quarta-feira, 18 de julho de 2012

It was a time...

Alguém me consegue explicar porque razão em 8 de Novembro de 2008, quase 200.000 professores, vindos de todos os pontos do país se manifestaram em Lisboa, exigindo um novo modelo de avaliação e a demissão da então ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues e agora perante uma ameaça real bem mais perigosa de uma redução drástica do número de docentes, com a ida para o desemprego de professores com muitos anos de docência, os sindicatos se limitam a protestos verbais e algumas manifestações locais?
Talvez seja a hora de questionar a essa eminência parda do PCP, Mário Nogueira, que na altura foi o paladino da “grande luta” e que só descansou quando Sócrates saiu do Governo, numa acção concertada entre outros, pelo seu partido e pelos actuais detentores do poder.
Aliás, é altura de perguntar à “real” (como eles próprios se apelidam) esquerda portuguesa porque razão derrubaram o Governo, quando sabiam – toda a gente sabia – que o próximo Governo nos conduziria ao estado em que hoje estamos.
Agora aparecem alguns “analistas” que consideram que se está a fazer um cerco a um ministro – Relvas, que tem feito asneiras de alto calibre, no que respeita a governação e que é realmente quem governa o país, e esquecem todo o vilipêndio exercido sobre José Sócrates, ao longo de anos.
E até há quem considere que o culpado da “brilhante” licenciatura do ministro seja culpa não dele, mas sim do governo de Sócrates.
Ao que isto chegou…
Valha-nos "Deus", que ainda há quem tenha a coragem de chamar os bois pelos nomes.

domingo, 15 de julho de 2012

50 Anos de Rolling Stones!


Cerca de cinquenta anos medeiam entre estas duas fotos, a primeira com a composição inicial da banda que teve a sua génese no encontro entre Mike Jagger e Keith Richards, e a segunda com a sua actual composição.
Falar dos Stones é falar não só de música, mas também de tanta coisa, boa, e alguma menos boa de que este conjunto inglês tem vivido ao longo deste meio século.
Começo por mostrar um vídeo sobre esses 50 anos, da autoria do brasileiro Nelson Motta


A sua discografia é vasta e conhecida, mas permito-me destacar dois temas, um deles porventura a sua música mais representativa

e a outra, que é a minha preferida, que foge até um bocado ao estilo marcante dos Stones

Finalmente referir que das suas vindas a Lisboa, os fui ver na sua primeira actuação entre nós, a 10 de Junho de 1990, num concerto no já demolido Estádio José Alvalade. Foi memorável...
Só por curiosidade, aqui está a ordem das canções aí apresentadas, e só tive pena que eles não tivessem apresentado o "Angie"
01. Start Me Up
02. Sad Sad Sad
03. Harlem Shuffle
04. Tumbling Dice
05. Miss You
06. Almost Hear You Sigh
07. Ruby Tuesday
08. Blinded By Love
09. Rock and a Hard Place
10. Mixed Emotions
11. Honky Tonk Women
12. Midnight Rambler
13. You Can't Always get What You Want
14. Can't Be Seen (Keef)
15. Happy (Keef)
16. Paint It Black
17. 2000 Light Years From Home
18. Sympathy for the Devil
19. Street Fighting Man
20. Gimme Shelter
21. It's Only Rock'n'Roll
22. Brown Sugar
23. Jumpin'Jack Flash
24. Satisfaction (encore)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Uma canção, um filme

Não é costume dedicar postagens a ninguém, mas hoje abro uma excepção.
O culto que o meu amigo Mark tem para com a Mariah Carey
é algo de muito profundo, e eu que nem sequer admiro muito este tipo de canções, embora reconheça que ela tem uma excelente voz, tenho por outro lado uma grande admiração pelo Mark, um "puto" que tem feito um percurso evolutivo notável na sua maneira de ser, é de uma cultura muito acima da média, escreve muito bem e ...last but not the least, sabe muito e adora como eu História.
Assim, este post, pelo que diz respeito à música vai inteirinho para ele.
Mas vamos ao vídeo...
Esta música adapta-se perfeitamente às imagens do clip, que são relativas ao filme "Brokeback Mountain", um filme que me marcou muito, como marcou muita gente, e que é considerado na quase totalidade das listagens já publicadas sobre o assunto, o melhor filme de temática LGBT jamais feito.
Concordo inteiramente. A história das personagens representadas pelo inesquecível Heath Lodger e pelo cada vez melhor actor Jack Gyllenhaal, é um drama afectivo imenso  entre dois homens com vidas familiares estabelecidas, sem qualquer traço que os identifique como homossexuais, mas que, perante determinada situação, se envolvem um com o outro, e mesmo depois da separação, o tempo não apaga essa chama que é reavivada de tempos a tempos.
A forma como o realizador, os actores e a autora do livro em que o filme se baseia, não sendo nenhum deles homossexual, concebem este filme, é notável e há duas cenas que não esquecem nunca mais, e ficam na história do cinema: o beijo trocado no primeiro reencontro

