sábado, 18 de outubro de 2008

Finalmente...


“Dio, como ti amo”, Déjan!!!
Amanhã, finalmente, um abraço, um longo e forte abraço e nele todo um imenso mundo de sentimentos…
Não serão muitos, apenas quinze, os dias, mas serão plenos, estou certo. A Itália, com epicentro em Milão, vai ser abalada por um terramoto de afectos e carícias, que afectarão toda a Lombardia, o Piemonte e a bela Toscânia. O Francesco, nosso anfitrião vai ajudar-nos a construir o mapa do sismo.
Assim, durante duas semanas este blog vai estar de férias, merecidas, pois está, também ele cansado.
Gostaria muito de lembrar alguém que “vai comigo”, no meu coração; sim, porque um Amigo cabe sempre no meu coração: Força, estamos contigo!!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um Boy George quase viril...

Ainda se recordam de Boy George? Mas talvez não se recodem dele com um ar tão "masculino" como nesta canção dos inícios dos noventas, se não estou em erro...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Há muito tempo...


Há muito tempo não necessitava tanto de encontrar o forte abraço do Déjan, como hoje…
Há muito tempo não tinha a noção da grandiosidade da palavra AMIZADE…
Há muito tempo não me sentia tão só, numa casa compartilhada a dois, mas “vazia”, porque alguém está merecidamente de férias…
Há muito não se me humedeciam os olhos, em momentos diversos do dia…
Há muito tempo não pensava na precariedade da vida…
Há muito tempo não reparava no imenso alcance da frase lapidar que tanto uso, mas poucas vezes interiorizo: “Muito triste estava por não ter sapatos, mas alegrei-me ao encontrar um homem sem pés”…
Há muito tempo não via os meus gatos virem ter comigo e lamberem-me (as feridas do coração)…
Há muito tempo sabia que as amizades virtuais da blogosfera se transformam por vezes, em grandes Amizades, mas nunca como hoje…
Há muito tempo não pensava que a solidariedade pudesse ser tão poderosa…

E tudo isto, porque ontem levei um incrível e doloroso murro no estômago!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Passado e presente: 9 - Antony and the Johnsons


A primeira vez que ouvi algo deste intérprete, foi ao ver um magnífico filme, “Wild Side”, de Sébastien Lifshitz, sobre a vida de um travesti, com uma soberba interpretação de um tema fortìssimo, cantado “a cappella”, e reparei na peculiar e andrógina figura do intérprete. Aguardei os créditos finais e fixei o nome da canção, "I feel in love with a dad boy”" e também do intérprete, Antony, do grupo “Antony and the Johnsons”.
Posteriormente, procurei explorar o que havia sobre este grupo e fiquei rendido, apenas lamentando ter perdido o concerto que trouxeram há bem pouco tempo a Lisboa, e que inclusive havia visto publicitado no "Y" do "Público", até na 1ª.página. Mas ainda não sabia o que vim a perder...É óbvio que há temas que me marcam mais que outros. Além do citado, o meu preferido é "Fistfull of love”", embora cite também "Spiralling", "The lake" e "You are my sister" (com a colaboração de Boy George). Foi com alguma surpresa e muito agrado que vim a encontrar num destes dias num blog extremamente agradável e bem elaborado “Bichos de seda”, uma animação do tema "The Lake", da autoria de Adam Shekter, o qual vivamente recomendo, bem como outras animações do mesmo autor sobre temas deste grupo.

Adenda: este post foi publicado em 20 de Novembro de 2006; entretanto, o Blog "Bichos de seda", infelizmente cessou a sua publicação; e encontrei no "Dailymotion" a animação de que falava, e que com muito gosto aqui deixo.



sábado, 11 de outubro de 2008

Sobre as praxes...


Permito-me transcrever aqui um texto publicado neste blog, e que eu não me importaria de assinar por baixo, no que diz respeito a tudo o que está escrito, à excepção do primeiro parágrafo, pois nunca estive envolvido nestes “rituais”. Não me venham com o argumento de que é uma forma de integrar os novos alunos na Universidade, pois há variadíssimas formas disso ser feito com decência e originalidade. È pena que muita gente se “acobarde” e não denuncie casos de que foram vítimas, como alguns já surgiram, felizmente.


“Eu fui praxado, fiz tudo o que me foi exigido e não bufei, tentei levar a coisa com alguma descontracção. Eu já praxei. A praxe que fiz foi levar uns quantos caloiros a beber uns copos (uns pagos por eles, outros pagos por nós, os que estávamos), e pintalgar a cara de outros tantos. E mesmo quando era jovem e inconsciente era incapaz de tirar da humilhação ou do sofrimento de alguém qualquer tipo de prazer ou satisfação. Vou-vos descrever agora aquilo que eu já vi nas praxes: cabelos cortados, simulações de sexo, exibição dos genitais, caras enfiadas em excremento de cavalo, longas caminhadas com os pés descalços, raparigas obrigadas a vestir a roupa interior por cima de toda a outra, caloiros bombardeados com tudo quanto é imundice, extorsão de dinheiro, ameaças de agressão física, ingestão de bebidas altamente alcoólicas contra-vontade, deglutição de papel higiénico, humilhação pública extremada sob as mais diversas formas. Tudo isto, no perímetro das instalações da escola onde estudei, com o conhecimento da Direcção da mesma. Integração? Convivência académica? Vão mas é dar banho ao cão e vender essas patranhas a quem vo-las compre. Gostava que algum iluminado me explicasse de uma forma plausível o nível de integração que pode atingir alguém que é obrigado a enfiar a sua cabeça dentro de um balde de merda. A praxe é a grande oportunidade que os broncos e os socialmente inadaptados têm para brilhar alguns dias. A praxe é uma prática medieval. A praxe contraria todos os princípios de uma educação académica e social superior. A praxe é um circo romano académico em que são libertados os mais selvagens instintos de pessoas que se dizem civilizadas, com quase total impunidade. A praxe é uma palhaçada sem jeito que, espero sinceramente, não tardará muito a ser banida do meio académico. Morte à praxe.”

