mas manteve o recurso da narração como um elo entre os dois filmes.
John Hurt está ainda melhor do que no filme anterior. Talvez isso seja a coisa mais interessante deste projecto: ele voltou a interpretar o mesmo papel 34 anos depois e está magnífico. Se antes a sua fisionomia era uma cópia autenticada de Crisp, aqui essa característica eleva-se ainda mais ao assistir ao envelhecimento da seu personagem, numa transformação assustadora.
O filme explica o que aconteceu com Crisp depois da exibição de “A naked civil servant” na tv com cabo inglesa. O sucesso do filme elevou ainda mais as vendas de sua biografia e revelou de vez ao mundo este homem inglês de fino trato feminino. Como resultado, Crisp fez sucesso nos EUA e recebe um convite para uma palestra sobre sua vida, no começo dos anos oitenta. Ele aceita, muda-se para Nova York e começa então a segunda etapa de sua vida, cheia de tributos e desgraças.
O trabalho de Laxton reflete constantemente sobre as batalhas que Quentin enfrentou no passado. Ele é amado pelos gays novaiorquinos e pode andar como quiser na rua, já que todos se vestem sem maiores pudores. Ser admirado e ouvido é como um paraíso, uma recompensa para uma vida tão intensa e mal compreendida quanto a que teve. Mas Quentin decidiu seguir falar o que sente e este mundo não é para aqueles que promovem a lucidez. Graças a um comentário infeliz sobre a SIDA, Quentin passa a ser odiado pelos gays, mas segue firme tentanto sobreviver com o que a vida lhe dá.
Alguns ecos das regras de Quentin aparecem, lembrando o quanto ele estava de facto a frente do tempo em que vivia.
Agora existem dois pêndulos que refletem a figura de Quentin: o primeiro, que fala sobre negação, o quanto Quentin foi menosprezado e discriminado e o segundo que fala sobre sua dedicação com o aprendizado, com o novo. Quentin toma gosto na arte de promover as suas inspirações e, mesmo doente e inválido, segue em frente numa jornada de autoconhecimento, riscos e desafios constantes até os seus 90 anos, claro, sem deixar o baton de lado.
Em jeito de homenagem, acrescento aqui a fabulosa caracterização do próprio Quentin Crisp, quando interpretou a personagem da Rainha Vitória no filme "Orlando", de Sally Potter (1992).
sábado, 10 de julho de 2010
Desenrascanços
Isto aplica-se muito bem ao nosso povo, ou não fossemos nós conhecidos como "desenrascados"...
Vejamos alguns exemplos
quarta-feira, 7 de julho de 2010
"Criação"
a disciplina militar da corte persa. Ainda jovem, recebeu o cargo de embaixador, o que o levou, em sucessivas missões oficiais, a transpor as fronteiras do seu reino, que então se estendia do Mediterrâneo até à India.
Como “aperitivo” para quem se atrever a ler esta complexa mas brilhante obra de Gore Vidal, aqui deixo, na visão de Confúcio, quais eram as “quatro coisas feias” da sua teoriasobre o ser humano:
terça-feira, 6 de julho de 2010
Súplica
Quando eu estiver triste, abraça-me!
when I need you
I just close my eyes and I'm with you
and all that I so want to give you
It's only a heartbeat away
when I need love
I hold out my hands and I touch love
I never knew there was so much love
keeping me warm night and day
miles and miles of empty space in between us
the telephone can't take the place of your smile
but you know I won't be travelin' forever
it's cold out, but hold out, and do like I do
when I need you
I just close my eyes and I'm with you
and all that I so wanna give you babe
it's only a heartbeat away
it's not easy when the road is your driver
honey that's a heavy load that we bear
but you know I won't be traveling a lifetime
it's cold out but hold out and do like I do
oh, I need you
when I need love
I hold out my hands and I touch love
I never knew there was so much love
keeping me warm night and day
when I need you
I just close my eyes
and you're right here by my side
keeping me warm night and day
I just hold out my hands
I just hold out my hand
and I'm with you darlin'
yes, I'm with you darlin'
all I wanna give you
it's only a heartbeat away
domingo, 4 de julho de 2010
Na despedida...o tango
quinta-feira, 1 de julho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Para o Déjan...
Li um dia destes no sempre interessante blog “Jugular” um belo poema da Dra. Isabel Moreira, conhecida jurista e que muito admiro, sobre a Sérvia.
Claro que não fiquei indiferente, pois, embora em situações pessoais diferentes, com certeza, o poema refere-se a alguém que a autora conheceu na Sérvia e também eu conheço muito bem alguém da Sérvia, e que me transmitiu exactamente os mesmos sentimentos que o poema refere acerca da posição dos sérvios durante a guerra dos Balcãs.
Aqui deixo a transcrição do belo poema e também do comentário que lá deixei.
“E depois há uma música
Que é sempre a mesma
Que são muitas outras
Que é sempre a mesma
Que eras sempre tu
E depois disseste-me, com a voz nas pálpebras:
Eu não tenho esses séculos de fronteiras
Eu não tenho a paz de saber das minhas memórias
Eu não sou eu até que me não doa a casa magoada do meu tio
E a grávida morta porque morta antes a mulher do assassino
E por isso dizias-me, sem uma lágrima na voz:
Isto é só isto é a dor da identidade; de que falas, Isabel?
E depois agarravas uma viola e era uma outra voz
Que era sempre a mesma
Que eram muitas outras
Que era muito tua
E o som da tua voz inutilizava o significado das palavras
Que não entendo
E que me dizia tudo
Um tiro de raízes ciganas, pelo meio de todas muçulmanas, croatas, albanesas
E as tuas, isso que projectava a pergunta: de que falas, Isabel?
Os olhos cerrados de um sérvio a recuar aos sons
Que eram tantos
Que eram muitos outros
Que terão sido sempre aqueles
Cantados antes que gritados
Ou chorados
Ou sangrados
De que falas, Dragan?
E tu a dizeres: eu preciso de tempo
E que fosse a partir de um sítio com o nome de lugar novo
E assim a dizeres-me, de viola na mão, que precisas de viver
Com a paz muito sofrida da palavra eu.”
Houve nomes de que os sérvios se envergonham, com Milosevic à frente; mas houve também nomes que deviam envergonhar croatas e bósnios.
Mas é sempre conveniente arranjar bodes expiatórios.
E para terminar, uma música bem representativa daquele país.
sábado, 26 de junho de 2010
Old Lady GaGa
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Festival Sete Sóis Sete Luas
Como é habitual, nas sextas feiras de Verão, realiza-se no anfiteatro da Fábrica da Pólvora, em Barcarena, este Festival, que costuma trazer até nós música algo alternativa de músicos pouco conhecidos no nosso país, mas de inegável valor.