quarta-feira, 9 de julho de 2014

"Ilha de Metarica: Memórias da Guerra Colonial"

Ainda sem grandes pormenores e porque o editor publicou um apontamento no Google+, aqui vai a notícia formal.
Vai sair em breve, no formato digital (e-book), mas com edição em papel possível por encomenda, um livro da minha autoria cujo nome é “Ilha de Metarica: Memórias da Guerra Colonial”.

A sua origem tem como base a publicação neste blog, ao longo de vários meses e com começo ainda na parte extinta do mesmo, de uma “saga”, à qual dei o nome de “A tropa cá do João”.
Nela contei episódios sobre a minha vida militar, de uma forma cronológica e com especial destaque para a guerra colonial, como é óbvio.
Muita gente, desde logo se referiu à possibilidade de daí advir um livro, mas confesso nunca pensei nisso a sério.
Todavia, recentemente fui contactado por algumas pessoas que estiveram na Ilha de Metarica, duas comigo e outras numa altura diferente, tendo há semanas aqui publicado uma postagem sobre um livro que uma dessas pessoas publicou entretanto.
Logo o Miguel, a Margarida e principalmente o João Máximo, editor (com o Luís Chainho), da Index me começaram a pressionar de novo e eu desta vez fui em frente.
Depois de conversar com o João, reescrevi os textos, acrescentei outros, escrevi uma introdução e uma conclusão, arranjaram-se mapas (fotos eu tinha) e após algumas trocas de impressão muito profícuas com o João – fiquei a saber coisas muito interessantes sobre a edição de um livro -, o livro aí está e vai ser lançado muito brevemente.
Deixo além desta foto que nem é a capa nem a contra capa, antes uma mistura de ambas, um trecho que o João escolheu para figurar penso que na contra capa.


"Tive tempo, muito tempo mesmo, enquanto estive em África, principalmente na Ilha de Metarica, durante as horas mortas no aquartelamento, ou nas operações de dias e dias pela mata, para pensar na minha vida e nos meus problemas, e cheguei à conclusão que era necessário relativizá-los, por muito grandes que eles me parecessem, perante a gravidade de certas situações com que me deparei na guerra. Não quis definir metas para a minha vida para quando regressasse a Portugal, mas tinha a certeza de que voltaria um “homem” novo e em variados aspetos – humano, social, político e principalmente sexual - foi ali, em África, que cheguei finalmente à conclusão de que, apesar da minha orientação sexual não ser a mais comum, eu era um homem normal."

A seu tempo, mais notícias surgirão.

26 comentários:

  1. :) muitos parabéns! :) fico à espera!

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    1. Shoes
      Obrigado; talvez saia lá para o final da semana que vem.
      Abraço amigo.

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  2. Bravo João. Não preciso de te dizer o quanto a edição do teu livro me entusiasma e até comove. A tua tropa, e as circunstâncias extraordinárias em que as nossas vidas se tinham cruzado num passado já tão longínquo, foram, entre muitos outros é claro, factores que nos aproximaram e ajudaram a firmar a nossa amizade.
    Escusado será dizer que vou ler, e vou querer a edição impressa.
    abração

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    1. Miguel
      tu és um pouco "culpado" da publicação deste livro. Apesar de tudo, e embora conheças os posts aqui publicados, vais ter algumas surpresas.
      Espero depois a tua crítica sincera.
      Se fosses uns anitos mais velho, quem sabe não nos teríamos mesmo cruzado nesse Setembro de 74, lá por Nampula.
      A edição impressa, pois claro, mas não a vais comprar, ok?
      Abraço amigo.

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  3. Fiquei super curioso

    :D

    Abraço amigo João :)

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    1. Francisco
      embora já conheças o "meu estilo literário" (hehehe), vais ficar algo surpreendido.
      Espero que gostes.
      Abraço amigo.

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    1. Edu
      Supimpa? Espero que sim. Depois envio-te o PDF do livro, para tu, tua Mãe e Reginaldo lerem.
      Beijo.

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  5. Bacana a divulgação deste talento...
    Irá fazer um grande sucesso.
    Abraços!

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    1. Ro
      muito obrigado.
      Vamos ver, tem algumas coisas surpreendentes.
      Abraço amigo.

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  6. parabéns, João! :))
    vês? afinal, não custou assim tanto :) já tinhas a maior parte dos textos escrita. e o mais importante, é um livro histórico, de um período muito importante e muito difícil do País. eu também irei querer uma dedicatória. e depois o encontro e outras histórias e, quiçá, um novo livro :)
    bjs.

