sexta-feira, 29 de junho de 2012

Words I like

Esta semana é aquela onde se comemora um pouco por todo o lado o chamado "Orgulho Gay" (Pride), pois é o aniversário da revolta e da consequente repressão que se verificou a 28 de Junho no bar "Stonewall" em Greenwich Village (Nova York).
No nosso país, em Lisboa, realizou-se no sábado passado a Marcha e amanhã o Arraial, no Terreiro do Paço; gostaria que, como nas principais cidades do mundo os dois acontecimentos fossem na mesma data, mas assim não acontece. Lá estarei, para rever amig@s e passar um pouco da noite, bem disposto.
Entretanto já aqui afirmei o meu recente entusiasmo pelo "Printrest" e vou trazer aqui ao blog diversas imagens que fazem parte dos meus boards, e hoje, porque está na altura própria, seleccionei do board "Words I like", da minha página, algumas frases relacionadas com o mundo gay e a homofobia que o rodeia









terça-feira, 26 de junho de 2012

Um bom fim de semana

Pois é. Ultimamente tenho-me fechado em casa,mas este fim de semana proporcionou-se um fim de semana diferente, cheio de animação e de Sol...
No Sábado, deixei o carro em casa e fui de comboio até ao Rossio. Fui ao encontro da Marcha LGBT, que comemora o Orgulho Gay
Como é hábito, gosto de ver primeiro a Marcha e depois incorporo-me nela; assim vou encontrando gente amiga com quem converso um pouco e tenho uma ideia geral da forma como está organizada. Gostei bastante, com um conjunto amplo de representações e um aumento de gente assinalável - quem viu esta Marcha há 10 anos e a vê agora...

Junto ao Jardim de S.Pedro de Alcântara, o meu primeiro poiso, fui "caçado" pelo amigo Vasco, do Dezanove, que me fez uma curta entrevista e que aqui transcrevo:

“Junto ao miradouro de São Pedro de Alcântara encontramos João Roque. "Gosto de ver a amplitude da marcha, depois junto-me. Tenho vindo sempre diz. Antigamente ficava mais no passeio, agora não. Nos primeiros anos era mais folclórico. Agora vê-se mais diversidade." Com 66 anos de idade João lamenta a falta de visibilidade das figuras públicas portuguesas. Mas João está também presente por aqueles que não podem estar com ele fisicamente neste dia: "Tomara que no país do meu namorado, a Sérvia, fosse assim. Lá as pessoas são na sua maioria homofóbicas e há partidos nacionalistas, o que torna necessário haver muita polícia. Há mais polícia que manifestantes!", exclama. E João prossegue: "Embora haja abertura por parte do Governo o problema está entre estes elementos e a polícia e a marcha acaba por ser cancelada por questões de segurança."

Depois, juntei-me à Marcha no Chiado, e pude conviver com mais pessoas conhecidas.
Quando a Marcha acabou fui a um pequeno café, no limiar do Bairro Alto, onde comi alguma coisa e assisti ao jogo Espanha-França.
Quando regressava à estação do Rossio, pelas Escadinhas do Duque, tive que me render à beleza de Lisboa; tantos restaurantes naquelas escadas, uma noite magnífica e uma vista linda, linda, com o Castelo de S.Jorge ao fundo.

No Domingo tinha a comemoração de um aniversário de um amigo no monte que ele e o namorado possuem perto de Grândola. É um monte lindíssimo, que eu tenho acompanhado no seu "crescimento" desde há longos anos
O calor era muito, mas havia a piscina para refrescar e esperar pelo almoço que só começou perto das quatro da tarde. Sardinha assada e muitas e variadas saladas e uma espectacular sangria de vinho branco.
Depois foi um alegre convívio, com banhos à mistura, a fazer horas para ver o Inglaterra- Itália, sendo eu o único a apoiar os ingleses; claro que perdi.
A noite estava soberba e não apetecia mesmo regressar a Lisboa.
Mas lá teve que ser e claro que estava cansado, mas feliz pelo excelente fim de semana que passei.

sábado, 23 de junho de 2012

Quando a música é Vida...

Partilhei este vídeo no Google+, onde foi publicado pelo José Carlos (Felizes Juntos).
E pensei que um vídeo assim, deveria ter uma partilha mais ampla. Daí a fazer um post dele.
Por favor, não se abstenham de o ver por ser de 12 minutos de duração (sei que isso afasta muita gente), pois ao fim da sua visão sentir-se-hão muito mais felizes.
Há coisas lindas no mundo, apesar do que eu disse (e mantenho) no post anterior...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Um mundo novo

