“ Estes dois homens são o mesmo homem. O da esquerda tem um piercing no mamilo esquerdo, o outro no mamilo direito. É o pudico e o impudico. O impudico força o outro a reagir. Pus o impudico a puxar a argola com a mão direita, que é mão de acção, ao passo que a esquerda é a mão da reflexão, da interioridade. O atrevido sabe exactamente o que está a fazer e está a puxar pelo lado esquerdo do outro, o lado emocional que estaria bloqueado. O atrevido tem o piercing do lado direito, o que nos diz que a transgressão deste é uma coisa consciente. Pus os “Y” por detrás por ser uma letra que não é vogal nem consoante e é um símbolo andrógino. No fundo há um papel de parede roubado à renascença mas que parece uma parede de uma pensão barata. As pessoas que não possuem referências de história de arte vêem apenas um quadro gay. Quando dizem isso, eu aceito porque também pode ser.”
Este é um excerto da entrevista dada pelo pintor Barahona Possollo á revista “Time Out” do passado dia 10 do corrente, e a propósito da tela que aqui se reproduz. Esta tela faz parte de uma exposição deste pintor,
Estive com o Carlos Pedro no dia da inauguração. Esta não é das suas melhores (mais homogéneas e impressionantes) mostras, mas tem algumas peças bastante interessantes. É um pintor de excepção!(e uma óptima pessoa)
ResponderEliminarCaro Ez
ResponderEliminareu gosto muito da pintura dele; e a explicação dada para esta tela é muito interessante.
Abraço amigo.
conheci o nome do BP aqui há uns tempos, porque ele fez uma capa que me chamou a atenção, para a edição da Bico de Pena do livro Teleny, do Oscar Wilde. na altura pesquisei na net, que não tinha muita coisa, mas deu para ficar a conhecer algum trabalho. entretanto tenho ideia de ver também uma reportagem sobre esta exposição num jornal ou revista.
ResponderEliminardo pouco que conheço gosto muito, gosto da mistura entre a mitologia e a história, por um lado, e um certo aspecto homo-erótico.
sabes até quando é que a exposição vai estar aberta?
abração, meu caro
ps: estás quase de partida, não é? onde vai ser o encontro desta vez?
Descoberta! Obrigado Pinguim! Já estive a pesquisar, fui ao site dele...e...adorei!!! Adoro o fauno com a abóbora!
ResponderEliminarJá agora...ele é gay?
Abraço!
Miguel
ResponderEliminarEu não sou um "expert" da vida e obra dele, mas do que conheço, parece que a sua actividade artística se desenvolve em variadas vertentes; conheço perfeitamente essa capa de que falas, é muito bela; sabias que também há selos com pinturas dele?
A exposição está aberta até 29 do corrente mês e a entrada é gratuita...
Sim, faltam 3 dias, mas falarei disso no próximo post.
Abraço amigo.
A...
ResponderEliminarvai ver a exposição, que pode não ser a melhor dele - a opinião do Ez é abalizada, pois sabe do que fala - mas é muito interessante.
Sobre o que me perguntas, não vem nos links e nas suas biografias, mas pelo que é dado a ver na sua obra, o que achas? Eu penso que será, mas não o posso afirmar, claro.
Abraço amigo.
Praticamente um quadro com legenda, hehehe
ResponderEliminarAdorei.
E achei muito interessante o trabalho do pintor.
Pinguim, penso que sim (só o fauno lindo diz tudo) mas também não interessa! Sim, vou ter de descobrir como se vai para esse museu!
ResponderEliminarAbraço!
PS: a minha fixação pelos faunos tem uma explicação...lol
Vou passar por lá, depois digo-te. Beijos.
ResponderEliminar... e linda, a música do dia, Nick cave.
ResponderEliminarVamos ver. Penso que este ano poderei ir.
ResponderEliminarAté lá...
Abraço.
Outra exposição a não perder!
ResponderEliminarObrigada pelo "lembrete":))
Abraço
Autor
ResponderEliminareu também gosto muito da tela; se fores ao Google, poderás ver outros belos quadros do mesmo artista.
Abração.
A...
ResponderEliminaré tão central, fica na Rua da Escola Politécnica, entre o Príncipe Real e o Rato.
