quarta-feira, 10 de abril de 2013

Sarita

Se eu quisesse fazer uma postagem normal sobre Sara Montiel seguiria os passos normais para o efeito: consultaria a Wikipedia, onde encontraria os principais dados pessoais, profissionais e afectivos dela.
Faria uma pesquisa cuidada na net sobre a actriz, e naturalmente que iria encontrar bastantes postagens em variadíssimos blogs, de onde possivelmente retiraria algumas curiosidades sobre a sua vida, a sua carreira e a sua personalidade.
E com certeza iria ver a sua página no IBDM, a bíblia do cinema mundial, onde teria tudo à disposição sobre a sua carreira cinematográfica.
Mas eu quero aqui dar uma visão intimista do que foi para mim esta mulher, que muito mais que uma mera actriz, uma boa cantora ou uma bela mulher, foi sobretudo para mim, um mito!

Sara Montiel foi durante alguns anos da minha vida o meu maior ídolo, a minha Sarita. 
O meu encontro com Sarita não se dá senão depois de ter visto pela primeira vez “La Violetera”, no final dos anos cinquenta. Foi daqueles filmes que me arrebatou, me fez chorar muitas lágrimas e que posteriormente vi vezes sem conta. Tive os quatros 45 RPM com todas as canções do filme e soletrava-as quase todas, com ênfase natural para o tema musical dominante – “La Violetera”.
Perdi as vezes que revi o filme e só mais tarde vi o seu filme anterior e que afinal foi o que permitiu a rodagem da Violetera – “O Último Couplet” e de donde retirei duas ou três canções dela também muito marcantes.

A partir de então, vi apaixonadamente todos os seus filmes, mesmo aqueles que no final da sua carreira foram pouco apreciados.
A nível musical ela foi a maior, para mim, num vasto grupo de cantoras espanholas que muito admirava. Foi uma mulher muito bela, muito provocante e talvez das poucas que me fez olhar para o sexo oposto com volúpia e desejo.
Claro que conforme fui crescendo, vi muitos filmes, ouvi inúmeras vozes e disseminei os meus gostos por muitos e variados géneros, mas o meu culto por Sarita nunca foi beliscado.
Curiosamente não me interessei muito pela última parte da sua carreira, e que tem a ver com a sua participação televisiva, talvez porque fugia um pouco à “minha” Sarita.
Morreu agora, aos 85 anos, como qualquer mortal, é óbvio, mas eu continuo a vê-la a cantar uma das maisbelas canções do filme "La Violetera"

Até sempre Sarita.

32 comentários:

  1. belíssima, e pessoalíssima, homenagem a um dos maiores mitos ibéricos. estou ansioso para logo, em casa, ver os clips do youtube que incluís.

    eu, por uma questão geracional, já cheguei tarde à Sarita, e sempre me interessou mais o mito, e o seu impacto num certo imaginário com o seu quê de camp almodovariano. acho que nunca vi um filme dela de fio a pavio, ou se vi era muito niño e não me lembro, mas prometo que um dia destes me redimo :)

    e, completamente off-topic, envio-te um grande abraço, para agradecer a tua perspicácia de me telefonares sempre que mais preciso de um telefonema teu.

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    1. Miguel
      ainda bem que falas de Almodovar. Sempre sonhei ver Sara Montiel num dos seus filmes, o que nunca aconteceu; apesar disso, Almodovar admirava-a muito e prestou-lhe uma homenagem numa cena de "Mala Educacion", quando o protagonista (Bernal)vai ter com um travesti que "vestia" a pele de Sarita. A propósito, Sara Montiel deve ser das cantoras que mais vezes foi interpretada por travestis, não só pelas suas melodias mas também pelos movimentos que ela fazia com os lábios quando cantava, que eram únicos e que davam oportunidades aos seus "imitadores" de brilharem.

      Quanto ao teu "off-topic", eu senti muito a perda do Saint, Miguel, não tanto por mim, pois apenas houve entre nós esporádicas trocas de comentários no Google+, mas principalmente por ti, pois sei toda a afectividade que vos unia.
      Aliás, deixa-me aproveitar para deixar aqui uma espécie de comentário à tua postagem de hoje, já que, e a meu ver, muito bem, não abriste nesse post a tua caixa de comentários, pois é uma missiva para ele, só para ele, que sempre te lia e tantas vezes te comentava.
      É um trecho muito, muito belo e que só quem sente uma perda muito importante pode escrever. Esteja ele onde estiver ele há-de ler-te esta postagem e até comentá-la.
      E ainda a propósito, tive acesso ao que ele escreveu no Twitter a 4 deste mês - apenas isto: "morrendo"...Impressionante.
      Um abraço muito grande e muito comovido para ti.

