segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
"Amazing Grace"
Para matar saudades de quem está longe, para recordar quem já partiu, para suavizar as dores de hoje, para partilhar ou simplesmente para ouvir...
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
"Os limões, o infinito e a intimidade"
No site PNETliteratura, e pela pena do seu colaborador Luís Caramelo, foi publicado no passado dia 29/10/2008, um texto intitulado “Os limões, o infinito e a intimidade”, sobre um blog que sigo atentamente e que considero um dos melhores da blogosfera que conheço. Ao Luís Galego, seu autor e meu prezado Amigo, os meus parabéns por tão merecidas palavras.
Transcrevo o texto, para que todos aqueles que ainda não conheçam este blog o vão conhecer e deliciar-se com os textos nele inseridos; uma palavra para a “interminável” e imprescindível coluna da direita deste blog, só por si, razão mais que suficiente para se consultar o blog
Abraço, Luís!
“Os nomes são como os limões: iluminam a árvore sem nela se diluírem. Talvez por isso mesmo, “Infinito pessoal” seja o nome de um blogue que faz parar o leitor mais incauto, do mesmo modo que o olhar suspende o seu vaivém diante do limoeiro que interrompe um muro branco (e, aparentemente, sem fim). A autoria do blogue é de Luís Galego e a sequência é particularmente variada. No último post, a confissão domina a abertura – “Os livros são a minha riqueza e a minha ruína, o meu vício, o meu património. Os livros interrompem, importunam, reivindicam, ainda que estejam escondidos nas trevas da estante”. Abertura que, depois, incide cirurgicamente em Os Nus e os Mortos (The Naked and the Dead) de Norman Mailer: o livro de cabeceira deste meados de Outubro. No dia 30 de Setembro, Luís Galego publica um interessante texto de cariz memorialista, escrito em Nova Iorque. O tom é pessoal, dando corpo àquilo que os blogues têm de melhor, isto é, a enunciação pessoalista ou a extroversão da primeira pessoa que, quase involuntariamente, se ficcionaliza: “Voo para Lisboa expectante mas ainda com tempo para que uma das relíquias do litoral alentejano, a Zambujeira do Mar, sirva de intermezzo, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e a Costa Vicentina me abracem, a leitura de universos ficcionais ou semi-ficcionais me aconchegue a alma, a labiríntica fruição de sol, mar, livros e música me restabeleça, bóias de me aguentar (expressão roubada a Lobo Antunes de uma bela e incontornável obra), tudo concorrendo numa espécie de antecâmara para novos torneios”. Território de desafios e de sucessiva poda da grande árvore que nos acena (desde logo a partir da excelente foto retirada de Wonders of our great metropolis, sky-scrapers and Great Bridge from Brooklyn, New York City, 1900-1910 de William Herman Rau). Aliás, a pessoalidade da escrita em rede ressurge, noutro post, como que elogiada por Luís Galego ao referir-se ao vício que sente pelas “palavras escritas e embrulhadas da Maria Quintans”. Ao desenvolver as teias desse vício de leitura e partilha, o autor de “Infinito Pessoal” escreve: “A internet tem destas coisas e a blogosfera também nos surpreende pela positiva. Foi no seu blogue que li uma escrita intimista que não cabe na limitação de amarras formais”. Fora de amarras, sem âncoras e com uma sequência a denotar óbvia paixão pelo texto literário, este blogue merece redobrado olhar. Como se um limoeiro levantasse voo e pousasse de novo na felicidade que lhe deu o nome: tão pessoal quanto infinito (alegoricamente)”
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
20/January/2009 - Obamas'day (Bush no more)
Mas hoje chega à Casa Branca o novo presidente, Barak Obama, em que os americanos e o mundo depositam as maiores esperanças; este é o vídeo do seu discurso na cerimónia no Lincoln Memorial
Ainda nesta cerimónia que teve a presença de variados artistas, houve um momento de particular esperança para a comunidade homossexual, quando Heather Headley e Josh Groban interpretaram um hino, acompanhados do Coral Gay de Washington
E para terminar com graça um último vídeo da impagável série "Little Britain USA"
domingo, 18 de janeiro de 2009
Distinção
Este Prémio obedece a algumas regras:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos.
