Ao pé do Oceano ingénuo e manso,
Que reze à meia-noite em voz magoada
As orações finais em meu descanso…
Há-de embalar-me o berço derradeiro
O mar amigo e bom para eu dormir!
Velei na vida o meu viver inteiro,
E nunca mais tive um sonho a que sorrir!
E tu hás-de lá ir…bem sei que vais…
E eu do brando sono hei-de acordar
Para os teus olhos ver uma vez mais!
E a Lua há-de dizer-me em voz mansinha:
- Ai, não te assustes…dorme…foi o Mar
Que gemeu…não foi nada…’stá quietinha…
Florbela Espanca
Finalmente partiste! Sim, eu sei, já tinhas partido, mas ainda restava o teu corpo…
Agora posso finalmente, e na ausência desse corpo, recordar-te com serenidade.
Foste a minha companhia de meninice, com quem brincava e com quem “guerreava”.
Fomos dois confidentes até o mar nos separar e também de certa forma o teu casamento…
Apesar de tudo, sempre defendeste a minha “diferença”, perante a homofobia do teu ex-marido.
Venceste lá longe, duas grandes batalhas, e sozinha: o abandono do teu marido ao fim de 40 anos de casada, e (julgava eu), derrotaste a morte ao sobreviveres a um linfoma; afinal, apenas tinhas vencido uma batalha, pois a morte acabou por vencer o combate!
Quando comemorar o próximo aniversário, não voltas a dizer-me a frase de todos os anos: “Oi mano, estás quase a apanhar-me, outra vez.” E, em Julho não mais te direi “Oi mana, voltaste a fugir”.
Agora fugiste de vez…mas não do meu coração.
Reencontraste anos depois da tua separação um novo amor e não hesitaste em regressar aqui, para seres muito feliz, neste último ano; e como o merecias…
Foste para os nossos três irmãos a Ana Maria ou a Ana; nunca o foste para mim, porque sempre te tratei, até à última vez que te vi, já no hospital, pelo nome que me ensinaram a tratar-te: Ni- Ni!!!!
Agora posso finalmente, e na ausência desse corpo, recordar-te com serenidade.
Foste a minha companhia de meninice, com quem brincava e com quem “guerreava”.
Fomos dois confidentes até o mar nos separar e também de certa forma o teu casamento…
Apesar de tudo, sempre defendeste a minha “diferença”, perante a homofobia do teu ex-marido.
Venceste lá longe, duas grandes batalhas, e sozinha: o abandono do teu marido ao fim de 40 anos de casada, e (julgava eu), derrotaste a morte ao sobreviveres a um linfoma; afinal, apenas tinhas vencido uma batalha, pois a morte acabou por vencer o combate!
Quando comemorar o próximo aniversário, não voltas a dizer-me a frase de todos os anos: “Oi mano, estás quase a apanhar-me, outra vez.” E, em Julho não mais te direi “Oi mana, voltaste a fugir”.
Agora fugiste de vez…mas não do meu coração.
Reencontraste anos depois da tua separação um novo amor e não hesitaste em regressar aqui, para seres muito feliz, neste último ano; e como o merecias…
Foste para os nossos três irmãos a Ana Maria ou a Ana; nunca o foste para mim, porque sempre te tratei, até à última vez que te vi, já no hospital, pelo nome que me ensinaram a tratar-te: Ni- Ni!!!!












“Os nomes são como os limões: iluminam a árvore sem nela se diluírem. Talvez por isso mesmo, “



Refiro este assunto agora para, à laia de intróito, mostrar a minha estupefacção perante as afirmações ontem proferidas pelo mais alto dignitário da igreja católica no nosso país, D.José Policarpo (mas porque é que os cardeais são Dons?), Cardeal Patriarca de Lisboa, na Figueira da Foz (no casino, local bem escolhido…), sobre as severas advertências às jovens portuguesas no que respeita a eventuais casamentos com muçulmanos; é incompreensível numa altura em que tanto se fala em ecumenismo se profiram tais afirmações que, além do mais, podem também ser apelidadas de pouco oportunas pela eventual desconfiança com que actualmente se olham os muçulmanos, como que se eles fossem todos potenciais terroristas; claro que condeno firmemente a posição extremada dos muçulmanos radicais e as suas “guerras santas”.











Em jeito de balanço, e agora que já não tenho paciência para aquelas escolhas dos "melhores e piores" do ano, em vários sectores, socorro-me de um assombroso conjunto de fotos escolhidas por uma entidade americana, como as melhores de 2008, para lembrar o ano que agora finda.


