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quinta-feira, 24 de abril de 2008

The naked maid

Este é um dos números do musical "Naked Boys Singing", que foi exibido, sempre com grande êxito, na Broadway e em vários países europeus. Os nove intérpretes, todos eles excelentes cantores e bailarinos, actuam sempre completamente nús.

Para quando no nosso país??

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Maurice Béjart


2007 está a um mês de se despedir, mas entre as muitas personalidades que a morte ceifou neste ano, mais uma há, infelizmente, a referir: a do grande coreógrafo francês Maurice Béjart.
Nascido a 1 de Janeiro de 1927 em Marselha foi o responsável de três companhias de bailado que o tiveram como director; primeiro, em 1954, o Ballet de l'Étoile, depois em 1960, o Ballet du XXe Siécle, sediado no Teatro de la Monnaie, em Bruxelas e finalmente a partir de 1987 o
Ballet de Lausanne, sediado nesta cidade suiça, onde faleceu ontem, depois de hospitalizado há dias com problemas cardíacos.
Béjart é responsável por inúmeras obras ao longo de mais de 50 anos de carreira, mas foi no seu tempo de director do Ballet du XXe Siècle, que teve os seus maiores sucessos, nomeadamente "A Sagração da Primavera", o "Bolero (Ravel)", protagonizado pelo seu primeiro bailarino e grande amor Jorge Donn, falecido muito jovem, vitima da sida e "Romeu e Julieta".
Foi um coreógrafo, que durante vários Festivais Gulbenkian da Música, esteve presente em Portugal, com as suas principais obras, até ao escândalo que relatei no meu texto de 20/08/2207, cujo título é "Uma noite inesquecível".
Já depois do 25 de Abril e com o Ballet de Lausanne continuou a incluir Lisboa nas suas digressões, tendo eu visto quase todos os seus espectáculos.
Não posso deixar de lhe render a minha homenagem, pois foi um homem da cultura, cuja obra acompanhei de perto e não esquecerei jamais a sua figura, sempre de negro vestido, com a sua barba e o seu rosto fechado.
Até sempre, Maurice Béjart.

Faço um aditamento: é obrigatório ir a "O melhor dos dois mundos", e ver o vídeo de homenagem a Béjart, pois é lindíssimo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

De "Narciso" a "Masculine"


Desde que começou a sair a revista “Time Out”, já por três vezes utilizei sugestões que aí encontrei, não para os filmes de estreia, peças de teatro nos palcos mais conhecidos, concertos há muito anunciados ou exposições nos sítios do costume; apenas referências pequenas, difíceis de encontrar noutros locais.

Assim, fui ver a exposição “Zoolywood”, que aqui referi em recente post; mas antes disso fui a um espaço que desconhecia em absoluto, num 1º.andar em frente ao Conservatório, ao Bairro Alto, e que tem o curioso nome de “Bomba Suicida”, onde há espectáculos alternativos, e onde assisti a uma peça de bailado, “Narciso”, com coreografia e interpretação de Filipe Viegas, sendo o palco uma pista de dança quase vazia, apenas com um dançarino, na sua tentativa de agradar, de conquistar tudo e todos; o público segue-o através dos seus passos de dança, e ele avança para uma exposição mais erótica ou porno provocadora. O exibicionismo, que vai entre o degradante, o íntimo ou o enternecedor é uma última tentativa de captar o desejo/amor do público, que o vê expor-se. Talvez até à alma. “Narciso” é uma peça sobre a solidão. Infelizmente já não está em exibição.

Esta tarde foi a vez de ir ao Teatro Maria Matos, assistir a um “bailado”, coreografado por Paulo Ribeiro, nome que não necessita apresentação no panorama da dança em Portugal.

Um quarteto de intérpretes masculinos protagonizam “Masculine”, uma peça intensa, quase febril, capaz de levar fàcilmente o público ao riso ou às lágrimas e que gira à volta do que aproxima esses intérpretes da “pessoa” de Fernando Pessoa.

Miguel Borges, Peter Michael Dietz, Romeu Runa e Romulus Neagu são os intérpretes de um espectáculo, com um ritmo avassalador, e que não encaixa bem, numa só nomenclatura, pois sendo essencialmente dança ( e que bem dançam os quatro intérpretes), tem também teatro, pantomina e tem...Fernando Pessoa, em todos os seus “eus”.