 e a cena final, da visita de Ennis à casa dos pais de Jack. Aqui uma lágrima, não deixa nunca de cair.
Não se trata de ser piegas, é mesmo uma imensa e poderosa sensibilidade que a causa.

Um filme inesquecível!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Noite de sonho, no Palácio

Sim, noite de sonho no Palácio, e comecemos precisamente por aí, pelo Palácio; estou-me a referir a um dos mais belos palácios portugueses, aqui bem pertinho de mim, a cinco minutos de carro – o Palácio Nacional de Queluz, que emprestou uma das suas mais belas salas, a maravilhosa Sala do Trono, para nela se apresentar uma noite de sonho.
E esse sonho teve a forma de música, uma música sublime, que naquele local, apenas com a luz a incidir sobre o piano, provocava imagens de luz e sombra, com todos aqueles espelhos e os dois magníficos lustres que lhe pendem do tecto.
A música, como já referi o instrumento, foi música para piano, tão intimista como abrangente e teve como executante, talvez o melhor pianista português da actualidade, Artur Pizarro.
Um parêntese para umas breves notas sobre a vida artística deste pianista.
Artur Pizarro nasceu em Lisboa em 1968, e tocou pela primeira vez piano na televisão portuguesa aos 3 anos, tendo-lhe este instrumento musical sido apresentado pela sua avó materna, a pianista Berta da Nóbrega, e pelo seu duo, o pianista Campos Coelho que era aluno de, entre outros, Vianna da Motta. De 1974 a 1990, Pizarro estudou com Sequeira Costa que fora também aluno de Vianna da Motta, Mark Hamburg, Edwin Fischer e Jaques Février. Esta distinta herança faz Artur conhecer a tradição da Idade de Ouro do pianismo e oferece-lhe uma vasta preparação na escola de piano e repertórios franceses e alemães. Após os estudos iniciais em Lisboa, Artur muda-se para Lawrence, Kansas nos EUA e continua a trabalhar com Sequeira Costa que é Professor de Piano na Universidade de Kansas. Artur começou a tocar em público novamente aos 13 anos com um recital no Teatro São Luiz em Lisboa e estreou-se em concerto com a Orquestra da Gulbenkian, mais tarde nesse mesmo ano. Ainda sobre a orientação de Sequeira Costa, Artur Pizarro fica em primeiro lugar no Concurso Vianna da Motta em 1987, no Concurso de Greater Palm Beach Symphony em 1988 e foi também galardoado com o primeiro prémio no Concurso de Leeds International Pianoforte em 1990 e viu assim o início da sua carreira internacional de concertos. Artur Pizarro toca internacionalmente em recitais, música de câmara, e com as orquestras e os maestros mais aclamados.
Em 2005 fundou o “Artur Pizarro Piano Trio” com o violista Raphael Oleg e a violoncelista Josephine Knight. Também tem um duo de piano com Vita Panomariovaite.
Artur Pizarro viveu 21 anos nos EUA e vive há sete na Inglaterra, em Brighton (mas conservando sempre o BI e o passaporte portugueses), um local cuja escolha justifica por “ter encontrado ali a casa de que precisava, o meu ‘cantinho’…e fica perto de Londres e do aeroporto!”. Já a Inglaterra foi uma opção consciente “Londres é o ponto mais central e rico para estabelecer uma carreira. Tem uma vida musical intensíssima, todo o mundo se cruza ali e tem ligações directas para todo o lado.”. Por tudo isso, diz “sinto-me um apátrida, até porque o sítio onde vivo é onde for a minha casa, mais as minhas coisas, e onde tiver a família e os amigos”.

