Do passado fica a sua passagem como ministro da Educação nos tempos da ditadura, tendo sido ele que teve que enfrentar a chamada "crise académica de 1969".
Mas foi como historiador que se distinguiu, com a edição de um dos maiores "best sellers" de todos os tempos em Portugal: "História Concisa de Portugal" (1978) e posteriormente com a sua "História de Portugal", em 3 volumes (1981).
Apesar dessa sua faceta de historiador lhe ter aberto o caminho da popularidade, foram as suas várias colaborações televisivas que o catapultaram para a enorme popularidade que desfrutou no meio do nosso povo.
Senhor de uma vasta cultura e de uma muito particular forma de se expressar, chegava facilmente ao povo, mesmo ao menos culto. O seu primeiro programa, ainda antes do 25 de Abril, foi "O Tempo e a Alma" - RTP -1972, e vários outros, sempre na RTP e mais tarde no Segundo Canal, da mesma RTP, onde ainda mantinha o último, "A Alma e a a Gente".
Portugal ficou mais pobre.
(sim, eu pensei que o tu irias fazer de imediato um post e não me enganei, :))
ResponderEliminareu gostava dos programas dele, da maneira cativante como se expressava, mas era demasiado simplista em certas abordagens, e muitas vezes erróneas. mas, sim, é um facto incontornável que foi responsável por incutir o gosto pela História de Portugal em grande parte de nós, mesmo os menos cultos, como dizes...
bjs.
Margarida
ResponderEliminarprovavelmente o melhor comunicador televisivo que já houve em Portugal.
Beijinho.
Não conheço, mas deve ter sido uma grande perda...
ResponderEliminarJá sabes o que acho sobre esta perda.
ResponderEliminarSó entrando na "conversa" da Margarida; sim, concordo que, por vezes, suas abordagens tenham sido simplista talvez para se enquandrarem em certos contextos, requisitos ou público. Quanto ao serem errôneas, peço desculpa mas não concordo; pois como ele mesmo dizia: "esta é a minha interpretação da História".
Todos nós sabemos que a História consegue proporcionar diversas interpretações, dependendo de "quem" a conta e "quando" a conta.
Um beijinho, João e permite-me mandar outro para a Margarida.
Uma grande perda para a nossa cultura.
ResponderEliminarUm abraço :)
Não posso dizer que gostasse muito dele como pessoa, mas devo admitir, que amor e gosto ele tinha, e muito, pela história deste País.
ResponderEliminarEram esse episódios que via com o meu Pai, e foi com o Saraiva que aprendi a gostar e compreender o passado de Portugal.
Apaixonado, conseguia transpirar para os espectadores uma sede de sabedoria.
Pois que descanse me Paz. E que mais pessoas vivessem até aos 92 anos com a capacidade e actividade com que este Senhor viveu.
Ficaremos mais pobres, sim. E dificilmente algum dia surgirá alguém semelhante.
Lamento imenso a perda do excelente comunicador. A sua História Concisa achegou-nos a muitos de forma amena e simples a vida dos grandes personagens do passado do meu e do vosso país.
ResponderEliminarNão temos a súa lucidez, mas sim a sua obra.
Que a terra lhe seja leve.
un saluto caloroso...ciao
ResponderEliminarUma grande perda. Foi um um excelente comunicador e o responsável directo por estimular do gosto pela História num país que não quer saber dessas coisas. Era único, à sua maneira.
ResponderEliminarFrederico
ResponderEliminarfoi um homem com uma vida muito diversificada, como político (controverso), historiador (de uma forma que fez a História ser percebida pelo povo) e principalmente um homem da TV, onde teve durante muitos anos, diversos programas sobre História e sobre as terras portuguesas, com enorme popularidade.
Abraço amigo.
Rosa
ResponderEliminareu adoro História e embora reconheça que há Histórias de Portugal mais elaboradas, a de JHS teve o condão de a levar, a História de Portugal a muita gente que de outra forma não lhe tinha acesso.
Beijinho.
Hórus
ResponderEliminarcompletamente de acordo. Infelizmente há sempre vozes que vêm colocar "mas" e eu sei que os há, nomeadamente políticos.
Mas isso não lhe retira essa qualidade de vulto da Cultura. E quem o esquece, apenas preocupado com o percurso político que ele teve, mostra que não tem apreço pela Cultura, ou não sabe que a Cultura está acima dessas questões que todo o homem tem.