E quanto a Possollo, não é só o quadro do fauno (ainda me hás-de explicar essa fixação...)
Abraço grande.
Popelina
ResponderEliminardeves passar; e a música, há muito tempo não ouvia o Nick Cave...
Beijinhos.
Paulo
ResponderEliminarseria um grande prazer a tua presença e a possibilidade de finalmente te conhecer.
Abração.
Justine
ResponderEliminartanta coisa me têm indicado nos vossos blogs que acho por bem partilhar algo também.
Beijinho.
Já percebi que o meu comentário caiu no post errado, mas cá ficou a informação.
ResponderEliminarQuanto ao Possollo, também tenciono lá ir.
Paulo
ResponderEliminareu vi isso, mas respondi na mesma; como dizes, o importante era a informação.
Fico a aguardar notícias da exposição.
Abraço.
Desconhecia o pintor.. Aliás conheço pouquíssimo no que diz respeito a arte. Mas gostei muito da forma como ele descreve o quadro, imaginação não lhe faltou! :) e é claro que no fim vai sempre buscar a forma como os outros o podem ver sem mostrar medo algum disso..
ResponderEliminarbeijinho
Eu apesar de gostar de pintura, aliás gosto de tudo o que envolva criatividade, achei peculiar a "história" que o quadro em questão conta. Certamente não o iria interpretar da mesma forma daí a minha queda seja mesmo o abstracto, aí cada um tira a mensagem que quer, mas acredito que para alguns esse tipo de arte nem mensagem tem.
ResponderEliminar*Hugs n' smiles*
Carlos
Sandrinha
ResponderEliminaruma tela representa sempre o que o autor quis com ela dizer e não a forma como nós a vemos, daí, a importância da explicação do quadro.
Beijinhos.
Li este teu comentário apenas depois de ter respondido ao comentário anterior; e é curioso que não acho contraditório o que escrevi, em relação ao que dizes; pois a interpretação dada por nós é uma coisa nossa, pessoal, "abstracta", no sentido de que pode ser muitas coisas, apesar de para o seu autor ser concreta, é "aquilo" que ele quis lá pôr para lhe dar o sentido real dele...
ResponderEliminarAbração.
Pinguim
ResponderEliminarMuito interessante. Sabes… quando vi essa tela lembrei-me de uma que vi no Louvre, chama-se “A Duquesa de Villars e Gabrielle d’Estrée” de Clouet. Essa tela é representada por duas damas (que até são irmãs) que tomam banho juntas, e onde uma delas toca no mamilo da outra. Mas é um gesto símbolo… representa um futuro nascimento. Gostei da tela de Clouet como também gosto desta. A que referi até pode não ter nada a ver com esta, mas mal a vi fiz a ligação à tela de Clouet.
Beijitos
Smile
ResponderEliminareu conheço bem essa tela, é celebre e até tenho por cá um livro com esse quadro na capa. E na referida entrevista B. Possollo chega mesmo a referir-se a esse quadro.
Beijinhos.
Gostei do quadro e sobretudo da explicação: não sou grande fã dos quadros "sem título".
ResponderEliminarO que eu faço quando vou a museus é observar primeiro quadro para ter uma interpretação pessoal e depois leio o título/legenda... :)
Quanto a "orientações", não afianço a do pintor, mas garanto a do fauno!
O que é muito curioso, senhor A. de tantos quadros, foste logo escolher o do modelo certo! ;)
Engine
ResponderEliminaro título desta tela é, salvo erro "Y".
Abraço amigo.
Esta obra é a transposição de uma outra, igualmente cheia de interesse, hoje no Louvre, que representa uma possível Gabrielle d'Estrees, uma amante de Henrique IV (a identificação continua controversa), no banho, pintada por um mestre da escola de Fontainebleau, e inspirada por uma outra, mais antiga, também esta de uma amante real (igualmente de um Henrique, mas o II), Diana de Poitiers, por Clouet.
ResponderEliminarTenho paixão pelo original e reparei como a transposição continua actual, o que, mais uma vez vem reforçar a ideia que as verdadeiras obras são eternas!Abraço, e quero desejar-te uma boa estada junto do objecto do teu amor, que, sem ser Henrique, não fica mais desmerecido por isso ... (hehe)
Abraço
Manel
Manel
ResponderEliminaro próprio Barahona Possollo não nega que se inspirou nesse célebre e belíssimo quadro. mas há um cunho de modernidade muito "sui generis" besta sua tela...gosto muito.
