quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Uma imensa nojeira
Tenho tentado resistir escrever algo mais sobre o caso da detenção e posterior prisão preventiva de José Sócrates, mas isso é impossível.
Logo após os acontecimentos passados quase há uma semana, claro que não podia deixar de registar os factos nas redes sociais a que pertenço (FB e Google+) e fui confrontado quer nos comentários aos meus textos, quer principalmente no que li em textos escritos por amigos (FB) com opiniões que ultrapassam o salutar debate de ideias e formas de pensar para chegar ao insulto sujo e baixo que só o ódio pode provocar.
Tentando ser o mais cuidadoso possível na elaboração desta postagem, devo começar por um aviso prévio que não será novidade para ninguém que me conheça minimamente – conheço e sou amigo pessoal de José Sócrates dos tempos passados na Covilhã, onde fui aluno do seu pai, o Arq. Pinto de Sousa (já falecido) e onde mantive uma amizade sólida com o Zé, até porque ele era na altura o presidente da concelhia do PS covilhanense, e eu embora nunca tivesse sido filiado nesse partido sempre fui seu simpatizante.
Cheguei mesmo a integrar uma lista do PS a umas eleições autárquicas, por expressa vontade dele e eu só aceitei com a condição de ir num lugar não elegível, pois as minhas actividades profissionais não me permitiam ser vereador da Câmara, e portanto a isso se resume no campo político a minha afinidade com José Sócrates.
Mais tarde, quando os dois deputados socialistas do distrito de Castelo Branco eram António Guterres e José Sócrates, este pediu-me para ambos visitarem a empresa têxtil familiar onde eu trabalhava, no âmbito de outras visitas a empresas similares para apresentarem uma moção no Parlamento; claro que essa visita teria que ter o consentimento de meu Pai o que não era fácil, pois ele não comungava de forma alguma com os pensamentos socialistas e Sócrates, sabendo disso veio junto a mim, pois sabia que se fosse directamente falar com meu Pai, o "não" era certo.
Curiosamente, o meu Pai acedeu, com duas condições: eu é que os receberia e lhes mostraria as instalações e lhes deixaria dialogar com os trabalhadores, mas ele (meu Pai) queria no final da visita ter uma “conversa” com eles, pois lhes quereria dizer umas “coisas”.
A visita fez-se e afinal a conversa final foi uma agradável conversa sobre os problemas têxteis
entre mim, o meu Pai e...dois futuros primeiros ministros de Portugal.
Portanto eu olhei para estes acontecimentos desta semana com um olhar objectivo, mas também necessariamente com um olhar de um amigo que vê outro a viver um momento muito difícil, e ninguém me poderá condenar por isso.
Mas, e objectivamente, eu considero José Sócrates um dos raros políticos “a sério” que o nosso país teve após o 25 de Abril.
Quando exerceu as funções de Primeiro Ministro, teve um primeiro mandato mesmo brilhante, e se no segundo esteve menos bem, grande parte disso se deve ao eclodir de uma gravíssima crise europeia para a qual nem o país nem ele estavam preparados.
Houve decisões dele controversas, algumas mesmo contra as quais estive, mas no cômputo geral foi sempre um político convicto, com carisma e incansável.
Continuamos a não saber se o tão falado, na altura, PAC IV, o qual tinha desde logo. a aprovação da UE, não poderia ter dado resultado.
Mas já na altura Sócrates era mal visto e mesmo odiado por muita gente, e foi fácil, a oposição em peso (com PCP e BE) derrubar o seu governo e claro que ele só tinha uma coisa a fazer- demitir-se e demitir-se do PS para permitir aos seus oponentes fora e dentro do partido que fizessem melhor que ele.
Quanto a mim, essa demissão, do Governo, pecou por tardia, pois quando da tomada de posse do actual PR, o silva de Belém, este individuo usou o seu discurso na AR para arrasar o Primeiro Ministro em termos tão graves que duvido alguma outra vez possa acontecer algo de parecido entre órgãos institucionais, que Sócrates se deveria ter demitido de imediato.
