
Mais uma noite de Óscares, mas uma noite diferente, sem dúvida. A Academia renovou alguns dos seus padrões habituais de apresentação desta noite de festa e sem dúvida que a cerimónia ficou melhor; o facto de associar alguns Óscares técnicos numa só apresentação resultou e houve uma tentativa de diminuir o tempo da cerimónia, o que não estou certo se terá sido conseguido ou não, tantas foram as interrupções que não sei se foram de lá, se da TVI…
Algo mudou também na apresentação dos nomeados nas categorias de melhor desempenhos. Com uma apresentação simultânea de cinco anteriores premiados da respectiva categoria, cada um a falar directamente para um dos nomeados, ficou mais realçado o desempenho de cada um, com palavras de valorização e admiração.
A apresentação deixou de estar a cargo de alguém com vocação para apresentador e recaiu num actor, mas que senhor actor… Hugh Jackman foi para mim um dos triunfadores da noite, simplesmente fabuloso, em todos os aspectos…

Quanto aos premiados, devo dizer que foram na minha opinião previsíveis, à excepção do filme em língua estrangeira que eu esperava que fosse para o filme animado israelita.
Mesmo o de Penélope Cruz eu esperava e na véspera no blog “
oParaKedista”, num comentário lá deixei as minhas previsões para o melhor filme, realizador e quatro intérpretes: 100% certas!!!
“Quem quer ser bilionário” foi um indiscutível vencedor: vencer 8 das 10 nomeações, é obra, e não houve prémios de interpretação, pois é um filme “colectivo” – fabuloso!

Também “Milk” foi um vencedor, pois venceu dois importantes prémios: Sean Penn, magistral e que derrotou Mickey Rourke por K.O. e o do argumento original, para Dustin Lance Black, que, como Penn, e num comovido discurso defendeu o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Bem atribuído o prémio a Kate Winslow, no seu ano de ouro; depois de 15 nomeações, mais que merecidas, Meryl Streep voltará decerto, pois ela é a maior actriz em actividade.
Mais que certo o prémio para Heath Ledger (nem sei porque havia mais 4 nomeados???).
Penélope venceu devido à curta duração do papel de Viola…
Um pouco forçado o Óscar para Jerry Lewis; pergunto: sem ser um incondicional de M.Oliveira, não teria sido justo homenagear um realizador centenário ainda activo???
Sim, é português, mas a Academia já homenageou o japonês Kurosawa e o indiano S.Ray…
Enfim, critérios…e para o ano há mais!