Pois foi com Pizarro e nesta Sala deste Palácio, que se encerrou – com chave de ouro – o Festival de Sintra deste ano.
Artur Pizarro deu-nos na primeira parte Haydn e dois temas de Mozart, para após o intervalo nos deslumbrar com Schubert e Hummel. Perante o entusiasmo da assistência, Pizarro brindou-nos com três magníficas obras do inevitável Chopin.
É de uma destas obras que aqui fica o registo.
Apenas uma referência para o intervalo que levou quase toda a gente ao magnífico Jardim do Palácio, agora e depois das longas obras ainda mais alindado.
Sim, foi uma noite de sonho, no Palacio!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Gilles Larrain

Uma das razões porque ando fascinado pelo Pintrest é pela descoberta que tenho feito de gente e principalmente de imagens surpreendentes.
É no campo da Pintura e da Fotografia que têm surgido as melhores surpresas.
Hoje apresento um fotógrafo absolutamente interessante, Gilles Larrain
que me deixou de boca aberta; Haverá ainda muito a explorar deste artista, pois no meu painel sobre ele quase só tenho fotos de dois dos seus temas, o Flamenco, a preto e branco, e o Travestismo, a cores, e ao qual pertencem a quase totalidade das fotos aqui apresentadas.
Podem ver o painel aqui.









sexta-feira, 29 de junho de 2012

Words I like

Esta semana é aquela onde se comemora um pouco por todo o lado o chamado "Orgulho Gay" (Pride), pois é o aniversário da revolta e da consequente repressão que se verificou a 28 de Junho no bar "Stonewall" em Greenwich Village (Nova York).
No nosso país, em Lisboa, realizou-se no sábado passado a Marcha e amanhã o Arraial, no Terreiro do Paço; gostaria que, como nas principais cidades do mundo os dois acontecimentos fossem na mesma data, mas assim não acontece. Lá estarei, para rever amig@s e passar um pouco da noite, bem disposto.
Entretanto já aqui afirmei o meu recente entusiasmo pelo "Printrest" e vou trazer aqui ao blog diversas imagens que fazem parte dos meus boards, e hoje, porque está na altura própria, seleccionei do board "Words I like", da minha página, algumas frases relacionadas com o mundo gay e a homofobia que o rodeia









terça-feira, 26 de junho de 2012

Um bom fim de semana

Pois é. Ultimamente tenho-me fechado em casa,mas este fim de semana proporcionou-se um fim de semana diferente, cheio de animação e de Sol...
No Sábado, deixei o carro em casa e fui de comboio até ao Rossio. Fui ao encontro da Marcha LGBT, que comemora o Orgulho Gay
Como é hábito, gosto de ver primeiro a Marcha e depois incorporo-me nela; assim vou encontrando gente amiga com quem converso um pouco e tenho uma ideia geral da forma como está organizada. Gostei bastante, com um conjunto amplo de representações e um aumento de gente assinalável - quem viu esta Marcha há 10 anos e a vê agora...

Junto ao Jardim de S.Pedro de Alcântara, o meu primeiro poiso, fui "caçado" pelo amigo Vasco, do Dezanove, que me fez uma curta entrevista e que aqui transcrevo:

“Junto ao miradouro de São Pedro de Alcântara encontramos João Roque. "Gosto de ver a amplitude da marcha, depois junto-me. Tenho vindo sempre diz. Antigamente ficava mais no passeio, agora não. Nos primeiros anos era mais folclórico. Agora vê-se mais diversidade." Com 66 anos de idade João lamenta a falta de visibilidade das figuras públicas portuguesas. Mas João está também presente por aqueles que não podem estar com ele fisicamente neste dia: "Tomara que no país do meu namorado, a Sérvia, fosse assim. Lá as pessoas são na sua maioria homofóbicas e há partidos nacionalistas, o que torna necessário haver muita polícia. Há mais polícia que manifestantes!", exclama. E João prossegue: "Embora haja abertura por parte do Governo o problema está entre estes elementos e a polícia e a marcha acaba por ser cancelada por questões de segurança."

Depois, juntei-me à Marcha no Chiado, e pude conviver com mais pessoas conhecidas.
Quando a Marcha acabou fui a um pequeno café, no limiar do Bairro Alto, onde comi alguma coisa e assisti ao jogo Espanha-França.
Quando regressava à estação do Rossio, pelas Escadinhas do Duque, tive que me render à beleza de Lisboa; tantos restaurantes naquelas escadas, uma noite magnífica e uma vista linda, linda, com o Castelo de S.Jorge ao fundo.