Abraço amigo.
Retiro
ResponderEliminargostaria que toda a gente tivesse a lucidez de saber distinguir as coisas, como tu tão bem exprimiste neste comentário.
Beijinho.
Kaplan
ResponderEliminaré bom verificar que leste a sua "História Concisa", um livrinho que é um tratado de como escrever a História de um país de oito séculos em tão poucas páginas, mas sempre com um rigor que muitos não têm nos mesmos temas.
Abraço amigo.
Arrakis
ResponderEliminarexactamente como referes, era único, à sua maneira...
Abraço amigo.
Giancarlo
ResponderEliminarI hope you can speak english...
Thanks for your visit. I adore Italy.
Ciao.
Sim, uma perda. Embora a sua obra feita ficará memorável.
ResponderEliminarEmbora o post seja de homenagem aproveito para deixar aqui o link do meu mais recente projeto! (Ainda em construção...).
Visitem, divulguem e ... "gostem"
https://www.facebook.com/pages/Intemporal/254764164635165
(No momento certo identifico-me :p)
Um abraço.
Olá "Intemporal"
ResponderEliminargostei do desafio e já "gostei"...
Espero pelo momento certo e espero também que sejas uma boa surpresa.
Abraço.
nunca fui grande "freguês" dos seus programas televisivos, mas durante muitos anos a sua História Concisa de Portugal foi a minha wikipaedia avant-la-lettre no que se referia à nossa história. por isso o meu exemplar ainda ali está, muito danificado, cheio de fita-cola, com a maior parte das folhas descoladas (e eventualmente uma ou outra a menos).
ResponderEliminarsem dúvida que é uma perda para a cultura portuguesa. até porque foi dos poucos, graças ao prestígio que tinha, que resistiu à desertificação do panorama cultural televisivo, apesar de ter sido 'atirado' para o 2ª canal.
Apesar de ter uma visão da história demasiado fulanizada - a história dos heróis e não das pessoas imperfeitas de carne e osso e dos movimentos sociais - tal como nos era ensinada nos tempos do Estado Novo, JHS era um grande divulgador e um comunicador inexcedível.
ResponderEliminarÉ óbvio, que a nossa cultura fica mais pobre. Paz à sua alma!
PS: como homenagem a um grande escritor de língua portuguesa, cujo centenário do nascimento se comemora este ano, estou a começar a ler alguns dos livros que mais de marcaram do Grande Jorge Amado; comecei por São Jorge dos Ilhéus, cuja temática se mantém actualíssima!
Desculpa João, este aparte mas falando de cultura não posso deixar em branco o centenário deste Escritor (Homem) que muito me marcou.
Um abraço de amizade...
Miguel
ResponderEliminara importância da "História Concisa de Portugal" é enorme no panorama cultural do país. Quantos portugueses não tiveram ali o seu primeiro contacto com a História do nosso país?
Nem sei, pois já não é do meu tempo de estudante, se chegou a ser adoptado esse livro como manual escolar...Eu ainda estudei pelo "velho" Mattoso.
Abraço amigo.
Lear
ResponderEliminarlonge disso! Sinto-me até orgulhoso de poderes divulgar essa data aqui no meu blog.
De Amado, apenas li "Dona Flor e os seus dois maridos", "Teresa Baptista, cansada de guerra". Preciso de ler mais...e tempo?
Abraço amigo.
paz à sua alma
ResponderEliminarAbraço amigo
Assim seja, Francisco.
ResponderEliminarAbraço amigo.
O professor José Hermano Saraiva deve ter sido dos poucos casos em que alguém ligado ao Estado Novo conseguiu reabilitar de novo a sua imagem, tendo o carinho do povo. Isso é de salutar.
ResponderEliminarEra uma exímio comunicador e bastante simples na sua abordagem. Nunca o acompanhei especialmente. Na opinião da minha professora de História, ele não era um homem consensual entre os historiadores. Aponto-lhe o "defeito", passo a expressão, que a Margarida enunciou: manifestava, muitas vezes, a sua visão histórica e não os factos. Ora, como sabemos, a História não é feita de opiniões e deve ser isenta. Já em relação à sua simplicidade, aí transformaria um suposto defeito em virtude: num povo sem apego à sua História e à sua cultura, haja alguém que fale de modo a que as massas entendam, incutindo o gosto e o prazer pelas matérias. Os programas televisivos do professor não eram vistos por académicos, eram as pessoas comuns que os viam, logo, faz todo o sentido a sua abordagem simples.