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

"Brando, mas pouco"



“A intensidade animal que Marlon Brando transmitiu a Stanley Kowalski em “ Um Eléctrico Chamado Desejo” é a mesma destas páginas baseadas em material reunido ao longo de toda a vida por Darwin Porter, repórter veterano de Hollywood. O fecho éclaire dos jeans que Brando tornou famosos nessa interpretação abre-se numa biografia que traça o resultado fiel e sem tabus do maior actor cinematográfico do século XX. Um retrato cru, implacável e “para adultos”. De símbolo sexual a gordo desmazelado, Brando foi a estrela mais original do mundo do cinema. Bissexual assumido, seduziu mais mulheres e homens do que qualquer outro actor de Hollywood. Os seus encontros secretos com figuras como Greta Garbo e Cary Grant são relatados com naturalidade, tal como o são as suas “f**** caridosas” com estrelas como Joan Crawford, Bette Davis ou John Gielgud. Pela cama de Brando passaram famosos e engates desconhecidos(…)”

Esta é parte da contra-capa do livro “Brando, mas pouco”( Bradon Unzipped), de Darwin Porter, editado entre nós pela Editora “Pedra da Lua”. O seu autor relata-nos em pequenos capítulos a vida de Brando, assente sobretudo na vertente sexual, ainda antes do seu avassalador êxito na peça "Um Eléctrico Chamad Desejo", encenada por Elia Kazan e da autoria de Tenesse Williams, apresentada na Broadway, até á realização do seu único filme “Cinco Anos Depois”. O mais curioso para mim, neste livro, não é tanto o lado voyeur das sua múltiplas aventuras sexuais, algumas descritas ao pormenor pornográfico, mas a uma visão bastante completa da vida da Meca do cinema, nas décadas de 40 a 70; passam pelos nossos olhos todos os grandes actores e actrizes, os principais filmes, e, confesso, nunca imaginaria uma “putice” tão grande naquele meio. Para quem gosta de cinema é um manual imprescindível, focado nessa mítica figura de Marlon Brando, que teve tanto de bom actor, como de homem intratável e perfeitamente promíscuo, elevado à potência máxima…
Lê-se com agrado, embora demasiado grande, mas nunca chega a ser “massudo”.Ao pé de Hollywood daqueles tempos, e porventura de sempre, qualquer episódio escandaloso relatado numa primeira página do “24 Horas”, é um livro para crianças….

terça-feira, 7 de outubro de 2008

[A]

Este é o nome do blog da minha amiga Ana, a quem roubei este vídeo e que é dos blogs que mais aprecio na "minha" blogosfera, e a quem dedico, naturalmente este post.
Conheci a Ana, quando em Junho fui dois dias ao Porto com o Déjan, apresentada pela nossa querida cicerone Duxa, de quem é amiga; aliás a Ana esteve para vir ao nosso jantar de bloguistas, mas ao próximo, não lhe perdoarei a ausência. Ela é uma jovem estilista, nada convencional, e que me parece estar a ter uma carreira profissional promissora.
O seu blog, tão minimalista como o nome escolhido [A] demonstra uma tremenda sensibilidade e se em muitos casos está directamente ligado à sua actividade profissional, até nesses posts ela põe um cunho pessoal que interessa a toda a gente que gosta do belo; noutras situações partilha connosco, imagens, vídeos e músicas do seu gosto e que nunca me deixam indiferente; as palavras são mínimas neste blog, e nem fazem muita falta. Este vídeo é disso exemplo.





Ballet maar dan toch zeer "koel"

domingo, 5 de outubro de 2008

Ser professor hoje


Há muito que leio, oiço e constato quão ingrato é ser-se professor hoje em dia, no nosso país; fui professor durante vários anos e gostava muito da minha profissão, de dar aulas, de contribuir para dar aos miúdos e menos miúdos algum contributo que lhes fosse útil mais tarde; tenho hoje, muitos amigos, professores, e revejo na sua quase totalidade, esse mesmo gosto pela profissão que têm.
Confesso, independentemente de conceitos políticos e de conjunturas pontuais, que, se eu continuasse a ser professor hoje, estaria profundamente desiludido, pois sentiria que todas as energias voluntáriamente gastas no exercício do meu mister, estavam a ser "queimadas" em burocracias que além de transformarem um ser humano numa máquina, acabam por ser contraproducentes pois obrigatóriamente o professor não pode , como antes, zelar pelo mais elementar cumprimento da sua profissão e que é ENSINAR, aqui incluindo, não só a transmissão de conhecimentos, como também toda uma complexa mas apaixonante envolvência com os alunos, com os seus problemas e anseios, substitiundo em muitos casos, os próprios pais, que se demitem dessa fundamental tarefa.
Ser professor hoje, continua a ser exercer uma profissão nobre, talvez das mais importantes do mundo actual, mas é também, e cada vez mais, uma profissão de risco.
Eu hoje, e tenho muita pena de o afirmar, não gostaria de ser professor!!!!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008