sábado, 16 de julho de 2011
A Bernarda
Quando publiquei uma postagem sobre o livro “Homossexualidade no Estado Novo” da autoria de São José Almeida, prometi que escreveria algo sobre as minhas impressões pessoais, e que logicamente se referem ao período em que estudei em Lisboa, antes de ter ido cumprir o serviço militar em África.
Foi uma altura curiosa para mim, pois quando cheguei a Lisboa, toda a minha homossexualidade reprimida, desabrochou e foi mesmo em Lisboa que deixei de ser virgem, já com 21 anos e numa experiência algo frustrante, com um jovem universitário da minha idade.
Mas era uma homossexualidade naturalmente clandestina, embora frequentasse locais ligados ao mundo gay, mas sempre com medo que me descobrissem.
Conheci muitos locais e muita gente, e hoje quero apenas referir um local e uma pessoa. Ambos são falados no livro em questão.
O local era um bar “manhoso” que havia logo no início da Rua das Pretas, perto da Avenida, de seu nome Reimar e que era, não tenho dúvida, um dos locais mais “surrealistas” dessa Lisboa dos anos sessenta e setenta do século passado (e surrealismo está mesmo correcto, pois um dos seus principais frequentadores era o expoente máximo do surrealismo português de então – Cesariny). Mas sobre este local prefiro remeter o leitor para uma entrada que fiz aqui no blog, para não me repetir.
Já quanto à personagem , nunca falei dela e valha a verdade que nunca o conheci pessoalmente. Tratava-se de Bernardo de Britande, melhor Conde de Britande, também conhecido no meio por Dom Bernardo ou mais ainda por Bernarda! Este senhor, como se refere no livro “era de um extracto social elevado, mas tinha chatices com a polícia…tinha uma casa fabulosa na Avenida da Liberdade e fazia uma vida fora do comum para época, assumindo a sua homossexualidade a 100%. Uma vez alugou um hotel fora de Lisboa, para dar uma festa homossexual e convidou uns amigos e uns marinheiros. Depois do jantar, iam para os quartos. Ele, como anfitrião, distraiu-se e ficou sem nenhum marinheiro. Então decidiu tocar o alarme do hotel e estragou a noite aos outros. Foi secretário de David Mourão Ferreira na SPA e foi visto, já velho, no Bota Alta, no Bairro Alto, a pôr batom, usando a faca como espelho. Andava sempre no engate na Avenida, pedia lume, perguntava as horas e dizia «peço desculpa por estar a dirigir-me a si, mas o senhor faz-me lembrar tanto o meu pai, quando era novo».
Ora eu recordo-me de ter assistido a duas cenas impagáveis com a Bernarda. Eu e os meus amigos da Covilhã que estudávamos em Lisboa, quase todas as noites nos encontrávamos no saudoso café Monte Carlo,perto do Saldanha, e no tempo bom, por vezes vínhamos conversar para a rua, às portas do café; eu estava com um grupo de amigos, numa noite, e claro que ninguém sabia que eu era homossexual (hoje todos sabem e continuamos amigos), nem a Bernarda me conhecia de lado nenhum (safa…), quando aparece o dito cujo e chegando perto de nós, pergunta descaradamente “ninguém alinha nuns beijos?”. Bem a reacção foi civilizada e à base de gargalhadas.
Outra cena passou-se no acesso aos bastidores do Coliseu, após uma fabulosa representação do Lago dos Cisnes, com o Nureyev e a Margot Fonteyn; muita gente à busca de um autógrafo, de poder ver ao vivo aquelas lendas do Bailado Clássico, e eu lá pelo meio; nisto, aparece a Bernarda, imponente como sempre e diz “meninos, vamos lá sair daqui, que o Nureyev esta noite vai dormir comigo; venho buscá-lo e tenho o carro à porta à espera”!
Era assim esta personagem única desse tempo…
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João, a sério, quando escreves um livro? Estes teus textos, as tuas memórias, eu compraria num instante e aposto que o leria de um trago. Reimar(es) não há mais, não como antigamente, isso facilmente percebo os muitos porquês, Bernardas acredito que haja algumas, poucas, mas algumas...