É cada vez mais recorrente no meu pensamento o facto de estarmos, e não me refiro só ao que se passa em Portugal, ou na Europa, mas em todo o planeta, a assistir a uma destruição da Vida.
Sim, falo do ambiente, mas não só;  falo da subjugação económica a interesses cada vez mais obscuros, da imensa e cada vez mais profunda desigualdade social, do desrespeito pelos valores maiores que o ser humano deve ter como base, enfim de um mundo que caminha para o abismo sem querer perceber que pode e deve parar…
Está na nossa vontade, no nosso empenho, na nossa força, como habitantes deste planeta, não nos demitirmos de ter uma parte activa nesta desconstrução da felicidade, pois é disso que se trata.
Assistimos a uma progressiva diminuição de competências políticas, à ausência de gente com carisma, e o mundo é regido cada vez mais por complexas e nebulosa teias de interesses que lentamente asfixiam as liberdades humanas.
É tempo de parar. É tempo de dizer basta. É tempo de um “Novo Mundo”.
Porque, apesar de tudo, resta sempre a esperança, porque a música nos acalma, nos ajuda e nos faz reflectir, pois haja música.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

"Crying Men"

Sam Taylor-Wood, nasceu em Londres, em 1967 e é uma artista especializada em fotografia, vídeo e também em cinema, tendo-se graduado no Goldsmiths College.
Os pais do Taylor-Wood divorciaram-se quando ela era adolescente, e Samantha foi morar com a mãe e o padrasto numa comunidade New Age. Quando ela tinha dezasseis anos, sua mãe abandonou-a. Samantha teve problemas nos estudos e foi-lhe difícil entrar na escola de arte, mas finalmente conseguiu. Após a realização de variadas coisas, começou a fazer curtas-metragens em vídeo e tirar fotos.
Em 1995, Taylor-Wood casou-se com Jay Jopling, e a sua primeira filha, Angelica, nasceu em 1997. Logo depois, foi –lhe diagnosticado um cancro no cólon, que conseguiu superar, mas em 1999, foi-lhe diagnosticado um cancro da mama do qual resultou em uma mastectomia. Está actualmente casada com o actor britânico Aaron Johnson, que conheceu na gravação do seu filme “Nowhere Boy” .
Taylor-Wood foi nomeada para o Prémio Turner em 1998.
Algumas de suas obras incluem imagens de gente muito conhecida no mundo musical e social inglês. As suas fotografias estão expostas na National Portrait Gallery, em Londres, no Museu Guggenheim e nas melhores galerias do mundo, sendo uma das artistas britânicas mais aclamados do momento, o que não impede que os seus detratores digam que o seu verdadeiro talento está os números de telefone da sua agenda. Uma agenda que foi bem aproveitada em 2004 com a série Crying Men. São vinte e sete retratos de famosos atores do sexo masculino que se submeteram ao teste de um sincero choro diante da sua câmara. As imagens levantam a questão do que é realmente verdadeiro ou não, nas emoções transmitidas.
Aqui ficam várias fotos dessa famosa série:

Benício del Toro

Paul Newman

Robert Downey Jr.

