Do blog Graphic_diary, roubei descaradamente (mas com prévia autorização), esta imagem/texto, que vem demonstrar parte do exposto por mim em textos anteriores, sobre os interesses americanos no Kosovo. Infelizmente, muito mais há para mostrar o que é aquele “país”, e por isso vos convido a ver aqui e aqui, onde comentadores norte-americanos (não sérvios ou russos), analisam um pouco melhor o que existe naquele “paraíso”, tão rapidamente apadrinhado por grande parte do mundo ocidental.
É realmente incrível que se fechem os olhos perante realidades tão flagrantes numa região que tem como um dos seus dirigentes máximos Hashim Thaci, e que é um autêntico “pequeno mundo” de corrupção, tráfico e anarquia económica e social.
Resta-me a consolação de que Portugal, embora eu pense que acabará por reconhecer o Kosovo, pressionado pelos pesos pesados da EU, tenha até aqui usado de reservas profundas acerca do mesmo, alinhando dentro da EU, ao lado da Espanha, Grécia, R. Checa, Eslováquia, Roménia, Chipre e Malta.
E depois queixam-se os EUA, como grandes vitimas, dos actos (condenáveis, concordo), contra a sua embaixada em Belgrado, mas é difícil conter uma população conformada, depois de lhe ter sido roubado 1/3 do seu território, convenhamos…
E no terreno, ainda há dois dias, mais uma vez os cemitérios da agora minoria sérvia foram profanados; isto já não interessa como notícia, nem leva a protestos internacionais.
Democracia,liberdade? Claro, desde que haja riquezas a explorar. Só espero que isto não seja a raiz de mais um grande conflito na Europa.
ResponderEliminarParabéns pela excelente escolha músical.
Um abraço
Há ainda um termo que falta emoregar neste texto, que é a hipocrisia, não só dos EUA, como também dos papões da UE.
ResponderEliminarEmir Kusturica é um simbolo da Sérvia no campo musical e cinematográfico; nestes tempos tenho relembrado muito o seu excelente "Underground", e a sua magnifica banda sonora.
Abraço.
Compreendo as tuas razões, mas não tenho uma ideia muito clara sobre o que se passa, a não ser que, naquela região do globo, mandam mais as etnias que as razões históricas ou territoriais.
ResponderEliminarSão dois lados da barricada que, esperamos, algum dia irão descobrir que são mais as coisas que os unem do que as que os separam.
Até lá, resta esperar que prevaleça o bom senso.
Por outro lado, o não reconhecimento por parte de Portugal da independência do Kosovo parece que não tem nada a ver com a Sérvia ou o Kosovo, propriamente ditos. Terá mais a ver com situações semelhantes, bem mais próximas de nós e que nos poderão afectar mais directamente. Refiro-me, como deves calcular, ao País Basco e à Catalunha, entre outros.
É que, parece-me, vai ser difícil sustentar 2 pesos e duas medidas...
Bom!
ResponderEliminarContinuo a acompanhar os teus posts, complementando a pouca informação que tenho sobre este assunto.
Um grande abraço e BOM SEMANA!
Cá temos mais uma peça - nada dispicienda ou virtual - do mosaico de "motivações" que levam a reconhecimentos neoliberais capciosos.
ResponderEliminarFac(cioso) este mundo, não?
Se os Açores proclamassem unilateralmente a independência, quem é que iria "casar com a carochinha"?!
Um abraço e boa semana. :)
Sabes uma coisa, Joãozinho?
ResponderEliminarAquelas ilusões muito anos sessenta de que poderia haver algum modo de conter a ganância dos maiores sobre os mais pequenos através do direito internacional, ruiu definitivamente. Se é que ainda havia ilusões. E havia algumas, sim, apesar da Palestina, até à invasão do Iraque.
Está cada qual entregue a si mesmo. Caíram as máscaras e vai cair o pano sobre muitos países. Isto é ainda o começo da desvergonha que a ONU tentou contrariar.
E Portugal só está à espera de retirar as tropas para ir atrás dos papões da UE.
ResponderEliminarUm abraço.
Caro Teddy
ResponderEliminaré possível que a situação espanhola esteja a adiar o reconhecimento português, assim como a pùblica tomada de posição do PR acerca do assunto, numa posição contrária ao reconhecimento; e há ainda os Açores e Madeira, convém não esquecer...
Abraço.
Caro João
ResponderEliminaré um bocado essa função a destes posts, informar quem não está informado.
Boa semana também para ti e abraço.
Pois amigo João Manuel, isto não é um filme de ficção científica, é simples e tristemente a realidade.
ResponderEliminarAbração.
Qurida Mar_maria
ResponderEliminareu por vezes julgo-me mesmo um anti-americano primário, o que me revolta, pois tenho de mim próprio uma ideia de uma pessoa superior a esses primarismos, e realmente não o sou; mas a política americana, nomeadamente a externa é tão nojenta que me faz sentir assim; esse senhor Dick Cheney, sinistro na sua sombra de vice-presidente, é o exemplo mais concreto de que os americanos são mais perigosos do que a natural estupidez do Bush pode fazer crer...
Ainda iremos ver muita coisa, embora haja esperança em resultados positivos após as eleições deste ano; mas será que eles ainda irão votar no McCain? Eu fugiria para Marte!
Beijinhos.
Tens também alguma razão no que afirmas, amigo Paulo, mas não devemos esquecer, que foi já depois da declaração de independência, que se deu a substituição na zona "tampão" do Kosovo, das tropas francesas pelas portuguesas, o que poderá querer dizer que não será de imediato que Portugal seguirá os "papões" da UE.
ResponderEliminarAbraço.
Hipocrisia e oportunismo é a marca registada de todas as estratégias politicas. Direitos humanos, ou legitimas ajudas a quem sofre só existem quando algo se ganha. Mas, isto não é novo. Ninguem tira lições da história? Terá mesmo de ser sempre assim?
ResponderEliminarabraço
Perguntas oportunas, amigo Sócrates, mas infelizmente parece que nem todos pensam como tu, e eu, infelizmente.
ResponderEliminarAbraço.
É uma situação complicada e preocupante, sobretudo para quem é parte interessada como tu.
ResponderEliminarClaro que tudo isto carece de muito bom senso... mas este não é um valor seguro...
Abraços
Caro Tongzhi
ResponderEliminarbom senso é tudo o que parece não haver nesta complicada e preocupante situação, como muito bem adjectivas.
Abraço.