ResponderEliminarA imagem está, muito bem escolhida! :-)
abração!!!
E desculpa não comentar nem dizer nada nos posts de vídeos, mas a minha net é uma coisa bem complicada, demora imenso a carrega-los, um pavor.
Não, Ima
ResponderEliminarBernardas não há mais também; ele era uma personagem única, que fazia as coisas de uma forma tão natural, como se o mundo as tivesse que aceitar assim , como aceitá-lo a ele, e estamos a falar de há 40 anos atrás.
Era um homem já de certa idade, de apresentação cuidada, de uma educação total e que tinha o "seu mundo"... Era único!
Talvez parecido, mas noutro estrato social, igualmente muito autêntico, era o Manel das Couves, que vendia castanhas nos Restauradores e que vi muitas vezes - era absurdamente lindo, para a época, a passear na Avenida, de braço dado com a mulher de um lado e o amante do outro...
Estas cenas, não davam um livro, mas sim um filme maravilhosamente real.
Tenho tido a felicidade de ter evoluído, como o tempo e ir acompanhando as profundas, apesar de tudo, alterações que se têm dado no nosso país.
Quem me diria, nesse tempo que poderia haver casamento legal entre duas pessoas do mesmo sexo? Que se poderia falar abertamente na televisão sobre assuntos GLBT? Que poderiam reunir-se milhares de pessoas - homens e mulheres, gays e não gays, num arraial no Terreiro do Paço?
Mantêm-se a homofobia, e como eu a senti, indirectamente, mas profundamente há dois dias atrás; mas isso é outra história que tem a ver com uma coisa maravilhosa a que se chama Amor e que eu tenho a imensa felicidade de viver, apesar de tudo...
Abraço amigo.
Eu concordo que devias escrever um livro e por que não um filme também?! Adoro esses relatos, gosto muito de conhecer os lugares não só como são agora mas também como se vivia dantes ainda mais com relatos tão fascinantes, obrigado por partilhá-los connosco. Não sei bem como hei de explicar mas vou tentar, eu acredito, e posso estar errado, que antigamente pelo facto da homossexualidade ser mais velada a homofobia também se apresentava assim, com o passar do tempo e com o aumento do número de pessoas que se assumiram gay, ou seja lá a designação(pq hoje existem muitas acho que não 5 ou sei letras que compõe a sigla que nos "designa") os homofóbicos também passaram a assumir-se mais. Parece que há uma coisa subentendida onde se nós podemos nos assumir e fazermos aquilo que queremos (mostrar aquilo que somos) eles também se acham no direito de nos agredir e nos humilhar. Não sei se me fiz entender... Um abraço!
ResponderEliminarTheo
ResponderEliminarfizeste entender-te perfeitamente e por muito absurdo que pareça, tens toda a razão. A homofobia é muito mais visível, (não maior) agora do que dantes, exactamente como reacção à muito maior visibilidade dos homossexuais.
Abraço amigo.
O teu magnífico texto fez-me esboçar um sorriso. Gosto imenso da forma que utilizas para articulares as palavras. :)
ResponderEliminarA "Bernarda" devia ser uma personagem e tanto... :)
A maneira como falas da tua sexualidade, e de como perdeste a virgindade, também é bastante emotiva.
Por último, adorei o fado. Enquanto os pais estiveram casados, sobretudo quando era criança, fomos algumas vezes a casas de fado, em Lisboa, onde ganhei um gosto especial por este género musical. Como o adquiri em criança, acompanhar-me-á pela vida. :)
Abraço. ^^
Peço desculpa pelo comentário que vou fazer e entendo se não o publicar.
ResponderEliminarNasci na década de 60 e meus pais, na altura já estavam na casa dos 30. Meus pais sempre me contaram fatos de suas vidas, inclusive, amizades que sempre tentaram manter com pessoas, como diz, homossexuais. E uma coisa que sempre meus pais diziam: era que essas pessoas eram, simplesmente, Pessoas. Para mim, não existe homofobia. O que existe é uma total falta de respeito para com o outro. O que falta é aceitar o outro como é. E isto vai para além da opção sexual, do status social, do nível acadêmico, etc. Falta respeito. E pronto.