O que aconteceu depois toda a gente sabe, um governo da direita coligada conduziu o país a uma inqualificável situação social e sempre justificando os pesadíssimos encargos impostos ao povo português com o chavão da “herança do passado”.
Sócrates desligou-se da política e foi viver para Paris.
Desligou-se mas e por via de terceiros, nomeadamente certa imprensa (duvido que os pasquins CM e Sol possam ser considerados imprensa...), continuou sempre a ser referido e pelas piores razões. Daquilo em que esteve eventualmente implicado, sempre foi considerado inocente e claro que eu não posso afirmar com toda a certeza de que neste caso, e que é note-se, recente, e não dos tempos dele como político activo, que seja inocente ou não,
Mas até ser condenado, e por Lei ele é inocente!
Muita coisa se disse sobre variadas situações e de uma coisa apenas eu estou certo porque sei-o de fonte segura: a sua mãe sempre foi uma pessoa de avultadas posses e após a separação dos pais, ele ficou ainda mais ligado à mãe, do que antes...
Do episódio da sua detenção com câmaras “convidadas” a testemunhar o facto e com notícias imediatas dos pasquins acima referidos que só podem ter origem em fugas de informação oriundas da própria PGR (embora o inquérito agora iniciado acabe por arquivar o caso...), ninguém pode duvidar que se pretendeu desde o início o achincalhamento público do ex-Primeiro Ministro.
Sobre o “acaso” temporal dos factos só questiono porque eles não aconteceram antes ou depois, mas sim quando decorria a eleição do novo Secretário Geral e logo a seguir ao caso dos Vistos Dourados? Claro que perante umas sondagens que semana a semana davam o PS cada vez mais perto da maioria absoluta, estas “coincidências” são muito suspeitas.
E é ver nas redes sociais e não só (o “insuspeito” comentador MRS da TVI também) a dar como aniquilada toda a estratégia socialista e já embandeiram em arco com uma eventual reeleição de Passos Coelho.
Será que essa gente pensa que o povo português é estúpido ou masoquista????
Para já António Costa reagiu com um bom comunicado, aos acontecimentos e o próprio Sócrates numa primeira reacção após a sua detenção, sem negar que tudo isto é um caso político, aconselha os socialistas, para seu próprio bem (de Sócrates) e do partido a não confundirem as questões.
Mas os amigos não se podem esquecer, como eu referi no início e Sócrates terá sempre um lugar de destaque nos dirigentes que lideraram o PS.
José Sócrates é um animal político, que nunca desiste, nunca mesmo e se de alguma coisa estou certo é que não será fácil deitá-lo abaixo.
Nunca um político no nosso país foi tão odiado e vilipendiado, e se nalguns casos alguém possa ter razão, na grande maioria nunca chego a entender o porquê de tanto ódio – pode-se gostar mais ou menos, mas odiar?. Odiar é algo de muito feio...
Uma palavra final para duas personalidades ligadas directamente a este caso.
A primeira é o original advogado de Sócrates, João Araújo
desconhecido até então, aparece referenciado como um óptimo advogado e especialista nas matérias em análise; além disso é uma personagem desconcertante (no bom sentido) na forma como encara a comunicação social, nunca sendo mal educado, mas dizendo o mínimo, como deve ser...
A outra é o super juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, Carlos Alexandre
Um homem a quem é atribuído tudo o que de importante actualmente ocorre na Justiça portuguesa e gostaria de salientar a curiosidade de que todos os casos por ele iniciados conduziram à inocência dos presumíveis condenados.
Por outro lado é muito, mas mesmo muito estranho, que hoje mesmo, e com um “exército” de 200 homens este juiz tenha “invadido” os mais variados locais relacionados com o caso BES – bem mais importante que o caso Sócrates, porque lesou muita e muita gente – incluindo a casa de Ricardo Salgado, à procura de quê? De documentos? Onde eles já vão...
