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sábado, 11 de outubro de 2014

Jasper Johns

Jasper Johns, Jr. é um pintor norte-americano do movimento Pop Art.
Talvez tenha sido um dos mais importantes entre os pioneiros da pop art nos Estados Unidos. Começou a pintar objetos tão vulgares como por exemplo as bandeiras, mapas, algarismos. Exemplo de uma das suas principais obras é  "Três Bandeiras"
Jasper Jonhs nasceu em Augusta, no estado norte-americano da Georgia, e cresceu em Allendale, na Carolina do Sul, com os seus tios e avós, após a separação dos seus pais. 
Sobre esta fase da sua vida disse: "No sítio onde eu  fui criança, não haviam artistas nem arte; assim não sabia o que isso queria dizer. Creio que pensava que isso significava que estaria numa situação diferente daquela em que me encontrava."
Jasper Johns estudou na Universidade da Carolina do Sul entre 1947 e 1948, e em 1949 em Nova Iorque, ingressando numa escola de arte comercial,  a Parsons School of Design.
Em 1952 vai para o exército, e é colocado em Sendai, no Japão, durante a Guerra da Coreia, onde fica até 1953.
De volta a Nova Iorque, Jasper Johns conhece Robert Rauschenberg, Merce Cunningham, coreógrafo, Marcel Duchamp e John Cage, músico da vanguarda americana.
Junto aprofundam a cena da arte contemporânea, ao mesmo tempo que começam a seguir os seus próprios caminhos na arte.  Em 1955, pinta o mais famoso, e conhecido dos seus quadros "A Bandeira"
Os seus quadros são descritos como dada neo-dadaístas, em oposição a Pop Art, embora aqueles incluam, habitualmente, imagens e objectos da cultura popular.
Mais tarde, durante a suas exposições em Paris as suas bandeiras são vistas, por alguns críticos, como divulgação nacionalista.
Os seus primeiros trabalhos tinham por base temas simples, como bandeiras, mapas, alvos, números e letras.
O tratamento peculiar dado às suas telas, tem origem numa técnica denominada encaústica, que consiste em diluir a tinta em cera quente.
Mais tarde, em 1958, Johns acrescenta relevo aos seus quadros, colocando neles objectos reais, como escovas, latas, pincéis ou letras.
O seu trabalho caracteriza-se, assim por ser paradoxal, contraditório e problemático, semelhante ao de Marcel Duchamp (associado ao movimento Dada).
Para além de quadros, Johns também trabalhou em entalhes, esculturas e litografias.
Contrariamente a muitos outros artistas, Johns viu a sua obra reconhecida ainda em novo.
Em 1957, expõe colectivamente no Jewish Museum, onde conhece Leo Castelli; no ano seguinte, este organiza a sua primeira exposição individual, na galeria da qual era dono.
Ainda em 1958, Johns expõe no pavilhão americano da Bienal de Veneza.
No virar da década de 50, Jaspers diversifica o seu trabalho, construindo moldes em bronze de objetos cotidianos, como o Bronze Pintado (1960)
que mostra duas latas de cerveja. Participa, com John Cage em decorações de happenings, e nas coreografias de Merce Cunningham.
Os anos 60 representam para Johns o reconhecimento das suas obras na Europa, primeiro em 1961, com uma exposição individual em Paris, e depois, em 1964, na Bienal de Veneza.
Este reconhecimento a Johns, abre também as portas da Europa à cultura norte-americana.
Até ao final dos anos 60, e década de 70, a obra de Jasper Johns mantém os seus habituais motivos de bandeiras, alvos e números.
No entanto, em 1967, Johns introduz nos seus quadros o padrão flagstones, como é exemplo disso "Luz de Harlem"
que lembra uma parede pintada de forma irregular.
Mais tarde, já nos anos 70, Johns desenvolve esta ideia criando os crosswatchings (traços coloridos, paralelos e sobrepostos), de que são exemplo os seus quadros "Mulheres Chorosas" (1975)
" A Árvore do Cabeleireiro"(1975)
ou "Usuyuki" (1978)
Este novo padrão é, de alguma forma, uma memória do expressionismo abstractode gerações anteriores.
Os anos 80, são um misto de regresso às origens, com o seu lado abstracto da década anterior.
Os seus quadros apresentam, de novo, as bandeiras, acompanhadas de colagens e de crosswatchings, como se vê em "Ventríloquo" (1983)
 ou no conjunto "As Quatro Estações" (1986)
apresentada, e premiada, na Bienal deVeneza em 1988.
No ano de 1998, o Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, pagou cerca de 20 milhões de dólares pelo seu trabalho de 1955, "A Bandeira Branca"
Em 2006, um grupo de colecionadores privados adquiriu o quadro "Falsa Partida", de 1959
por 80 milhões dedólares.
 Ele também fez uma participação especial no seriado o Simpsons como ele mesmo. John Jaspers reside, atualmente em Sharon, Connecticut, nos Estados Unidos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

