domingo, 16 de maio de 2010

"Angels in America"

Revi hoje numa autêntica maratona os seis episódios da série “Angels in America”,realizada em 2003 pelo director Mike Nichols, num argumento adaptado da sua própria obra, do dramaturgo Tony Kushner.

A acção passa-se no ano de 1985, no auge da epidemia da SIDA, na América republicana de Reagan, e gira à volta de dois personagens infectados pelo vírus, um jovem homossexual (Justin Kirk), enamorado de um judeu progressista e de um conhecido advogado (Al Pacino), influente e perfeitamente obcecado por atingir os seus fins, nem sempre os mais lícitos.

À volta destas personagens gravitam inúmeras outras personagens,algumas delas representadas pelo mesmo actor ou actriz.

Entre elas, duas enormes actrizes, Emma Thompson e Meryl Streep ( esta interpretando entre outras o papel da espia comunista executada na cadeira eléctrica Ethel Rosenberg e até um velho rabi); também Emma Thompson se desdobra em três diferentes papéis.

Um outro actor que muito me surpreendeu, pela positiva foi Jeffrey Wright, interpretando um enfermeiro gay deveras esteriotipado. Também no elenco Patrick Wilson, então no início da sua carreira, Bem Shenkman e Mary-Louise Parker.

Se nas soberbas interpretações reside grande parte do êxito da série, também o argumento salienta os problemas que a SIDA levantou naqueles tempos na comunidade homossexual, e tem acma de tudo uma feroz critica ao conservadorismo político nos EUA, mormente entre os republicanos. A vertente religiosa também é bastante mencionada, principalmente no que respeita à religião mormon.

Embora não simpatizando muito com os americanos, devo reconhecer que nenhum povo tem a capacidade de se auto criticar, como eles o fazem .

É um filme com uma temática fortemente marcada pela homossexualidade, em que não reina a hipocrisia, nem a meia palavra. É suficientemente cru e duro para ser eficaz.

Fica um extracto de imagens, embora me apetecesse pôr aqui a série toda (mais de 5 horas…)


28 comentários:

  1. Blog legal!
    estou seguindo-o
    segue o meu tbem???
    xD

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  2. Olá Nyx
    Obrigado pela visita; já fui ver o teu blog e vi que eras escritora; este meu blog é um simples meio de comunicar com amigos alguns conceitos de vida e alguns gostos pessoais e é essencialmente útil para mim mesmo, pois sendo extrovertido, por natureza, necessito de não me encerrar dentro de mim próprio.
    Volta sempre que queiras...

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  3. Nao vais acreditar: ONTEM comprei toda a série (só a tinha numa gravacao precária que um amigo fez!) e vou reve-la! Que sintonia, hien? Um lindo domingo!

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  4. Ricardo
    se te acontecer o mesmo que a mim, vais gostar mais agora do que na altura; mas atenção, é que eu vi episódio a episódio, e ontem vi tudo seguido: MAGNÍFICO!
    Beijo.

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  5. Vi a série há anos quando passou pela TV generalista (salvo erro, era na RTP 2) e adorei-a.
    Tem um casting (Al Pacino é brilhante!) e um argumento fabuloso.
    Um dia desses hei-de comprá-la na FNAC.

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  6. Olá Maldonado
    realmente Pacino, Streep e Thompsom,como grandes actores que são brilham intensamente na defesa dos seus papéis, mas alguns secundários não lhes ficam atrás...
    Abraço amigo.

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  7. Já vi isto várias vezes e fico sempre maravilhado!

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  8. Angelo
    o que é realmente bom, nunca deixa de o ser...
    É uma série verdadeiramente excepcional.
    Abraço amigo.

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  9. Eu tenho os dvds. Ainda à pouco tempo estive para rever esta mini-série. Muito boa mesmo. Acho que está bastante bem escripta e facilmente nos identificamos com uma se não várias personagens--

    PS: Já a vi toda pelos menos 3 vezes xD

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  10. Maxwell
    é realmente excelente e não seria má ideia algum canal de televisão retransmiti-la, pois já foi há uns anos que ela passou; acho que devia ter uma divulgação ampla.
    Abraço amigo.

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  11. João, meu querido. Quanto tempo. E, a despeito disso, voltar a este blog é como revisitar uma casa conhecida, familiar, daquele tipo em que nos apresentamos sem maiores pudores ou constrangimentos. É como estar de volta, apenas. E já se sentir acolhido de novo, como ontem fosse. Pois é. Pedi tanto para que a vida real se sobrepusesse à virtual que acabei por ser atendido. Em excesso. É. Nunca estamos mesmos satisfeitos com o que nos é dado pela vida. Somos assim, fazer o quê! Quero saber se você, da vida, de como andam ou desandam as coisas. Realmente, não tenho tido tempo de visitar os blogs (e muito menos atualizar o meu próprio). Não bastasse as longas horas consumidas no trabalho, ainda tenho viajado e anda tudo mais corrido do que nunca. Justifico assim o meu sumiço deste seu acolhedor espaço e, de uma forma mais abrangente, da internet. Chego tão tarde que pouca disposição me resta para postar no meu blog e no dos amigos. Mas, se a presença não se faz nos comentários, saiba que você sempre está presente no coração. Um beijo!