Não, os documentos só são importantes no caso de Sócrates e vamos lá detê-lo ao aeroporto e vamos lá pô-lo em prisão preventivo pois caso contrário ainda vai destruir mais documentos...
Enfim, uma imensa nojeira!!!!
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
ALELUIA!!!!
Hoje, 21 de Novembro, no calendário ortodoxo é o dia de S.Miguel, e na Sérvia cada família tem um santo padroeiro, que é festejado com tanta importância como o Natal ou o dia de Acção de Graças nos EUA.
Ora S.Miguel é o padroeiro da família do Déjan e ele não o pode festejar em família porque está em Stuttgart, na Alemanha, a tratar da sua vida.
Mas, este seu dia afinal vai ser muito festejado no seio da família amiga que o acolhe (amigos sérvios desde há muitos anos) e por uma razão muito especial – o Déjan conseguiu um contrato, num belíssimo hospital – o St. Martinus Hospital
– a ter início em 1 de Janeiro de 2015!!!
Vai viver numa pequena cidade do noroeste da Alemanha, Olpe
apenas com 27.000 habitantes mas perto de muitas cidades importantes, por exemplo, Colónia fica apenas a 60 kms...
Irá arrendar um apartamento que o hospital lhe disponibilizará a preços especiais e vai ganhar um excelente salário – 2.500 euros mensais.
Já tinha ido a uma primeira entrevista a este hospital no princípio do mês e agora foi convidado a passar lá três dias, de quarta a hoje e ele gostou muito do ambiente e das pessoas.
Gostou ele e parece que as pessoas também gostaram, pois hoje no final dos três dias teve uma nova entrevista em que o convidaram para trabalhar com eles, convite naturalmente aceite.
É o fim de uma enorme luta do Déjan, primeiro num curso muito exigente tirado na Universidade de Belgrado (para ser reconhecido como capaz para trabalhar na Alemanha sem qualquer estudo suplementar), com um ano e meio de estágio em diversas clínicas e hospitais em Belgrado, versando as mais variadas especialidades, e ao mesmo tempo estudando no Goethe Institut a língua alemã até ao mais elevado grau, pois para trabalhar naquele país era necessário um exame muito difícil que ele fez já na Alemanha.
Depois foi toda a burocracia para ir trabalhar na Alemanha, todos os muitos documentos necessários que obteve em Belgrado, traduzidos e entregues na embaixada,
E finalmente o processo da obtenção da permissão de trabalho, que teve de ser específica, isto é, para exercer medicina, tendo feito um exame no qual obteve aprovação e do qual já tem o documento em mão; apenas espera agora o documento genérico, que já pagou antecipadamente e que é um mero pro-forma. Deve recebê-lo dentro de uma semana.
E eis que estamos ambos muito felizes.
Pelo que representa este facto para ambos – finalmente e ao fim de 13 meses sem nos encontrarmos, temos uma data para o nosso mais que ansiado reencontro – será perto de 20 de Janeiro, quando ele já estiver instalado.
Ainda nem sei qual é o aeroporto mais perto, talvez Colónia...
É uma vida nova e diferente que se abre para ambos.
Vamos reencontrar-nos mais vezes e em mais sítios e... muito mais económico para mim, o que é um facto muito importante.
Curioso que 21 de Novembro é por mim recordado como uma data tristemente célebre para mim, já que nesta data, em 1973 se deu um acontecimento que eu relato no meu livro e que reporto como o dia mais triste que passei em África
. Agora vou começar a olhar para este dia com outros olhos...
domingo, 16 de novembro de 2014
Mestre Leonardo
Li recentemente este livro de Mário Cláudio, baseado na vida de Leonardo da Vinci. Tendo descoberto há dias este maravilhoso vídeo sobre a obra do Mestre, um homem que foi muito mais que um sublime pintor, sendo um exemplo de um ecletismo fabuloso em variadas matérias, aqui fica a minha homenagem
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Herr Doktor Drazen Prostran
A nossa vida (minha e do Déjan) não tem sido nada fácil nos últimos tempos.
