“Quem pode impedir a Primavera
Se as árvores se vão cobrir de flores
E o homem se sentiu sorrir à Vida?
Quem pode impedir a surda guerra
Que vai nos campos deslocando as pedras
-Mudas comparsas no ritmo das estações-
E da terra inerte ergueu milhares de lanças
Que a tremer avançam, cintilantes, para o limite
Em que a luz aquosa se derrama
Como um mar infinito onde o arado
Abre caminhos misteriosos à seiva inquieta!
Quem pode impedir a Primavera
Se estamos em Maio e uma ternura
Nos faz abrir a porta aos viandantes
E o amor se abriga em cada um dos nossos gestos!
Quem?...
Se os sonhos maus do Inverno dão lugar à Primavera!”
(Ruy Cinatti)
O texto é lindo Pinguim: obrigado pela partilha!
ResponderEliminarEu também acho que nada pode impedir a primavera :)
Infelizmente, caro Will, ainda há pessoas que não acreditam nisso, e por isso vivem um permanente Inverno.
ResponderEliminarAbraço.
Será que nada pode impedir a Primavera? Se continuarmos a destruir o planeta sim.
ResponderEliminarFoi bom lembrares um poeta um pouco esquecido.
Um abraço e bom domingo.
Bonito poema... :)
ResponderEliminarAbraço!
Amigo P.
ResponderEliminartens toda a razão, mas esse impedimento é, digamos assim, tão anti-natural, como seria a impossibilidade da ressureição da Primavera em cada ciclo anual; cabe um pouco a todos nós acabar com ele.
Quanto a Ruy Cinatti, tento, como o fiz em relação a Armando silva Carvalho, dar voz a grandes poetas portugueses um pouco ofuscados pela contínua lembrança dos mais badalados.
Abraço.
Caro Lampejo
ResponderEliminarpressupunha, sendo tu um amante, e activo, da poesia, que irias gostar deste poema; e não esqueças a sua mensagem, querido amigo, pois vem a calhar para ti, não achas?
Abraço.
há q séculos eu n ouvia Cat Stevens
ResponderEliminar:)
bj
a,
Cara amiga
ResponderEliminareu sou uma espécie de "revivalista" no que concerne às músicas que acompanham os meus posts, quase sempre...
Obrigado pela visita.
Embora "eu seja mais prosa", não posso deixar de apostar nesta sensibilizante primavera. Aliás, eu aposto sempre nas Primaveras. Dão força aos Verões. ;)
ResponderEliminarAi o Cat, rsrsrsrs...
Eu sei, eu sei, João Manuel
ResponderEliminarmas a poesia, por vezes relaxa-me tanto, e quando, como neste caso se traz ao de cima um bom poeta esquecido e um poema lindo sobre a "esperança" que é a Primavera, não há Cat que resista, ou não será assim?
Abraço.
As coisas que tu me ensinas... :) Obrigado por dividires! Aquele abraço!
ResponderEliminarPS- Há por aí muita gente a impedir a Primavera. Eu, talvez eu ande a impedir a minha Primavera!
Amigo Kokas
ResponderEliminareu, mesmo antes de ter o blog, sempre pensei que é muito bom não ser egoísta em relação ao belo.
Quantas vezes, ao visitar algo de que muito gosto, fico a pensar na impossibilidade de não compartilhar essas imagens; e até as coisas menos boas devem ser compartilhadas, pois aliviam a alma.
No que diz respeito a tu pensares, por hipótese, que podes impedir a tua Primavera, o toque de "magia" que necessitas é infimo, hás-de reparar...
"Aquele" abraço.
O poema é lindo! A Primavera é quando um homem quiser, não? Pelo menos devia ser que está cá um frio!
ResponderEliminarTens razão, o poema é lindo e o poeta é brilhante; quanto à Primavera, ela é, como dizes sempre que um homem quiser...renascer!
ResponderEliminarAbraço.