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  12. Meu bom Sérgio
    mentiria se dissesse que não tenho estranhado o teu silêncio, mas já te vou conhecendo o suficiente para pensar que tal se deveria, como é o caso, a uma grande transformação da tua vida profissional.
    Mas e como dizes, há certas pessoas que, na realidade nunca transpuseram o limiar da virtualidade, mas que é como se já as tivéssemos visto e abraçado antes - é o teu caso.
    A minha vida segue regular, com umas "macacoas" próprias da idade, mas que "incham, desincham e passam", e daqui a dois dias vou ter mais duas semanas de sonho, com a estadia aqui em Lisboa, de novo, do meu Déjanito.
    Espero que me envies quando puderes, um mail com as tuas novidades mais detalhadas e entretanto recebe um beijo de muita amizade.

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  13. excelente série, que já vi há muitos anos, quando passou na televisão. a ideia que guardo é a de ser muito provacora, não no sentido de chocar, mas no de nos fazer reagir e pôr a pensar. adorei a Meryl, lembro-me de ter ficado meio aparvalhado quando descobri que rabino era ela. e tal como aconteceu contigo esta série revelou-me o Jeffrey Wright, que, apesar de não ser uma presença muito frequente, tenho acompanhado sempre que sei de filmes com ele.
    abração

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  14. Miguel
    a tua acutilância cinematográfica revela-se nesse pormenor do Jeffry Wright.
    Confesso que nunca me lembro de o ter visto em mais nenhum filme mas se souberes de algum outro filme com ele, diz-me, ok?
    Abraço amigo.

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  15. Subscrevo inteiramente a tua apreciação, é uma excelente série!
    Abraços

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  16. Justine
    nem eu esperaria uma opinião tua diferente dessa.
    Beijinho.

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  17. Nunca vi a série toda seguida, talvez seja tempo de a ver assim.
    Ver um episódio de vez em quando, quebra o conteúdo...
    Vou imitar-te!
    seu sortudo, está quase...!
    Abracinho

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  18. Olá pinguim!!!
    Tenho cá vindo mas comentado muito pouco, mas assim que esteja em forma, estarei cá muitas mais vezes.
    Dessa série só consegui ver os três primeiros, só tenho pena de não ter visto mais, mas quem sabe em breve tenha oportunidade.

    Em relação à pergunta que me fizeste, espero que não te importes que te trate por tu, mesmo sendo um pouco mais velho não quero que penses que te estou a faltar ao respeito :).
    Os Monte Lunai são um grupo português, tive oportunidade de os conhecer e ouvir o ano passado nas Danças e Sons do Mundo na aldeia de Querença (Barrocal Algarvio), foi uma festa promovida no âmbito do Allgarve, mais informação aqui:http://www.myspace.com/montelunai

    e aqui:

    http://www.montelunai.com/Monte_Lunai/Monte_Lunai.html

    Espero que gostes.
    Com carinho e muito respeito
    Abraço grande
    Sairaf

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  19. Maria Teresa
    é completamente diferente; só tem duas partes, de 3 episódios cada, mas estes não têm interrupção.
    É brutalmente forte e muito boa!!!!

    Está quase, mas o vulcão está-me cá a fazer umas comichões...
    Beijinho.

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  20. Sairaf
    que bom ver-te por aqui...
    Espero que estejas a passar melhor, de todo o coração.
    Procura ver a série que vais gostar mesmo muito.
    E eu vou ver melhor como são os Monte Lunai.
    Beijinho.

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  21. voltando ao Jeffrey Wright:
    assim que me lembre, ele entrou no filme do Jim Jarmusch, Broken Flowers, no Syriana e no do M. Night Shyamalan, Lady in the Water. Entrou tb nos últimos James Bond, em que fazia de vilão.
    e o primeiro filme em que ele entrou que me lembro de ter visto, foi ainda antes do Angels, fazia de Basquiat no filme do mesmo nome, da autoria do Julian Schnabel. mas é engraçado, porque neste filme do Schnabel ele transmitia uma imagem de fragilidade, e no Angels, tanto quanto me lembro, era ao contrário, era um personagem muito forte.
    abração

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  22. Olá

    Vo a Série, tenho o DVD, e considero umas das melhores séries que vi. Interpretações brilhantes, testemunhos algo arrepiantes, uma obra prima no género.

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  23. Olá Pinguim, já tive para ver por várias vezes mas é uma pena ser tão grande. Teria de tirar um dia para isso, mas acredito que valha a pena. Gosto muito dos actores e é um temática que me interessa e que diz respeito a toda a gente. Um grande abraço quando vir aviso-te ;)

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  24. Miguel
    Obrigado por esta tua informação; vou procurar ver o Basquiat, pelo menos.
    Abraço grande.

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  25. Luís
    uma obra prima, sim, sem qualquer dúvida.
    Abraço grande.

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  26. Psi
    são cerca de cinco horas de exibição; foi para mim uma excelente tarde de sábado, a visão da série.
    Abraço amigo.

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  27. Das melhores séries que conheço. Quando vi também devorei os episódios todos de seguida!

    abraço

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  28. Pedro
    gostei ainda mais agora nesta vez, precisamente por isso;não tive que estar à espera de episódio sobre episódio.
    Abraço amigo.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!