Hesitei bastante antes de me decidir a escrever algo sobre a situação de Sakineh, a senhora iraniana condenada à morte por lapidação pelo crime de ter tido relações sexuais com dois homens já depois de ter enviuvado.
E hesitei, porque esta condenação traz agregada a si própria tantas considerações directa ou indirectamente relacionadas, que tenho medo de não parar… Mas vou procurar falar só do essencial.
A lapidação é das mais terríveis formas de morte que existem, pois leva a uma morte lenta e com grande sofrimento;
a foto aqui publicada é bem explícita, e mostra a dimensão “ideal” das pedras atiradas à condenada, para a não matarem de imediato, mas para a irem matando. É um crime hediondo e mesmo que no caso de Sakineh, as autoridades iranianas recuem na condenação, devido às muitas pressões internacionais, algumas delas vindas mesmo de países muçulmanos (Egipto), pergunto, quantas mulheres já morreram desta forma? E como podem as populações colaborarem neste martírio, senão através do fanatismo religioso e seguidismo cego de leis que não são admissíveis em qualquer país civilizado.
Mas, pasme-se, ainda há pessoas, mulheres, que neste nosso país de brandos costumes enviam comentários como este, assinado por uma tal Catarina Soares, do Algarve num site da TSF sobre este assunto: Cada País tem a sua cultura, as suas regras e as suas leis. Esta senhora ao cometer este crime já sabia de antemão o que a esperava. Condeno sim a intromissão nos assuntos internos do Irão.”. Perante isto apetece meter esta senhora num avião e mandá-la para o país onde ela deveria viver, com a sua cara tapada e com a sua vida sexual condicionada por falsas moralidades.
Tudo isto se passa num país governado por um senhor, chamado Mahmoud Ahmadinejad,
o mesmo que há tempos disse não haver homossexuais no Irão; claro que tem razão, pois quando descobrem algum, enforcam-no! Neste mesmo país que tem andado nas bocas do mundo, por via das suspeitas de que se está a preparar para possuir a bomba atómica, continua o fanatismo religioso, como em muitos outros países islâmicos e esse é um problema, não da região, mas do mundo inteiro, pois por via dele, o terrorismo grassa e ameaça qualquer ponto do mundo.
Que tristeza ver (????) aquelas mulheres no Afeganistão, metidas dentro de uma burka que as escondem totalmente de qualquer olhar, a não ser, na intimidade do lar…Que tristeza ver todo um imenso mundo em que a mulher nada vale e em que só o homem tem poder…
Quando irá acabar tudo isto? Quando explodirmos todos????
Não sei como o dizer...
ResponderEliminarAs leis ocidentais advieram da nossa cultura, tradições e religião... Foi um processo gradual que no Irão ou não está a acontecer ou é mais lento que cá.
Verdade é que as mulheres quererão melhor que o que têm, mas muitas também estão de acordo com estas condutas.
Sem conhecerem o mundo cá fora elas não sabem as hipóteses existentes. Assim como nós, sem sabermos que lá fora se ganha 4 vezes mais e há mais direitos para os trabalhadores (mesmo em época de crise), nos conformamos com o que temos... E infelizmente não há outros países a defenderem a nossa ignorância...
Explodimos todos... quando nos puserem uma bomba em cima do canastro! Acredites ou não (eu sei que acreditas), no restaurante de Reiquejavique onde fizemos a nossa janta de despedida, na véspera da partida, apareceu-nos uma coisa dessas: uma dama toda fina, toda elegante, seguramente de família cheia de carcanhol, do mais fino mesmo que possa imaginar, dentro de uma coisa daqueles do estilo alta costura europeia. Mas toda tapada, todinha, que fazia pena. E com o seu "bulldog" altivo sob o seu bom bigode como que estivéssemos todos numa arábia qualquer. Eu fiquei fulo, a ferver, mas limitei-me a soltar os desabafos só para o Gonçalo e a concluir (que quando somos confrontados com estas coisas, temos que tirar conclusões) que se eu tenho que respeitar as suas normas se os visitar, eles deveriam ficar nos seus países, ou respeitar as nossas. Custa muito dizer isto e admitir que até poderei estar errado, mas é o que sinto neste momento. Com todo o respeito pela sua cultura e pelas suas tradições... Abraço,
ResponderEliminarNao sei realmente o que mais me assusta: o que acontece com esta senhora, morrendo aos poucos ou o comentário mais absurdo que poderia ter sido feito (por esta senhora do Algarve)... Nao tenho palavras.