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  2. Este teu post sobre a Sara Montiel está belíssimo, João.
    Foi de facto uma mulher extraordinária. Os filmes europeus tiveram relevo até a indústria de hollywood invadir as salas de cinema. Os franceses e os espanhóis eram filmes de referência antigamente - e por bons motivos.

    Adoro 'La Violetera'

    Um abraço amigo.

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    1. Pedro
      curiosamente o percurso cinematográfico de Sarita foi um pouco diferente.
      Sendo espanhola foi no cinema mexicano que ela se começou a impôr a ponto de ter ido a Hollywood fazer alguns filmes.
      Só depois já no final da década de 50 regressa a Espanha e tem então os grandes êxitos da sua carreira a começarem com "O Último Couplet" e o "La Violetera".
      Abraço amigo.

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  3. A tua Sarita? Não!A nossa! Que belíssima homenagem que tu lhe prestas!
    Como sonhei com os filmes em que ela entrou, como cantarolava La Violetera (desafinadíssima como é minha característica).
    Adorei querido João, adorei o que escreveste, o que pensas sobre ela!
    Abracinho meu!

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    1. Maria Teresa
      para as pessoas da "nossa geração" será difícil ignorar Sara Montiel.
      Ela marcou uma época, quer no cinema quer na música (via cinema).
      Muitos dos seus êxitos foram depois interpretados pelas mais diversas cantoras.
      Eu, por minha vontade teria posto aqui 10 ou mais vídeos só com os seus grandes êxitos...
      Beijinho.

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  4. muito já foi dito mas repito, é muito bonita esta homenagem. lembro-me dela, porque era muito apreciada pela minha mãe e pela minha avó. Sarita foi um nome bem presente na minha infância, assim. agora, confesso que nunca cheguei a ver os seus filmes em adulta.
    bjs.

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    1. Margarida
      percebo que o nome de Sara Montiel esteja mais presente na tua Mãe do que em ti.
      Seria interessante poderes ver pelo menos os seus dois grandes êxitos que já referi aí em cima.
      Infelizmente ainda não estão disponíveis no "You Tube", apesar de já lá se encontrarem vários filmes completos dela; talvez o mais interessante seja "O último tango", apesar de inferior aos dois referidos.
      Beijinho.

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  5. Muito belo, o post.
    Até notícia da sua morte, eu praticamente a desconhecia (conhecia-a apenas de nome), o que terá a ver com a minha diferença geracional e a minha (ainda) pouca proximidade à cultura espanhola.
    Também gostei de ler sobre 'volúpia e desejo' pelo sexo oposto, porque também eu tenho 2 ou 3 mulheres pelas quais nutro um semelhante 'je ne sais quoi' - uma jovem Charlotte Rampling e um imaginário Emanuelle, entre outras.

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    1. Alex
      é absolutamente normal esse desconhecimento; afinal ela tinha 85 anos...
      E tens razão quanto à pouca difusão da cultura espanhola no nosso país. No que respeita a filmes, e tirando Almodovar, porque é Almodovar, ZERO!
      É curioso que na Lisboa de antigamente, quando os cinemas não estavam confinados aos grandes centros comerciais, havia um cinema, na Baixa e que ainda lá está, a cair aos bocados, o Ódeon, que quase só passava filmes espanhóis ou mexicanos; claro que eram filmes populares mas que estavam semanas e semanas em cartaz.
      Também gostava muito da Charlotte Rampling e recordo um filme incrível que passou no Monumental (não recordo o nome) em que ela tinha uma relação incestuosa com o seu irmão, protagonizado pelo belíssimo actor (na altira) Fábio Testi. Que cenas escaldantes e como apetecia estar lá no meio...
      Abraço amigo.

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  6. O que eu aprendi hoje :)

    Abraço amigo João

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    1. Francisco
      estamos sempre a aprender algo uns com os outros...
      Abraço amigo.

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  7. Muito bem escrito e muito completo. Lamentavemente nem todos conhecemos ou sabemos sequer quem era.Eu confesso a minha ignorãncia.
    Parabéns e obrigada pela partilha. BShell

    (Sim , penso que conheço e sei a quem te referes)

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    1. Isabel
      não está muito completo, pois a mim não me interessava escrever sobre a sua vida e sobre a sua actividade artística e de cantora.
      É mais que uma velada "declaração de amor", hehehe...