Fui surpreendido pela honra que o blog “Do you believe in angels?” me concedeu ao escolher o meu blog para ser contemplado pelo Prémio Dardos, o qual pelas características do seu enunciado, vai além dos simpáticos prémios de amigos e de ocasião. Este Selo é realmente um prémio especial e que na minha maneira de ver a Blogosfera, é o mais importante que aí conheço. O meu muito obrigado, pois!
Das regras consta a nomeação pelos contemplados de blogs que os mesmos considerem preencher esses requisitos, e é sempre um momento difícil o de optar; tenho uma vasta lista de blogs linkados, e se eles ali estão é porque, por uma razão ou outra os elegi, e considero-os a todos blogs imprescindíveis, sejam de pessoas conhecidas virtualmente ou pessoalmente.
Como é omisso o número de blogs a nomear, desta vez alarguei-me e vou nomear treze blogs, que a meu ver, contribuem para um enriquecimento da blogosfera (dois ou três mais o seriam, mas já têm esta distinção).
São eles:
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Quando a "Igreja" fala...
Mas, a ideia de um homem ponderado nas suas afirmações, sereno nas suas análises, ficou profundamente abalada, a meu ver, por estas afirmações absurdas; a imagem que tinha de Sua Eminência não voltará a ser a mesma.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Passado e presente: 11 - O Mar
Eu sou o cheiro profundo, que brota da areia molhada, e se mistura às algas e detritos.
Eu sou um barco à deriva, de velas desfraldadas, pedindo-te, em socorro, um beijo.
Eu sou a Lua, no horizonte, e seus reflexos de prata, na quietude do lago adormecido.
Eu sou a tempestade súbita, grossas bátegas jorrando impetuosamente, de uns olhos que te querem ver.
Eu sou o mar!
Revoltado, sereno, liberto e...só!
Eu sou o mar!
Que te abraça e envolve.
Vem banhar-te em mim, bebe o Sol dourado das minhas cristas, ajuda-me a acalmar as fúrias, mergulha nas minhas águas, violando-me!
Eu sou o mar!
Peixe, sereia, Neptuno;
viagem de hoje, repetida sempre, sem cessar, sonho no Sol que me abrasa.
Navega-me, sente o meu murmúrio, que é grito, lamento e apelo,
sem medo, meu amor...
(foto: Agosto 1993-Grécia)
(poema: Setembro 1979-Serpa)
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domingo, 11 de janeiro de 2009
Gatos
A mais jovem, a Teka, mais irrequieta e rebelde, tem vindo a "assentar" e é já uma companheira grande dos meus silêncios e solidões, sem deixar de quando em vez de fazer a sua asneirita.
Em sua homenagem, um curto vídeo, bem representativo da curiosidade e "ousadia" felina, que recebi por mail, de uma boa amiga.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
"A dupla vida de Véronique"
Dirigido em 19991, por Krzysztof Kieslowsky, trata-se de uma espantosa meditação sobre os laços invisíveis que ligam os indivíduos. O filme, embora menos conhecido que a trilogia tricolor que lhe sucedeu (Azul, Vermelho e Branco), é uma pequena jóia, uma delícia para os olhos e os ouvidos, que importa descobrir.
A interpretação de Irene Jacob é superlativa e a música original da autoria de Zbibniew Preisner, absolutamente fabulosa, como se pode aquilatar por esta amostra, de grande beleza.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Dor do pensamento
E a Vida foi, e é assim, e não melhora.
Esforço inútil. Tudo é ilusão.
Quantos não cismam nisso mesmo a esta hora
Com uma taça, ou um punhal na mão!
Mas a Arte, o Lar, um filho, António? Embora!
Quimeras, sonhos, bolas de sabão.
E a tortura do Além e quem lá mora!
Isso é, talvez, a minha única aflição.
Toda a dor pode suportar-se, toda!
Mesmo a da noiva morta em plena boda,
Que por mortalha leva…essa que traz.
Mas uma não: é a dor do pensamento!
Ai quem me dera entrar nesse convento
Que há além da Morte e que se chama A Paz!
sábado, 3 de janeiro de 2009
Três "Lágrimas"
É deveras belo ver e sobretudo ouvir estas vozes "a chorar" cantando.
(não se assustem, são apenas cerca de 6 minutos e não 16...)