ResponderEliminarRicardo
É mesmo. Até quando? estes dias vi uma reportagem sobre a circunsição feminina, que ainda há uma série de país que em prole da cultura continua a cometer estas atrocidades às mulheres. Chocou-me muito, ver pegarem em crianças, meninas a partir de 4 anos e serem sujeitas a isso, simplesmente porque os homens admitem que as mulheres sejam circunsisadas para evitar que elas tenham relações fora dos casamentos. Mas que mundo é este? Há coisas que nunca me entrarão na cabeça, sejam em prole da cultura, da religião ou o que quer que seja. Desde que haja algum ser humano em sofrimento, neste caso refiro-me a meninas que vêm o seu orgão sexual violado em tão tentra idade, já para não mencionar quantas delas morrem das infecções causadas... desculpa me alongar mas estes assuntos tiram-me do sério! bjs
ResponderEliminarConcordo plenamente contigo em tudo.
ResponderEliminarE é pra ficar mais horrorizado mesmo com o comentario dessa tal Catarina.
Vamos mandá-la pra lá.Que tal?
Prefiro não alongar-me mais no comentário pois tudo que vem deste país em se tratando de leis me causa repulsa.
abraço amigo.
quando isto irá acabar? convido todos os ofendidos com esta situação a mudarem a nacionalidade no Facebook para o Irão. Quando aparecerem fotos de Sras de cara destapada; homens declarando apoio a minorias, o Sr. Mahmoud vai ficar verde. :-)
ResponderEliminarGRITOMUDO
Sabes migo, ainda hoje estive a ver um artigo sobre as piores formas de tortura que o Homem já criou, e a pergunta que me vinha à cabeça era: Será que Hobbes e B. Russell tinham razão na sua teoria da maldade intrínseca e inata do Homem? É custoso pensar que sim, mas mais custoso ainda é VER que sim através de imagens assim.
ResponderEliminarNão acho que seja um crime de religião, pois não há religião alguma em todo e qualquer acto mau, a religião é o que nos une ao divino, na sua perfeição e grandiosidade, coisa que não se constata aqui. Não aceito portanto que seja um acto religioso, é um acto em nome duma religião, mais uma criada por homens.
Tudo não passa de uma justificação para o homem enquanto, macho, se faça valer, se faça notar pela sua força bruta, por algum motivo TODAS as religiões do mundo são encimadas por homens.
Quanto à ignóbil criatura que escreveu esse comentário, como dizem os brasileiros, opinião é que nem bunda cada um tem a sua, é tão simplesmente de lamentar que essa senhora seja triste ao ponto de pensar assim, mas há tantas doenças que não se manifestam fisicamente...
Quanto à questão política iraniana, do que me apercebi, subtilmente, os EUA, a Europa, e demais aliados têm andado bemmm em cima do Irão. Tudo muito subtil, o Mahmoud já quis marcar uma reunião urgente com o Obama, o Obama assim de repente vem a Portugal numa notícia que nos espantou a todos, e vem encontrar-s com os chefes de Estado da UE, para tratar do quê? As tropas estão a sair do Iraque...ainda está tudo muito subtil...mas são pequenas coisas que nos fazem pensar um bocado.
E mais não me alongo, senão puff :-)
meu amigo, adoro estes teus posts!
Abração daqueles!
É de lamentar, mas nós temos cá os nossos casos(Violência doméstica, futebol, tourada). Naquele país, tem a morte das mulheres, e dos desgraçados que são apanhados a roubar ou por vezes acusados de falsos crimes. O Ser Humano no seu máximo.
ResponderEliminarNão chamaram PUTA, à primeira dama da França por esta introceder a favor da Não Lapidação.
Se fosse um ocidental a chamar puta a uma mulçumana, haveria um outro 11 de Setembro...
Enfim, só lamento não poder fazer nada, mas fiz a minha parte de fazer parte da manifestação a favor da senhora...
Abraço
Francisco
ResponderEliminardesgraçadas das mulheres iranianas que se oponham a esta situação; não será apenas desconhecimento, mas também aceitação forçada.
