quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Drukpa Kunley

Um post estranho, diferente...

Talvez pouco próprio de um dia festivo como o de hoje, mas todos os dias são bons para se partilhar algo.

Depois, um post em francês, o primeiro neste blog. Talvez uma língua menos conhecida de muita gente do que o corrente inglês, mas uma língua que, para mim, é importante, pois foi esta a primeira lingua que estudei e na qual li a grande maioria dos livros na  minha juventude; a língua de uma Cultura, a francesa, onde nós vamos buscar muito da nossa identidade cultural. E depois seria fácil traduzir a introdução do artista, mas seria dificil traduzir o poema.

Finalmente, o tema, não o o tema geral, já que a chamada "Arte Urbana" está bastante disseminada, mas o motivo escolhido para expressar esta arte, pelo Drukpa Kunley  - os "phallus"...
Drukpa Kunley, connu également sous les noms de Kunga Zangpo Legpai , Drukpa Kunleg, Kunga Legpa, où le Fou du Dragon était un grand maître de mahamoudra dans la tradition bouddhiste qui a introduit le bouddhisme au Bhoutan.
Il était également poète.*
Il entra dans les ordres après le meurtre de son père et les quitta à l'age de 20 ans pour vivre une vie de mendiant.
Son style de vie était en opposition avec les préceptes rigoristes des traditions bouddhiques, en effet il passait son temps entre l'alcool et les filles et apparemment était un sacré obsédé sexuel.
Mais il dénonçait également l'hypocrisie, la suffisance, l'individualisme et la cupidité.
Il serait à l'origine de la tradition de peindre des phallus sur les murs des maisons.
Selon la légende il fit fuir un démon en le frappant avec son sexe. Il est évidemment un symbole de fertilité. En tout cas il nous a permis en visitant certains villages du Bhoutan de découvrir de véritables musées du phallus à ciel ouvert dont certains sont très beau.
Imaginez-vous vivre dans un village dont les murs des maisons sont couverts de bites!


















*La jeune vierge trouve plaisir au désir naissant,
 Le jeune tigre à la consommation de l’acte,
 Le vieillard dans sa mémoire fertile;
 Tel est l’enseignement des Trois Plaisirs.

 Le lit est l’atelier du sexe,
 Il doit être large et confortable;
 Le genou est le messager du sexe,
 Et doit être envoyé en avant-garde;
 Le bras est l’étau du sexe, il doit étreindre fermement;
 Le vagin est avide de sexe,
 On doit le satisfaire sans jamais débander;
 Tel est l’enseignement de la Nécessité.

 On reconnaît un riche à son poing étroitement serré,
 On reconnaît un vieillard à son esprit étroitement resserré,
 On reconnaît une nonne à son vagin qui serre étroitement,
 Tel est l’enseignement des Trois Contractions.

 Le beau parleur s’immisce au milieu de la foule,
 La richesse du monastère va dans l’estomac des moines,
 Le gros pénis pénètre le vagin des jeunes filles,
 Tel est l’enseignement des Trois Immixtions.

 Kunley ne se lasse jamais des filles,
 Les moines ne se lassent jamais de la richesse,
 Les filles ne se lassent jamais du sexe,
 Tel est l‘enseignement des Trois Infatigables

 Bien que les bourses puissent pendre très bas,
 Elles ne sont pas un sac adapté pour porter les provisions d’un ermitage.
 Bien que le pénis ait un manche fort et une tête large,
 Ce n’est pas un bon marteau pour enfoncer un clou.

8 comentários:

  1. Não pude evitar uma risada quando vi as fotos. É arte e a arte é sempre bela.

    A língua francesa... Por acaso, domino-a com alguma facilidade, mas devo dizer que não gosto muito. Eu sou muito anglo-saxónico e germânico nesse aspecto, preferindo, por exemplo, o alemão ao francês. Gosto do pragmatismo da língua alemã, embora não domine nada, com grande pesar. :( Não gosto do francês da mesma forma que não gosto do italiano ou do castelhano, aliás, língua muito pobre, a última, no meu ponto de vista. Aqui sou muito parcial porque não gosto nada de Espanha ou do povo espanhol, o que influencia. Diferenças à parte, o castelhano será mais melódico (não mais do que o dialecto brasileiro!) mas nunca mais belo do que o português. Mas, sim, o francês foi importantíssimo por décadas, sendo a língua da cultura na Europa e do mundo sobretudo a partir do iluminismo. Antes disso, influenciou profundamente o inglês. Hoje, perde terreno para o castelhano, mantendo-se, no entanto, como a segunda língua mais estudada no mundo, fruto da importância da França durante o colonialismo e da extensão do seu império. Curiosamente, não é das línguas mais faladas no mundo. A França tem perto de 60 milhões de habitantes; em alguns estados do Canadá, onde é falado, não o é por mais do que alguns milhões, poucos, que o Canadá, em si, é pouco habitado; por África, é língua oficial em inúmeros países, mas sabemos do peso das línguas nativas e dos crioulos, também eles franceses, que abundam. Na Ásia, embora os franceses tenham dominado a zona da Indochina, não tem expressão. Só o Brasil dá um peso gigante à língua portuguesa.

    um abraço, João.

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    1. Mark
      em relação ao conteúdo do post uma referência que não consta do texto, Drukpa Kunley, viveu 115 anos,entre 1455 - 1529, e teve um número incontável de mulheres...
      Quanto à língua francesa, é a minha preferida, embora reconheça o inglês como lingua universal e o constante aumento da importância doutras linguas, como o alemão.
      Há certas línguas que têm uma importância acrescida pelo facto da população que as usa, como o o mandarim, o indiano, o castelhano ou o árabe ou o russo. Mesmo a língua portuguesa, embora com variados dialectos é uma importante língua. Pessoalmente não gosto nada da língua alemã, de difícil pronúncia e da lingua castelhana pela forma como os espanhóis a usam.
      Abraço amigo.

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  2. Achei o post muito interessante, pois desconhecia estes factos! Escolheste uma música linda e perfeita para o acompanhar! ^^

    Abraço grande e bom ano 2014! :)

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    1. Olá João
      talvez já adivinhasse que gostarias deste post, pois há aqui, nesta personagem, e na sua forma de se expressar algo de original, que foge ao comum, mas ao mesmo tempo muito curioso.
      Quanto à música, quando fui ao You Tube procurar algo adequado, logo fiquei enfitiçado por estre trecho.
      Abraço amigo.

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  3. O Butão é para mim uma daquelas incógnitas. Algures entre as viagens que gostava de realizar (mas ainda longe do top) está a Índia, Nepal e Butão. E agora que sei um pouco mais (para além do Índice de Felicidade do Butão), ainda fiquei mais curioso. Nunca tinha ouvido falar de Drukpa Kunley, nem dos seus falos. Vivendo e aprendendo ;)

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  4. Um coelho
    tenho pena que esta postagem tenha tido tão fraco acolhimento, já que fala de, e mostra, algo bastante original; será medo dos falos? Afinal eles não fazem mal a ninguém...

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    1. Eventualmente terá sido da língua francesa, muito em desuso nos dias que correm, infelizmente, porque o tema é bem interessante e curioso, e estes falos, do ponto de vista estético, até são bem giros.

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    2. Um coelho
      tens toda a razão e o culpado sou eu que devia ter apresentado, pelo menos o texto, devidamente traduzido; o poema já não seria tão fácil.
      Abraço amigo.

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