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Desafio dos sonhos
Foi-me proposto pela “Apenaseu” e o desafio consiste em.
a) Escrever uma lista com 8 coisas que sonho fazer ou com as quais sonhe(esta variante é minha…)
b) Convidar 8 bloguistas a responder ao mesmo.
c) Comentar no blog de quem partiu o desafio.
d) Comentar no blog de quem desafiamos.
e) Mencionar as regras.
Eis os meus sonhos: 1. Que os problemas de saúde que tanto atingiram familiares e Amigos em 2008, diminuam e se suavizem.
2. Que eu posso ver finalmente resolvido um caso, que me tem “perseguido” desde há três anos a esta parte.
3. Que eu consiga usufruir mais da companhia de quem muito amo.
4. Que haja Paz no mundo.
5. Que as pessoas olhem, principalmente os detentores dos poderes político e económico, com outros olhos os problemas do ambiente.
6. Que a intolerância seja uma palavra banida do dicionário, nomeadamente a intolerância sexual.
7. Que ganhasse um prémiozito no euro milhões que me permitisse, não ficar rico, mas enfrentar melhor o futuro.
8. Que o Benfica seja campeão.
Resta a parte mais difícil e “chata”, que é nomear os 8 “sacrificados” e que são:
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Fotos do ano
domingo, 28 de dezembro de 2008
A tropa cá do João 13 - (Moçambique 7)
Foi com alvoroço e muita satisfação que iniciámos a preparação da coluna auto que levaria os homens e o material ainda operacional até Nova Freixo, uma cidadezinha simpática, onde a guerra nunca tinha chegado, e de onde iríamos depois até Nampula, de comboio. Deixámos no quartel as viaturas inoperacionais e os “edifícios” que serviam de casernas, e de apoio logístico: administração, transmissões, saúde e messe de oficiais e sargentos e ainda um edifício, esse sim construído por nós e que era a minha habitação e posto de comando; fizemos um grande pano onde escrevemos “Oferta do exército português ao povo de Moçambique” e ala., que se faz tarde…Eu fui de avião com o pessoal administrativo, pois transportávamos o cofre e documentação importante que não devia ser transportado em coluna, apesar de esta coluna auto nem poder ser considerada de alto risco.
Chegados a Nova Freixo, todo o pessoal, com dinheiro no bolso pois tinham recebido o pré antes da partida, procurou com naturalidade o óbvio e que não tinham no quartel no mato: diversão, essencialmente baseado no álcool e nas mulheres; até eu, após um bom banho e uma refeição normal na messe me dei ao luxo de ir ao cinema. Instalado na minha cadeira, fui várias vezes interpelado por militares da PM (polícia militar) que me questionavam o que fazer com o soldado A ou B, apanhados com copos a mais a perturbar a santa calma da cidade; a minha resposta foi sempre a mesma, que os prendessem e os deixassem passar a bebedeira na esquadra pois de manhã, estariam bem , a não ser a ressaca; ao menos não provocariam distúrbios…
Passados dois dias, e feito o abate do material, lá rumámos a Nampula, num comboio que quase dava tempo para nos apearmos e voltar a entrar; chegámos à capital militar de Moçambique, após longuíssimas horas de viagem, e nem me passava pela cabeça os trabalhos que me esperavam naquela cidade; mas isso fica para o derradeiro episódio desta saga.
Como há muito não publicava nada desta série, podem seguir o último episódio aqui e aqui.
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Justiça portuguesa
Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados.
Desde a morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,
Ao desaparecimento de Madeleine McCann,
Ao caso Casa Pia
Do caso Portucale Operação Furacão
Da compra dos submarinos
Às escutas ao primeiro-ministro
Do caso da Universidade Independente
Ao caso da Universidade Moderna
Do Futebol Clube do Porto
O Apito Dourado
Ao Sport Lisboa Benfica
Da corrupção dos árbitros
À corrupção dos autarcas
De Fátima Felgueiras
A Isaltino Morais
Da Braga parques
Ao grande empresário Bibi
Das queixas tardias de Catalina Pestana
Às de João Cravinho
As operações imobiliárias da Obriverca
As alterações dos PDM’s para beneficiar construtores.
As acusações feitas por Marinho Pinto bastonário da Ordem dos Advogados e que o MP prometeu investigar.