Abraço amigo.
a política religiosa é mais perigosa do que politica politica. É tentar racionalizar e reconhecer que a história da Europa e do Catolicismo é também rica em episódios desta natureza. Atenção: não estou a defender ou aceitar. Apenas sim reconhecer que algumas nações parecem ainda estar presas a uma espécie de espírito medieval.
ResponderEliminarQuerido pinguim, a organização da world press photo vem há anos fazendo chamadas de atenção acerca das coisas que por essas terras onde as mulheres são subjugadas às leis de homens sem amor (é assim que eu os chamo), a forma como elas são tratadas como se fossem um pedaço de carne para consumo próprio, muitas delas sofrem mal tratados e escondem nos sobre as suas vestes.
ResponderEliminarEste ano a mesma organização falou dos casos na Somália, chorei em plena exposição por tristeza por tamanha maldade.
Estou a adorar ler os textos :)
MUITO obrigado.
Aquele abraço
Com carinho
Sairaf
Parabéns pelo texto tão pertinente. Este é um assunto que nem sei muito bem como abordá-lo pela enorme incapacidade que tenho em compreender como é possível que nós, seres humanos, estejamos tão avançados em áreas, como por exemplo a nanotecnologia, e que, ao mesmo tempo, ainda tenhamos presentes neste nosso globo terrestre, comportamentos tão ancestrais e hediondos como estes. Isto deveria ser assunto de primeira mão para líderes e dirigentes a nível mundial a fim de erradicarem tais actos...
ResponderEliminarMais do que as tuas palavras, a fotografia que expões levou-me às lágrimas... tenho vergonha de ser um ser humano neste momento...
ResponderEliminarLuís
ResponderEliminarmas claro que acredito; haverá mesmo mulheres no Irão que na intimidade dos seus lares, vestem tudo o que é moda, de marca e têm dinheiro para isso.
Mas o dinheiro não lhes compra a liberdade de serem seres humanos como os homens.
E concordo inteiramente que nos países não islâmicos não seja permitido usar a cara tapada, pois não é culturalmente aceite.
Enfim,embora muito pessimista, aguardo por dias melhores.
Abraços amigos.
Ricardo
ResponderEliminara única coisa positiva(?) no comentário desta senhora algarvia é que não se escondeu no anonimato, como é hábito; fraco atenuante para tão incrível afirmação.
Beijo.
Poetic Girl
ResponderEliminarobrigado por falares nesse aspecto que eu esqueci de referir e que é outra forma inconcebível de usar a mulher como um simples objecto.
Até fico possesso quando vejo fotos dessas excisões, que continuam a fazer-se em muitos países da África sub-sariana.
Beijinho.
Glauco
ResponderEliminare tens razão, amigo, pois o teu presidente tem sido um apoio importante do presidente iraniano, o que leve a que seja indirectamente conivente com estas situações.
Beijo.
Gritomudo
ResponderEliminartalvez fosse uma solução...
Abraço amigo.
Olá Ima
ResponderEliminareu não disse que isto era um crime religioso; penso exactamente como tu, que é um acto em nome de uma religião. E há ou houve fanatismos em todas as religiões.
Outra tua observação muito pertinente é sobre a maldade inata do Homem; eu não sei se ela é inata, mas que o Homem a aplica perfeitamente e perversamente, é um facto.
A política iraniana é um perigo constante e só uma grande concertação entre os governos mundiais a pode fragilizar, mas vemos o Brasil e a Turquia a irem a Teerão quase a prestarem vassalagem a Ahmadinejad, o que é péssimo.
E o papel da Rússia e até da China não pode ser desprezado, pois o seu envolvimento no controlo dos desígnios desse louco, é fundamental.
Aguardemos os acontecimentos.
Abraço grande.
Olá Francisco
ResponderEliminaros nossos "pecadilhos", se o futebol for considerado como tal, o que duvido, nada têm de comparação com esta situação. Afinal sempre fomos um país de "brandos costumes"...
Lamentável a acção dos jornais iranianos acerca de Carla Bruni, que independentemente da sua vida intima, proferiu declarações com alguma importância contra este acto, pela sua condição de primeira dama francesa.
Como bem dizes, se algum jornal francês dissesse algo parecido de uma iraniana (embora duvide de eles considerarem uma mulher um ser humano), a Torre Eiffel já tinha sido destruída por um acto terrorista.
