Três personagens rodam a noite de Lisboa em busca de clientes: uma prostituta, um prostituto e um travesti brasileiro.
Manuela, Pedro e Samanta contam as suas aventuras e desventura, situações engraçadas e mesmo hilariantes à mistura com momentos dramáticos e menos felizes.
Depois encontram-se os três numa sala da Judiciária: foram «caçados» e aguardam interrogatório. Entre rivalidades e afinidades, surge logo ali uma grande amizade, entrecortada por momentos musicais.
Depois do enorme sucesso na passada temporada, com oito meses de lotações esgotadas no Teatro Estúdio Mário Viegas e mais 4 meses no Teatro Casa da Comédia, volta à cena a irreverente comédia de Ricardo Bargão, "Putas de Lisboa".
Agora, no Auditório Carlos Paredes, em Benfica, e depois de Ana Paula Mota e Sofia Nicholson terem integrado o elenco, seria a vez da cantora Paula Sá encarnar a prostituta, acompanhada do estreante Luis Nogueira no papel de prostituto e de Márcio de Oliveira, interpretando o travesti brasileiro.
Simplesmente na representação a que assisti, (a última, aliás), por motivos que desconheço, Paula Sá foi substituída no papel de prostituta pelo próprio encenador, Ricardo Bargão, pelo que em palco estavam três homens.
E Ricardo Bargão esteve muito bem, diga-se de passagem, apesar de caber a Márcio de Oliveira a melhor representação.
Espectáculo muito divertido, com alguma interacção com o público e em que estive particularmente interventivo, deu para passar uma hora e meia em que se esqueceram crises e troikas, embora a peça tenha, já que se baseia em factos reais, momentos que nos fazem pensar em todos aqueles e aquelas que pelas ruas de Lisboa, vão fazendo a sua vida, nem sempre fácil, como se poderia supor pelo tom de comédia que impera durante quase toda a representação.
Uma linguagem bem libertina, mas ao mesmo tempo tão libertária e um nu integral fazem com que a peça seja para adultos.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
"Putas de Lisboa"
Publicada por
João Roque
à(s)
15:09
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Etiquetas:
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Até quando fica em cena no Carlos Paredes?
ResponderEliminarSilvestre
Eliminarfoi ontem a última sessão; mas disseram lá que agora se vão apresentar no Porto, e como já se apresentaram aqui em Lisboa em vários locais e diferentes datas, não me admiraria que regressem um dia...
Abraço amigo.
Não divulgaram datas para o Porto? Gostava de assistir. :)
ResponderEliminarAbraço amigo.
João
ResponderEliminarnão, disseram apenas que as "Putas de Lisboa" agora iam para o Porto...
Eles têm uma página no FB; por ora nada vem lá, mas pode ser que apareça por lá alguma coisa.
Abraço amigo.
E ainda dizem que não há público para teatro.
ResponderEliminarSó fui ao teatro 2 vezes, na vida.
A 1ª foi tão excecional que depois dessa nada me cativa num palco de teatro.
Alexandre
Eliminarclaro que há público para o teatro; ontem a sala estava bem composta de público e público muito heterogéneo.
Fiquei muito curioso em saber qual foi essa peça que tanto te entusiasmou e que fez com que deixasses de ir mais ao teatro, senão uma vez mais...
Abraço amigo.
Dracula, de Bram Stoker, no convento novo de S. Domingos em Benfica. Foi uma peça (em antestreia) privada para um grupo de jovens católicos, de que eu fazia parte, que se haviam ali reunido para organizar um encontro de jovens no concelho da minha aldeia. Os frades convidaram o grupo de teatro a fazerem a sua peça na capela onde de manhã havíamos assistido à 'missa'. O espaço fisico, o talento dos atores, e a envolvência marcaram-me profundamente.
EliminarAlexandre
Eliminarimagino que te tenha marcado profundamente.
Mas o Teatro é ama Arte muito nobre, em que os actores estão ali perante nós a darem o melhor de si próprios.
Eu gostaria de ir muito mais ao teatro do que vou, mas mesmo assim vejo uma meia dúzia de peças por ano, mas perco coisas muito boas também.
Há cerca de dois anos vi algo que será irrepetível, na minha vida; a peça "As bacantes" de que falei aqui no blog
http://www.wwwdejanito.blogspot.pt/2012/01/bacantes-sublime-preversao.html
Abraço amigo.
Infelizmente não consegui ir ver. talvez numa próxima oportunidade
ResponderEliminarAbraços
Foi pena Francisco
ResponderEliminarteria adorado ver as tuas reacções se os personagens se tivessem metido contigo, como o fizeram comigo e com várias outras pessoas; o curioso é que as pessoas (eu incluído) não ficaram caladas...