Dos doentes infectados por acidente e negligência com o vírus da sida?
Do miúdo electrocutado no semáforo
Do outro afogado num parque aquático?
Das crianças assassinadas na Madeira
Do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
A miúda desaparecida em Figueira?
Todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
As famosas fotografias de Teresa Costa Macedo?
Aquelas em que ela reconheceu imensa gente 'importante', jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão?
Os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran
Os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
A distribuição aos amigos das casas da Câmara de Lisboa.
Pois é... a justiça portuguesa está de Parabéns!
Depois de anos e anos a batalhar eis que surgem os primeiros resultados. Prenderam um jovem que fez um download de música ...YEAAAAAAAAH!... VIVA!!!!
Primeiro português condenado à prisão por pirataria musical na Internet!... O Indivíduo poderá passar entre 60 a 90 dias atrás das grades por ter feito o download e partilhado música ilegalmente com outros utilizadores!...
Confirmam-se as declarações do Bastonário dos Advogados: “O Ministério Público é muito forte com os fracos e muito fraco com os fortes”, afirmou.
“Existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e andam por aí alguns impunemente a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade, sem haver mecanismos para lhes tocar. Alguns até ocupam cargos relevantes no aparelho de Estado português, ostensivamente”, afirmou Marinho Pinto, citado pelos jornais portugueses. Segundo afirmou, “o fenómeno da corrupção é um dos cenários que mais ameaça a saúde do Estado de direito em Portugal'.
(lido aqui)
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Inverno
Quis o acaso, que uma vez, ao ver um filme, se não estou em erro, chamava-se “O Ídolo”, era com a Jennifer Jones e tratava de um romance problemático entre uma mulher de meia idade e o melhor amigo do seu filho, reparasse numa cena, muito bela da entrega dessa mulher ao adolescente numa sala apenas iluminada pelo fogo de uma lareira (o filme era a preto e branco) e nessa cena havia um fundo musical fortíssimo e que o próprio adolescente, desconhecendo-o quer identificar tendo a senhora em questão indicado que se tratava do “Inverno” de Vivaldi. Nunca tinha ouvido o nome deste compositor, mas no dia seguinte entrei numa discoteca para comprar o disco, pois tinha gostado muito; aí me informaram que podia comprar o vinil em 45 rotações, ou optar pela obra completa, que se chamava “As Quatro Estações” em 33 rotações, opção que escolhi.
Foi este o primeiro disco clássico que comprei e esta a primeira obra sinfónica que ouvi na íntegra; ao longo dos anos desenvolvi o gosto por este tipo de música, comecei a interessar-me e vindo para Lisboa a estudar comecei a assistir a concertos, bailados e óperas, sempre com agrado crescente; mas Vivaldi e o seu “Inverno” sempre ficaram no meu ouvido e ainda é hoje uma das melodias que mais oiço.
Entrados que somos no novo solstício, que coincide quase no calendário com as festividades do Natal e Ano Novo, e porque há muito perdi o gosto pelo Natal tradicional , porque se avizinha um ano assaz difícil e agreste, como agreste é esta estação do ano, e porque vivo momentos de alguma agitação, com características invernosas, por tudo isto, resolvi “comemorar estas festas” com este post, não querendo deixar de desejar a todos que passem esta época o melhor possível e dentro das vivências habituais de cada um.
Por mim, recordo John Steinbeck e chamar-lhe-ia mais apropriadamente “O Inverno do Nosso Descontentamento”.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Déjanito
Mas estávamos longe e não era fácil marcar um encontro para tomar um café, ou mesmo combinar um local a “meio caminho”, para passar um fim de semana; uma deslocação de um de nós ao país do outro era necessária, mas também não era fácil; implicava custos, mas mais que isso, algum risco de se não ser a pessoa pensada. Claro que a “fotografia” estava feita há muito, mas há sempre contornos que só o conhecimento real nos pode revelar; seria que “conjugávamos” na convivência diária em todas as suas facetas, incluindo necessariamente a sexual, como parecia acontecer virtualmente?