Já foi uma excelente contribuição tua a tua presença esta semana, no Largo Camões.
Abraço amigo.
Ninguém fica indiferente a estas atrocidades.
ResponderEliminarNa cultura muÇulmana, existem leis que de tão horrendas envergonham o ser humano. Neste país, que o adultério cometido pela mulher, é um dos crimes violentamente punidos, já todos sabemos, e esta senhora para além das 99 chibatadas foi sentenciada à morte por apedrejamento.
Depois, o governo pressionado pelos activistas dos direitos humanos, decide que vai ser benevolente com esta mulher suavizando a agonia desta morte lenta condenando-a à morte por enforcamento!
Não vai à pedrada, vai por enforcamento!
Que homens, que pais, que filhos são estes que nunca levantaram a sua voz para alterar uma lei que recai únicamente sobre o ser que os trás ao Mundo?
COBARDES!
Speedy
ResponderEliminareu estou a perceber o que queres dizer; referes-te, por exemplo, ao período da Inquisição.
Simplesmente, aqui não há um acto directamente relacionado com a religião, apenas consequência de uma lei toda ela moldada, isso sim, numa leitura baseada em textos religiosos, e cujo estrito cumprimento leva a estas barbaridades.
Neste país, a lei e a religião são como que um todo, e não há uma separação de águas.
Abraço amigo.
Querida Sairaf
ResponderEliminarcomo poderá existir amor num relacionamento entre duas pessoas, em que uma, o homem, subjuga completamente a outra, a mulher, convertendo-a num objecto de satisfação sexual,de geradora de filhos e de prestadora de serviços?
É no seu todo,uma aberração, este conceito de vida.
E que leva a situações destas, e à excisão noutras regiões.
E estamos em pleno século XXI!!!
Beijinho.
Fico satisfeito que estejas a gostar das crónicas da guerra colonial.
Sara
ResponderEliminarera muito bom que fosse como tu dizes, mas parece-me demasiado utópico, infelizmente.
Não é só o poder político e judicial que está em causa, mas sim toda uma crença ancestral digna de uma Idade Média, que está completamente incutida no povo, que não só não condena estas práticas, como colabora nelas: esta é a terrível verdade.
Beijinho.
Ilove...
ResponderEliminardevo confessar-te que foi esta foto que me fez escrever este texto.
Queria publicá-la, mas é evidente que não o poderia fazer sem a enquadrar num texto que a explicasse.
Abraço amigo.
MZ
ResponderEliminarjá o disse atrás: é o puro fanatismo irracional da leitura dos textos sagrados deles, que leva à existência e aceitação destas leis, que qualquer ser humano, consciente e justo, repudiará com veemência.
Será que não haverá neste país quem tenha a coragem, (e não será pouca), para mudar tudo isto?
Beijinho.
não tem nada a ver com religiões, culturas ou tradições. tem apenas a ver com barbárie e com subjugação pelo terror.
ResponderEliminara fotografia que aqui publicas, a primeira, ao alto, é de uma crueldade inconcebível. qualquer pessoa ou regime que contemporiza com tal crueldade ou que até a utiliza como instrumento de poder, é indigno e não merece qualquer desculpa ou atenuante.
quando éramos pequenos, caro João, os nossos pais ensinaram-nos que não devemos ser crueís nem com os insectos. a crueldade apenas suja e mancha quem a pratica, nunca quem dela é vítima.
não perceber isto, não perceber o que de fundamental está aqui em causa, é falácia ou tontice.
abraço grande, e obrigado por teres trazido aqui este assunto.
Tal como tu dizes logo no princípio deste texto vou tentar falar só no essencial e no que se refere a este caso.
ResponderEliminarEstamos no séc. XXI os meios de comunicação chegam a todo o mundo num ápice...como é possível haver leis que condenam à morte outro ser, ainda por cima de um modo em que o sofrimento do "pecador" é motivo de regozijo por parte dos que observam e participam na "festa"...
A besta homem é a pior besta do mundo animal!
Quem ousa defender ou justificar esta e outras barbaridades, com argumentos a cairem de podres há muito, está do lado destas bestas!
Ninguém pode ficar indiferente às penas de morte, seja em que parte do mundo for, seja com que processo for.
Abracinho
Miguel
ResponderEliminarna generalidade até posso concordar contigo, embora essa barbárie de que falas ter que estar enraizada em algo, seja cultura ou religião ou lá o que for...
