sábado, 9 de julho de 2011

Obsolescência do Género



The naked body and the I. The mask and the stereotype.
It’s a gynandroid performance where the transition process is intermingled with poetry.
Sex is represented as skin, female, male. Gender is represented in the sense of self, of man, and of woman. A journey, a crossing, a transition. Naked bodies lined up slowly coming closer. Each individual has a story. They are holding hands. Changing sex is painful like birth. The golden masks on their faces are not to hide their identities: In fact as they come closer it is possible to distinguish their genders: a biological man, a trans man, a trans woman, a biological woman. From the bottom of the stage, a female creature unfolds from behind a black towel and goes to stand behind them: she walks across touching the bodies, one after the other. The pain is tiring, the flesh a substance to be shaped. The solemn rite of dressing up - in trousers, jacket and tie: it's the return to the opposite. For a transsexual changing sex is not becoming a man but a return to being a man. There is no need to wear the masks anymore: the self is revealed.

23 comentários:

  1. Muito muito giro! Curioso como ainda hoje tive uma conversa com os meus filhos sobre a inexistência de qualquer médico que fizesse cirurgias transsexuais, uma vez que o único cirurgião especializado em Portugal nessas cirurgias se tinha reformado...(já nem sei a que propósito veio essa conversa, :)) no vídeo não é aparente o que transcreveste em inglês, de ser um retorno a ser homem de novo... pois no vídeo, parece antes ser uma escolha, uma transformação sim, uma viagem, uma revelação. Pensando bem, talvez o deixar a máscara implique que tivesse sido sempre um homem afinal, (o que normalmente acontece uma identificação com o género oposto, bem cedo), mas também podia ser fruto de escolha... mas claramente o objectivo da peça, é que tenha sido um processo, fruto de identificação. :) Beijinho

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  2. Eva
    acima de tudo o meu objectivo era mostrar algo sobre a transsexualidade, que ao fim e ao cabo é uma questão de identidade.
    E realmente torna-se uma questão obsoleta, pois o sexo, enquanto órgão, deixa de ser fundamental, desde que a mentalidade assimile a diferença de género.
    No chamado campo GLBT, a transsexualidade sempre foi o "parente próprio" e daí a enorme importância da aprovação na legislatura anterior da lei de identidade do género.
    A beleza deste vídeo é enorme, e o simbolismo das máscaras, tiradas no final, resulta em cheio.
    Beijinho.

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  3. Claro que queria dizer "parente pobre"...

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  4. As últimas tendências cientistas indicam que os sexos já não são apenas dois. Saudações.

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  5. Kaplan
    registo com muito agrado o teu comentário e já visitei o teu blog, com a surpresa muito agradável de encontrar um blog muito interessante e...galego!!!
    Sobre o que dizes, isso tem todo o sentido, por muito que custe a muita gente admiti-lo.
    Abraço.

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  6. Sim, estou de acordo com voce e com Kaplan... E estao certíssimos!!!!!!! Nossa, há quanto tempo nao ouvia nada de Kaplan... vou visitá-lo!!!!!

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  7. Ricardo
    só o facto de conheceres o Kaplan e o seu blog, é garantia de que vale a pena segui-lo também.
    Beijo.

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  8. Use o http://draft.blogger.com que você entenderá. :-)

    E se quiser convite pro google+ é só me dizer.

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  9. Edu
    obrigado; já fui ver as minhas estatísticas, hehehe...
    E já me convidaram, e aderi ao Google+!
    Beijo.

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  10. Gostei do video, e especialmente da música que o acompanha =)

    Abraço

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  11. Sérgio
    tens razão, a música é maravilhosa. Tem algo de sacro...
    Abraço amigo.

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  12. Será um alívio poder hoje unir o corpo com a personalidade sexual efectiva de cada indidíduo.Um progresso na medicina actual cada vez mais perfeita.

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  13. Mz
    infelizmente exige um grande trabalho psicológico e bastante disponibilidade monetária.
    Beijinho.

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  14. Com todo o respeito gostei do vídeo!!
    Há três quatro anos tive oportunidade de assistir a uma peça de teatro onde também era retratado ser transexual, confesso que na altura me chocou, mas depois de pensar um pouco pensei que aquilo era completamente normal, nós é que vivemos numa sociedade que não está preparada para esses confrontos.
    Estive para roubar este vídeo e coloca-lo no meu blog, mas iria chocar muita malta nova que anda por aqui, contive-me, mas quem sabe numa próxima.
    Abraço doce
    Sairaf

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  15. Sairaf
    devemos eliminar tabus, pois é pela sua existência que as mentalidades estão ainda tão retrógradas...
    Beijinho.

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  16. É verdade pinguim, mas é necessário começar a mudar as mentalidades entre as quatro paredes, onde se educa a família. Há famílias que não falam destes assuntos que são tão importantes para o crescimento de uma sociedade aberta e forte.
    Isto seria um daqueles assuntos que iríamos ter muito que conversar:D.
    Admiro-o pela coragem de não se esconder, pois tenho um ou outro amigo que sofrem no silêncio e oprimem o que sentem para não chocar a sociedade.
    Abraço doce
    Sairaf

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  17. Sairaf
    nunca pertenci a nenhuma organização defensora dos direitos LGBT, mas procuro lutar, pelos meus próprios meios pelos mesmos fins: dando o exemplo de que se pode e deve fazer uma vida normal, na família, no trabalho, na sociedade e procurando por todos os meios fazer com que as pessoas lutem contra os seus próprios medos e se assumam; sei que nem sempre é fácil, mas é sempre compensatório vivermos de bem connosco próprios.
    Beijinho.