A última vez que estivemos juntos foi em Outubro do ano passado, portanto há mais de um ano.
E não é por falta de vontade, antes pelo contrário, mas sim devido à vida conturbada que o Déjan tem tido, desde que acabou o curso.
Após ter concluído o curso, seguiu-se um normal período de estágio (não remunerado), com as valências normais, das diferentes especialidades e também de estadia mais prolongada quer nas urgências de um hospital, quer num centro de saúde.
Tudo isso foi feito em Belgrado, e foi durante esse período que ele obteve duas semanas de férias e veio cá a Portugal.
Eu poderia ter depois ido a Belgrado, mas entretanto, o pai dele que vive sozinho em Zadar (Croácia), veio passar com ele uma larga temporada a Belgrado, de Janeiro até ao Verão, o que impossibilitou a minha ida, porque não havia possibilidade de compartilhar o apartamento dele pois ele não é assumido perante a família.
Por outro lado e sabedor de que após a conclusão do curso e respectivo estágio, as possibilidade de emprego na Sérvia eram poucas e más (salário como médico, a rondar os 700 euros), o Déjan começou ainda como estudante a frequentar o Goethe Institut em Belgrado, para aprender alemão, já que a Alemanha é um dos dois únicos países a reconhecer o curso de medicina da Faculdade de Medicina de Belgrado como válido para exercer a medicina lá (o outro país é a Noruega).
Claro que esses estudos de alemão demoraram bastante tempo pois ia subindo de escalão,porque para poder trabalhar na Alemanha tinha que ter aprovação no escalão máximo, que é muito mais do que simplesmente saber falar a língua.
Teve pois que fazer um exame final para obter esse diploma e poderia fazê-lo no próprio Goethe Institut em Belgrado ou numa cidade alemã.
Tendo desde há muitos anos uma grande amizade com uma família oriunda, como ele, de Zadar e estabelecida há muitos anos em Stuttgart, ele optou e muito bem por ir no Verão para lá e fazer um pequeno curso exactamente para esse exame, e passou, pelo que o principal passo estava dado.
Agora precisava de resolver todas as muito complicadas questões burocráticas necessárias para trabalhar na Alemanha, estando de volta a Belgrado, pois a todo o momento era preciso mais isto ou aquilo.
Claro que eu não podia deslocar-me lá, porque a qualquer momento ele poderia ter que ir à Alemanha...
Enquanto aguardava a permissão de trabalho na Alemanha foi enviando o seu CV para variadas clínicas e recebeu resposta de várias, e três delas marcaram-lhe entrevistas.
Uma primeira em Kleve
e cuja especialidade é neurologia, uma das preferidas do Déjan, a qual correu lindamente, tendo sido convidado a dormir lá e passar perto do dia seguinte a conhecer melhor a clínica; gostaram verdadeiramente dele, mas havia um óbice – ele ainda não tinha a permissão de trabalho, a geral, pois a da especialidade seria depois pedida pela própria clínica.
Devido à demora em obter essa permissão foi informar-se e soube que por ele ser sérvio, ou seja extra-comunitário, havia prioridade para os países da UE e com a recente entrada de diversos países – Bulgária, Roménia, e ainda mais recentemente a Croácia, era um óbice.
Claro que o Déjan também é croata, mas como a universidade que os alemães reconhecem como compatível é a de Belgrado, ele teve que mostrar o passaporte sérvio.
Entretanto uma segunda entrevista, agora em Olpe
A última vez que estivemos juntos foi em Outubro do ano passado, portanto há mais de um ano.
E não é por falta de vontade, antes pelo contrário, mas sim devido à vida conturbada que o Déjan tem tido, desde que acabou o curso.
Após ter concluído o curso, seguiu-se um normal período de estágio (não remunerado), com as valências normais, das diferentes especialidades e também de estadia mais prolongada quer nas urgências de um hospital, quer num centro de saúde.
