segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Viajar pelo mundo!"

































Estas fotos que aqui deixo, sobre a cidade de Berlim, foram todas tiradas da última entrada de um blog que acompanho há tempos, da autoria de uma senhora brasileira e que se chama "Viajar pelo mundo!".
É um blog magnífico e que é de uma utilidade extrema para quem quiser viajar e encontrar nele uma postagem sobre a cidade que quer visitar.
A autora é de um preciosismo fabuloso e documenta-se de uma forma que nos sugere o melhor a visitar em cada sítio.
É um blog que eu aconselho VIVAMENTE!!!!
E houve a feliz coincidência de nele aparecer quase simultâneamente com o meu post anterior, esta entrada http://www.viajarpelomundo.com/2009/08/berlim-ano-vinte.html - claro que teria que aproveitar o conteúdo e a oportunidade de dar a conhecer este blog.
A blogosfera é partilha, não só do que escrevemos, mas também daquilo que os outros escrevem... e bem.

domingo, 30 de agosto de 2009

Berlim pela Primavera


Costumo encontrar-me com o Déjan três vezes por ano, durante 15 dias de cada vez; é mês e meio no conjunto de 12 meses e só nós dois sabemos como isso nos custa e dói…

Mas, por ora, não pode ser de outra forma; tirando duas excepções; Londres e Milão, os nossos encontros ou são aqui em Portugal ou na Sérvia (uma vez estivemos na casa do seu Pai, em Zadar, na Croácia).

E tudo isto porque nos é impossível pagar alojamento noutras cidades que muito gostaríamos de visitar, a começar por irmos a Paris; Londres e Milão foram possíveis, porque aí temos amigos que nos receberam amavelmente em suas casas e agora para visitar outras cidades, temos que encontrar quem nos acolha…

Pois hoje, estou muito feliz, pois o meu amigo Fernando que há muitos anos vive em Berlim, mas é um homem que não pára quieto devido à sua vida profissional, me confirmou que podemos ficar no seu apartamento naquele que será o nosso primeiro encontro de 2010, possivelmente lá para Março, altura do meu aniversário. Ele não estará lá, pois irá passar o primeiro semestre em Espanha (presidência espanhola da EU), mas o apartamento estará por nossa conta!!!!

Assim, quando me despedir no Outono do Déjan, em Belgrado, será com um “Auf wiedersen” até Berlim!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Precaução sim, alarmismo não


Eu não sou um conhecedor aprofundado de doenças, não pertenço aos quadros da saúde pública ou privada, e considero-me um perfeito leigo nesta matéria.
Por outro lado, sei perfeitamente que o vírus H1N1 se propaga por contágio com uma grande facilidade e rapidez, pelo que devemos todos actuar em conformidade com as normas de segurança amplamente divulgadas.
No entanto também não sou estúpido e no meu pensar, sempre me fez alguma confusão o demasiado alarmismo com que este vírus da gripe está a ser propagandeado; não são as previsões do número de pessoas que podem vir a ser infectadas que eu contesto; mas alguém já deu uma previsão do número de mortes causadas “directamente” por esta gripe? Alguém já me explicou o porquê das imensas mortes causadas todos os anos pela chamada gripe sazonal, e que não é alvo de qualquer notícia a não ser quando as urgências dos hospitais e os centros de saúde entopem?
É esta discrepância que me confunde; em Portugal já contraíram o vírus cerca de 2500 pessoas, mas nunca estiveram internados mais do que 10 pessoas simultaneamente; dos casos mais graves, todos, com maior ou menor dificuldade se foram resolvendo. Claro que é natural que haja mortes, mas nunca em quantidades proporcionais (nem de longe nem de perto) com o número de casos que contraíram o vírus.
As autoridades portuguesas têm procedido bem, principalmente na contenção do alarmismo, com a Ministra da Saúde a dizer ontem que dos eventuais doentes com a gripe H1N1 em Portugal, cerca de 90 a 95% dos casos serão de pouca gravidade.
A única coisa que não tem funcionado bem tem sido a linha de Saúde 24, mas espera-se que também aí as coisas melhorem.
Mas estes números e esta situação portuguesa, tem que ser enquadrada numa perspectiva mais alargada, do mundo em geral. E é aí que entra o assunto do vídeo, que a Ana (mais uma vez) fez o favor de me enviar.
Vejam-no e pensem, não em ficar despreocupados, mas em ficar menos alarmados.
Eu concluo que há gente, e gente com grandes responsabilidades, que não olha a meios para obter os seus fins…