Não deixa de ser uma enorme perda para o país.
Paz à sua alma.
abraço, querido João :3
Já deu para peceber que, para além de gostar dos teus posts, também aprecio certos comentários (até chego aprender algo). Foi o que aconteceu com o "Lear". Não sabia do Centenário de Jorge Amado.
ResponderEliminarGostei muito de "O país do Carnaval" e, se me permites, sugiro "Capitães de Areia".
Beijinhos.
Mark
ResponderEliminardevo confessar que estava algo ansioso por saber a tua opinião.
E ela vai de encontro ao que eu penso e que posso resumir no seguinte: JHS era muito mais um divulgador da História, em que era mestre incontestável, do que historiador.
Ficará para sempre ligado ao seu livro"História Concisa de Portugal" através do qual tanta gente em Portugal tomou pela primeira vez contacto com a nossa História e só esse facto o projecto e de que forma como divulgador de Cultura.
Há que saber separar águas entre este Homem, comunicador nato num estilo muito próprio, e extremamente popular, do político que chegou a ministro nos tempos da ditadura; e isso, muita gente não consegue...
É pena.
Abraço amigo.
Rosa
ResponderEliminaressa é uma das características deste blog: servir-me da caixa de comentários, para alargar a divulgação do texto e tantas vezes ir além dele, como é o feliz caso deste apontamento sobre Jorge Amado.
Tenho a sorte de ao longo da existência deste blog ter a colaboração de alguns comentadores, que não possuem blogs, mas que têm comentários mais longos e sempre interessantes.
Foi assim com o inesquecível Catatau, mais recentemente com o Leman e agora com o Lear, que assina o comentário de que falas.
Beijinho.
RIP
ResponderEliminarHoje, no Alta Definição, ao ouvi-lo falar... Que debilitado estava. Interrogo-me acerca da incompreensível evolução da nossa velhice.
Abraço-te
Paulo
ResponderEliminartambém reparei nisso; é terrível assistir assim ao desgaste físico.
O tempo não perdoa.
Abraço amigo.
Não sei porquê, João, mas fiquei emocionada com esta tua postagem. Eu já estava à espera e, por isso, vim. Tu também tens o tempo e alma dentro de ti!
ResponderEliminarGostei da tua homenagem, do vídeo, de ouvir o Homem.
Senti saudades, sabes?
Não vou acrescentar muito mais ao que aqui foi dito. Também concordo que o seu maior valor foi conseguir tornar-se acessível e mais do que isso, fascinar o povo que, de outra forma, pouco ou nada saberia.
Só uma achega ao Jorge Amado e aos " Capitães da Areia". Foi dos livros que mais me marcou na minha vida!
Beijinhos
Isabel
Isabel
ResponderEliminarJHS não deixa de ser uma personalidade controversa, mas há que distinguir o passado político, que não deve ser esquecido, concordo, de toda a sua enorme contribuição cultural principalmente na divulgação da História.
Infelizmente há sempre quem queira ser extremista e não consiga fazer essa distinção.
Beijinho.
Um grande comunicador que relatava a história com tanta simplicidade e tanto conhecimento que nos deixava pregados ao écran. Vamos todos sentir a sua falta. Beijinhos
ResponderEliminarMary
ResponderEliminaro que me chateia em certa gente é que não sabem o que é a Cultura...
Um povo sem Cultura, morre, caramba!!!
Beijinho.
Um Homem brilhante!
ResponderEliminarInfelizmente esse é o caminho para o qual seguimos, mas ele fez a diferença e deixou um legado para todos nós!
beijinhos
Pat
ResponderEliminarsem dúvida; ele deu-nos muito do seu saber...
Beijinho.
Muita perda imensa! O historiador que fez chegar a História de Portugal a todos, naquele seu jeito coloquial de grande singeleza.
ResponderEliminarEsperemos que a sua obra virtual não desapareça com o tempo...
Fragmentos
ResponderEliminaré impossível; as suas crónicas fazem parte de outra História, a história da comunicação televisiva em Portugal.
Beijinho.