Não sei bem porquê, mas a estética típica do Botero não me consegue transmitir a violência e a crueldade que aqui é suposto encontrar. As curvas, as linhas suaves, os tons... não jogam com a selvajaria retratada. Ao mesmo tempo, talvez por isso, torna-se interpelante por esse contraste...
Não deixo de concordar contigo, embora ache que nem Botero nem ninguém conseguirá um dia pintar uma tela que retrate a selvjaria, como tu dizes, caro Maurice. Apenas as fotos, pese embora a sua péssima qualidade nos conseguem sugerir a terrível crueldade dos actos praticados. Abraço.
Por mais que se retrate, por mais que se pinte, por mais que se fale, por mais que publiquem artigos sobre esta ignomínia - nada conseguirá apagar a ideia da selvajaria que o mundo dos homens-cão consegue fazer a semelhantes que o não são.
Caro João Manuel o que dizes é inquestionável; mas foi a primeira vez que vi este assunto ser "trabalhado" por um pintor, e ainda por cima um pintor que já pùblicamente reclamou contra todas as tiranias; sucede que Botero, nas suas esculturas e telas dá uma visão das formas humanas pessoalìssima e é nesse contraste que apoio esta post. Abraço.
Vinha aqui todo lançado eis senão qd o Maurice, já disse o que eu ambicionava dizer...!!! Como não plagio...parafraseio:)lol
As curvas do Botero, até me tornam a vistoria dos quadros "Compelling!"...e a selvajaria (pronto roubei uma palavra!)...quase que é relegada para um plano inferior...!!!
Amigo Hydra E eu não me plagio a mim próprio (sempre sou um pouco diferente da Margarida R.Pinto...), e portanto não vou repetir o que disse ao Maurice. Abraço.
Gosto muito do Botero e, por acaso, já conhecia estas obras. A violência está lá até porque conhecemos o referencial, mas estou com o Maurice: a violência parece desvanecer-se e nada pode, de facto, transmitir o sofrimento dos torturados, se calhar nem as fotos, Pinguim. Um abraço
Concordo com o que foi dito acima: o traço de Botero suaviza a crueldade da realidade... mas não deixa de ser curioso ver como essa realidade é expressa por este artista.
Não há dúvida de que o mundo é, como dizia a canção 'uma paleta de cores' e cada cor seu paladar. É que eu não aprecio as linhas do Botero, nem na pintura nem na escultura, que são iguaizinhas, mas transmitem-me aqui a ideia de violência, talvez exactamente por o traço ser pouco 'pacífico' para o meu olhar.
Se eu alguma esperei ver, em pleno séc. XXI e depois de todos os ganhos no domínio dos direitos humanos, alguma coisa que se assemelhasse! E protagonizado por quem continua a apresentar-se como o farol das liberdades.
Amigo Paulo já tinha dito que concordava com o Maurice; mas as fotos, conseguem transmitir a violência, ainda tenho na memória a cara daquela tipa, que diz tudo, da mulher soldado, recordas-te? Abraço.
Caro Will eu estou mais a ver o Botero a fazer uma série de telas para uma exposição de "bears" do que sobre as torturas de Abu G., mas torna-se quase surrealista, ver as imagens de muçulmanos assim representados, gordos e redondos; apenas a sua masculinidade está presente, muitas vezes ultrajada por vestuário feminino; é nestes promenores que as telas se tornam interessantes... Abraço.
Tens toda a razão, querida Mar_maria, e é muito curioso que até aqui a única opinião de que se está perante imagens de violência, venha precisamente de alguém que não é grande fã de Botero... O "grande" baluarte desse "farol" vai-se apagar em 2008, já não falta muito; resta saber como será a América, na era pós Bush. Beijinhos.
apenas a sua masculinidade está presente, muitas vezes ultrajada por vestuário feminino
A maior violência é essa, para mim, espetar a faca onde mais dói, os valores enquanto ser humano e enquanto muçulmano. Tirar-lhes a alma, como os nazis faziam aos prisioneiros nos campos de concentração. O resto vinha por acrescento, quando já sentiam que não eram nada. Mas os nazis eram nazis, não é?
É realmente uma visão muito pessoal do Botero, que nos mostra os prisioneiros mulçulmanos como se fossem "bears". Tirando isso a violência está lá. Um abraço.
Caro P. já tinha feito essa "conexão" com os bears no meu comentário ao Will; há que respeitar as opções, também artísticas, e compreender a sua forma de interpretar a violência, como, de certa forma, o fez a Mar_maria. Abraço.
Ainda que procure uma utilização cautelosa e não abusiva de textos, imagens e sons, poderá haver lugar à utilização indevida de obras objecto de direitos de autor.
Porém, sempre que a legislação o implique, ou seja devidamente informado, de imediato promoverei as correcções necessárias.
Não sei bem porquê, mas a estética típica do Botero não me consegue transmitir a violência e a crueldade que aqui é suposto encontrar. As curvas, as linhas suaves, os tons... não jogam com a selvajaria retratada. Ao mesmo tempo, talvez por isso, torna-se interpelante por esse contraste...