Tudo isso foi feito em Belgrado, e foi durante esse período que ele obteve duas semanas de férias e veio cá a Portugal.
Eu poderia ter depois ido a Belgrado, mas entretanto, o pai dele que vive sozinho em Zadar (Croácia), veio passar com ele uma larga temporada a Belgrado, de Janeiro até ao Verão, o que impossibilitou a minha ida, porque não havia possibilidade de compartilhar o apartamento dele pois ele não é assumido perante a família.
Por outro lado e sabedor de que após a conclusão do curso e respectivo estágio, as possibilidade de emprego na Sérvia eram poucas e más (salário como médico, a rondar os 700 euros), o Déjan começou ainda como estudante a frequentar o Goethe Institut em Belgrado, para aprender alemão, já que a Alemanha é um dos dois únicos países a reconhecer o curso de medicina da Faculdade de Medicina de Belgrado como válido para exercer a medicina lá (o outro país é a Noruega).
Claro que esses estudos de alemão demoraram bastante tempo pois ia subindo de escalão,porque para poder trabalhar na Alemanha tinha que ter aprovação no escalão máximo, que é muito mais do que simplesmente saber falar a língua.
Teve pois que fazer um exame final para obter esse diploma e poderia fazê-lo no próprio Goethe Institut em Belgrado ou numa cidade alemã.
Tendo desde há muitos anos uma grande amizade com uma família oriunda, como ele, de Zadar e estabelecida há muitos anos em Stuttgart, ele optou e muito bem por ir no Verão para lá e fazer um pequeno curso exactamente para esse exame, e passou, pelo que o principal passo estava dado.
Agora precisava de resolver todas as muito complicadas questões burocráticas necessárias para trabalhar na Alemanha, estando de volta a Belgrado, pois a todo o momento era preciso mais isto ou aquilo.
Claro que eu não podia deslocar-me lá, porque a qualquer momento ele poderia ter que ir à Alemanha...
Enquanto aguardava a permissão de trabalho na Alemanha foi enviando o seu CV para variadas clínicas e recebeu resposta de várias, e três delas marcaram-lhe entrevistas.
Uma primeira em Kleve
bem perto da fronteira com a Holanda
e cuja especialidade é neurologia, uma das preferidas do Déjan, a qual correu lindamente, tendo sido convidado a dormir lá e passar perto do dia seguinte a conhecer melhor a clínica; gostaram verdadeiramente dele, mas havia um óbice – ele ainda não tinha a permissão de trabalho, a geral, pois a da especialidade seria depois pedida pela própria clínica.
Devido à demora em obter essa permissão foi informar-se e soube que por ele ser sérvio, ou seja extra-comunitário, havia prioridade para os países da UE e com a recente entrada de diversos países – Bulgária, Roménia, e ainda mais recentemente a Croácia, era um óbice.
Claro que o Déjan também é croata, mas como a universidade que os alemães reconhecem como compatível é a de Belgrado, ele teve que mostrar o passaporte sérvio.
Entretanto uma segunda entrevista, agora em Olpe
em plena zona industrial alemã
e numa clínica de psiquiatria – aqui ainda gostaram mais dele e prometeram dar novidades em breve.
Mais recentemente foi a uma terceira entrevista, nos arredores de Colónia
perto da Feira
cuja especialidade é cirurgia
e também correu muito bem.
Todavia, houve uma mudança de atitude nos serviços alemães e telefonaram-lhe informando-o de que para obter a dita permissão de trabalho no país era necessário obter primeiro a permissão para exercer medicina, e que a outra mais geral (que obviamente deixa de ser importante, pois a ele só lhe interessa trabalhar como médico) seria dada simultâneamente.
Para esse efeito marcaram-lhe um exame para ontem, dando-lhe assim um período mínimo de preparação.
Foi fazer o exame com algum receio pois sabia ser um exame muito exigente e esse exame decorria em três partes: numa primeira, um “paciente” era atendido por ele, e o Déjan precisava de fazer o diagnóstico e prescrever a terapia necessária.