Depois de muito conversarmos sobre o assunto, ficou assente que eu iria a Belgrado conhecer-te e ficaria em tua casa durante duas semanas; é curioso que este passo se concretizou apenas após nove meses ( o tempo de uma gestação) depois de nos conhecermos virtualmente, o que mostra que não foi algo de impetuoso…
Descrever a sensação do nosso primeiro encontro, no aeroporto, é impossível! Não há palavras, nem houve quase palavras, apenas um enorme sorriso mútuo e um trocar de dedos no táxi que nos transportou à cidade, até tua casa; aí, mal a porta se fechou por de trás de nós, libertámo-nos e pudemos finalmente “encontrarmo-nos um ao outro", como tanto ansiávamos. Foram 15 dias inesquecíveis e em que consolidei definitivamente o amor que já te dedicava. A separação, a primeira de várias, foi dolorosa.
Depois foi o começo dos encontros, sempre demasiado curtos e das separações, sempre muito sofridas; duas vezes aí, duas vezes cá, em Londres e em Itália; apenas algo mitigou sempre a dor do adeus e foi a certeza, com data escolhida, do próximo encontro.
Durante os longos períodos de separação, estás sempre comigo e há rotinas que não quebramos: um telefonema perto da hora do almoço, quando possível um beijo rápido no MSN durante a tarde e o namoro nocturno, chova ou faça sol, e mesmo quando há compromissos, ou espero por ti ou tu por mim; e por vezes as conversas nem são longas, pois há cansaço ou sono, mas basta ver o teu sorriso e trocar aquelas nossas frases, para ser sempre bom o nosso “reencontro” diário; por vezes, (deixemo-nos de ser hipócritas), mas muito raramente, vamos um pouco mais além, naquilo que a webcam permite, o que não poderá ser considerado mal e que me dá muito mais prazer do que se estivesse a viver uma “situação real” com outra pessoa; finalmente não nos deixamos dormir sem por telefone desejarmos com um beijo uma noite descansada um ao outro.
Esta a nossa rotina, “quebrada” aqui e ali, com um SMS ou um telefonema a dizer “Adoro-te”, de parte a parte ou por uma ou outra notícia mais urgente.
Agora, aprazado que estava o nosso próximo encontro para 2 de Fevereiro, novamente em Belgrado, há infelizmente uma quase certeza de que o mesmo não se irá efectivar nessa data o que acontece pela primeira vez; e, pior que isso, não há, nem pode haver, por ora, uma data certa, apenas a certeza do encontro aí e que será o mais breve possível. Esta desilusão, esta incerteza, traz-me angustiado. Mas há momentos na vida que nos fazem partidas e eu estou a viver um desses momentos; circunstâncias várias, impedem-me de me deslocar nessa data e esse facto apenas aumenta ainda mais os problemas que vou tendo. Sinto que da tua parte, também isto te afecta, embora o teu feitio seja muito diferente do meu; aliás somos mesmo muito diferentes e daí a nossa complementaridade. Eu tenho os meus problemas, variados e reais e tu tens os teus, necessariamente diferentes, mas também reais; daí a necessidade cada vez maior de nos termos, um ao outro.
Como tudo seria diferente para mim, se ao fim do dia, no terno abraço nocturno, te pudesse contar naquele tom de voz “baixinho”, tudo o que vai passando e tu sabes, mas que preciso de te sussurrar enquanto te sinto ao meu lado.
Preciso, mais que nunca, de ti, Déjan, da tua presença, do teu abraço, do teu calor, do teu cheiro… Nunca, ao longo de três anos, precisei tanto de ti, e, logo agora não posso contar os dias que faltam para te voltar ouvir chamar-me aqueles nomes amalucados que inventas para mim e que me fazem tão feliz. E sei que também tu precisas de mim, pois conheço-te como ninguém. Tu, além de mim, não tens ninguém que te conheça por inteiro, a quem possas falar de TUDO aquilo que és, e dos teus anseios; tens amigos fabulosos, conheço-os, mas no teu país, o peso de ser diferente é ainda maior do que aqui.
Preciso muito de ti; pela primeira vez, a distância torna-se insuportável…
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Mudanças em Washington
Como é normal, nestes casos, os novos "inquilinos" das residências oficiais fazem pequenos ajustes para se sentirem mais de acordo com o seu modo de viver.
Obama apenas pediu uma pequena alteração: que fosse pintada a fachada da sua nova residência; resta um problema - como chamar agora à casa oficial do presidente americano?
