Estamos no final de mais um ano, tempo de balanços e de
esperança.
Quanto à esperança, confesso que ela é quase nula, em
relação a um novo ano melhor que este que agora finda; e não seria difícil, tão
mau ele foi…
Balanços, já afirmei ter sido um ano verdadeiramente mau,
não só pelas razões que (quase) todos conhecem, mas também a nível pessoal,
perdi um ente querido.
Não me vou a alongar em apontar o bom (pouco) e o mau
(muito) que houve, quer no nosso país, quer lá fora e apenas deixo aqui a minha
opinião sobre quem foram as personagens do ano de 2012.
Uma, pelas piores razões, a escolhida a nível nacional; e
porque não pode ser tudo mau, a outra, a nível mundial, pelas melhores razões e
nela assenta a maior parte da pouca esperança no ano que aí vem.
Vitor Gaspar, foi o escolhido por mim para personagem do ano nacional, embora houvesse vários outros candidatos e quase todos pela negativa.
A escolha nesta figura baseia-se em ter sido ele o pilar da (des)construção de todo um sistema económico, social e político em que ele confiava cegamente conforme a sua formação junto dos meios internacionais que agora comandam o mundo – os mercados.
A forma como ele governou o país foi catastrófica e o mais curioso é que foi ele próprio a reconhecer o fracasso dessa política, quando da sua demissão escreveu a sua famosa carta que é demolidora e que infelizmente o Governo ignorou e manteve essa forma de governar.
Já no plano internacional, a escolha é bastante consensual.A escolha nesta figura baseia-se em ter sido ele o pilar da (des)construção de todo um sistema económico, social e político em que ele confiava cegamente conforme a sua formação junto dos meios internacionais que agora comandam o mundo – os mercados.
A forma como ele governou o país foi catastrófica e o mais curioso é que foi ele próprio a reconhecer o fracasso dessa política, quando da sua demissão escreveu a sua famosa carta que é demolidora e que infelizmente o Governo ignorou e manteve essa forma de governar.
Este ano tivemos um facto inédito desde há muito – a resignação de um Papa e a eleição do seu sucessor. Independentemente das questões da fé e da religiosidade de cada um, todos sabemos que a figura do Papa tem no mundo um papel importantíssimo.
E a Igreja há muito precisava de sair da “rotina” de Papas ou muito maus (Bento XVI), ou “assim, assim” (João Paulo II).
Este Papa é o primeiro não europeu, originário de uma América Latina, cada vez mais importante no mundo actual.
Desde o princípio que o Papa Francisco nos deu uma boa imagem, mas com o decorrer do tempo essa imagem foi-se cimentando em actos e mesmo naqueles aspectos em que a Igreja é mais conservadora, para não dizer retrógrada, ele tem dado sinais de mudança, de não radicalismo.
E no que respeita aos aspectos sociais e políticos tem tido e terá cada vez mais, um papel muito importante e positivo a representar.