Depois foi para uma sala onde teve que escrever tudo, sobre o que o levou ao diagnóstico e o porquê da terapia indicada.
Tudo isso correu muito bem.
Havia depois uma terceira parte, que constava de um interrogatório sobre diferentes áreas médicas, feito por duas pessoas e que foi extremamente difícil, exigindo-lhe mesmo nalgumas questões que ele tinha conhecimento médico, a sua nomenclatura em alemão (claro que todo o exame foi em alemão), e aí, nessa terceira parte o Déjan fraquejou um pouco, o que o fez ficar com medo do resultado, que só soube hoje e que felizmente foi a aprovação.
Está assim vencido o último e mais importante passo para ele trabalhar como médico, na Alemanha.
Curiosamente, ontem mesmo, recebeu um mail da clínica de Olpe a perguntar se já tinha a permissão de trabalho e em caso afirmativo que gostariam de o ter lá durante três dias, com tudo pago, o que é um excelente indício.
Mas também hoje informou as outras duas clínicas de que já possuía a permissão e vai continuar a enviar CV, até estar definitivamente a trabalhar.
Estou convencido, agora, que até final do ano, ele estará a trabalhar e a ganhar finalmente dinheiro, e que não é pouco – cerca de 2500 euros mensais.
Se assim for, está cada vez mais perto o nosso reencontro que ambos esperamos ansiosamente, e que será na Alemanha, com voos mais frequentes e mais baratos.
E depois poderemos encontrar-nos em diversos sítios da Europa por períodos curtos, mas aproveitando promoções, por exemplo.
Hoje é um dia muito feliz para o Déjan, mas felicíssimo principalmente para nós dois.
VOLIM TE, Dejan
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
James Childs
James Childs é um pintor americano nascido em 1947 e do qual não consegui grande informação na net, infelizmente.
Desde que se mudou para Nova York, em 1987, sustentava-se principalmente através de retratos sociais pintados num estilo clássico; pintou alguns dos homens mais poderosos e algumas das mulheres mais elegantes da época.
James Childs não pretende ser nem académico, nem impressionista, mas usar essas influências para reanimar o ponto de vista clássico tal como foi definido no século V A.C., em Atenas.
Duma forma geral, toda a obra deste pintor pode ser descrita como um híbrido moderno do idealismo grego clássico, com influências do século XV italiano e dos grandes mestres académicos franceses do século XIX.
A sua cor é inspirada pela sua relação pessoal com a Natureza, e as cores impressionistas quer de Boston quer da escola francesa.
Desde que se mudou para Nova York, em 1987, sustentava-se principalmente através de retratos sociais pintados num estilo clássico; pintou alguns dos homens mais poderosos e algumas das mulheres mais elegantes da época.
Ele descreve os seus retratos como uma mistura de drama de Sargent, do refinamento de Ingres, com uma pitada do glamour clássico de Hollywood.
Tem passado grande parte da sua vida no ensino e os seus retratos podem pertencer a grandes colecções privadas ou também marcarem presença em museus ou castelos.
Um dos seus murais é uma instalação permanente no Museu Nacional da História Americana em Washington D.C.
Sendo um grande admirador da obra do pintor inglês Sir Frederic Leighton, passou algum tempo em Londres aprofundando a arte deste seu ídolo.
A sua homenagem à cultura e ao desporto grego está patente num friso de 5 metros, que apresentou durante os JO de Atenas, em 2004.
domingo, 2 de novembro de 2014
92 Anos!!!
Hoje comemora-se o 92º.aniversário da minha Mãe.
E como sempre de há alguns anos a esta parte tenho sempre passado este dia com ela.
Foi um almoço em família, com toda a gente bem disposta e é visível como a minha Mãe está muito bem físicamente.
Mas também tem a cabeça completamente em ordem e surpreende-nos com as suas tiradas opotunas e bem humoradas.
