sábado, 30 de agosto de 2014
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Viagens 13 - Alemanha
Excluindo as diversas escalas de uma
noite em Colónia, a caminho de Belgrado, efectuei três viagens à
Alemanha, sempre na companhia do Duarte.
A primeira à parte ocidental e ao
norte do país e as restantes a Berlim.
Deixando estas duas para outra ocasião,
vou falar desse primeiro contacto com o país que hoje manda na
Europa (não o que sucedia nessa altura, que ainda se chamava R.F.A.
(República Federal Alemã), com capital em Bona.
Fomos de avião até Frankfurt
cidade
que pouco tempo tivemos para apreciar, pois foi quase só pernoitar;
ficou a recordação de um enorme aeroporto e de uma atmosfera pouco
agradável junto à estação ferroviária central.
Seguimos para Colónia
cidade muito
bonita, banhada pelo Reno, com uma Catedral gótica maravilhosa, logo
ali junto à estação de comboios, onde chegámos e apanhámos um
táxi para o hotel que eu havia reservado; devo dizer que na altura
não havia net e as reservas fazia-as por telefone depois de ter
seleccionado o hotel num guia Michelin, ou neste caso de Colónia, no
Spartacus, pois escolhi um hotel gay.
Apesar de central, e
estranhamente, o motorista desconhecia a morada, e foi preciso eu,
munido de um pequeno mapa, onde tinha assinalado previamente o hotel,
lhe ir indicando o trajecto, sem saber uma palavra de alemão (o
individuo ou era novo na profissão, ou estava a fazer um “gancho”).
Mas lá chegámos e o hotel não era
grande coisa, enfim...
Os dois ou três dias que estivemos na
cidade deu para conhecer o principal – Colónia não é grande –
e à noite íamos beber uns copos a sítios agradáveis.
Dali partimos com destino a uma pequena
cidade – Munster –
que tinha para mim um particular interesse, já
que era de lá um dos dois amigos que havia anos tinha conhecido na
Figueira da Foz e com quem estabeleci uma especial amizade platónica,
pois eu era e fui, durante algum tempo, virgem.
Da Figueira, vim com
eles para Lisboa passar uma semana e essa amizade estreitou-se ainda
mais quando o outro rapaz disse um dia em conversa que esse mais
amigo meu – Werner era o seu nome – era gay. Foi muito bonito e
puro o que se passou nesses dias, eu tinha para aí 15 ou 16 anos e
depois de ele partir mantivemos contacto durante uns tempos; ele era
mais velho, vinte e poucos e era lindo, loiro e simpatiquíssimo.
Ora
ele era de Munster e eu ia à sua procura, apenas tinha o seu nome –
Werner Heine – uma foto tipo passe e um endereço.
Não o encontrei
nem ninguém o conhecia...
Enfim, um pouco triste, seguimos viagem
para Hamburgo, tendo tido uma breve paragem em Bremen.
Em Hamburgo
tínhamos uma reserva de
um outro hotel gay, situado em pleno coração do bairro do sexo da
cidade, o famoso St.Pauli.
Se o hotel de Colónia era fraquinho, este
era uma espelunca, ainda estivemos para procurar outro sítio, mas
como era por poucos dias e era só para dormir, ficámos.
Hamburgo é uma grande cidade, bonita,
com um, lago muito vasto e agradável e um enorme porto.
Enquanto lá estivemos tivemos a visita
de um casal amigo, de Berlim, o Hans e o Peter, que embora alemães
tinham uma vivenda na Parede, e conhecíamos-nos daí
.Foram muito simpáticos e levaram-nos
de carro até Lubeck
uma cidade lindíssima e que foi um dos
principais centros da Liga Hanseática, que reunia as maiores cidades
mercantis do norte da Europa, pelo que é um centro histórico
importante e onde nasceu Thomas Mann.
Fomos aí almoçar num dos mais belos
restaurantes onde já estive, todo decorado com bandeiras da Liga
Hanseática e onde se comia maravilhosamente.
A carta (menú) era belíssima, enorme e eu gostei tanto dela que o Hans foi
adquirir uma para me oferecer – gostava de saber por onde para
ela...aqui por casa.
