
Começa a ser recorrente um post como este, no regresso a casa e à vida normal após um período (sempre curto) de convivência diária com o Déjan.
Desde que nos conhecemos, no final de 2005, (e pese embora tenhamos protelado o nosso primeiro encontro, o qual só se veio a efectivar em Setembro de 2006, pois não queríamos apenas uma aventura nem dar passos no escuro, mas algo com bases sólidas), encontrámo-nos nove vezes: três em Belgrado, três aqui em Lisboa, uma
Esta viagem foi muito especial e importante, pois seguiu-se a um período particularmente difícil para mim, em que senti a falta do Déjan mais do que nunca. Foi a vez em que menos saímos ou melhor, a vez em que estivemos em menos sítios, pois frequentámos bastante um óptimo Irish Pub, na mesma rua onde mora o Déjan, sítio agradável a qualquer hora do dia ou da noite. A convivência com as amizades dele alargaram-se, o que muito me agradou, embora continue a haver o grande óbice de não podermos assumir publicamente a nossa relação, pois na Sérvia a homossexualidade ainda é vista de uma forma mais homofóbica do que aqui em Portugal.
Pergunto-me a mim mesmo o que pensarão os dois grandes amigos dele e que também já considero como tal, de visitar tanto o Déjan e vice-versa, ainda por cima com uma diferença de idades tão considerável; o que é um facto é que não noto a menor animosidade, antes pelo contrário, há uma crescente empatia entre mim e eles.
Também ali passei o meu aniversário, com uma pequena festa para 7 pessoas, e que correu particularmente bem; graças ao “
Agora é contar os dias que faltam para o regresso aqui do Déjan, onde não há inibições e podemos fazer a nossa vida comum normalmente, quer em relação à família, aos amigos e mesmo às pessoas com quem convivo no dia a dia, pelo que claro, prefiro tê-lo aqui, do que estar com ele em Belgrado. E vou aproveitar para continuar a mostrar-lhe este nosso belo cantinho, privilegiando desta vez os distritos da Beira Litoral, numa escapada de 2/3 dias.
Entretanto, algo de bastante importante se poderá passar em relação a cada um de nós, ainda antes do nosso reencontro;
Irei no final da próxima semana passar a Páscoa com a minha Mãe, à Covilhã, o que também me fará bem e está também no “programa”, algo de realmente surpreendente: é uma viagem, infelizmente sem o Déjan, a realizar na última semana de Maio; mas a isso voltarei…
O meu pensar está neste momento na Sérvia e no sorriso de alguém que amo muito e de quem já tenho saudades imensas!








Quanto aos premiados, devo dizer que foram na minha opinião previsíveis, à excepção do filme em língua estrangeira que eu esperava que fosse para o filme animado israelita.
Também “Milk” foi um vencedor, pois venceu dois importantes prémios: Sean Penn, magistral e que derrotou Mickey Rourke por K.O. e o do argumento original, para Dustin Lance Black, que, como Penn, e num comovido discurso defendeu o casamento de pessoas do mesmo sexo.
Bem atribuído o prémio a Kate Winslow, no seu ano de ouro; depois de 15 nomeações, mais que merecidas, Meryl Streep voltará decerto, pois ela é a maior actriz em actividade.












“Os nomes são como os limões: iluminam a árvore sem nela se diluírem. Talvez por isso mesmo, “



Refiro este assunto agora para, à laia de intróito, mostrar a minha estupefacção perante as afirmações ontem proferidas pelo mais alto dignitário da igreja católica no nosso país, D.José Policarpo (mas porque é que os cardeais são Dons?), Cardeal Patriarca de Lisboa, na Figueira da Foz (no casino, local bem escolhido…), sobre as severas advertências às jovens portuguesas no que respeita a eventuais casamentos com muçulmanos; é incompreensível numa altura em que tanto se fala em ecumenismo se profiram tais afirmações que, além do mais, podem também ser apelidadas de pouco oportunas pela eventual desconfiança com que actualmente se olham os muçulmanos, como que se eles fossem todos potenciais terroristas; claro que condeno firmemente a posição extremada dos muçulmanos radicais e as suas “guerras santas”.