Não sei quantos anos viverá mais, mas se for com esta "qualidade de vida" que sejam vários - vamos contando, um a um...
Para o ano, se o destino quiser, serão 93.
Publicada por
João Roque
à(s)
17:53
32 comentários:
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quarta-feira, 22 de outubro de 2014
LER!!!!!!!!!!!
De há uns tempos a esta data recomecei um hábito que desenvolvi na minha juventude e que interrompi estupidamente durante anos anos a fio – ler!
Em boa hora o fiz e os problemas que isto me acarreta neste momento são dois: conseguir ler tudo o que tenho em casa, antes de morrer, e onde colocar tanto livro.
Entretanto, tenho um perfil num site deveras interessante – o Goodreads, onde se fala, se escreve e actualizamos as nossas leituras.
Um dos desafios a que acedi já no ano anterior e neste também é o chamado “"Your Challange Books”, para cada ano; o ano passado estabeleci um ambicioso patamar de ler uma média de um livro por semana (52 livros) e que cumpri com 2 ou 3 livros a mais.
Neste ano mantive o mesmo objectivo e faltando ainda mais de dois meses para o final do ano, ele já foi superado, pois já li este ano 55 livros ( https://www.goodreads.com/user_challenges/1126769).
Quero destacar aqui alguns factos curiosos: destes 55 livros, 36 foram escritos em português, sendo 31 de autores portugueses (mais de 50% do total) e 5 de escritores brasileiros.
O autor mais lido foi Allan Massie (4 livros)
seguido de Fernando Caio Abreu (3 livros)
e três autores portugueses com dois títulos cada: Ana Cristina Silva, José Régio e Mário Cláudio.
Quase todos os livros lidos são de ficção, sendo os relacionados com a História, uma fatia importante. Li 5 livros de fotografia, vários sobre a guerra colonial, um deles da minha autoria
um de banda desenhada e infelizmente apenas um de poesia e um ensaio.
Em boa hora o fiz e os problemas que isto me acarreta neste momento são dois: conseguir ler tudo o que tenho em casa, antes de morrer, e onde colocar tanto livro.
Entretanto, tenho um perfil num site deveras interessante – o Goodreads, onde se fala, se escreve e actualizamos as nossas leituras.
Um dos desafios a que acedi já no ano anterior e neste também é o chamado “"Your Challange Books”, para cada ano; o ano passado estabeleci um ambicioso patamar de ler uma média de um livro por semana (52 livros) e que cumpri com 2 ou 3 livros a mais.
Neste ano mantive o mesmo objectivo e faltando ainda mais de dois meses para o final do ano, ele já foi superado, pois já li este ano 55 livros ( https://www.goodreads.com/user_challenges/1126769).
Quero destacar aqui alguns factos curiosos: destes 55 livros, 36 foram escritos em português, sendo 31 de autores portugueses (mais de 50% do total) e 5 de escritores brasileiros.
O autor mais lido foi Allan Massie (4 livros)
seguido de Fernando Caio Abreu (3 livros)
e três autores portugueses com dois títulos cada: Ana Cristina Silva, José Régio e Mário Cláudio.
Quase todos os livros lidos são de ficção, sendo os relacionados com a História, uma fatia importante. Li 5 livros de fotografia, vários sobre a guerra colonial, um deles da minha autoria
um de banda desenhada e infelizmente apenas um de poesia e um ensaio.
Destaque ainda para os livros editados
pela Index, dos quais li três além do meu, sendo um dos dois
editores (João Máximo e Luís Chainho) e outro da Margarida Leitão.
Quanto à qualidade, exceptuando um
livro deplorável
a média foi excelente, tendo atribuído por 8
vezes a nota máxima – 5 ***** , e permito-me destacar um livro
como o melhor do ano e talvez o melhor de há muitos anos, de um
jovem e promissor escritor português, Norberto Morais - “O Pecado
de Porto Negro”
São estes os restantes livros que
obtiveram as 5 *****
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