No site PNETliteratura, e pela pena do seu colaborador Luís Caramelo, foi publicado no passado dia 29/10/2008, um texto intitulado “Os limões, o infinito e a intimidade”, sobre um blog que sigo atentamente e que considero um dos melhores da blogosfera que conheço. Ao Luís Galego, seu autor e meu prezado Amigo, os meus parabéns por tão merecidas palavras.
Transcrevo o texto, para que todos aqueles que ainda não conheçam este blog o vão conhecer e deliciar-se com os textos nele inseridos; uma palavra para a “interminável” e imprescindível coluna da direita deste blog, só por si, razão mais que suficiente para se consultar o blog
“Infinito pessoal”, pois não é só um blog para ler, é também toda uma agenda cultural para consulta.
Abraço, Luís!
Abraço, Luís!
“Os nomes são como os limões: iluminam a árvore sem nela se diluírem. Talvez por isso mesmo, “Infinito pessoal” seja o nome de um blogue que faz parar o leitor mais incauto, do mesmo modo que o olhar suspende o seu vaivém diante do limoeiro que interrompe um muro branco (e, aparentemente, sem fim). A autoria do blogue é de Luís Galego e a sequência é particularmente variada. No último post, a confissão domina a abertura – “Os livros são a minha riqueza e a minha ruína, o meu vício, o meu património. Os livros interrompem, importunam, reivindicam, ainda que estejam escondidos nas trevas da estante”. Abertura que, depois, incide cirurgicamente em Os Nus e os Mortos (The Naked and the Dead) de Norman Mailer: o livro de cabeceira deste meados de Outubro. No dia 30 de Setembro, Luís Galego publica um interessante texto de cariz memorialista, escrito em Nova Iorque. O tom é pessoal, dando corpo àquilo que os blogues têm de melhor, isto é, a enunciação pessoalista ou a extroversão da primeira pessoa que, quase involuntariamente, se ficcionaliza: “Voo para Lisboa expectante mas ainda com tempo para que uma das relíquias do litoral alentejano, a Zambujeira do Mar, sirva de intermezzo, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e a Costa Vicentina me abracem, a leitura de universos ficcionais ou semi-ficcionais me aconchegue a alma, a labiríntica fruição de sol, mar, livros e música me restabeleça, bóias de me aguentar (expressão roubada a Lobo Antunes de uma bela e incontornável obra), tudo concorrendo numa espécie de antecâmara para novos torneios”. Território de desafios e de sucessiva poda da grande árvore que nos acena (desde logo a partir da excelente foto retirada de Wonders of our great metropolis, sky-scrapers and Great Bridge from Brooklyn, New York City, 1900-1910 de William Herman Rau). Aliás, a pessoalidade da escrita em rede ressurge, noutro post, como que elogiada por Luís Galego ao referir-se ao vício que sente pelas “palavras escritas e embrulhadas da Maria Quintans”. Ao desenvolver as teias desse vício de leitura e partilha, o autor de “Infinito Pessoal” escreve: “A internet tem destas coisas e a blogosfera também nos surpreende pela positiva. Foi no seu blogue que li uma escrita intimista que não cabe na limitação de amarras formais”. Fora de amarras, sem âncoras e com uma sequência a denotar óbvia paixão pelo texto literário, este blogue merece redobrado olhar. Como se um limoeiro levantasse voo e pousasse de novo na felicidade que lhe deu o nome: tão pessoal quanto infinito (alegoricamente)”
Concordo plenamente! É um blog excepcional! Os meus sinceros parabéns :)
ResponderEliminarBeijinhos
Martinha
ResponderEliminare se o Luís os merece...
Beijinhos.
Certo dia, deparei com um comentário bastante generoso num dos meus interlúdios. "Escrita de primeira água" assinado Luís Galego. Corri ao espaço do blogger em questão e deparei-me com uma das escritas mais requintadas da blogosfera... um luxo para quem circula na net.
ResponderEliminarBeijocas querido Pinguim
Assim é Blue
ResponderEliminare não há duas opiniões...
Beijinhos.
Homenagens das homengens, o Nosso galaico é hoje revelado às correntes dos olhos críticos. Deslumbre_se (a Ele) o Mundo!
ResponderEliminarObrigado Pinguim! Foi sem dúvida o melhor prémio, merecido (esta 88 de haydn é colossal
E aplauso a Ti, Luís!)(contudo apenas palavras - ácidas, com a doçura dos limões!)
Caro Ophiu
ResponderEliminaruma grande música para um GRANDE blog!!!
Abraço amigo.
belo destaque, inteiramente merecido, porque o infinito-pessoal do LG é fantástico, o epítome do que para mim faz sentido nisto dos blogs.
ResponderEliminare parabéns a nós, que já o conhecemos e desfrutamos há tanto tempo, e ainda por cima temos o privilégio de sermos amigos do Luís.
abração, meu caro, e obrigado por nos teres dado esta notícia.
Pois é Miguel
ResponderEliminareu não quis sequer referir esse lado mais pessoal e intimista que tenho com o Luís, pois interessava-me mais realçar o carácter excepcional dos seus textos bloguistícos, tão bem expresso neste precioso comentário de Luís Caramelo, no PNETliteratura; mas além disso, é um privilégio conhecer e conviver com o Luís, a sua mulher L. e o seu "puto" João...