Termina com uma admirável sequência de sobreposição de corpos ao som do “Bolero” de Ravel, onde não falta alguma erotização. Enfim, um espectàculo imperdível, mas que, não entendo bem porquê, esteve apenas em cena, sábado à noite e domingo à tarde.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Uma noite inesquecível


Nos tempos da “outra senhora”, o deserto cultural que constituía o nosso país, tinha anualmente um oásis, durante alguns dias, com um acontecimento chamado “Festival Gulbenkian da Música”, e que era da responsabilidade de uma das pessoas que mais fez pelo desenvolvimento da cultura em Portugal, ao longo das décadas de 60/70, Madalena Azeredo Perdigão, esposa do todo poderoso e muito influente presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.

Assim, durante alguns anos, pudemos ver e ouvir em Lisboa grandes nomes da música clássica e contemporânea, do canto operático e da dança clássica e moderna.

Aguardado com expectativa pelo público, quando os ingressos eram postos à venda, longas filas se formavam, com horas de antecedência, para se obter os bilhetes que interessavam. Eu era um dos que não faltava e graças a estes festivais tive o imenso prazer de poder assistir ao vivo, no Coliseu, a concertos de grandes orquestras, como a Sinfónica de Berlim, dirigida por Karajan, a um memorável e dos últimos concertos do extraordinário pianista Artur Rubinstein, por mais que uma vez aplaudi o mais famoso par do ballet clássico da segunda metade do século XX: Margot Fonteyn e R.Nureyev, mas também os modernos representantes do ballet contemporâneo de então: Merce Cunningham, Martha Graham, Alvin Ailey e naturalmente Maurice Béjart, que era aliás habitual nos programas do festival.

No ano de 1968, mais uma vez Béjart estava presente, para apresentação do seu último trabalho, na altura, uma versão moderna e perfeitamente assombrosa de “Romeu e Julieta”, com música de Berlioz. Para esse espectáculo, foi necessário desmontar mais de metade da plateia do Coliseu, e em vez do bailado ser dançado no clássico palco italiano, isso acontecia num alargado círculo, dividido em sectores, quais gomos de uma laranla, alternadamente a preto e branco, nessa parte “conquistada” à plateia; aliás todo o espectáculo era dominado pelo preto e branco, incluindo os figurinos dos intérpretes. A conhecida obra de Shakespeare er aqui transformada num fortìssimo libelo anti-bélico (estava-se em plena guerra do Vietnam), que ia num “crescendo” de violência até à cena final, arrebatadora, em que a música era por vezes abafada pelo som da metralha e se ia ouvindo repetidamente o célebre “make love, not war”.

No final, o público estava em delírio.

Sucede que este espectáculo tinha duas datas consecutivas, e eu, afortunadamente, conseguira bilhete para o primeiro dia, 6 de Junho. Claro que a lotação estava esgotada para os dois dias.

Quando os aplausos infindáveis ainda se faziam ouvir, nomeadamente os do camarote presidencial, onde pontificava o “venerando” chefe de Estadp, Américo Tomaz e parte do Governo, eis que Béjart, como sempre de negro vestido, aparece à boca de cena, pede silêncio e numas breves palavras disse o que então era impensável ouvir pùblicamente em Portugal: - que estava muito satisfeito com a receptividade do público português ao espectáculo e que não podia deixar de homenagear nessa noite, um homem, paladino da liberdade e que tinha sido assassinado umas horas antes – Robert Kennedy, um homem, dizia, que sempre fora ao longo da sua vida um defensor das liberdades contra as opressões, e que para ele, Béjart, era uma ocasião única referir esse facto num país governado por uma ditadura, onde a liberdade não existia...e por aí fora...

Claro que, perante estas palavras, enquanto as “excelências” desapareciam apressadamente de cena, o entusiasmo do público, maioritariamente jovem crescia exponencialmente e o impensável aconteceu uma vez mais: o Coliseu a cantar quase em uníssono, a Internacional!!!!

Quando finalmente, se saiu do Coliseu, a rua parecia um comício e a animação era enorme, não só na Rua das Portas de Santo Antão , mas também pelo Rossio e Restauradores. Embora se visse anormal aparato policial, e era já uma hora da madrugada, não houve qualquer repressão policial; mas as consequências foram imediatas, pois ainda nessa noite Béjart foi conduzido à fronteira, e só regressou a Portugal, depois do 25 de Abril, e òbviamente foi cancelado o segundo espectàculo do “Romeu e Julieta”.

Foi das noites mais memoráveis dos meus tempos de estudante universitário, em Lisboa.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Fabuloso...genial




Não há palavras para descrever isto. Apenas ver, e aplaudir.


A China aparece aos olhos do mundo, emtodos os campos. É o país do futuro, mas o futuro é hoje, já!