Ainda fomos a uma praia no Mar do
Norte – Bremerhaven
mas que era muito pobrezinha comparada com as
nossas magníficas praias.
De Hamburgo regressámos a Lisboa.
Quando regressámos para a primeira
visita a Berlim, já era a Alemanha, mas apenas há uns meses; mas
isso fica para outra vez.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Matthew Connor
Num dos muitos blogs que vou seguindo, fui encontrar este senhor, um americano de Boston, que eu nunca tinha ouvido falar.
Gostei da voz, do estilo, e claro que lá estou eu no "You Tube" à procura de coisas interessantes.
Seleccionei dois vídeos, o primeiro bem bonito, intitulado "Smoke Signals"
Mas foi um outro que me fez trazê-lo aqui ao blog; uma canção magnífica num vídeo muito bem feito, num estilo "vintage", a preto e branco, com um título delicioso e que me fez naturalmente aumentar exponencialmente as minhas saudades do Déjan.
Deliciem-se com este maravilhoso "How is already July over?"...
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Pretende dar a ideia de perceber de pintura?
Isto não é totalmente verdade, é
óbvio.
Todos estes artistas são grandes
pintores e estas”particularidades” não passam de meras
curiosidades que apenas pretendem fazer rir, com o acompanhamento
vocal da “enorme” Maria Callas...
Se o fundo do quadro é escuro e a
personagem tem cara de “não fui eu...”, então é um Ticiano
Se os homens têm um aspecto efeminado, cara de constipados ou cheios de frio, então é um Caravaggio
Se são telas com muita gente, que parece normal, mas caminha sem direcção certa, “à procura do Wally”, então é um Bruehgel
Se a pintura tem muita gente, como que enlouquecida, parecendo imagens do “Feiticeiro de Oz”, então é um Bosch
Se os homens parecem necessitados, bêbados e têm caras manchadas, sujas ou mal iluminadas, então é Rembrandt
Se os homens, em todas as pinturas, são belos, estão nus ou semi-nus, com um sexo pequenino, depilados e de aspecto efeminado, então é um Michelangelo
Se o quadro tem bailarinas, com cinturas pretas, então é um Degas
Se a tela é nítida, as figuras são barbudas, corpos altos e magros, com cara de famintos, então é um El Greco
Se todas as personagens do quadro têm cara de “nada”, ou se parecem com o Putin, então é um Van Eyck
Se os quadros têm paisagens com muita gente, com corpos originais, ou então se têm frutos e uma garrafa de vinho, então é um Cézanne
Se tem bailarinas de cabaret e homens de duvidosa conduta social, então é um Toulouse-Lautrec
Se você esfregou a tela com o gato da vizinha, antes de secar a pintura, e tudo parece sem sentido, então é um Van Gogh
domingo, 17 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
"Tension"
Bailarinos são vistos como seres sublimes e dotados de subtileza.
O que pouca gente vê é a força e a tenacidade por trás de cada passo feito por eles.
Focado nessa energia, o fotógrafo Nir Arieli criou "Tension", um ensaio para mostrar através da sobreposição de imagens os movimentos complexos e dinâmicos da dança.
A escolha dos modelos não podia ser mais correta: bailarinos contemporâneos.
Os movimentos, que não eram coreografados, foram executados de forma espontânea, à escolha do modelo e os resultados não poderiam ser previstos, já que a montagem das fotos veio depois, enquanto Nir procurava a combinação perfeita para o resultado esperado: um estudo sobre dança e tensão muscular.
As imagens são incríveis e passam a sensação de um deslocamento causado pelas escolhas intrigantes das justa posições.
A impressão que temos é que o corpo dança em torno de si mesmo, sendo objecto e palco da própria performance.
Elegância e estranhamento nunca foram conceitos tão próximos quanto neste trabalho.
O mais espantoso de tudo isso é pensar que tal projecto foi desenvolvido por Nir Arieli, uma pessoa sem qualquer afinidade com a dança, como ele mesmo diz: “Eu não posso dançar. Não posso no meu quarto, nem em uma boate, muito menos em qualquer tipo de palco. (…) No entanto, desta vez, pela primeira vez, eu me vi envolvido activamente na dança — mesmo usando o corpo de outra pessoa.”