      Sobre a pessoa em causa, e isso não interessa nada, eu nem frequento o seu blog, mas sei o que a "casa gasta", mas podemos estar a falar de pessoas diferentes.

      Beijinho.

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  8. João,
    Eu ainda me lembro das matinées demingo com a Sarita Montiel, a Marisol, o Josélito e o impagável Mário Moreno, em Cantinflas. Que bons tempos e que aperto que sinto ao recordá-los. Ia a miudagem toda ao cinema, eu, a minha irmã, os meus primos e o resto dos vizinhos e era uma entrada num mundo que para nós era uma fuga ao nosso pequeno mundo: quando a luz se apagava começava um mundo novo e diferente. Como tenho saudades!
    Além disso, sou admirador incondicional da cultura espanhola e amo aquela terra!

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    1. Lear
      estás a referir-te ao cinema Ódeon, presumo, já que todos esses filmes passavam aí.
      O Joselito tinha um filme célebre, "O Pequeno Rouxinol" em que cantava uma música que esteve semanas e semanas no top ten nacional - "La Campanera"...
      Mas era a Sarita que esgotava a sala todas as noites.
      Que tempos...
      Abraço amigo.

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  9. Também sou fã da Sarita e curiosamente a primeira vez que vi um filme dela foi em meados dos anos setenta e no Odéon e era ' O Último Couplet' se não me engano. Também me lembro de um melodrama incrível em que ela fazia de freira que era violada, mas não me lembro do título. Foi casada com o realizador americano Anthony Mann e um os seus melhores filmes americanos são o 'Vera Cruz' e 'A Flecha Sagrada', ambos excelentes. Impossível falar do cinema europeu das décadas 40, 50 e 60 sem a falar nela. Era uma verdadeira diva, daquelas que já não se fazem. :)

    Abraço amigo.

    Ps. O filme que referias ao Alex com a Charlotte Ramplig e o Fabio Testi chama-se 'Adeus Irmão Cruel' e é do Giuseppe Patroni-Griffi.

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    1. Arrakis
      em meados dos anos setenta, num cinema de estreia como era o Ódeon, só se foi uma reposição que certos cinemas faziam no Verão, pois "O últio couplet" foi estreado cá logo a seguir a ter sido feito (1957).
      Esse melodrama de que falas era "Pecado de amor" de 1961 e dirigido pelo Luis César Amadori.
      Foi precisamente por ser casada com esse prestigiado realizador americano (A.Mann) que fez vários filmes em Hollywood e dirigida por bons realizadores: "Vera Cruz" foi realizado pelo Robert Aldrich e "A Flecha Sagrada", o último que ali fez, pelo Samuel Fuller.
      Nos anos 40 foi uma das grandes actizes do cinema mexicano, com todos aqueles melodramas, e parece-me que o seu maior êxito foi "Piel Canela".
      E claro que não poso estar mais de acordo contigo - era e sempre foi, uma grande diva!!!
      Quanto ao filme de que eu falava no comentário ao Alex, é esse mesmo. Chegaste a vê-lo? Era muito ousado, mesmo muito, para a época.
      Abraço amigo e obrigado por dinamizares, como eu tanto gosto, esta postagem.

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    2. Sim, vi-o em reposição, nem sei se nessa época ela ainda fazia cinema. Acho que tudo o que vi dela foi sempre em reposição.

      O 'Adeus Irmão Cruel' podes revê-lo aqui http://www.youtube.com/watch?v=a5wVtB96qPA

      O filme é baseado na peça do dramaturgo John Ford escrita por volta de 1600 ' 'Tis Pity She's a Whore' que aborda precisamente o tema do incesto. O Visconti encenou esta peça com o Delon e a Romy Schneider nos anos 50. O filme do Griffi não aguentou o passar do tempo, mas vale a pena rever sobretudo pela beleza estética das imagens e pelo trio de protagonistas, cada um mais belo do que o outro, com a Rampling em inicio de carreira e lindíssima.

      Abraço amigo.

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    3. Arrakis
      muito obrigado pelo link do filme. Já o pus no Pinrest - dá para tudo, o Pintrest, até para guardar filmes - e vê-lo-ei num dia destes.
      Imagino essa encenação do Visconti...
      Ah e não me lembrava do O. Tobias....
      Abraço amigo.