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

NOJO!!!!!!!!!

Alberto João Jardim é o presidente do Governo Autónomo da Madeira, região que faz parte do território nacional e que se rege pela lei portuguesa. Pode legitimar-se a si próprio como líder incontestado da população madeirense, nas suas intenções de voto, mas nada mais que isso; é um cidadão como qualquer outro com direitos e deveres. Simplesmente para este homem os direitos são um feudo de que não abdica e aos deveres volta as costas. Não é inimputável, e por isso custa a acreditar que ao longo da sua longa carreira política, continue impune à enorme quantidade de insultos que tem dirigido aos detentores dos mais altos cargos constitucionais portugueses, nomeadamente Presidentes da República e Primeiro Ministros.

A mais recente foi ter chamado “bandido” a José Sócrates, o que institucionalmente é absolutamente reprovável, e mostrado, uma vez mais, no seu estilo, apalhaçado e perfeitamente alucinado a sua homofobia, conforme se pôde constatar nos media:

"Eu pergunto àqueles que um dia acreditaram num partido que foi de Mário Soares, que foi de Almeida Santos, que foi de António Guterres, que foi de Manuel Alegre, se este partido agora tem alguma ideologia. Eu pergunto aos portugueses se estão dispostos a votar num homem que não tem ideologia e cujo único princípio é o poder custe o que custar".

Num comício realizado na ilha do Porto Santo, o líder do PSD da Madeira disse ainda que nada tem contra as opções sexuais de cada um, mas advertiu que também mais respeito pelos "valores de quase nove séculos da pátria portuguesa". Tudo para atacar Sócrates: "Este partido [PS], a única coisa programática que apresentou até agora foi o casamento dos homossexuais". Este "não é o meu Portugal", acrescentou.

É devido a políticos portugueses como este, como Manuela Ferreira Leite e a sua prosaica declaração sobre “procriação”, de políticos do CDS, que mais valia estarem caladinhos sobre este assunto, para não se “queimarem”, que se tem aberto caminho para situações como a que este vídeo relata: um NOJO!

E ainda dizem que não deve haver orgulho por se ser gay em Portugal… pois eu tenho muito orgulho em sê-lo, e desmascarar estes homofóbicos de ópera bufa!!!


(este post foi-me "sugerido" pelo post publicado pelo amigo Maldonado).

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Conto - 1

P tinha 27 anos e apenas perdera a sua virgindade aos 23 e com um homem; estava ainda em luta consigo próprio para aceitar a sua condição de homossexual, pelo que não frequentava bares, saunas ou outros locais de fáceis encontros e a internet, com todas as suas possibilidades virtuais, não existia ainda. No entanto, era um rapaz perspicaz e “farejava” os seus iguais muito facilmente, com um simples olhar…e não perdia uma oportunidade, desde que isso lhe parecesse seguro e apetecível.

Claro que fora do seu habitat normal, as coisas fluíam de outra forma e assim quando viajava, surgiam por vezes, situações curiosas.

