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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

G & T - Uma série italiana


Esta é a música principal de uma série de televisão italiana, que tem o título internacional de "Our Story", mas que pode ser encontrada (todos os episódios das duas séries já exibidas) no You Tube e com tradução em espanhol, francês ou inglês.

Trata-se de uma série muito interessante, essencialmente baseada na história de dois grandes amigos, um homo (Giullio) e outro heterossexual (Tomazzo), que numa noite de paródia e de bebida acabam por se beijar e das consequências desse "amor impossível" entre ambos.
Mas não é só isso, pois entre os encontros e desencontros de ambos, outras personagens bem delineadas, principalmente uma amiga absolutamente fabulosa (Sara) aparecem e dão um contributo muito bom a esta série, maioritariamente LGBT, mas com outros momentos de interesse.
A terceira série já se anuncia para breve e eu não vou perdê-la.
Os actores principais, quase todos jovens são praticamente desconhecidos, mesmo em Itália, mas são excelentes.
Matteo Rocchi é Tomazzo e é lindo de morrer.
Giullio é representado por Francesco d'Alessio, que faz lembrar um pouco o nosso Zé Maria do 1º. Big Brother.
E há uma maravilhosa Angela Miraim Ceppone a representar uma impagável Sara
enquanto Gian Lucca, um hetero, mas com muitos amigos gay é representado por Anthony Circiello
Toda a história se passa em Turim e na região de Piemonte.
Os epísódios são curtos, vêem-se muito bem e há quase sempre um "flash back" que funciona muito bem.
Recomendo sem reservas e aqui fica um pouco do último episódio da 1ª. série.

domingo, 8 de junho de 2014

"La Vie d'Adèle"

Vi recentemente o filme “La Vie d’Adèle” realizado pelo tunisino Abdellatif Kechiche, em 2013 e que entre outros prémios venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes do ano passado. 
Tem duas interpretações portentosas, da já conhecida Léa Seydoux, mas principalmente da muito jovem Adèle Exarchopoulos e algumas cenas verdadeiramente fortes, embora perfeitamente integradas na acção do filme. 
A vida de Adèle muda quando ela encontra Emma, uma rapariga de cabelo azul, que lhe permite descobrir o desejo e afirmar-se como mulher e como adulta. Perante os outros ela procura-se a si própria, perde-se, mas acaba por se encontrar através do amor e da perda.
É um filme excelente e que me fez recordar entre outros o melhor filme lésbico que já vi – “Aimée & Jaguar”, um filme alemão datado de 1999, realizado por Max Färberböck e interpretado por Maria Shrader e Juliane Köhler e cuja acção se passa em Berlim durante a II G.G.
Mostra-nos uma intensa e perigosa relação amorosa entre uma mulher casada com um oficial nazi e uma jovem judia integrada num movimento activista anti-nazi.
Foi um filme que vi num Festival de Cinema LGBT, de Lisboa, no velho cinema Roma e que muito me marcou.

Como não é muito comum, deixo aqui uma referência a vários filmes com temática lésbica que tiveram assinalável êxito, sem qualquer encadeamento cronológico.













E também assinalar uma série sobre o mesmo tema e que continua a ser a série de referência sobre o lesbianismo – “The L World” (2004-2009).


Para quem esteja interessado nos dois filmes referidos, podem visioná-los completos no "You Tube"
"A Vida d'Adèle" ...........https://www.youtube.com/watch?v=FAAXfReT4pQ
"Aimée & Jaguar"...........https://www.youtube.com/watch?v=AYSUE2YY-yU

