Jean-Michel Basquiat foi um artista americano, nascido em Nova Iorque em 1960.
Ganhou popularidade primeiro como um pintor de graffitis na cidade onde nasceu e depois como neo-expressionista.
As pinturas de Basquiat ainda são influência para vários artistas e costumam atingir preços altos em leilões de arte.
Basquiat tinha ascendência porto-riquenha por parte de mãe e haitiana por parte de pai.
Desde cedo mostrou uma aptidão incomum para a arte e foi influenciado pela mãe, Matilde, a desenhar, pintar e a participar em actividades relacionadas com o mundo artístico.
Em 1977, aos 17 anos, Basquiat e um amigo, Al Diaz, começaram a fazer graffitis em prédios abandonados em Mannhantan.
A assinatura era sempre a mesma: "SAMO" ou "SAMO shit" ("same old shit"), ou, traduzindo, "sempre a mesma merda").
Isso gerou curiosidade nas pessoas, principalmente pelo conteúdo das mensagens graffitadas.
Em Dezembro de 1978, o jornal The Village Voice publicou um artigo sobre os seus graffitis.
O projeto "SAMO" acabou com o epitáfio "SAMO IS DEAD" (SAMO está morto) escrito nas paredes de construções do Soho nova-iorquino.
Em 1978, Basquiat abandonou a escola e saiu de casa, apenas um ano antes de se formar. Mudou-se para a cidade e passou a viver com amigos, sobrevivendo através da venda de camisetas e postais na rua.
Um ano depois, em 1979, contudo, Basquiat ganhou um estatuto de celebridade dentro da cena de arte de East Village em Manhattan pelas suas aparições regulares num programa televisivo.
No fim da década de 1970, Basquiat formou uma banda chamada Gray, com o então desconhecido músico e actor Vincen Gallo. Com o conjunto, tocaram em clubes como Max's Kansas City, CBGB, Hurrahs e o Mudd Club.
Basquiat e Gallo viriam a trabalhar em um filme chamado Downtown 81 (também conhecido por "New York Beat Movie"). A trilha sonora deste tinha algumas gravações raras da Gray.
A carreira cinematográfica de Basquiat também incluiu uma aparição no vídeo "Rapture" da banda Blondie.
Basquiat começou a ser mais amplamente reconhecido em Junho de 1980 quando participou no The Times Square Show, uma exposição de vários artistas patrocinada por uma instituição de nome "Colab".
Em 1981, o poeta, crítico de arte e "provocador cultural" Rene Ricard publicou um artigo em que comentava a sua obra e isso ajudou a catapultar de vez a carreira de Basquiat internacionalmente.
Nos anos consecutivos, Basquiat continuou a exibir sua obra em Nova York ao lado de artistas como Keith Haring e Barbara Cooper.
Também realizou exposições internacionais com a ajuda de galeristas famosos.
Já em 1982, Basquiat era visto freqüentemente na companhia de Julian Shnabel, David Salle e outros curadores, coleccionadores e especialistas em arte que seriam conhecidos depois como os "neo-expressionistas".
Ele começou a namorar, também, uma cantora desconhecida na época, Madonna.
Neste mesmo ano, conheceu Andy Wharol, com quem colaborou ostensivamente e cultivou amizade. Dois anos depois, em 1984, muitos de seus amigos estavam preocupados com o seu uso excessivo de drogas e o seu comportamento paranóico.
Basquiat, então, já estava viciado em heroína.
No dia 10 de fevereiro de 1985, Basquiat foi capa da revista do The New York Times, numa reportagem dedicada inteiramente a ele.
Com o sucesso, foram realizadas diversas exposições internacionais em todas as maiores capitais europeias.
Basquiat morreu de um cocktail de drogas (uma combinação de cocaína e heroína conhecida popularmente como "speedball") no seu estúdio, em 1988.
Após a sua morte, um filme que tinha o seu nome contando a sua biografia, foi dirigido por Julian Schnabel e com o actor Jeffrey Wright no papel de Basquiat.