Eu conheci o Harry's Bar, no Bairro Alto, nos meus tempos lisboetas, há 20 anos atrás. Lembro que ter comido alguma vez feijoada da madrugada, quando já voltávamos para a casa, mortos de fome. Também lembro alguma briga entre marinheiros. Na parede havia un quadro da Amália e (acho) outro do próprio Harry.
ResponderEliminarNoutra visita a Lisboa, o local estava fechado e ruinoso.
Saúdos
Mark
ResponderEliminareu, por momentos, imagino-te a entrar no Reimar e tenho que sorrir perante a tua eventual reacção: fugias...
Mas os tempos eram outros.
Eu não escondo nada sobre a minha sexualidade, só me abstenho, é claro de pormenores íntimos; também tive relações com o sexo feminino, muito poucas aliás, e a maior parte em África, mas nunca me encheram as medidas. E agora, posso afirmar que não terei mais embora aprecie muito a mulher de uma forma estética.
Este fado não está aqui por acaso: o autor da letra foi um assumido homossexual, Pedro Homem de Mello, um grande senhor que tinha um programa sobre música folclórica na TV; e curiosamente esta é uma versão censurada, pois a versão original era muito explícita acerca do tema da homossexualidade. É curioso que tenha sido um Frade, Frei Hermano da Câmara que o tornou célebre, ele e Amália, claro.
Abraço amigo.
Rosa
ResponderEliminarporque não haveria de publicar este teu comentário? (por favor, trata-me por tu, ok).
É um comentário que mostra que tiveste uma belíssima educação e da qual te deves orgulhar muito.
Apenas discordo de um pormenor: realmente existe uma grande falta de respeito das pessoas em aceitar os outros nas suas diferenças - e quando essa diferença é a sexual, a falta de respeito toma o nome de homofobia.
Beijinho.
Kaplan
ResponderEliminarquem sabe se não partilhámos alguma vez esse espaço. A "Joaninha" era o dono e era outra figura incontornável de Lisboa e era uma simpatia, com aqueles óculos enormes e um corpo tão franzino.
As cargas de porrada eram frequentes, a partir das 4/5 da manhã, mas o que interessava era uma sopinha quente nas noites frias do Inverno.
Faço tensão de falar do "Harry's" quando dedicar um post aos locais gays de Lisboa desse tempo: bares, discotecas e saunas. E também os inúmeros locais de engate...
Abraço amigo.
Deliciosa publicação, J.
ResponderEliminarTb eu partilho da mesma opinião: um livro! Escreves bem e as tuas palavras vivem-se.
Por nós!
Força.
Paulo
ResponderEliminarmuito me lisonjeiam as vossas palavras, mas eu era lá capaz de escrever um livro? Isso é para quem tem reais capacidades e para quem as não tendo, arranja alguém que escreva por ele, como jogadores de futebol, actrizes e quejandos.
Prefiro ir escrevendo por aqui, no meu blog, e talvez por isso eu privilegie acima de tudo a blogosfera do que as redes sociais.
Abraço amigo.
que delícia, pá. adoro ler este teu registo, o poder evocativo das tuas palavras, a maneira como captas o espírito e o ambiente. e adoro sobretudo as tuas histórias, ou devia dizer as histórias que a tua memória e a tuas vivências têm para contar. a sério, João, devias-te mesmo dedicar a organizar alguma coisa, já tens tanta coisa escrita aqui no blog que podias aproveitar. e hoje com os sites de self-publishing era fácil fazeres uma coisa engraçada.
ResponderEliminarsabes que me tens sempre como leitor atento e... encantado.
abração
voltei, para duas notinhas.