Nir começou por ser um fotógrafo militar que trabalhava para um jornal.
O que pouca gente vê é a força e a tenacidade por trás de cada passo feito por eles.
Focado nessa energia, o fotógrafo Nir Arieli criou "Tension", um ensaio para mostrar através da sobreposição de imagens os movimentos complexos e dinâmicos da dança.
A escolha dos modelos não podia ser mais correta: bailarinos contemporâneos.
Os movimentos, que não eram coreografados, foram executados de forma espontânea, à escolha do modelo e os resultados não poderiam ser previstos, já que a montagem das fotos veio depois, enquanto Nir procurava a combinação perfeita para o resultado esperado: um estudo sobre dança e tensão muscular.
As imagens são incríveis e passam a sensação de um deslocamento causado pelas escolhas intrigantes das justa posições.
A impressão que temos é que o corpo dança em torno de si mesmo, sendo objecto e palco da própria performance.
Elegância e estranhamento nunca foram conceitos tão próximos quanto neste trabalho.
O mais espantoso de tudo isso é pensar que tal projecto foi desenvolvido por Nir Arieli, uma pessoa sem qualquer afinidade com a dança, como ele mesmo diz: “Eu não posso dançar. Não posso no meu quarto, nem em uma boate, muito menos em qualquer tipo de palco. (…) No entanto, desta vez, pela primeira vez, eu me vi envolvido activamente na dança — mesmo usando o corpo de outra pessoa.”
Nir começou por ser um fotógrafo militar que trabalhava para um jornal.
sábado, 9 de agosto de 2014
"Habanera"
"Habanera" é talvez a mais conhecida ária da ópera "Carmen", de Bizet.
Apresento aqui duas versões "ligeiramente" diferentes dessa ária: uma, a clássica, aqui interpretada por uma lasciva Carmen (Ana Caterina Antonacci),
e a segunda, uma variante completamente louca, eu diria antes saudavelmente louca.
Como adenda e como continuação da loucura, fica o link do "making off" - http://www.directorsnotes.com/2013/08/08/dn295-metube-daniel-moshel/
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Winslow Homer
Winslow Homer (Boston, 24 de Fevereiro de 1836) – (Prout’s Neck, 29 de Setembro de 1910), foi um importante pintor e gravurista dos Estados Unidos.
Era filho de Charles Savage Homer e Henrietta Benson Homer, ela sendo aguarelista amadora e a primeira professora do filho, com quem manteve uma relação forte por toda a vida.
Winslow Homer desde cedo manifestou talento artístico, e começou a trabalhar como ilustrador comercial, persistindo no ramo gráfico durante vinte anos, e essas características lineares impuseram-se no seu trabalho de pintura.
Mas ao mesmo tempo passou a trabalhar num estúdio com pinturas a óleo, explorando as suas capacidades de textura e densidade.
Também pesquisou a aguarela, criando obras de aspecto fluido e espontâneo.
Em 1859 abriu um estúdio em Nova Iorque e até 1863 teve aulas na Academia Nacional de Desenho.
Sua mãe queria que ele se aperfeiçoasse na Europa, mas a revista Harper’s enviou-o para a frente de batalha da Guerra Civil, onde desenhou cenas de combate e a vida militar.
Voltando para o seu estúdio, iniciou uma série de pinturas sobre a Guerra, que tiveram imediata aceitação. Depois desse período, voltou a sua atenção para cenas familiares e tranquilas.
Por fim conseguiu ir a Paris, permanecendo aí um ano, trabalhando como desenhista da vida parisiense para a Harper’s, e produzindo apenas pinturas pequenas sobre a vida camponesa.
No seu regresso à América, continuou a retratar cenas campestres numa visão idílica, que foram recebidas com muito gosto.
Na década de 1870 começou a retirar-se da vida social, vivendo num farol e despertando um amor pelo mar que daria origem a uma importante série de obras sobre pescadores e cenas litorais.