Eu sei que há povos, no passado histórico, que ficaram célebres pelo terror com que tudo levavam à frente, como os Hunos, por exemplo; mas aí, além da época ser outra, não eram actos isolados, como esta execução, era o modo de viver de um povo.
Seja como for, a conivência de um poder com actividades destas é absolutamente condenável e indesculpável.
A foto é talvez a mais terrível foto que já publiquei aqui no blog.
Abraço grande.
Maria Teresa
ResponderEliminarclaro que num âmbito mais lato, condeno qualquer tipo de pena de morte, mesmo por motivos que em princípio a poderiam justificar.
Quando a causa da condenação é um "adultério" depois de enviuvar, e a forma de execução é esta, ultrapassa tudo.
Não sei se a eventual comutação da lapidação pelas autoridades se efectivará apenas por mudar a forma de execução, o que pouco muda a situação; o certo são as vergastadas que já lhe foram aplicadas (outra terrível forma de tortura legal)e uma "confissão" arrancada a ferros de algo que nunca poderá ser encarado como crime.
E os homens que tiveram relações sexuais com ela? O que lhes aconteceu? Provavelmente estarão a preparar-se para mandar a primeira pedra.
Beijinho.
Só de pensar que este terrível Irão era a Pérsia há poucos anos atrás. É muito triste ver uma civilização a andar para trás, ainda por cima uma que estava claramente no bom caminho.
ResponderEliminarLusoBoy
ResponderEliminara civilização persa, na Antiguidade, foi nos tempos de Ciro, Dário e Xerxes, quase dona do mundo.
No mundo contemporâneo, durante o tempo do Xá, virou-se demasiado para o Ocidente, tendo campeado a corrupção, o que levou ao derrube do Xá e à instalação do poder religioso extremista de Khomeini, à guerra com o Iraque e agora, graças ao petróleo, tem muito poder e poderá mesmo ter ou vir a ter a bomba atómica.
É uma região crucial do mundo, onde o poder permite estas selvajarias.~
estranho percurso, de uma nação e de um povo.
Abraço amigo.
Já que falas do ignorante do Irão, chamava a tua atenção para isto:
ResponderEliminarhttp://lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/09/e-nao-se-arranja-um-mandato.html
Existem outros crimes hediondos que, em nome da tradição, têm vindo a ser consumados: a excisão genital feminina é um dos exemplos. Não nos podemos esquecer das mulheres afegãs, discriminadas até à medula... O que mais me incomoda são essas opiniões, como a da TSF, de mulheres (!), que aceitam de bom grado estas situações ultrajantes.
Nem sei que te diga, é daqueles temas em que quase todos partilhamos a mesma opinião mas o que podemos fazer?
ResponderEliminarOs EUA invadiram o Iraque baseados inicialmente na existência de armas biológicas, depois passaram a armas de destruição em massa, e depois como não havia nada disso justificaram a invasão com a caça a Sadam e pela ordem no país. Não sei se o fizeram, julgo que a ordem não foi imposta de todo e brevemente estará tudo como antes.
Portanto se uma invasão não faz efeito o que se pode fazer em relação ao Irão? Mudar costumes tão enraizados é complicado mas como todos desejaria que coisas tão horríveis como a lapidação acabassem já hoje, é de cortar o coração!
Resta difundir a imagem e as histórias, na esperança de fazer o mundo parar para pensar e quem sabe fazer com que os nossos lideres façam qualquer coisa contra isto.
Olá Dylan
ResponderEliminareu sei que há muitos dirigentes políticos que têm na sua consciência o peso de suportarem crimes dos mais variados níveis, contra a Humanidade.
E Sei que este caso, da lapidação, é apenas um entre tantos outros que violentam as mulheres muçulmanas, quer no médio oriente, quer na Ásia, quer em África.
Mas gostaria de não ter lido esse comentário, perfeitamente anormal de uma mulher(!!!) portuguesa, que não sei em que princípios foi educada, para proferir palavras tão carregadas de ódio.
Abraço amigo.
Félix
ResponderEliminaro caso do Iraque é manifestamente diferente do caso do Irão de hoje.