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
"We All Sleep Alone"
Somebody, somewhere, turns off the lights
Somebody all alone faces the night
You've got to be strong when you're out on your own
Cause sooner or later, we all sleep alone
Nobody, nowhere, holds the key to your heart
When love's a possession, it'll tear you apart
You may have lovers wherever you roam
But sooner or later, ooh, we all sleep alone
Oh, the young and the young at heart wait
But the wait never ends in the soul
When you feel love is all gone away
Independence has come
And into the night I go
Don't make no promises that I can't keep
I won't be no prisoner of somebody's needs
You may have lovers wherever you roam
But sooner or later, ooh, we all sleep alone
Ooh, we all sleep alone
Yeah, yeah, we all sleep alone, yeah
And I know, And I know how you feel
Like I've taken what you're saying to me
Cause we all sleep alone
Yes, we all sleep alone
domingo, 14 de dezembro de 2008
"Porque ainda se morre de amor" (transcrição)
Hoje fico em casa. Deveria sair, meter-me na confusão da grande metrópole sob a copiosa chuva, o vento desagradável, o frio, fazer as compras de Natal, enfrentar os grandes armazéns cheios de gente, mas fico em casa.
Hoje estou como o tempo, cinzento, chuvoso, porque não sei lidar com o que não consigo entender.
Ontem vi morrer uma criança. Nunca tinha visto morrer ninguém mas não esperava ver morrer uma criança.
Chamou pela mãe que não estava. Depois chamou por mim que não estava. Mas eu, ao contrário da mãe, estava na mesma cidade e não noutro continente.
Já falara antes aqui do meu menino. O único que não estava terminalmente doente e que ficara sem mãe devido à burocracia estúpida e à lei cega e insensível que pensa defender a civilização ocidental mas a despe da boa moral, da alegria e do amor.
Não foi a doença que matou o meu menino, foram as leis. Desde que a mãe teve de tomar a decisão, fazer a impossível escolha, pior do que a de Sofia e bem mais real, que o menino deixou de comer e quando o fazia, rejeitava, e nesta rejeição não só dizia que não à comida mas também ao tratamento. Com os meses o brilho dos olhos definhava, o olhar tornava-se perdido e ver este olhar numa criança, dói.
Quando me via, sorria e abraçava-me. Pedia-me para não desaparecer como a mãe havia feito.
Ontem quando me ligaram, saí do escritório e fui ao hospital.
Desta vez não me pediram que me desinfectasse ou vestisse a bata azul ou que cobrisse os sapatos. Disseram-me: “Entra, só chama pela mãe e por ti. Achamos que não passa desta noite.”
Sorri-lhe como pude. Sorriu-me e pediu-me um beijo. Estive ali três horas a olhar para o meu menino, o meu preferido, a sorrir-lhe e a passar-lhe a mão pelo cabelo encarapinhado. No silêncio cortado pelo “bip” das máquinas.
Adormeceu mas eu fiquei ali a olhar para ele de coração partido e alma desfeita. Estremeceu, abriu os olhos, olhou para mim e sorriu. Aqueles olhos enormes naquele rosto tão magro.
E num minuto o "bip" tornou-se infinito, entraram as enfermeiras, o médico enquanto eu assistia a tudo como se fosse um filme em câmara lenta e só via aqueles olhos grandes fixados em mim.
A cidade calou-se à minha volta e a paz reinava. Fui até a casa e sentei-me às escuras no silêncio. Ignorei o telefone quando tocou, fugi dos compromissos que tinha, vira morrer uma pessoa, uma criança, o meu menino.
Já tarde, quando as pessoas que haviam saído já dormiam, saí, caminhei lentamente sob a chuva da madrugada que me lavava a alma e acalmava a revolta.
Entrei em casa ensopado, já o céu clareava. Dormi profundamente e quando acordei ainda chovia.
Ainda vejo aqueles olhos grandes e negros fixados em mim.
Para muitos, para as estatísticas, foi mais uma criança que morreu de sida.
Para mim foi uma criança que morreu por amor."