Certa noite estival, algures numa capital europeia, P dirigia-se calmamente para o seu hotel, em busca de um descanso para as muitas visitas do dia; era cerca da meia-noite e na zona mais próxima do hotel, não havia grande movimento. Não foi difícil, pois, e devido ao tal instinto para “adivinhar” o não óbvio, que ao cruzar-se com G, um jovem bonito, um pouco mais jovem que ele se tivesse dado o tal curto-circuito visual que era infalível. E assim começa o "jogo" do andar e parar, repetidas vezes, e quando tudo indicaria que um contacto oral seria o lógico passo a ser dado, P decidiu continuar o “jogo”, arriscando-se a perdê-lo, mas afinal era um jogo…

Continuou o seu caminho até ao hotel, sempre seguido a pouca distância por G; entrou e dirigiu-se à recepção a pedir a chave do quarto; não precisou de olhar para trás para saber que G esperava no átrio; dirigiu-se ao elevador, agora já com a presença de G a seu lado, mas sem uma troca de palavra, apenas o esboço de um sorriso mútuo. À porta do quarto, um compasso de espera e P quebra o silêncio: “do you want come in?”, a idiota pergunta que só teve como resposta a efectiva entrada de G no quarto.

P inquiriu o que já suspeitava: G não falava inglês e o entendimento oral iria ser nulo.

Pois o que sucedeu depois, não será difícil de ser adivinhado e apenas se poderá dizer que foi bom, muito bom mesmo, para ambos; há coisas que não precisam de palavras, nem para serem descritas nem para explicar o prazer que dão.

Estranhamente, G após p prazer saciado, começou a vestir-se, sem sequer tomar um duche e P, nu, na cama, assistia com alguma estranheza a isso; qual o espanto quando viu G, já completamente vestido dirigir-se à mesa do quarto, já perto da porta, tirar uma nota do bolso e colocá-la na mesa; perante isso, levantou-se repentinamente, mas só teve tempo de reparar que G havia saído a correr da habitação. Não iria correr nu atrás do rapaz…

A nota permaneceu, intocada na mesa e P foi tomar um duche; nem queria acreditar no que se tinha passado; vestiu umas boxers e deitou-se à espera do sono.

Passado cerca de uma hora, P foi despertado por umas leves pancadas na porta; foi abrir e deparou-se com um jovem, belíssimo, de sorriso aberto e com uma nota na mão…Estaria a sonhar? Mas não, pois desta vez ouviu num inglês aceitável: “o meu amigo gostou muito e eu também queria…”

Inacreditável!!!!! Sem perder a compostura que costuma ter nos “grandes momentos”, P disse ao rapaz para entrar, para guardar a sua nota, a do seu amigo G para lhe devolver, e para se despir…

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"Little ashes"

Gosto muito de filmes que se debruçam não sobre personagens de ficção, mas sobre pessoas reais que de alguma forma se distinguiram durante a sua vida; se um filme desse tipo fala não da vida de uma, mas de três pessoas, diferentes no seu contributo para serem conhecidas, mas que se relacionaram em vida, tanto melhor. É o caso de “Little Ashes”, ainda não estreado entre nós e que relata o encontro e a amizade de três grandes vultos da cultura espanhola do século XX: o poeta Frederico Garcia Lorca, o pintor Salvador Dali e o cineasta Luis Buñuel, desde que se encontram, como jovens universitários, na Madrid dos anos 20 e que vai até ao assassinato de Lorca, no início da Guerra Civil Espanhola. A extravagância do jovem Dali, encontra receptividade no espírito aberto e boémio dos dois outros vultos, ambos originários das elites espanholas de então; é uma Madrid de noites de farra e de excessos, com o despontar do surrealismo, misturado na euforia do jazz, mas com imensas restrições e que anunciam à distância um confronto brutal, que acabou por ser uma espécie de ensaio para a II G.G. A homossexualidade de Lorca encontra algum acolhimento no espírito libertário de Dali, embora Buñuel não aprove essas formas de expressão sexual; aliás, é Buñuel o primeiro a achar que a Espanha dessa época nunca lhe poderia abrir caminho à necessidade de expressar a sua anti-religiosidade, através do cinema, partindo para Paris (foi em França e no México, onde faleceu, que realizou toda a sua obra). A ele se junta depois Dali, deixando Lorca só, com os seus viveres e a sua noção de cidadão de esquerda, que levaria Franco a prendê-lo e assassiná-lo, na sua Córdoba natal. Antes disso visita Dali em Paris onde este lhe apresenta a mulher que iria preencher toda a sua vida futura e lhe servirá de musa e inspiração até à morte – Gala!