Naquele tempo, um presidente republicano e conservador, e uma mentalidade de expansionismo político americano, personalizados por George Bush (pai), e um país liderado por um ditador pessoal, inimigo dos EUA, corrupto e monopolizador, levou, sob o pretexto algo ridículo da existência de armas de destruição massiva, ao derrube de Hassan e à destruição de um país - o Iraque.
Hoje, há um regime (não um ditador) perfeitamente submerso num fanatismo religioso, com reais possibilidades de se estar a tornar uma nação atómica, por um lado, e por outro um presidente americano que não quer pôr um pé em falso, pelo que algo militar contra o Irão só fará sentido, numa acção concertada com outras grandes potências e não só com o apoio da NATO.
Por outro lado, este poder iraniano, dá cobertura a estes actos terríveis e o mundo que mais pode fazer senão protestar?
Será uma utopia acreditar a um curto prazo que as estruturas do poder em Teerão mudem o suficiente para alterar substancialmente a situação actual, infelizmente.
Abraço grande.
Não há muitas palavras que eu consiga dizer agora :|
ResponderEliminarApenas: "oh meu deus" e "que horror"
:(
Obrigado pelo teu comentário no meu blog =D
Caro Diogo
ResponderEliminarsim, apenas duas pequenas frases, mas que dizem tudo!
Abraço amigo.
olha, nem queria comentar este post, mas ler o comentário do Luís e por concordar com ele, digo que isto é uma barbárie institucionalizada e quanto pior uma sociedade tratar as suas mulheres mais subdesenvolvida e bárbara será.
ResponderEliminarespero que não expludamos todos, mas uma coisa é certa: minaretes, não!, cabeças tapadas, não!, bigamia, poligamia, não!, etc. se querem isso e têm muito orgulho na cegueira fundamentalista, que fiquem onde estão. se querem vir para o Ocidente, respeitem a liberdade que conquistámos, respeitem as pessoas, respeitem-se. pessoalmente, não consigo deixar de concordar com as leis que proíbem o uso dos véus e afins. como disse o Luís, se visitarmos um qualquer país muçulmano, temos uma lista de regras a cumprir com penas pesadas à cabeça... mas quando vêm para cá, há sempre um horda de gente de esquerda (e eu acho que até sou de esquerda) a defender que as pessoas e as suas culturas têm de ser respeitadas. pois claro que sim! mas respeitem as nossas e não se esqueçam: a liberdade de um acaba onde começa a liberdade do outro.
ah, e a senhora que comentou está à espera de quê para embarcar rumo ao Irão? a Arábia Saudita também é uma boa hipótese e seja muito feliz.
duvido que as mulheres pelo menos nestes dois países o sejam... mais ainda se forem violadas. ou se quiserem exercer a liberdade.
também duvido que haja modo mais bárbaro, ignóbil e desumano de se ser morto. mas não é nada que nos surpreenda... http://www.youtube.com/watch?v=JDkSp09LrAw
abraços
Paulo
ResponderEliminarquase aplicaria aqui o comentário que deixei ao Luís.
Basta um exemplo: quando das reportagens das televisões portuguesas nos cenários de violência em países muçulmanos, as repórteres estão com um véu, que não lhes tapa a cara, é óbvio, mas que é uma forma de apresentação diferente do normal; presumo que essas repórteres não o farão por iniciativa própria, mas porque em certas ocasiões isso lhes seja "sugerido"...
Do resto, já tudo foi dito, mas nada é conclusivo, infelizmente.
Abraço grande.
Se for preciso eu pago a viagem de ida a essa senhora que diz esses disparates.
ResponderEliminarQuanto à burqa... Não me espanta e acho que vimos isso muito do nosso ponto de vista. Nunca mais me esqueço de, quando vivia na Suécia, ter conhecido um casal sudanês. A senhora andava sempre tapada e eu perguntei-lhe porquê que, estando ela na Suécia e não sendo forçada a andar tapada, andava? E ela disse-me porque queria, que ninguém a forçava, que tinha sido criada assim. E acho que nós, ocidentais, temos muita dificuldade em entender isto.
Se me disseres que há mulheres que são forãdas a andar tapadas, terei que concordar. Mas precisamos de perceber que muitas o preferem e que, creio, é só uma questão de tempo - quiçá muito - até que as coisas mudem um pouco...
Caro Angelo
ResponderEliminarduas questões: a primeira é que não ficarias sozinho a suportar a despesa de despacho da dita cuja para um país onde ela pudesse ser igual aos que defendem - até quase não pagarias nada.