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
"Soldadó"
O livro em causa chama-se “Soldadó” (não, não é erro, é mesmo este o nome), e é de autoria de Carlos Vale Ferraz (pseudónimo de Carlos Matos Gomes), que nasceu em 1946 em Vila Nova da Barquinha, fez os estudos secundários no Colégio Nun’Álvares em Tomar e frequentou a Academia Militar. Entre 1967 e 1974 cumpriu missões militares em África. O seu primeiro romance e o mais célebre foi “Nó Cego” (1983). A ele se seguiram “De Passo Trocado”(1985) e a novela “Soldadó” (1988). O tema destes livros foi sempre o mesmo: a Guerra Colonial; dentre outros livros publicados posteriormente, alguns dedicados a vivências africanas, mas não exclusivamente sobre a guerra, avulta “Os Lobos não usam Coleira” (1991), que foi adaptado ao cinema – “Os Imortais” de António Pedro Vasconcelos.
“-Os portugueses são o melhor povo do mundo em reconciliações, palavra de honra! - garantiu o capitão Baltazar. - Um português nunca fica de mal com o semelhante para sempre!
- Temos a esperteza suficiente para saber que um dia podemos vir a precisar de um favor dos nossos inimigos… - apoiou o Majorué.
- Sim, se não falássemos àqueles que nos ofenderam a quem iríamos meter cunhas?”
Soldadó é um militar deslocado para África, em plena Guerra Colonial. Pouco dotado de inteligência e obediente que nem um cão, Soldadó sente-se às mil maravilhas nas suas funções militares. Acata todas as ordens que os sargentos lhe dão com um «sim, senhor» entusiasta, só se sentindo em segurança ao cumpri-las.
De um combate misterioso que ninguém sabe ao certo como começou, Soldadó foi o único ferido. Abre-se um inquérito para tentar esclarecer os factos ocorridos.
É neste inquérito que os sargentos vão contando ao comandante encarregado do relatório a história incrível de Soldadó – o seu nascimento em Cabeça Seca, a sua incursão na vida militar, a viagem para África a bordo do Niassa, as suas funções militares em África.
Com muito humor, são também relatados pitorescos e caricatos acontecimentos militares, pondo em causa toda a instituição militar e, muito particularmente a Guerra Colonial.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Crises
É o que se ouve dizer e é verdade, nós sentimo-la, todos os dias, nos mais variados aspectos da vida.
E também chegou aqui, à Blogosfera, nalguns casos mais directamente relacionados com ela, como se pode notar na acentuada ausência de postagens de alguns bloguistas (refiro-me é claro, aos que habitualmente leio e comento), que costumavam ser mais assíduos, e que agora, por falta de tempo ou motivação, têm andado desaparecidos; infelizmente, esta “crise” na Blogosfera, tem também uma outra razão, bem mais grave e triste, e que se refere àqueles que não postam ou comentam, por razões de saúde suas ou de entes queridos; a esses a minha solidariedade nunca regateada.
Hoje, por exemplo, hesitei muito na escolha do tema, e por isso optei por estar aqui a divagar…
Apetecia-me deixar uma referência ao desaparecimento de António Alçada Baptista, que mais do que um “escritor de afectos” como é comum chamar-lhe, foi para mim uma pessoa amiga, embora há já tempos que com ele não privasse; as nossas famílias sempre foram amigas, já que somos da mesma cidade, Covilhã, e quando eu era pequenito ele me levava às costas nas férias estivais nas Penhas da Saúde; fica a saudade do Homem e dos tempos…
Enfim, a crise vai continuar, na blogosfera, em Portugal e no mundo, com violência, tragédias e poucas, muito poucas alegrias.
Esperemos por dias melhores, mas quando???
domingo, 7 de dezembro de 2008
Better
Our love has changed
It's not the same
And the only way to say it
is say it..it's better
I can't conceal
This way I feel
For all the times we spend together
Forever just gets better
Seem what I'm try to say is
You make things better
And no matter what the day is
With you here it's better
I stand by you
If you stand by me
I think it's time that I reveal it
Cause I believe it
It's better
Seem what I'm try to say is
You make things better
And no matter what the day is
If you're here it's better
Ooh the more I write song to you
I'm fall in love with everything you do
Oooh..
Seem what I'm try to say is
You make things better
And no matter what the day is
With you here it's better
Our love has changed
It's not the same
And the only way to say it
is say it..it's better
Esta música é linda e o clip é bem conseguido.
Dedico-o a uma pessoa - a TI!