Entre 1881 e 1882 viveu na vila de Cullercoats, na Inglaterra, pintando o cenário local e suas figuras características, num estilo sóbrio, vigoroso e directo, em telas maiores que o seu usual, e com uma abordagem mais universal do que típica.
Voltando aos Estados Unidos em 1882, os críticos imediatamente perceberam que ele havia mudado, e que suas obras recentes se alçavam a patamares superiores de qualidade e significado.
Mudando-se para o Maine em 1883, começou a sua série de marinhas monumentais e dramáticas, isolando-se cada vez mais do mundo.
Era descrito como um Robinson Crusoé yankee e como um eremita com um pincel.
Apesar do respeito conseguido junto à crítica, as suas obras nunca se tornaram realmente populares.
Nos anos seguintes visitou a Flórida, Cuba e as Bahamas, mudando a sua paleta para cores vivas em aguarelas de belo impacto, que tiveram o efeito de rejuvenescer a sua mente e refinar a sua técnica aguarelística, que até hoje é altamente elogiada pela crítica, ao mesmo tempo em que se aventurava para temas de animais.
Homer jamais deu aulas regulares, mas as suas obras influenciaram as gerações seguintes pela sua honestidade no retrato das relações do homem com a natureza, e hoje é considerado um dos maiores pintores norte-americanos.
Era filho de Charles Savage Homer e Henrietta Benson Homer, ela sendo aguarelista amadora e a primeira professora do filho, com quem manteve uma relação forte por toda a vida.
Winslow Homer desde cedo manifestou talento artístico, e começou a trabalhar como ilustrador comercial, persistindo no ramo gráfico durante vinte anos, e essas características lineares impuseram-se no seu trabalho de pintura.
Mas ao mesmo tempo passou a trabalhar num estúdio com pinturas a óleo, explorando as suas capacidades de textura e densidade.
Também pesquisou a aguarela, criando obras de aspecto fluido e espontâneo.
Em 1859 abriu um estúdio em Nova Iorque e até 1863 teve aulas na Academia Nacional de Desenho.
Sua mãe queria que ele se aperfeiçoasse na Europa, mas a revista Harper’s enviou-o para a frente de batalha da Guerra Civil, onde desenhou cenas de combate e a vida militar.
Voltando para o seu estúdio, iniciou uma série de pinturas sobre a Guerra, que tiveram imediata aceitação. Depois desse período, voltou a sua atenção para cenas familiares e tranquilas.
Por fim conseguiu ir a Paris, permanecendo aí um ano, trabalhando como desenhista da vida parisiense para a Harper’s, e produzindo apenas pinturas pequenas sobre a vida camponesa.
No seu regresso à América, continuou a retratar cenas campestres numa visão idílica, que foram recebidas com muito gosto.
Na década de 1870 começou a retirar-se da vida social, vivendo num farol e despertando um amor pelo mar que daria origem a uma importante série de obras sobre pescadores e cenas litorais.
Entre 1881 e 1882 viveu na vila de Cullercoats, na Inglaterra, pintando o cenário local e suas figuras características, num estilo sóbrio, vigoroso e directo, em telas maiores que o seu usual, e com uma abordagem mais universal do que típica.
Voltando aos Estados Unidos em 1882, os críticos imediatamente perceberam que ele havia mudado, e que suas obras recentes se alçavam a patamares superiores de qualidade e significado.
Mudando-se para o Maine em 1883, começou a sua série de marinhas monumentais e dramáticas, isolando-se cada vez mais do mundo.
Era descrito como um Robinson Crusoé yankee e como um eremita com um pincel.
Apesar do respeito conseguido junto à crítica, as suas obras nunca se tornaram realmente populares.
Nos anos seguintes visitou a Flórida, Cuba e as Bahamas, mudando a sua paleta para cores vivas em aguarelas de belo impacto, que tiveram o efeito de rejuvenescer a sua mente e refinar a sua técnica aguarelística, que até hoje é altamente elogiada pela crítica, ao mesmo tempo em que se aventurava para temas de animais.
Homer jamais deu aulas regulares, mas as suas obras influenciaram as gerações seguintes pela sua honestidade no retrato das relações do homem com a natureza, e hoje é considerado um dos maiores pintores norte-americanos.
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