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Cinemas de Lisboa - 11

E como é, hoje em dia, a exibição comercial de cinema em Lisboa?
Com o desaparecimento das mais variadas empresas de distribuição de filmes, restam as grandes distribuidoras, que disseminam os seus filmes por salas multiplex, quase sempre em grandes áreas comerciais.
As duas grandes companhias são a Zon Lusomundo e a Medeia Filmes.
A Zon Lusomundo está presente no Colombo


no Vasco da Gama


nas Amoreiras


e no Alvaláxia



Quanto à Medeia Filmes, os seus cinemas de exibição situam-se no Centro Comercial do antigo Monumental


no Centro Comercial Fonte Nova


e no único cinema actual de Lisboa que não está localizado num centro comercial, o King Triplex


há depois dois cinemas City, um no renovado espaço do Campo Pequeno


e o outro no também renovado espaço do antigo cinema Alvalade


finalmente, o UCI cinema, no El Corte Ingles



É pois o novo conceito de cinema comercial, mas não está completamente seguro que assim seja durante muito tempo. As tecnologias evoluem constantemente, a oferta de cinema on line é cada vez maior e as televisões, aproveitando as grandes dimensões dos últimos modelos oferecem-nos, na nossa cada, cada vez mais aproximadamente a visão de um filme num cinema, perto ou longe de si...e sem pipocas!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os mitos do cinema - Marilyn Monroe

Se alguém pode ser apelidado de mito, Marilyn Monroe é um exemplo disso. Uma mulher maravilhosamente bela, com um corpo excepcional, ela viveu apenas 36 anos, mas viveu-os intensamente, nem sempre com a felicidade que merecia.
Norma Jeanne Mortenson, o seu verdadeiro nome, nasceu em 1926, e teve uma infância difícil, sem conhecer o seu pai biológico, e aos 16 anos para fugir a uma vida errante e difícil (orfanatos e casas de parentes, pois a mãe e o padrasto não a podiam sustentar), casou com o seu namorado, de apenas 21 anos, Jimmy Dougherty.
Quando o marido foi para guerra, Marilyn, começou a sua carreira de modelo, e uma das suas fotos, que apareceu naqueles célebres calendários, fez furor e levou-a a mais altos voos.
 Divorciou-se do marido que não aceitava a sua carreira de modelo e iniciou-se no cinema, em pequenos papéis, um ano depois, em 1947.
Foi no início dos anos 50, que se começou a distinguir em filmes como "Niagara" ou "Os homens preferem as louras", ambos de 1953, "O Pecado mora ao lado" (1955), onde tem a célebre cena do vestido esvoaçando em cima do ventilador da rua,
 "Paragem de autocarro" (1956) e foi a Londres protagonizar com Lawrence Olivier "O Príncipe e a corista" (1957).
Dois anos depois ganhou o Globo de Ouro pelo seu desempenho na magnífica comédia "Quanto mais quente melhor", e em 1960, fez com Yves Montand "Lets Make Love".
Em 1961 protagonizou o seu último filme "Os inadaptados", filme amaldiçoado, já que os seus principais intérpretes faleceram todos pouco tempo depois (além de Marilyn, Clarck Gable e Montgomery Clift).
Trabalhava num filme que ficou inacabado, quando faleceu: "Something Got to Give", que tinha a cena da piscina com Marilyn nua.
A sua vida afectiva foi muito atribulada, tendo tido casos com alguns dos seus companheiros de filmagens, nomeadamente com Yves Montand.
Mas foi com Joe di Maggio, um jogador de basebol, que casou pela segunda vez, em 1954
casamento que apenas durou 9 meses. Dois anos mais tarde casou com o dramaturgo Arthur Miller, e esse seu terceiro e último casamento durou até ao início de 1961.
Curiosamente ela escolheu o dia da tomada de posse do presidente Kennedy para anunciar o seu divórcio. Sucede, que desde algum tempo antes de Kennedy se tornar presidente dos EUA, já era amante de Marilyn, e esse relacionamento continuou, e levou a especulações sobre a eventual chantagem feita por Edgar Hoover, chefe do FBI, junto dos irmão Kennedy (Robert era ministro da Justiça, que assim tutelava Hoover); nunca se percebeu bem o papel dos dois irmãos junto de Marilyn pois Robert costumava, segundo se dizia, acompanhar o irmão nas suas aventuras amorosas.
De qualquer forma, a morte de Marilyn ficará para sempre envolvida em mistério e ocorreu a 5 de Agosto de 1962, vai fazer 50 anos daqui a menos de duas semanas, pelo que este post que inaugura a rubrica "Mitos do cinema", só podia começar com Marilyn Monroe, que debaixo do seu sorriso e do seu "glamour" mostrava também a sua tristeza.
Finalmente deixo aqui um vídeo magnífico da sua mais célebre canção, no filme "Os Homens preferem as louras"