Quanto ao uso dos costumes islâmicos nos países onde essas pessoas vivem, é um assunto delicado; se há esse lado pessoal que invocas, também existe o lado da cultura do país em que residem. Não estou a ver, por exemplo, mesmo na Suécia, uma rapariga sudanesa ir às aulas de uma Universidade, com uma burqa - levantaria demasiados problemas.
E como bem dizes, a alteração da mentalidade daquela gente demora "séculos" a ser digerida.
Abraço amigo.
E não nos podemos esquecer que tão bárbaro como a condenação, é quem tem coragem de lhe atirar as pedras para fazer cumprir a pena! Hediondo e macabro isto acontecer em pleno século XXI, supostamente sinónimo de modernidade e civilização.
ResponderEliminarBlog Liker
ResponderEliminareles foram educados de tal forma. que o acto que praticam, até o acham normal.
O problema reside em como modificar as leis e aí torna-se um problema político.
Abraço amigo.
Não cabe à Europa, USA ou qualquer outro país meter a colher nos assuntos internos do Irão PONTO. Não somos nós que devemos ditar se os outros paises fazem bem ou mal. Ao nivel diplomático, juizos de valor NÃO SE FAZEM quando os assuntos simplesmente não são da nossa conta.
ResponderEliminarMas o que se passa aqui é mais publicidade sensacionalista com agenda politica por tras. Ou é preciso falar no país com maior arsenal nuclear do mundo ser contra o programa nuclear do irão e dizer 'os outros países não podem ter armas nucleares. só nos podemos'?
Não nos cabe a nos Interferir com as politicas dos outros países. Fazer juizos e proferir opiniões desde que não se traduzam numa acção, oficiosa ou não, sob pena de retaliação.
Maxwell
ResponderEliminarposso estar de acordo contigo, quando te referes à questão das eventuais armas nucleares iranianas, embora seja um assunto que ultrapassa a esfera da política interna do país, devido à complexa situação político geográfica em que está inserido; mas bem, concordo que há muito de hipocrisia americana, e não só nesse jogo.
Mas aqui, o assunto não é esse; estamos a falar de comportamentos humanos perfeitamente bárbaros e que são tão condenáveis no Irão 8nuclear ou não), como noutro qualquer país. Não se trata minimamente de ingerência nos assuntos internos de um país, mas sim de afirmar o repúdio por um acto inqualificável, tal como o enforcamento de qualquer homossexual naquele país.
Posso questionar-te perante a tua argumentação, se estás de acordo com a lapidação desta mulher? ou com a forca para os homossexuais?
Pois tu omites no teu comentário qualquer referência ao objecto do texto que escrevi: a lapidação de uma mulher!
E deves saber que este protesto que se realizou aqui em Lisboa se insere num protesto muito mais global a que aderiram imensas cidades em todo o mundo. Será que todas essas milhares e milhares de pessoas em todas as manifestações estavam a interferir na política interna do Irão?
Penso que não, embora lamente profundamente que as autoridades iranianas dêem cobertura a estes actos.
Abraço amigo.
Protestar não afecta ninguém. Nisso tens razão. Alias, até agora não vejo nada de mal: a população de certo e determinado sitio não concorda com o que outra noutro local faz e manifesta-se contra, ok. o que critico é se essa manifestação se tornar a posição do país. Por outras palavras, se uma nação se tornar abertamente contra certo acto e começar a 'exigir' ao outro que o deixe de fazer (o que até agora não aconteceu).
ResponderEliminarPor exemplo alguns estados dos estados unidos da américa aprovam e aplicam a pena de morte. Eu posso ser contra e manifestar-me contra mas não me dá o direito de chegar lá e impedir que eles o façam porque eu acho mal. Da mesma maneira que não admitira que um americano viesse cá e impedisse a prisão de um individuo porque acha mal julgado e está contra o código penal portugues. O Irão tem pena de morte, o apedrejamento é um desses meios. É o código deles que não me dá a mim o direito, quer goste quer não, de chegar lá e dizer: não, vocês não fazem porque eu digo que não. Do mesmo modo que também não posso chegar à china e desrespeitar as leis chinesas (como a Google está/esteve a fazer) so porque acho isto ou aquilo. (continua)
(Continuação)
ResponderEliminarQuanto a minha opinião pessoal sobre o assunto é algo que eu evito sempre aludir a menos que o post em questão o pergunte directamente uma vez que gosto de ser o menos tendencioso possivel nos meus comentários, sem fazer juízos de valor (globalmente aceites) e analisando o caso de todas as perspectivas possiveis. E, para te ser sincero não tenho opinião formada sobre se esta situação é 'condenável' ou não pela simples razão de não me conseguir abstrair do molde da cultura ocidental. Assim, e até que eu consiga pensar como um iraniano e analisar a situação pelos seus pontos de vista (uma vez que é uma lei iraniana) não formo uma opinião. Não tenho dados para isso.