ResponderEliminargostei imenso da escolha da canção. não sei se conheces a versão integral do poema do Pedro Homem de Mello. é completamente transparente nos seu subtexto. de facto é um texto quase explícito em relação ao seu tema verdadeiro. claro que esta versão do frei Hermano da Câmara 'degayzou' por completo esses sentidos mais ambíguos. mas não deixa de ser divertido e fascinante esta canção e a sua ligação ao poema que lhe está na origem.
a outra nota é para a ilustração, muito bem escolhida, e que mez lembrar o Teleny, o livro homo-erótico que é vulgarmente atribuído ao Oscar Wilde. de facto, a ilustração parece mesmo referir-se ao livro.
mais um abraço, e obrigado pelos teus posts que me põem para aqui a comentar como um danado :)
Também gosto imenso destas tuas histórias. Já deves ter conhecido muitas pessoas interessantes, mas este tipo de personagens são sempre únicos, imagino. Mas adoro quando nos envolves nestes ambientes e nos descreves na perfeição as cenas caricatas que passaste. Fiquei a imaginar as cenas :) beijinho
ResponderEliminarMiguel
ResponderEliminarsabes bem que não distingo os blogs que sigo, a não ser numa coisa; há blogs que pelas suas características, muito positivas, geralmente de intervenção,não comento e também aqueles brejeiros, ilustrativos, quase sempre, e que são apenas para "deliciar" os olhos.
De resto, todos os outros blogs, os leio e os comento, conforme tenho algo para dizer ou não...
O teu é dos que é raro não comentar, e nem é por ser teu Amigo real ou pelos teus lindos olhos; é porque os teus textos o merecem. E os teus comentários seguem o mesmo rumo, são oportunos e certeiros, pelo que fico muito confuso, mas certamente satisfeito com as tuas palavras. Eu sinto-me muito melhor a publicar coisas sobre as minhas vivências e mesmo sobre as minhas opiniões, do que relatar casos que toda a gente fala.Intervalo com vídeos e outras coisas diversas porque desde sempre procurei que este blog fosse um local de partilha.
Mas nem sempre estou virado para o lado das vivências, razão pela qual elas escasseiam no meio de muitas outras coisas...
Este apontamento é o primeiro de alguns que prometi fazer sobre as minhas experiências pessoais no período final do chamado "Estado Novo", acerca da homossexualidade, pois é um período muito fértil para mim, jovem rapazinho chegado da Covilhã até à capital, onde numa macrocefalia asfixiante, tudo acontecia.
Hei-de voltar ao assunto...
Abraço amigo.
Miguel
ResponderEliminarsobre o teu segundo comentário, e como já referi atrás a escolha deste fado foi, como quase sempre é (no caso das músicas do dia), ponderado.
E sei que há uma versão original, muito mais completa e muito mais explícita do pensamento e da maneira de viver do Pedro Homem de Mello, homem que muito admirei.
Sobre a foto, concordo inteiramente contigo: ela poderia muito bem fazer parte desse livro anónimo, mas atribuído a Wilde - Teleny!
Fui recolhê-la num desses blogs de que falei no comentário anterior, ilustrativos e não tinha qualquer referência; ficou em "stand by" num folder a que dou o nome de "fotos especiais", espécie de baú onde por vezes recolho material mais ousado; pareceu-me ideal para retratar a festa do Conde de Britande, no hotel, hehehe...
Abraço amigo.
Eva
ResponderEliminartu nem imaginas a gente que eu fui conhecendo...eheheh...
Beijinho.
Eh lá, poderosa essa Bernarda!
ResponderEliminarLuso
ResponderEliminarera um homem levado do diabo...
Abraço amigo.
Adoro ler-te =)
ResponderEliminarDeves ter passado por episódios únicos =)
Abraço
Sérgio
ResponderEliminarsão vivências de muitos e bons anos...
Abraço amigo.
Bernarda estava a frente de seu tempo...
ResponderEliminarMas esta imagem me deixaste louco..ai ai...
Glauco
ResponderEliminartens razão em ambas as questões.
Abraço amigo.
Poderosa!! Devo dizer que ele era moderno de mais mesmo para mim e para a época de agora. Mas aposto que aproveitou a vida à sua maneira e vivendo satisfeito dessa mesma forma. Por isso mesmo nunca se escondeu. O episódio dos marinheiros é sem dúvida hilariante ehehhe.
ResponderEliminarGostei também desses pormenores da tua juventude são estes os posts que mais gosto de ler no teu blog. :)
Um abraço
André
ResponderEliminarera com certeza, embora com o seu grão de loucura que o seu meio social e o dinheiro lhe permitia.