Abraço amigo.
OOHHH gostava tanto de ir ver!!! Espero que venha ao Porto, embora estas peças nunca cá cheguem...talvez por falta de verbas, o que não é censurável. Talvez tenha que ir aí dar um saltinho pa ver :-)
ResponderEliminarIma
Eliminarcomo já referi, foi ontem declarado antes de começar a sessão de que o espectáculo seguirá para o Porto.
Daí é uma questão de estares atento...
Abraço amigo.
Ahhh boa!! Vou à página do facebook para ajudar a atualizar o ponto de situação;-) é que vou ver MESMO!!!
EliminarIma
Eliminarainda lá não está nada, mas se tiveres a página activa estarás mais facilmente informado.
Abração.
É bom frequentar certa putice!... ;)
ResponderEliminarParece ter sido um bom espetáculo, com muito humor à mistura.
Por vezes deixo-me supreender pelo Teatro Rápido, no Chiado (http://teatrorapido.blogspot.pt/): peças muito bem construidas, breves, a 3 euro, e com gente cheia de talento.
Ótimo para combinar um encontro ou beber um copo, desde que se consiga sair de casa.
Muito sooll!
Zé
Zé
Eliminarnão é aquilo a que se chama um grande espectáculo de teatro, mas está bem divertido e eu particularmente diverti-me à brava, pois com o diálogo que manti com o travesti e com o prostituto pus tudo a rir e meio a rir acabei por defender os direitos dos gays...
Abraço amigo.
fui ver no ano passado, aí em junho ou julho, tenho que confirmar no blogue, já que fiz um post, gostei, bem, assim-assim, não achei nada de especial, foi divertida, mas não achei espectacular, o público riu-se, mas não houve assim muita resposta dos homens do público, muitos clichés, de resto, mas o mário viegas estava cheio.
ResponderEliminarbjs.
Margarida
Eliminarestive a recordar a tua critica à peça, na altura em que a viste e pareceu-me bastante mais negativa do que agora referes.
Claro que não é uma peça "muito boa", mas a nossa visão de uma peça depende muito das expectativas que tinhamos antes e eu não ia à espera de algo muito diferente daquilo que encontrei. Uma peça que pretende divertir...
Há no entanto, na representação a que assisti, algumas particularidades que são uma "mais valia": a entrega do papel de prostituta "velha" a Ricardo Bargão, que a incorpora muito bem, até pelo seu físico, e que leva a estarem três actores em cena e não dois, como seria normal, e o facto da interacção com o público ter sido muito conseguida e ter-me tido como interveniente.
Beijinho.
:) olha, pois foi, ainda bem que não seguiste a crítica, que vale o que vale. achei um pouco fraca e, de facto, esperava mais.
Eliminarlembro-me do Ricardo conversar um pouco antes do espectáculo e da actriz estar nervosa. isso influenciou o comentário.
bjs.
Margarida
Eliminare também achei piada ao meu comentário de então ao dizer que me tinhas poupado o facto de eu "riscar" uma peça que até tinha vontade de ver.
E agora, a influência (positiva) que me fez ir vê-la, veio também da blogo, numa postagem do Sad...
Beijinho.
:p que giro, pois, aqui está, é tudo relativo e pessoal, se tiverem interesse, vão, independentemente das críticas. eu não gosto, tu gostas, tu gostas, eu não, e assim sucessivamente. vale para tudo.
Eliminarbjs.
Concluindo, nada é imutável e embora sempre atentos aos comentários de terceiros, bons ou maus, devemos ter uma opinião própria.
EliminarBeijinho.
Vi na Casa da comédia quando o prostituto era um nosso conhecido da bloggo.
ResponderEliminarO Márcio tem uma interpretação muito boa.
Voltará a cena certamente.
Abc
Sad
Eliminarsem dúvida que o Márcio de Oliveira está excelente no papel de Samanta.
O "puto" que agora faz de prostituto é um jovem estreante que até não vai mal.
Fiquei curioso em saber quem era o actor de que falas, se é que o conheço...
Para já a peça vai para o Porto.
Abraço amigo.
Não queres aparecer no jantar do dia 19???
Pelo que contas devem ser momentos bem passados mas, como sabes, na "província" o teatro é quase inexistente. Beijinhos
ResponderEliminarMary
Eliminarinfelizmente Portugal sempre foi um país macrocéfalo, e na Cultura isso torna-se por demais evidente.
Beijinho.
mais uma peça perdida. pode ser que ainda dê para a apanhar no Porto.
ResponderEliminarMiguel
ResponderEliminarpenso que sim.
Abraço amigo.