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  10. ah, só para dizer que essa troca de comentários entre ti e o Arrakis aqui em cima, justificava, só por si, a invenção da internet. Bravo!

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    1. Miguel
      justifica pelo menos o meu conceito de que uma postagem é algo que deve ser dinâmico e que sempre que possível deva ter o contributo de outras pessoas. Depois, isto é como as cerejas, quando se gosta de um determinado tema, neste caso o cinema, as coisas até vão divergindo para campos diversos do tema principal mas isso é óptimo.
      Tudo partiu de eu ter dito que a Sarita me provocava "volúpia e desejo", o que embora poco provável, foi verdade, e do Alex, com muita oportunidade referir o mesmo em relação à Charlotte Rampling.
      E viva a intercomunicabildade de ideias através da blogo!!!
      Abraço amigo aos três.

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  11. Conhecia a Sarita, mas nunca vi nada em que ela entrasse. Invoco os mesmos motivos do Alex: devido a uma distância geracional e a uma indiferença a alguma cultura hispânica (não só espanhola), exceptuando-se Almodóvar. Só lamento que a data do seu falecimento tenha coincidido com a morte da famosa Dama de Ferro, Tatcher, que ofuscou um pouco, ao jeito de Michael Jackson e Farrah Fawcett que também morreram no mesmo dia e houve uma discrepância ENORME por parte da comunicação social no que diz respeito à devida cobertura.

    abraço.

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    1. Mark
      em relação à coincidência dadta dos dois falecimentos tenho que ser muito honesto. Não dei pulos de contentamento e condeno veementemente quem festejou com júbilo a morte de M.Thatcher, mas e sendo um facto que foi objectivamente um dos maiores políticos das últimas décadas (o que também lhe grangeou inúmeros inimigos), eu poucas ou nenhumas vezes concordei com ela políticamente, e estou-me a referir mais à política internacional, já que nas questões internas, não estou à altura de as discutir, embora todos os meus amigos ingleses a odiassem pura e simplemente.
      Já com Sarita eu tinha, como já abundantemente referi, uma relação "pessoal e íntima" e a sua morte mexeu muito comigo. Muito mesmo, acredita...
      Tudo o que possa referir mais sobre a Sarita seria estar a repetir-me.
      Agradeço-te a oportunidade de ter deixado aqui no blog uma referência à morte da Dama de Ferro.
      Abraço amigo.

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    1. Frederico
      era uma mulher maravilhosa, uma Diva!
      Abraço amigo.

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  13. Também eu admirava muito Sara Montiel, João!
    Nas poucas revistas que existiam, na época, nomeadamente a Flama, lia tudo o que dizia respeito aos meus ídolos.
    Desta Diva - como a consideras - apenas vi o filme "A Rapariga das Violetas" ou La Violetera, no título original. Também me emocionei muito com o filme e ainda hoje me lembro de grande parte da canção.
    Que descanse em Paz!

    Beijinho.

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    1. Janita
      embora a canção do mesmo nome do filme fosse a mais conhecida, havia muitas outras nesse filme que eram lindas, não só esta que aqui ponho (Es mi hombre), como por exemplo "Los puentes de Paris", "Frou-Frou", "Polichinela", "Déjala correr", "Mimosa" ou "Serranillo".
      E todas as outras de tantos outros filmes...
      Beijinho.

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  14. Uma mulher muito sexy que nunca deixou de se arranjar. Acompanhei muitas das suas ultimas entrevistas pela televisão espanhola e admirava a calma e a simplicidade com que respondia. Adorava ouvi-la falar da sua vida particular e dos seus amores e desamores, como se estivesse a falar da vida de outra pessoa. Beijinhos

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  15. Mary
    curiosamente esse é o período da sua vida que conheço menos.
    Beijinho.

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  16. Olha a Sara Montiel. Há quanto tempo não oiço nada sobre esta linda mulher.
    Também lhe achava uma certa piada, tinha sentido de humor, fazia-me rir.

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  17. Olá Brama
    mas que enorme e boa surpresa. Ainda maior e melhor ao ver um post novo no teu blog.
    Que saudades da blogo do "nosso" tempo.
    Tu há muito não ouvias nada sobre a Sarita; ouviste agora sobre a sua carreira, agora que ela nos deixou.
    Mas eu ouvi sobre ti e soube que "estavas vivo".
    Abraço amigo.

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