Filme realizado no ano passado por Paul Morrison, terá nas interpretações as maiores críticas, tendo o realizador optado por um actor espanhol pouco conhecido para representar Lorca (Javier Beltrán) , tendo Dali a defender a sua personagem, um dos actores de “Harry Potter” e de "Crepúsculo" (Robert Pattinson) e sendo Matthew McNulty escolhido para o papel de Luís Buñuel.
Sendo eu um admirador confesso do cinema de Buñuel, a quem ficam a dever-se momentos únicos da história do cinema, como a cena do olho da curta “Un chien andalou”(1929) e a da composição da “última ceia” com mendigos, bêbados e prostitutas no fabuloso “Viridiana"(1961).

Sendo eu um admirador confesso de toda uma vasta e extraordinária obra que revolucionou a pintura , de Salvador Dali.

Sendo eu um admirador confesso dos poemas inolvidáveis de Lorca e do seu posicionamento como cidadão

"Meu entranhado amor, morte que é vida,
tua palavra escrita em vão espero
e penso, com a flor que se emurchece
que se vivo sem mim quero perder-te.

O ar é imortal. A pedra inerte
nem a sombra conhece nem a evita.
Coração interior não necessita
do mel gelado que a lua derrama.

Porém eu te suportei. Rasguei-me as veias,
sobre a tua cintura, tigre e pomba,
em duelo de mordidas e açucenas.

Enche minha loucura de palavras
ou deixa-me viver na minha calma
e para sempre escura noite d'alma. "

este filme é verdadeiramente importante; poderá não ser uma obra prima, mas é um filme a não perder.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Two Men - Zumanity


Vi este vídeo no blog “Ovelha Tresmalhada” e não resisti a “roubá-lo".
Aproveito para falar neste blog recente e que merece uma visita; precisamos sempre de sentir que não estamos a “falar para o boneco”…

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Just to think...


"Never wrestle with a pig. You get dirty and besides the pig likes it".

(George Bernard Shaw)



Esta frase serve, como poucas, para certas situações e determinadas pessoas...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"Une robe d'été"

O Verão aconselha coisas leves, frescas e assim hoje proponho uma curta metragem muito bem disposta, realizada por François Ozon, em 1996, que se chama “Une robe d’été”. Ozon, hoje um dos nomes mais conceituados do novo cinema francês, começou na década de 90 a realizar uma longa série de curtas metragens, algumas bastante ousadas e outras algo experimentais.

È homossexual assumido e assim não é de estranhar que se encontrem situações e personagens homossexuais nos seus filmes; aliás ele disse numa entrevista que não era um realizador de filmes homossexuais, mas sim um realizador homossexual que faz filmes.

Foi esta curta metragem que aqui mostro, que lhe deu bastante celebridade e lhe permitiu no final da década de 90 abalizar-se para as longas metragens. Destas, destas, eu destaco, pessoalmente o filme “Le temp qui reste”, um dos mais tristemente belos filmes que já vi.

Divirtam-se com o filme e atenção que é daqueles com bolinha vermelha no canto. Assim, os demasiado puritanos, abstenham-se…

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fotos de desporto

O desporto sempre foi um dos temas que os adeptos da fotografia mais apreciam; conseguem captar momentos únicos, alguns espectaculares, outros de rara emoção, e ainda outros onde num instantâneo momento se consegue dizer tudo sobre um acontecimento.
Estas fotos que aqui se apresentam são um exemplo de tudo isso, e foram consideradas, dentro do tema em destaque, das melhores do passado ano.