John Leguizamo

Jude Law

Sean Penn

Gabriel Byrne

Hayden Christensen

Robin Williams

Kris Kristofferson

Tim Roth

Steve Buscemi

Daniel Craig

Ryan Gosling

Dustin Hoffman

Forest Whitaker

Michael Madsen

Ed Harris

Laurence Fishburne

terça-feira, 12 de junho de 2012

Viagens - 5

Corria o início dos anos 60 quando o meu Pai me proporcionou uma deliciosa surpresa; nos negócios da nossa firma têxtil, comprávamos alguma matéria prima, lã, a uma firma inglesa, sediada no Yorkshire.
Ora tendo um dos gerentes dessa firma ido à Covilhã, o meu Pai combinou com ele uma ida minha a Inglaterra, durante o Verão, para praticar a língua inglesa e também para “desabrochar” um pouco.
A estadia seria a cargo desse senhor, exactamente na cidade de Bradford, perto da firma dele e ele teve o cuidado de escolher uma casa familiar, com quartos para alugar, onde eu também tomava as minhas refeições; pude assim ter um contacto com a verdadeira comida inglesa que adorei, com aqueles molhos magníficos. Ainda por cima e para me ajudar mais, uma empregada da casa era uma rapariguita portuguesa, a Conceição, que tinha vindo directamente da Madeira, para ali; quando começámos a falar, não percebia nada do que ela dizia, pelo que combinámos falar em inglês…Também estava ali de férias, um jovem espanhol de Barcelona, um pouco mais velho do que eu e com quem convivi bastante.
Mas antes, devo referir a viagem, a primeira ao estrangeiro, sem ser Espanha, completamente sozinho. Fui de comboio e aproveitei a companhia de três amigos da Covilhã que iam passar férias a Londres e fomos juntos. Recordo que fomos no Sud Express até Paris,tendo chegado à Gare de Austerlitz e só tivemos tempo de apanhar o metro para a Gare do Nord,
início da viagem até Calais. Ali fomos no ferry, até Dover, viagem nocturna, razão pela qual pouco desfrutei da minha primeira viagem de barco.
Quando chegámos à estação de Victória, separei-me dos amigos e fiquei entregue a mim próprio. Confesso que aquela estação me intimidou, pela sua grandeza
e fiquei sem saber bem o que fazer, já que tinha perdido o contacto do senhor e naquela altura não havia telemóveis. Era o fim da tarde e então reparei num pequeno local de acolhimento e ajuda a turistas; lá me dirigi, expliquei a minha situação e pude observar a magnífica eficiência inglesa: uma senhora começa a fazer telefonemas para aqui e para ali, e passado meia hora chamou-me e comunicou-me que estava tudo resolvido. Tinha falado para Portugal com o  meu Pai que lhe deu o contacto do senhor inglês, ela contactou-o e combinou com ele o nosso encontro numa determinada estação, um pouco antes de Bradford, Wakefield. Assim, devia tomar o comboio na linha “x”, às tantas horas, que chegaria às tantas horas a essa estação, onde o referido senhor me esperaria. Como eu não o conhecia, ela deu-me algumas referências a seu respeito tendo feito o mesmo em relação a ele. Devia pois ir comprar bilhete, e depois teria tempo para ir comer alguma coisa, ou na estação, ou ali perto.
Assim, por incrível que pareça, e como sucedeu com Paris, nada vi de Londres. Fiz como ela disse e a viagem foi divertida pois ia num compartimento com uma polaca, um russo e um inglês; os dois primeiros bebiam constantemente vodka e já estavam alcoolizados pelo que foi muito interessante aquele bocado de tempo. Quando cheguei a Wakefield, lá me encontrei com Mr. Joseph, que de carro me levou à casa onde ficaria hospedado em Bradford; foi uma sensação diferente viajar num carro com o trânsito do lado contrário, heheje…
Depois, os dias foram muito interessantes; embora Bradford fosse uma cidade bastante banal e sem grandes atractivos,
eu e o espanhol íamos conhecendo os arredores, com uma óptima piscina em Ilkley, a poucos quilómetros e Leeds, uma grande cidade era mesmo ali perto.
Fartei-me de ir ao cinema ver filmes proibidos pela censura em Portugal, entre os quais o “Dolce Vita” do Felinni e “The Servant” do Losey.
Sempre que podia, Mr.Joseph ia buscar-me para me levar a diversos sítios: fui conhecer a sua empresa e almoçar com a sua família e então fui ver coisas muito interessantes: um jogo de futebol a Old Trafford, em Manchester, entre o United e o West Bromwich Albion;
um jogo de críquete (uma seca, pois não percebi nada, em Birminhgam), corridas de cavalos, em York, uma cidade linda, linda,
e ainda fomos a Sheffield, Coventry, sei lá mais onde. Coventry tinha a catedral velha completamente destruída durante a 2ª.GG, e a nova, maravilhosa obra de arquitectura, ali perto.




O meu relacionamento com o catalão era óptimo, tendo-me ele convidado a visitar Barcelona no ano seguinte, o que fiz. Não sei porquê, mas hoje penso que ele seria homossexual, mas eu, nesse tempo, ainda não era devasso para descobrir essas coisas, hehehe.
Um mês depois, a falar muito melhor a língua inglesa reuni-me com os meus amigos na estação de Victória para a viagem de regresso a Portugal.
Como não tinha levado muito dinheiro e embora lá não tivesse gasto muito, estava sem cheta, no comboio. Os meus amigos ainda reuniram os últimos trocos para uma refeição baratinha no Sud, mas eu fiquei no meu lugar; o meu espanto quando uma senhora já de idade, muito simples no vestir, toda de preto, com um lenço na cabeça, pensei que era uma emigrante, me perguntou porque não tinha ido com os meus amigos, comer. Eu menti e disse que não tinha fome; ela riu-se e disse-me que pensava num neto dela, mais ou menos da minha idade e que se ele estivesse na minha situação, com fome e sem dinheiro, gostaria que alguém o ajudasse, pelo que me convidava a ir almoçar com ela ao restaurante do comboio; pois não me fiz rogado e imaginem a cara dos meus amigos, a ver-me almoçar no Sud, enquanto eles comiam umas sandocas…
Afinal a senhora era da família Calheiros, mãe do então Conde da Covilhã, e até conhecia pessoas da minha família.
O que de maravilhoso nos acontece numa viagem!
Paris e Londres ficaram adiadas.

P.S. - Só agora e bem recordado pelo amigo Coelho, vi que já tinha referido algo desta viagem no post "Viagens - 2".


sábado, 9 de junho de 2012

Construção de imagens

Tenho um novo entretenimento, aqui na net, é o Pinterest, que consiste em partilhar coisas de que se gosta e que temos "armazenadas" em variadas pastas, às quais damos os nomes que bem entendemos (Boards).
Claro que vamos seguindo quem nos interessa, ou melhor quem tem coisas que nos interessam e também nós somos seguidos por outras pessoas.
Fui conquistado por uma série de imagens, que não são fotos, não são ilustrações, e quis autonomizá-las num Board, mas fiquei hesitante no nome a dar ao Board, cheguei a perguntar ao Félix, e acabei por chama-lhe "Construção de imagens", que me parece apropriado.
Deixo aqui algumas imagens desse meu Board, e já agora, pedia a quem tivesse uma sugestão para um melhor nome do que este, que o indicasse.
E que tal interessarem-se também pelo Pinterest?
Podem ver aqui a minha página, em que estão os diversos Boards que constituí.