sexta-feira, 20 de julho de 2012

José Hermano Saraiva

Faleceu hoje o Professor José Hermano Saraiva, um dos grandes vultos da cultura portuguesa da segunda metade do século passado e que continuou activo ao longo da primeira década deste século.
Do passado fica a sua passagem como ministro da Educação nos tempos da ditadura, tendo sido ele que teve que enfrentar a chamada "crise académica de 1969".
Mas foi como historiador que se distinguiu, com a edição de um dos maiores "best sellers" de todos os tempos em Portugal: "História Concisa de Portugal" (1978) e posteriormente com a sua "História de Portugal", em 3 volumes (1981).
Apesar dessa sua faceta de historiador lhe ter aberto o caminho da popularidade, foram as suas várias colaborações televisivas que o catapultaram para a enorme popularidade que desfrutou no meio do nosso povo.
Senhor de uma vasta cultura e de uma muito particular  forma de se expressar, chegava facilmente ao povo, mesmo ao menos culto. O seu primeiro programa, ainda antes do 25 de Abril, foi  "O Tempo e a Alma" - RTP -1972, e vários outros, sempre na RTP e mais tarde no Segundo  Canal, da mesma RTP, onde ainda mantinha o último, "A Alma e a a Gente".
Portugal ficou mais pobre.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

João Villaret

João Villaret, foi um dos maiores actores que passaram por palcos portugueses. Villaret obteve extraordinário sucesso com os seus recitativos que, editados em disco, fizeram grande sucesso entre nós, e não sem motivo.
Natural de Lisboa, onde nasceu em 1913, Villaret dedicou-se ao teatro depois de terminar o liceu e durante os anos trinta e quarenta teve uma ascensão vertiginosa que o levou a triunfar nos palcos do teatro declamado e ligeiro e no cinema - onde assinou interpretações memoráveis em “Três Espelhos”, de 1947, e “Frei Luís de Sousa”, de 1950.
No teatro declamado teve uma interpretação fabulosa na peça “Esta Noite Choveu Prata”, no Teatro Avenida, em 1954. O seu amor pela poesia levou-a a tornar-se num dos recitadores mais extraordinários que Portugal conheceu, tendo inclusivamente deslumbrado o público da RTP com uma série de programas que aí apresentou com o seu nome “João Villaret” e em que era acompanhado ao piano pelo seu irmão Carlos Villaret.
Uma conversa, um diálogo, confissões, poesia declamada como poucos conseguiram, biografias de grandes escritores, homenagens a artistas lusos, música e até mesmo cultura popular…tudo fazia parte deste programa que tornava mágico o tempo em que o televisor estava ligado.
E o registo do seu recital no São Luiz, lançado em álbum, ainda hoje se mantém disponível.
Mas Villaret tinha também um especial apreço pela revista, onde se estreou em 1941 para escândalo daqueles que não gostavam de ver misturas. Em 1947, Aníbal Nazaré, António Porto e Nelson de Barros escrevem-lhe o Fado Falado, que criou na revista 'Tá Bem ou Não 'Tá?, verdadeira peça de antologia da história da música e do teatro popular portugueses. Um recitativo sobre uma melodia de fado onde a letra, que jogava habilmente com a mitologia do género, era não cantada mas verdadeiramente "representada" por Villaret. Outros êxitos, como A Vida é um Corridinho de 1952, ou a célebre Procissão de 1955, se lhe juntariam, mas o Fado Falado ficou marcante.
Declamava de uma maneira inigualável Fernando Pessoa, António Botto e ficou célebre a sua declamação do “Cântico Negro” de José Régio.
João Villaret morreu em Fevereiro de 1961, vítima de doença prolongada.