ResponderEliminarAbraço
Não deixo de concordar contigo, embora ache que nem Botero nem ninguém conseguirá um dia pintar uma tela que retrate a selvjaria, como tu dizes, caro Maurice.
ResponderEliminarApenas as fotos, pese embora a sua péssima qualidade nos conseguem sugerir a terrível crueldade dos actos praticados.
Abraço.
Por mais que se retrate, por mais que se pinte, por mais que se fale, por mais que publiquem artigos sobre esta ignomínia - nada conseguirá apagar a ideia da selvajaria que o mundo dos homens-cão consegue fazer a semelhantes que o não são.
ResponderEliminarCaro João Manuel
ResponderEliminaro que dizes é inquestionável; mas foi a primeira vez que vi este assunto ser "trabalhado" por um pintor, e ainda por cima um pintor que já pùblicamente reclamou contra todas as tiranias; sucede que Botero, nas suas esculturas e telas dá uma visão das formas humanas pessoalìssima e é nesse contraste que apoio esta post.
Abraço.
Vinha aqui todo lançado eis senão qd o Maurice, já disse o que eu ambicionava dizer...!!!
ResponderEliminarComo não plagio...parafraseio:)lol
As curvas do Botero, até me tornam a vistoria dos quadros "Compelling!"...e a selvajaria (pronto roubei uma palavra!)...quase que é relegada para um plano inferior...!!!
Abraço:)
Amigo Hydra
ResponderEliminarE eu não me plagio a mim próprio (sempre sou um pouco diferente da Margarida R.Pinto...), e portanto não vou repetir o que disse ao Maurice.
Abraço.
Estas imagens e a quadra que estamos preste a iniciar, talvez sejam um bom motivo para reflectir sobre o mundo queremos deixar aos nossos filhos.
ResponderEliminarBoa semana
Oportuno comentário, amigo Teddy.
ResponderEliminarAbraço.
Gosto muito do Botero e, por acaso, já conhecia estas obras. A violência está lá até porque conhecemos o referencial, mas estou com o Maurice: a violência parece desvanecer-se e nada pode, de facto, transmitir o sofrimento dos torturados, se calhar nem as fotos, Pinguim.
ResponderEliminarUm abraço
Concordo com o que foi dito acima: o traço de Botero suaviza a crueldade da realidade... mas não deixa de ser curioso ver como essa realidade é expressa por este artista.
ResponderEliminarNão há dúvida de que o mundo é, como dizia a canção 'uma paleta de cores' e cada cor seu paladar. É que eu não aprecio as linhas do Botero, nem na pintura nem na escultura, que são iguaizinhas, mas transmitem-me aqui a ideia de violência, talvez exactamente por o traço ser pouco 'pacífico' para o meu olhar.
ResponderEliminarSe eu alguma esperei ver, em pleno séc. XXI e depois de todos os ganhos no domínio dos direitos humanos, alguma coisa que se assemelhasse! E protagonizado por quem continua a apresentar-se como o farol das liberdades.
É cínico demais.
Amigo Paulo
ResponderEliminarjá tinha dito que concordava com o Maurice; mas as fotos, conseguem transmitir a violência, ainda tenho na memória a cara daquela tipa, que diz tudo, da mulher soldado, recordas-te?
Abraço.
Caro Will
ResponderEliminareu estou mais a ver o Botero a fazer uma série de telas para uma exposição de "bears" do que sobre as torturas de Abu G., mas torna-se quase surrealista, ver as imagens de muçulmanos assim representados, gordos e redondos; apenas a sua masculinidade está presente, muitas vezes ultrajada por vestuário feminino; é nestes promenores que as telas se tornam interessantes...
Abraço.
Tens toda a razão, querida Mar_maria, e é muito curioso que até aqui a única opinião de que se está perante imagens de violência, venha precisamente de alguém que não é grande fã de Botero...
ResponderEliminarO "grande" baluarte desse "farol" vai-se apagar em 2008, já não falta muito; resta saber como será a América, na era pós Bush.
Beijinhos.
apenas a sua masculinidade está presente, muitas vezes ultrajada por vestuário feminino
ResponderEliminarA maior violência é essa, para mim, espetar a faca onde mais dói, os valores enquanto ser humano e enquanto muçulmano. Tirar-lhes a alma, como os nazis faziam aos prisioneiros nos campos de concentração. O resto vinha por acrescento, quando já sentiam que não eram nada.
Mas os nazis eram nazis, não é?
bjs
Tens toda a razão, minha amiga; por vezes não reparames que a ofensa e o ultraje estão em promenores que nos escapam à primeira vista.
ResponderEliminarBeijinhos.
É realmente uma visão muito pessoal do Botero, que nos mostra os prisioneiros mulçulmanos como se fossem "bears". Tirando isso a violência está lá.
ResponderEliminarUm abraço.
Caro P.
ResponderEliminarjá tinha feito essa "conexão" com os bears no meu comentário ao Will; há que respeitar as opções, também artísticas, e compreender a sua forma de interpretar a violência, como, de certa forma, o fez a Mar_maria.
Abraço.