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  18. É curioso que só tenha visto isto hoje! É que à pouco vi um vídeo (porno, que horror) que deixou bastante pensativo precisamente quanto à destinção de género e ao que ela representa nos nossos cérebros. No vídeo aparecia um rapaz vestido que se ia despindo, o rapaz atraia-me imenso fisicamente, provocou-me uma erecção ainda enquanto vestido, à medida que se foi despido a minha erecção foi aumentando também, quando por fim chegou a revelação da parte genital tinha afinal uma vagina. Achei bastante curioso e de facto pensativo.
    Só à bem pouco tempo com o primeiro contacto com transgéneros nos EUA é que fiquei de facto a abraçar a normalidade destas pessoas (até aí, admito, era um ignorante algo transfóbico), mas será que já percebi tudo bem? Será que há afinal algo para perceber? A mim parece-me que as barreiras do género têm algo que se lhe diga e devemos desafiar os nossos cérebros a não tomar por garantido algo que está longe de o ser. Afinal o que conta mesmo são os corações, o resto é conversa.

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  19. Félix
    pois devo confessar-te que eu estou bastante surpreendido (negativamente, diga-se de passagem), pela pouca receptividade que esta postagem teve...
    É um vídeo muito sensível, que quebra tabus e como tal deveria ser mais visto e mais debatido.
    Mas afinal esse pouco impacto está ao fim e ao cabo, bastante relacionado com o pouco interesse que o tema - Transsexualidade - tem merecido e tão injustamente.
    Se o facto de se ser homossexual, bastante mais comum, já é por vezes encarado como um "monte de trabalhos" (para os próprios), pois nunca foi uma opção, que dizer dos transsexuais e da sua luta para terem um lugar na sociedade de de todos nós?
    Um trabalho como este é pois de aplaudir sem reservas.
    Abraço amigo.

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  20. O vídeo e a música que o acompanha é soberbo!
    tal como dizes, estes tipo de assuntos que ainda incomoda a tantos, deviam ser mais discutidos, pois só assim, só dessa discussão, a par e passo, nascerá a luz e as máscaras poderão ser deixadas cair.
    Creio que foi e tem sido mais ou menos o que aconteceu com a homossexualidade (feminina ou masculina). Há medida que as sociedades foram e vão despertando para as reivindicações daqueles que têm essa orientação sexual, os tabus foram e têm sido eliminados, ainda que muito lentamente, mas ainda assim tem-se caminhado no sentido de uma sociedade mais justa, mais igualitária e menos preconceituosa.
    Creio que o problema da transsexualidade e também da bissexualidade não têm sido muito debatidos, por isso, ainda assim, vão um passo atrás nessa tal "evolução".

    Fizeste muito bem em ter chamado a atenção para a questão. E apesar de muita gente não comentar, ou pelo menos não tanta gente quanto estarias à espera ou gostarias, acredita que o teu esforço não foi em vão. Muitos leram e como o vídeo não deixa ninguém indiferente, terão ficado a pensar, e só por isso já valeu a pena. E pensa também naqueles que ainda por cá passarão.

    Beijinhos. Muito bom post! O texto que acompanha o vídeo está igualmente excelente!

    P.S- Se com um vídeo e um texto não resulta, porque não "provocar" mais directamente a discussão?

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  21. Karen
    apenas após o triste caso ocorrido no Porto com Gisberta,se começou a falar de transsexualidade em Portugal.
    Até lá apenas algumas figuras públicas espanholas, de renome apareciam nos media, como Bibi Anderson (actriz) ou Carla Antonelli (activista política).
    Mais tarde um filme de João Pedro Rodrigues "Morrer como um homem" abordou parcialmente o caso, baseado na vda e morte da vedeta de travesti Ruth Bryden.
    Mas é necessário não confundir de forma alguma o travestismo com a transsexualidade,já que aqui estamos perante um estado de espírito em que um corpo se apresenta aprisionado num outro corpo de género diferente e carece ser devolvido, por meios cirúrgicos à condição mental do ser que vive esse problema.
    Vi há pouco um filme admirável (não recordo o título) em que um indivíduo, de meia idade, casado, resolve ao fim de muitos anos de submissão ás regras sociais vigentes, enfrentar a situação, e com a ajuda da esposa iniciar uma nova vida, num novo corpo.
    Quanta gente desconhecida não traz consigo este problema, sem capacidade mental e material para o resolver?
    Não é uma tara,muito menos uma opção, é uma forma de ser.
    Claro que, como homossexual, me sensibilizo um pouco mais com esta causa, pois como eles, não sou homossexual por opção; compete-me pois chamar a atenção para os factos, para acordar consciências.
    A ajuda de um vídeo muito belo como este é preciosa.
    Beijinho.

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  22. impossivel não partilhar...um forte abraço!!!

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  23. Luís
    sou da mesma opinião.
    Abraço amigo.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!