Abraço amigo.
Adoro ler os teus posts de memórias, porque transmitem sempre uma visão muito pessoal de acontecimentos ou pessoas que por vezes até já me eram conhecidas ou já tinha ouvido falar (não é o caso da Bernarda).
ResponderEliminarCoelho
ResponderEliminarpois, por vezes vou ao baú da memoria e trago de lá alguma coisa; neste campo da homossexualidade, o baú está bastante bem fornecido, hehehe.
Abraço amigo.
Ótimo texto, Pinguim.
ResponderEliminarAbraços e venha recordar seus "vilões favoritos",
O Falcão Maltês
António
ResponderEliminarestou atrasado na leitura dos blogs, mas lá irei.
O Falcão já é, para mim, imprescindível...
Abraço amigo.
De facto, isto eram outros tempos Pinguim... Pode dizer-se que recentes até, mas aos meus olhos (que apenas conhecem a Lisboa destes tempos modernos) tão idos... Uma "outra Lisboa" que, não fosse o realismo das tuas palavras e também de outros relatos que tenho lido, seria difícil de imaginar.
ResponderEliminarFizeste-me rir com os episódios da "Bernarda". Que excentricidade, valha-nos Deus!!!
Já tinha ouvido falar do tal bar "manhoso" Reimar, exactamente a propósito de Cesariny.
No livro que é uma compilação de poemas de Cesariny intitulado "Uma grande razão - os poemas maiores", da Assírio & Alvim, existe um pequeno texto de José Manuel dos Santos (também ele publicado no Público em 8 de Dezembro de 2006), em que este fala exactamente(entre outras coisas da vida do autor), do tal bar chamado Reimar.
Não sei se conheces ou se leste o texto de que estou a falar, mas se quiseres, não me importo de partilhar aqui contigo num próximo comentário. Só não o faço já, porque não quero tirar protagonismo ao teu texto, que muito ao estilo daquele outro de que falo, está tão ou melhor escrito, tão ou mais emocionante.
É por estas e por outras, que gosto de te ler.
Quanto ao livro. Voto a favor, claro! Para além de escreveres muito bem, de forma muito clara e sempre muito realista, fazendo-nos "viver" o que escreves, vejo que és um homem cheio de experiências vividas para contar. Quem sabe se não seria o "euromilhões" que está para te sair. Eu ia a correr comprar, tipo os miúdos e os livros do Harry Potter, com medo que esgotasse! E aposto que, bem publicitado, seria um sucesso de vendas!
Digo isto, mas do que conheço de ti, não me parece que fizesse bem o teu género este tipo de coisas, essas luzes da ribalta, o que é uma pena, muito sinceramente te digo. As tuas palavras deviam chegar a bem mais do que "meia dúzia" de leitores aqui do teu blog.
Olha, um grande beijinho!
Karen
ResponderEliminaresse texto de que falas, de José Manuel dos Santos é precisamente o post que eu publiquei e que podes encontrar se clicares no AQUI deste texto.
Eram tempos de que, num certo modo, tenho saudades, pois eram mais genuínos, embora com muito menos liberdade e sem as conquistas dos tempos de hoje.
Quanto ao livro, tenho este blog, que de certo modo é o meu livro, e chega.
Beijinho.
O_O
ResponderEliminarOh Pinguim...
E não é que eu ao ler não percebi que o "aqui" era uma hiperligação?!?! Sou mesmo Daaah, como agora se diz... Não ligues. ;)
Ainda bem que já conhecias, mas calculava que sim...
Beijinhos
Karen
ResponderEliminaraté pareces uma pessoa que eu cá sei...eu mesmo!!! Hehehe...
Beijinho.
Se nunca comentei as entradas que fazes deste género é porque me entreguei à inércia, que de facto adoro ler estas tuas histórias, adora a partilha da tua bagagem.
ResponderEliminarAbraço
Tiago
ResponderEliminarsei que estas minhas recordações são bastante bem acolhidas, mas também eu sofro de alguma inércia, para as rebuscar no meu baú.
Abraço amigo.