VOLIMTE CHAKO PAKO
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Passado e presente: 10 - Redacção: os pinguins
Redacção: -"OS PINGUINS"
Os pinguins são uns animais muito bonitos. São aves, mas não voam. São como os patinhos, pois podem nadar.
Vivem em grupos muito grandes, nas terras geladas.
São animais de que toda a gente gosta. Eu também gosto muito de pinguins. É o meu animal preferido. Até faço colecção de pinguins e já tenho muitos...
Aqui em casa, há pinguins por todo o lado, e até há uma pessoa a quem chamo "Pinguim"!
Se calhar, foi por causa dessa pessoa que passei a gostar ainda mais de pinguins.
Há muitos amigos que me oferecem pinguins, e às vezes até tenho alguns iguais.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Metamorfoses
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
O HIV mata...
sábado, 29 de novembro de 2008
Musicalidades
O desafio é responder às perguntas com nomes de músicas de apenas uma banda ou cantor à nossa escolha e depois lançar o mesmo desafio a mais pessoas.
Aqui vai:
O que é o passado?
YESTERDAY
Tenho um pneu furado…
HELP!!!
Estás mesmo bem?
LET IT BE
Déjan
I WANNA HOLD YOUR HAND
Ando farto da vida…
ALL YOU NEED IS LOVE
A gaja está-me a comer com os olhos
SHE LOVES YOU
A próxima viagem
ACROSS THE UNIVERSE
Meio de transporte
YELLOW SUBMARINE
A noite passada
A HARD DAY’S NIGHT
O que Portugal precisa
REVOLUTION
Vou conseguir fazer isso
WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
Estás tão só…
COME TOGETHER
E agora tenho que arranjar alguém que ache piada a isto e lhe dê seguimento
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Datas - 2
Nesta segundo ano, o blog “cresceu” muito, não só em número de amigos que tenho linkados, como nos comentários e também conheci muita gente ao vivo, grande parte devido ao jantar de Abril, que espero se repita em Abril do próximo ano e com sucesso ainda maior, mas também devido a encontros posteriores, que se proporcionaram, e o pic-nic, organizado pelo Miguel, nas Caldas, em Julho ajudou, assim como a ida ao porto com o Déjan, em Junho.
Houve pessoas, que por razões várias “saíram do barco”, poucas aliás, se comparar com as que “embarcaram”, e a maior parte das que saíram, foi porque desistiram dos blogs, o que é sempre uma pena; claro que a vida está difícil, e essa dificuldade reflecte-se em tudo, e nota-se nos últimos tempos um certo “abrandamento” das postagens, porque as pessoas têm coisas mais importantes em que pensar, obrigações dobradas, enfim, e há os ciclos de maior ou menor interesse bloguístico.
Uma coisa me enche de satisfação e que é a quantidade de bons amigos que aqui ganhei e que estou certo, com ou sem blog, continuarão a sê-lo; qualquer referência seria deselegante, mas é-me impossível não nomear uma pessoa, dessas a quem me ligam já laços de uma grande amizade e que vive momentos difíceis; a ele, ao Catatau dedico este meu post de aniversário e mando-te um desafio, João: quero-te à minha beira com o teu J., em Abril próximo, no futuro jantar de bloguistas.
A todos, que me lêem, que me comentam e que fazem o favor de serem meus amigos, um enorme obrigado e para tod@s, beijos e abraços.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Datas - 1
A primeira foi no dia 2 deste mês, precisamente o último dia em Itália, aquele passado no Lago de Como; foi dia de aniversário de alguém demasiado importante para aqui não ser lembrado: a minha Mãe que nesse dia cumpriu 87 lindas Primaveras; é uma felicidade quando se chega a essa idade com saúde física e mental; claro que a idade não perdoa e a locomoção faz-se com maior dificuldade do que há uns anos atrás, mas está linda a minha Mãe!!!
Para homenageá-la, embora saiba que ela não vem ver este texto, (mas talvez agora no Natal lho mostre), a sua canção preferida de há muitos anos, o “Innamorata” pelo Dean Martin e porque ser mãe é a coisa mais linda do mundo, aproveito para prestar uma homenagem a todas as mães deste mundo, pondo aqui este vídeo, que “rapinei” aqui.
Parabéns Mãe, amo-te muito!