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    1. Margarida
      houve algumas alterações de textos, bastantes novos, uma introdução e uma conclusão (da qual faz parte a citação que o João escolheu), isto é quase metade é novo...
      Claro que a dedicatória ( e não só) podes contar com ela.
      Beijinho.

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  7. |||||
    Muitos parabéns! É um grande passo que com certeza te enche de orgulho.
    Vamos esperar pela publicação.
    Abraço

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    1. João Eduardo
      talvez para a semana. Confesso que não esperava tanta receptividade no FB.
      Depois falamos sobre o lançamento.
      Abraço amigo.

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  8. Li há pouco no blogue da Index (mas não consigo comentar lá).

    É uma surpresa, sem o ser. Para além da tua participação no "the book of distance", li os textos que me eviaste em tempos por e-mail, e claro que tinham que ser publicados.
    Estou certo que vai ser um livro de referência.
    Um abraço e felicidades.

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    1. Olá Sérgio
      vamos ver o que "sai dali". As expectativas do João são boas, mas nunca se sabe.
      Há muitas coisas novas em relação ao que escrevi no blog.
      Abraço amigo.

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  9. Parabéns, João. Será um sucesso, com certeza. Memórias recheadas aliadas à tua sensibilidade na escrita.

    um abraço grande!

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    1. Mark
      nada de deitar foguetes antes do tempo. É um género diferente de tudo o que o João e o luís têm publicado.
      Abraço amigo.

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  10. Ainda bem que tomaste a decisão, amigo! Parabéns! Estou muito contente, e claro que quererei um exemplar. Mas antes vamos ter uma festa de lançamento, não é? Será um pretexto bom para nos encontramos todos :-))

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    1. Olá Justine
      há alguns culpados disto e um dos maiores é o nosso comum amigo João Máximo, com quem foi um prazer trabalhar.
      Claro que vai haver um jantarito entre amigos para comemorar o facto, a realizar possivelmente aqui em Massamá, mas em data a anunciar, pois pretende-se que seja quando já se puderem ter os livros impressos que são sempre encomendados numa editora que trabalha com a Index para esse efeito, a Bubok, na forma de "print on demand", pois não há uma edição impressa. Isso demora sempre um pouco mais, entretanto mete-se Agosto, mês de férias para muitos, pelo que penso seja lá para Setembro, darei notícias, pois gostava muito de ter a tua presença. Claro que não é nada como um jantar de blogs, é muito mais restrito,mas não estará fechado a quem queira participar.
      O livro em edição digital será lançado talvez lá para o final da próxima semana.
      Beijinho.

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  11. Fico a aguardar mais notícias. Foi uma belíssima ideia. Parabéns.

    (Fora do contexto: foste ao recital em Queluz?)

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  12. Paulo
    e as notícias chegarão breves, suponho...
    Quanto ao recital em Queluz e por viver tão perto, eu que até pensei adquirir um ingresso com antecedência, desleixei a data e só me lembrei da mesma, quando vi a tua referência, penso que no FB.
    Não me perdoou a mim mesmo...e penso que terá sido maravilhoso.
    Abraço amigo.

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  13. Muitos Parabéns João!
    De certeza que será uma obra bastante interessante e eu vou adquiri-la assim que estiver disponível :)
    Abraço

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  14. João
    é quase uma "aventura"...
    Nunca sonhei meter-me numa coisa destas, mas "empurrado" por gente amiga e apoiado por um editor muito bom profissional e que "arriscou" em apostar em mim, aqui estou "desnudando" (como é meu hábito), a minha vida militar.
    Agora estou algo curioso com a reacção de certas pessoas, já que o livro traz consigo algumas considerações que são mais que meros relatos de uma comissão em África.
    A ver vamos...
    Abraço amigo.

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  15. Há quanto tempo não nos encontramos! Seguramente desde o longínquo dia que te vi junto do casarão do teu avô, na Covilhã. Antes disso, depois do Liceu, encontrámos-nos ocasionalmente a meio da Alameda, em Lisboa. Duas ou três vezes. Boa sorte!

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    1. Caro Anónimo
      confesso não aceitar comentários anónimos, geralmente, mas claro, há excepções. E este é uma delas...
      Sim, devemos conhecer-nos, da Covilhã, provavelmente do Liceu, onde fui colega de tanta gente; mas o que me intriga mesmo são os encontros ocasionais em Lisboa, a meio da Alameda, já que nunca foi uma zona onde eu habitualmente ia, a não ser quando ia ao Império, ver um filme.
      Gostaria sim de saber com quem, falo e se não quiseres deixar aqui o teu nome, podes sempre mandar-me um mail jcroque@zonmail.pt.
      Abraço.

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