O meu "henrique" espera-me e eu estou justificadamente ansioso por o reencontrar.
Abração.
A obra só está completa quando o ponto de vista do autor e o nosso se confundem! Na minha opinião, claro... :)
ResponderEliminarBeijinhos
ps: Obrigada! :D
Martinha
ResponderEliminarquando isso acontece, chamamos-lhe uma obra perfeita, pois conseguiu transmitir-nos completamente o seu sentir.
Beijinho.
Uma exposição que não perderia se vivesse mais perto. Um excerto interessante!
ResponderEliminarBeijinhos
Bem-hajas!
Isabel
ResponderEliminaro eterno problema de um país macrocéfalo...
Beijinhos.
Fiquei curiosa com a exposição, mas encantada com a música.
ResponderEliminarbjs
Está um quatro repleto de mensagens subtis...
ResponderEliminarAbraço!
Ps: Caro amigo J. obrigado pelas tuas palavras e amizade.
Gosto de toda a expressividade por trás de uma tela que de facto para muitos é simplesmente gay! As expressões nas caras deles também tão fixes!
ResponderEliminarVioleta
ResponderEliminaranda tão esquecida esta voz do Nick Cave...convinha relembrá-la!
Beijinho.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLampejo
ResponderEliminaré a descoberta dessas mensagens que tornam um quadro interessante.
Quanto ao resto, tu és dos melhores amigos que já encontrei na blogosfera...e mais antigos!
Abraço forte.
Ibearico
ResponderEliminarnão é uma tela que define um pintor como gay, mas um conjunto de telas, ajuda a sua definição, sem dúvida.
Abraço amigo.
Não há "pintores gays". Há pintores que também são gays, há gays que são só gays, há pintores que só são pintores, há gays que gostavam de ser pintores, há pintores que estão desertinhos por experimentar como será serem gays, há gays que...
ResponderEliminarO BP, independentemente da temática que escolhe ou escolheu (e que pode radicalmente mudar de uma para outra exposição), é um belíssimo PINTOR e ponto. Tudo o resto é um pouco "redutor"...
Tod@s somos muitas coisas.
Será que nos interessa se a Marisa gosta de Iscas e Vinho Verde?
Ez
ResponderEliminarConcordo inteiramente contigo; não é o facto de ser ou não ser gay que torna aliciante um artista, seja qual for a sua área; é a sua obra!!!
Abraço.
(No meio de toda esta troca de comentários, eu só quero agradecer ao Pinguim a referência ao gayfield: obrigado!)
ResponderEliminarLuis
ResponderEliminarnada tens a agradecer, pois é verdade que foi no teu blog que me foi dado a conhecer este e muitos outros interessantes artistas de diversas áreas e tenho nesse aspecto que relembrar o interessante blog que foi o "L`avion rose".
Abraçod.
Quero saber onde está essa entrevista a falar do IKEA... :)
ResponderEliminarEngine
ResponderEliminarnão te enganaste na caixa dos comentários????
Abraço.
Não, não me enganei... eu sei que cuidas bem to teu blog e lês todos os comentários...
ResponderEliminarClaro que o pedido tem a ver com algo que escreveste no meu blog... ;)
Engine
ResponderEliminardeve ser do estado de ansiedade em que estava; realmente fui encontrar um comentário meu no teu blog acerca da exposição. Mas ACREDITA que não me lembro de ter escrito aquela associação do Barahona com o IKEA; será o princípio de Alzheimer????
Abração.
Que estavas ansioso na altura, todos sabemos. :)
ResponderEliminarO pior é que agora fica um mistério por resolver...
Sim, é um mistério, pois não consigo associar qualquer tela de Barahona com o IKEA...
ResponderEliminarNeverminds... and see you tomorrow!!!!!
Hugs.
Bem, vamos lá ao que interessa, who is the top, who is the bottom? xD
ResponderEliminarI think "they" are versatiles...
ResponderEliminarThe information here is great. I will invite my friends here.
ResponderEliminarThanks