No Domingo tinha a comemoração de um aniversário de um amigo no monte que ele e o namorado possuem perto de Grândola. É um monte lindíssimo, que eu tenho acompanhado no seu "crescimento" desde há longos anos
O calor era muito, mas havia a piscina para refrescar e esperar pelo almoço que só começou perto das quatro da tarde. Sardinha assada e muitas e variadas saladas e uma espectacular sangria de vinho branco.
Depois foi um alegre convívio, com banhos à mistura, a fazer horas para ver o Inglaterra- Itália, sendo eu o único a apoiar os ingleses; claro que perdi.
A noite estava soberba e não apetecia mesmo regressar a Lisboa.
Mas lá teve que ser e claro que estava cansado, mas feliz pelo excelente fim de semana que passei.

sábado, 23 de junho de 2012

Quando a música é Vida...

Partilhei este vídeo no Google+, onde foi publicado pelo José Carlos (Felizes Juntos).
E pensei que um vídeo assim, deveria ter uma partilha mais ampla. Daí a fazer um post dele.
Por favor, não se abstenham de o ver por ser de 12 minutos de duração (sei que isso afasta muita gente), pois ao fim da sua visão sentir-se-hão muito mais felizes.
Há coisas lindas no mundo, apesar do que eu disse (e mantenho) no post anterior...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Um mundo novo

É cada vez mais recorrente no meu pensamento o facto de estarmos, e não me refiro só ao que se passa em Portugal, ou na Europa, mas em todo o planeta, a assistir a uma destruição da Vida.
Sim, falo do ambiente, mas não só;  falo da subjugação económica a interesses cada vez mais obscuros, da imensa e cada vez mais profunda desigualdade social, do desrespeito pelos valores maiores que o ser humano deve ter como base, enfim de um mundo que caminha para o abismo sem querer perceber que pode e deve parar…
Está na nossa vontade, no nosso empenho, na nossa força, como habitantes deste planeta, não nos demitirmos de ter uma parte activa nesta desconstrução da felicidade, pois é disso que se trata.
Assistimos a uma progressiva diminuição de competências políticas, à ausência de gente com carisma, e o mundo é regido cada vez mais por complexas e nebulosa teias de interesses que lentamente asfixiam as liberdades humanas.
É tempo de parar. É tempo de dizer basta. É tempo de um “Novo Mundo”.
Porque, apesar de tudo, resta sempre a esperança, porque a música nos acalma, nos ajuda e nos faz reflectir, pois haja música.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

"Crying Men"

Sam Taylor-Wood, nasceu em Londres, em 1967 e é uma artista especializada em fotografia, vídeo e também em cinema, tendo-se graduado no Goldsmiths College.
Os pais do Taylor-Wood divorciaram-se quando ela era adolescente, e Samantha foi morar com a mãe e o padrasto numa comunidade New Age. Quando ela tinha dezasseis anos, sua mãe abandonou-a. Samantha teve problemas nos estudos e foi-lhe difícil entrar na escola de arte, mas finalmente conseguiu. Após a realização de variadas coisas, começou a fazer curtas-metragens em vídeo e tirar fotos.
Em 1995, Taylor-Wood casou-se com Jay Jopling, e a sua primeira filha, Angelica, nasceu em 1997. Logo depois, foi –lhe diagnosticado um cancro no cólon, que conseguiu superar, mas em 1999, foi-lhe diagnosticado um cancro da mama do qual resultou em uma mastectomia. Está actualmente casada com o actor britânico Aaron Johnson, que conheceu na gravação do seu filme “Nowhere Boy” .
Taylor-Wood foi nomeada para o Prémio Turner em 1998.
Algumas de suas obras incluem imagens de gente muito conhecida no mundo musical e social inglês. As suas fotografias estão expostas na National Portrait Gallery, em Londres, no Museu Guggenheim e nas melhores galerias do mundo, sendo uma das artistas britânicas mais aclamados do momento, o que não impede que os seus detratores digam que o seu verdadeiro talento está os números de telefone da sua agenda. Uma agenda que foi bem aproveitada em 2004 com a série Crying Men. São vinte e sete retratos de famosos atores do sexo masculino que se submeteram ao teste de um sincero choro diante da sua câmara. As imagens levantam a questão do que é realmente verdadeiro ou não, nas emoções transmitidas.
Aqui ficam várias fotos dessa famosa série:

Benício del Toro

Paul Newman

Robert Downey Jr.

John Leguizamo

Jude Law

Sean Penn

Gabriel Byrne

Hayden Christensen

Robin Williams

Kris Kristofferson

Tim Roth

Steve Buscemi

Daniel Craig

Ryan Gosling

Dustin Hoffman

Forest Whitaker

Michael Madsen

Ed Harris

Laurence Fishburne