sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Realidade e ficção

O realizador holandês Siar Sedig elabora uma curta metragem de 11 minutos misturando desejos, anseios e auto-estima, e conjuga-os num fascinante problema de géneros.
“Last Exit Home” tem lugar no metro de Amsterdão, e o narrador fala do seu habitual trajecto para o trabalho; as pessoas que vê todos os dias. A familiaridade do ritual.
Subitamente alguém estranho entra no comboio e tudo muda.
Neste filme bastante simples e transformando os géneros de forma a servir os seus desejos, leva a história para um outro patamar.
É bonita a subtileza, as questões que se levantam, as questões para as quais realmente nunca haverá resposta…

8 comentários:

  1. Caramba, conheço exatamente esse loirinho! Digo, o personagem que ele interpreta, numa pessoa até que famosa da blogosfera, rsrs.

    Bacana o curta!

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  2. Edu, ahhhh, a personagem....
    Olha que embora não seja o meu tipo físico ideal (demasiado novinho), devo reconhecer que é lindo!!!!!!!!
    Também gostei muito da curta. Daí a partilha.
    Beijo.

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  3. Também sou fã de curtas. Gosto bastante do tom alternativo. Estive a assistir e gostei bastante. Encontros casuais em transportes públicos são mais comuns do que possamos imaginar. Soube, há dias, que um grupo de jovens criou uma página no facebook com o intuito de quem quiser procurar alguém com quem trocou olhares ou sinais no metro, autocarros, etc, poder publicar uma mensagem à procura dessa pessoa. Achei a ideia criativa.

    Foi interessante ver o olhar dele sobre o outro rapaz, a apreciar os lábios, o peito desnudo pela camisa interior. O querer chegar perto mas faltar a coragem... O dia a dia de tantos gays (e não só). O medo da rejeição.

    um abraço, João.

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    1. Mark
      o filme é muito interessante e revela um sentido muito apurado da realidade gay e da extrema sensibilidade que os gays possuem.
      Quem não passou já por situações semelhantes, no metro, noutros transportes, ou mesmo na rua? E quantas oportunidades eventualmente perdidas de uma amizade ou qualquer outra coisa, porque ninguém ousou um gesto, uma palavra de aproximação?
      Abraço amigo.

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  4. ##
    Olá João, adorei esta curta...
    O gesto, o olhar, a intenção. As difrenças...
    Os nossos desejos secretos...
    Enfim requisitos que saliento, e acompanhada de uma banda sonora intimista.
    Quanto ao resto, o "loirinho" já disseste tudo...
    Abraço.

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    1. João Eduardo
      é isso mesmo, "o gesto, o olhar, a intenção"... e depois ha ainda algo mais que me seduz nestas situações com gente desconhecida - é o "jogo" que se estabelece entre as duas pessoas, que pode até ser de diferentes intenções...
      Abraço amigo.

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  5. Não é que eu seja muito dado (ou sequer dado) a espiritualidades, mas já falei várias vezes que o livro "A Profecia Celestina" mudou a minha vida. Nele, entre outras coisas, diz-se que nada acontece por acaso. Se acontece uma troca de olhares, é porque algum dos intervenientes tem alguma coisa a transmitir ou a ensinar ao outro. Todos os dias se passam situações destas, entre homens, mulheres, homens e mulheres... quem sabe, não pode o príncipe encantado passar por nós todos os dias (ou um bom amigo...)

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    1. Coelho
      este pequeno filme traz-nos realmente muito para pensar e não só na questão dos afectos. Claro que concordo em absoluto que a nossa vida poderia ser absolutamente diferente se porventura tivessemos dado seguimento a um olhar, a um pequeno sinal; mas por outro lado há um sentido mais lato e que me leva quando ando nos transportes públicos de vez em quando a pensar que "aquela" situação, com "aquelas" pessoas "naquele" local NUNCA mais se repetirá...
      Abraço amigo.

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