Nós, quer seja no outro país ou na vida do vizinho do lado adoramos mandar bitaites sobre o que ele devia ou não fazer porque é sempre mais facil limpar a casa dos outros do que a nossa.
pinguim dei uma vista de olhos pelo teu blog e não posso passar por este post sem dizer nada. Como disseste, num comentário, é bárbaro castigar alguém assim só porque teve relações sexuais com 2 homens sendo viúva. Ninguém pode enterrar a felicidade só porque o destino algum dia a tramou. Ela é viúva, não está morta. Tenta-se globalizar tudo menos os bons costumes. Este tipo de costumes devia ser banido do planeta, todos os que castram as pessoas, a sua liberdade e a sua felicidade. Uma mulher é uma pessoa e não preciso de estar na pele dela para saber o quanto é difícil manter estes costumes. Ela lutou, de certa forma, contra eles sujeitando-se à morte por uma vontade própria. Daqui a uns anos, quando ter relações depois de enviuvar deixar de ser crime, poderão agradecer a estas mulheres. São pessoas assim que permitiram que hoje houvesse a liberdade que há e que eu possa cortar o cabelo e usar calças. Essa mulher que comentou o artigo, a tal Catarina, esqueceu-se do contributo que muitas mulheres deram para ela poder ter a liberdade que tem. Para se conseguir algo há que lutar e lutar significa, muitas vezes, sofrer consequências. Assim se mudam vidas e mentalidades. O ámen é bom para os comodistas, para aqueles que não correm riscos por nada mas, depois, querem usufruir do que os outros conseguiram. Excelente post. Beijinhos
ResponderEliminarMaxwell
ResponderEliminarvamos por partes; como tu concordas protestar publicamente é um direito que as pessoas têm num país democrático e neste protesto não vi nenhuma posição partidária e muito menos governamental; vi sim pessoas, individualmente tomando uma posição.
Daí não haver qualquer ingerência política em relação às posições do governo iraniano, pois só tomadas de posição dum Governo, dum Parlamento ou de um Presidente da República podem ser tomadas como tal.
Quanto à tua posição, pões-te numa situação que não é carne nem é peixe e mostras que não te incomoda minimamente que haja em certos países a pena de morte e ainda menos a forma como ela é executada.
Cada um é dono da sua opinião e quem sou eu para te condenar? Apenas posso e faço-o com veemência, lamentar que penses assim; e não percebo porque misturas aqui as civilizações ocidentais, pois esse é um aspecto apenas pontual neste caso.
Ficamos por aqui, tu do teu lado e eu do meu; são naturalmente formas opostas de ver a Vida, como é óbvio.
Abraço.
Brown Eyes
ResponderEliminaragradeço muito o teu comentário, que aliás vem na linha de a quase totalidade dos comentários anteriores.
Mas, confesso-me surpreso e de certa forma desiludido por ver que afinal há mais pessoas que pensam como a Catarina que citei; é triste, mas é assim...
Beijinho.
AB-SUR-DO! Não consigo imaginar uma pessoa morrer apedrejada, mesmo vendo todos os dias nos telejornais de cá maneiras novas de matar inventadas pelos traficantes e bandidos, mas mesmo assim fico a imaginar a minha mãe nesta situação... Enfim, se quiserem eu contribuo com alguns euros para pagar a passagem, só de ida da Sra. Catarina Soares.
ResponderEliminarTheo
ResponderEliminarfico muito satisfeito com esta tua visita e logo numa postagem tão polémica.
Infelizmente o ABSURDO da situação parece que não será apenas Da Sra. Catarina Soares, pois há mais quem pense como ela...
Abraço amigo.