QUANDO SOUBE AO FIM DO DIA

Acabei de ler há dois dias um livro de poemas de amor, cem poemas de amor, traduzidos de várias línguas para português.
De todos, houve um que me sensabilizou fortemente, remetendo-me uma vez mais para o meu amor, de quem tenho cada vez mais saudades...
Para ti, Déjan, as palvras lindas desse sublime Walt Whitman:

QUANDO SOUBE AO FIM DO DIA
Quando ao fim do dia soube que o meu nome fora aplaudido no Capitólio, mesmo assim não foi feliz para mim a noite que se seguiu,
E também quando me embriaguei ou quando os meus planos se concretizaram, nem mesmo assim fui feliz,
Mas no dia em que me levantei cedo de perfeita saúde, revigorado,cantando, aspirando o ar fresco do outono,
Quando vi a lua cheia no Oeste empalidecer e desaparecer com a luz da manhã,
Quando, solitário, vagueei pela praia e mergulhei nu no mar, e ri ao sentir as águas frias, e vi o sol nascer,
E quando pensei que o meu querido amigo, o meu amante, vinha a caminho, oh então senti-me feliz,
Então cada golfada de ar foi mais doce, e todo esse dia o que comia deu-me mais energia, e esse belo dia passou bem,
E o dia seguinte chegou com igual alegria, e no outro dia à tarde chegou o meu amigo,
E nessa noite, quando tudo estava em silêncio, escutei as águas do mar enrolando-se continuamente na areia,
Ouvi o murmúrio das ondas e da areia, como se quisessem felicitar-me,
Porque aquele que eu mais amo, dormia a meu lado sob a mesma manta na noite fria,
Na quietude daquele luar de outono, o seu rosto estava inclinado para mim,
E o seu braço repousava levemente sobre o meu peito – e nessa noite fui feliz.


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WHEN I HEARD AT THE CLOSE OF THE DAY
When I heard at the close of the day how my name had been receiv'd with plaudits at the Capitol, still it was not a happy night for me that follow'd;
And else, when I carous'd, or when my plans were accomplish'd, still I was not happy;
But the day when I rose at down from the bed, of perfect health, refresh'd, singing, inhaling the ripe breath of autumn,
When I saw the full moon in the west grow pale and disappear in the morning light,
When I wander'd alone over the beach, and undressing, bathed, laughing with the cool waters, and saw the sun rise,
And when I thougt, how my dear friend, my lover was on his way coming. O then I was happy;
O then each breath tasted sweeter – and all that day my food nourish'd me more – and the beautiful day pass'd well,
And the next came with equal joy – and with the next, at evening came my friend;
And that night, while all was still, I heard the waters roll slowly, continually up the shores,
I heard the hissing rustled of the liquid and sands, as directed to me, whispering, to congratulae me,
For the one I love most lay sleeping by my under the same cover in the cool night,
In the stillness, in the autumn moonbeams, his face was inclined toward me,
And his arm lay lightly around my breast – and that night I was happy.

                                                             ///

E, por oportuna sugestão do Leonardo, uma outra forma de "contactar" este poema

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Georgia O'Keeffe

Georgia O'Keeffe (1887-1986) foi uma das primeiras mulheres a alcançar um sucesso indiscutível no seio da pintura norte-americana.
Estudou pintura no  Art Institut of Chicago e mais tarde na Universidade de Columbia em Nova York.
Afastando-se das influências da pintura europeia dos inícios do século XX e, nomeadamente, do surrealismo, encontramos as principais bases de influência da sua obra na fotografia, tendo como principal mentor o fotógrafo Alfred Stieglitz (1864-1946).
que inicialmente começou por se interessar pelos quadros de O'Keeffe (numa fase ainda embrionária da sua obra) expondo-os na sua galeria “291” em Nova Iorque, e que, mais tarde, viria a ter um longo relacionamento amoroso com a artista, o que levaria a que houvesse uma influência recíproca na obra de ambos.
Num misto de arte abstracta, irreal e onírica, e arte figurativa, representativa, em certa medida, conservadora, a obra de O'Keeffe prima pelo cunho muito pessoal e emotivo que a artista imprime aos seus quadros, deixando transparecer o significado que atribui aos objectos que vê, à realidade que sente.
Daí o seu interesse pela natureza, a paixão pelo Novo México e a sua paisagem selvagem, inóspita até, em contraposição à sociedade moderna, civilizada, tipicamente nova-iorquina, cidade vertical repleta de arranha-céus também retratados por O'Keeffe, em que parece haver uma redoma que não deixa sequer entrever o céu.
As suas telas de paisagens e flores foram muito apreciadas a partir de 1928. Georgia é considerada uma das pintoras norte-americanas de maior sucesso do século XX
































sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Matthew Connor


Num dos muitos blogs que vou seguindo, fui encontrar este senhor, um americano de Boston, que eu nunca tinha ouvido falar.
Gostei da voz, do estilo, e claro que lá estou eu no "You Tube" à procura de coisas interessantes.
Seleccionei dois vídeos, o primeiro bem bonito, intitulado "Smoke Signals"

Mas foi um outro que me fez trazê-lo aqui ao blog; uma canção magnífica num vídeo muito bem feito, num estilo "vintage", a preto e branco, com um título delicioso e que me fez naturalmente aumentar exponencialmente as minhas saudades do Déjan.
Deliciem-se com este maravilhoso "How is already July over?"...


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Pretende dar a ideia de perceber de pintura?

Isto não é totalmente verdade, é óbvio.
Todos estes artistas são grandes pintores e estas”particularidades” não passam de meras curiosidades que apenas pretendem fazer rir, com o acompanhamento vocal da “enorme” Maria Callas...

Se o fundo do quadro é escuro e a personagem tem cara de “não fui eu...”, então é um Ticiano

Se toda a gente tem um rabo grande e caído, evidenciando uma enorme celulite, então é um Rubens

Se os homens têm um aspecto efeminado, cara de constipados ou cheios de frio, então é um Caravaggio

Se são telas com muita gente, que parece normal, mas caminha sem direcção certa, “à procura do Wally”, então é um Bruehgel

Se a pintura tem muita gente, como que enlouquecida, parecendo imagens do “Feiticeiro de Oz”, então é um Bosch

Se os homens parecem necessitados, bêbados e têm caras manchadas, sujas ou mal iluminadas, então é Rembrandt

Se os homens, em todas as pinturas, são belos, estão nus ou semi-nus, com um sexo pequenino, depilados e de aspecto efeminado, então é um Michelangelo

Se o quadro tem bailarinas, com cinturas pretas, então é um Degas

Se a tela é nítida, as figuras são barbudas, corpos altos e magros, com cara de famintos, então é um El Greco

Se todas as personagens do quadro têm cara de “nada”, ou se parecem com o Putin, então é um Van Eyck


Se os quadros têm paisagens com muita gente, com corpos originais, ou então se têm frutos e uma garrafa de vinho, então é um Cézanne

Se tem bailarinas de cabaret e homens de duvidosa conduta social, então é um Toulouse-Lautrec

Se você esfregou a tela com o gato da vizinha, antes de secar a pintura, e tudo parece sem sentido, então é um Van Gogh

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

"Tension"

Bailarinos são vistos como seres sublimes e dotados de subtileza.
O que pouca gente vê é a força e a tenacidade por trás de cada passo feito por eles.
Focado nessa energia, o fotógrafo Nir Arieli criou "Tension", um ensaio para mostrar através da sobreposição de imagens os movimentos complexos e dinâmicos da dança.
A escolha dos modelos não podia ser mais correta: bailarinos contemporâneos.
Os movimentos, que não eram coreografados, foram executados de forma espontânea, à escolha do modelo e os resultados não poderiam ser previstos, já que a montagem das fotos veio depois, enquanto Nir procurava a combinação perfeita para o resultado esperado: um estudo sobre dança e tensão muscular.
As imagens são incríveis e passam a sensação de um deslocamento causado pelas escolhas intrigantes das justa posições.
A impressão que temos é que o corpo dança em torno de si mesmo, sendo objecto e palco da própria performance.
Elegância e estranhamento nunca foram conceitos tão próximos quanto neste trabalho.
O mais espantoso de tudo isso é pensar que tal projecto foi desenvolvido por Nir Arieli, uma pessoa sem qualquer afinidade com a dança, como ele mesmo diz: “Eu não posso dançar. Não posso no meu quarto, nem em uma boate, muito menos em qualquer tipo de palco. (…) No entanto, desta vez, pela primeira vez, eu me vi envolvido activamente na dança — mesmo usando o corpo de outra pessoa.”
Nir começou por ser um fotógrafo militar que trabalhava para um jornal.