Tenho tido com ele, e com a amiga comum Jasmim, uns agradáveis almoços, que temos que reatar e que ele bem ao seu geito denominou os almoços das "alegres comadres de Windsor"...sempre a literatura a imperar!
Abraço amigo.
apesar de não me surpreender absolutamente nada com o destaque já que é um blogue de referência, agrada-me imenso ver aqui a tua chamada de atenção. além disso, o Luís merece!
ResponderEliminarabraço
.________querido Pinguim
ResponderEliminaragradeço a partilha_____e vou de caminho para o "Infinito pessoal"
beijO________ternO
bFsemana
Paulo
ResponderEliminarclaro que para ti e para mim, assim como para tantos seguidores do Luís, esta referência, além de não surpreender, justifica-se inteiramente.
Mas há pessoas que não conhecem o blog e assim poderão vir a estar interessadas; o caso da Betty é o melhor exemplo.
Abração.
Querida Betty
ResponderEliminarsabendo que és tudo menos indiferente à beleza das palavras e à harmonia delas com fotos e músicas, estou certo que cais adorar o blog;´só por essa tua "corrida", já valeu a pena este post.
Beijinhos.
Amém, meu amigo!
ResponderEliminarEstá tudo dito, apenas confirmo que apesar de eu lá comentar pouco, não perco nada.
Abraço!
Gostei e vou visitar mais vezes. Estou a pensar ir a terras mouras depois do Carnaval para o meu internacional conhecer a capital. Assim que tiver planos concretos digo-te XD Um abraço, agora vou coscuvilhar o que tens tu escrito por aqui… ;)
ResponderEliminarNão sigo o blog, mas parece ser interessante e bastante giro :D
ResponderEliminarUm beijinho *
Sócrates
ResponderEliminaro importane é ler, não o comentar, a não ser que se acrescente algo ao escrito e neste caso, não é necessário.
Abração.
Olá "Psi"
ResponderEliminarpois espero nessa altura dar-vos a ambos um abraço.
Quanto ao "Infinito pessoal" admirar-me-ia que não tivesses gostado.
Abraço amigo.
Sandrinha
ResponderEliminargiro, não diria, pois não comporta as vertentes cómicas ou demasiado apelativas; mas interessante, é e muito, diria mais, não faz nenhuma falta o "giro"...
Beijinho.
Querido Pinguim,
ResponderEliminarJá por cá tinha passado hoje, mas não tendo tempo para comentar, comento agora: vou visitar esses dois blogues com muita vontade. O teu texto está também excelente. Um abraço.
Também gosto muito do infinitopessoal Gostei do teu gesto.
ResponderEliminarUm bj
Meu querido Pinguim
ResponderEliminarMuito obrigado pelas palavras e por tudo. Acredita que tens sido uma excelente fonte inspiradora para o meu cantinho. Obrigado, mesmo!!!
Popelina
ResponderEliminarsó um é blog, o "Infinito pessoal" que vivamente te recomendo.
O outro é um excelente site, com diversos colaboradores que através da net falam da literatura e de tudo o que à volta gira.
Beijinhos.
Violeta
ResponderEliminarquem não gosta???
O meu gesto, embora seja também de amizade, é mais de partilha de um excelente blog, para quem não conhece.
Beijinhos.
Meu querido Luís
ResponderEliminarés o único a quem não recomendo a leitura do "Infinito pessoal", por motivos óbvios...
Um abraço do tamanho do mundo.
É um excelente blogue, sim senhor. Já o conhecia e passo por lá regularmente.
ResponderEliminarMas obrigado por teres chamado a atenção para ele.
Paulo
ResponderEliminarfoi um dos meus blogs citados no Prémio Dardos; por alguma razão seria...
Abraço.
Reformulo: (...) Por teres chamado novamente a atenção para ele, desta vez com grande destaque.
ResponderEliminarCaro Paulo
ResponderEliminaro "reformulo", fez-me recordar o "Recalcular" do GPS...eheheh
Abração.
Estava para não comentar o post, mas a imagem como que me convidou a fazê-lo.
ResponderEliminarPossui uma face que, parece, reconheço na Alice, minha amiga, que foi, de longuíssima data (fiz por esquecer estas datas).
Uma mulher franzina, seca, algo dada a enxaquecas, o que lhe colocava olheiras, sempre preocupantes, que nem as pinturas conseguiriam disfarçar, se ela consentisse em usá-las (ela recusava-se a usar qualquer coisa que não fosse a sua própria pessoa, como gostava de afirmar); parecia estar eternamente com frio, ainda que no dia mais quente do ano (mesmo nestes dias tinha sempre algo de longas mangas que enlaçava bem em torno dela, como que para afastar o frio que viria meses mais tarde, no Inverno).
Era certo e sabido (não valia a pena apostar) que nos encontraria nesta postura, de enfriorada, com as mãos em torno do peito, nem sei se de frio se numa tentativa de proteger-se contra o que a vitimou.
Não serviu de nada e deixou-me cheio de saudade!
Manel
ResponderEliminarembora gostando muito desta imagem, ela foi postada no "Infinito Pessoal"; mas realmente é poderosa a tua descrição da tua amiga Alice, cujos traços reencontras aqui, e que apesar de todos os "senões" te deixaram pleno de saudades.
Abraço.