sábado, 24 de maio de 2014

Der Untermensch

Este projecto é uma homenagem a todos aqueles que sofreram nas prisões ou nos campos de concentração, devido à sua orientação sexual, crenças religiosas ou antecedentes culturais.
E também é uma homenagem a quaisquer pessoas que já se sentiram alguma vez oprimidos ou condenados ao ostracismo.
É uma coreografia do canadiano Simon Vermeulen, que também é o principal intérprete.

14 comentários:

  1. Encontrar letras para forma uma palavra, prefiro o "silêncio" e o respeito que esta matéria merece.

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  2. João
    aliás até o vídeo é quase todo silencioso, mas é maravilhoso.
    Abraço amigo.

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  3. A mensagem que se pode transmitir apenas com a expressão corporal é magnífica. A coreografia realça expressões de dor que me impressionaram bastante.
    Grande actor.

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    1. Olá Mz
      Sim, Simon Vermeulen, além de um excelente bailarino e coreógrafo, tem uma enorme capacidade de representação.
      O facto de ele ser o intérprete da sua própria coreografia ajuda muito a que ele lhe dê o cunho mais apropriado ao fim em vista.
      Beijinho.

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  4. Muito bom.

    Todos sentimos alguma vez o preconceito. Ele faz parte do ser humano. Ainda assim, respeitamos mais a diferença nos dias que correm do que no passado. Há normas que regulam.

    E o século XX, aqui tão próximo, foi um exemplo maior da intolerância. Reuniu um pouco dos séculos anteriores e ultrapassou-se.

    um abraço.

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    1. Mark
      eu não diria que o século XX tenha sido um exemplo maior da intolerância, pois há na História épocas muito piores nesse aspecto.
      Apenas os meios que o Homem já dispunha nesse século, mormente a partir da II GG, fazem com que a intolerância seja conhecida mais perto, cronologicamente, dos acontecimentos reais.
      Estamos em pleno século XXI e a intolerância mantém-se, pelo menos em certas zonas do mundo; simplesmente agora somos uma "aldeia global" e o direito à indignação imediato a certos factos fazem com que tais procedimentos discriminatórios sejam em parte atenuados.
      Abraço amigo.

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    2. Não, João. Em nenhum momento da História tiveste um extermínio em massa como nos anos 30 e 40 do século passado; em momento algum da História morreu tanta gente como na I e na II Guerra Mundial. Junta-lhe os vários conflitos étnicos e raciais em vários pontos do globo. O século XX foi, de longe, o mais sangrento. Não é dito por mim. É unânime entre os historiadores, e creio que se entende. É óbvio.

      Eu não disse que não há intolerância. Disse que era particularmente visível no passado. O século XX foi o maior exemplo. Torquemada, perto de Hitler e Estaline, seria um aprendiz.

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    3. Mark
      quem sou eu para te contradizer historicamente?
      Eu percebo e concordo com o que dizes; apenas há aqui uma certa diferença no conceito da intolerância.
      Claro que eu não esqueço os crimes de Hitler, Estaline...e Franco (é bom não esquecer).
      Mas que dizer da Inquisição? Quantas pessoas morreram?
      E o extermínio em massa na colonização hispano-portuguesa? Ficaria abaixo do extermínio dos judeus durante a II GG? Duvido...
      Simplesmente e como afirmo atrás, as "chacinas" do século XX, são mais ou menos passíveis de contagem, mas tal é mais difícil fazer uma contagem semelhante nos fenómenos de extermínio dos séculos passados.
      De qualquer forma, este vídeo ou este bailado, melhor dizendo, é muito mais abrangente do que a questão do extermínio numa actualidade presente - há o problema das minorias - raciais, sexuais. religiosas. eu sei lá, e é sobretudo sobre a intolerância em relação a estas minorias que o vídeo faz justiça.
      Abraço amigo.

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    4. Por amor de Deus, João. História não é a minha área de formação. Sou um apaixonado e curioso, tal como tu. És mais velho e muito mais sapiente. :) Nem tenho pretensões a saber tanto como tu...

      ... mas, não resisti a esta tréplica. Misturar na mesma taça Franco, Hitler e Estaline é injusto. Franco não foi um carniceiro à altura dos outros dois "senhores", nem procedeu a extermínios em massa. Se me falares de Pol Pot, bom, fará todo o sentido.

      Não morreram tantas pela Inquisição como pelas mãos de Hitler e Estaline, nem em tantos séculos.

      João, Portugal NUNCA perpetrou um extermínio em massa na América. Isso é um erro. Os espanhóis, sim, introduziram a varíola, ao que consta, com esses propósitos.

      Ainda assim, separando os séculos, não encontrarás nenhum tão sangrento quanto o século XX. Claro que se somares todos, provavelmente superarás esse valor! Agora, eu remeti-me apenas e tão só ao século XX. Nenhum foi tão sangrento e intolerante.

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    5. Mark
      embora possa parecer não estamos em campos opostos; apenas damos realce a determinadas situações.
      Claro que no que respeita à colonização portuguesa na América latina, nunca chegámos aos excessos de Pizarro, mas houve excessos também.
      Não sei se viste um filme chamado "A Missão", com o Jeremy Irons e o Robert de Niro? Bastante elucidativo...
      Concordo com o que dizes sobre o Pol Pot, no Cambodja.
      Quanto a Franco, talvez não tenha chegado aos excessos de Hitler e Estaline, mas foi suficientemente sanguinário e até muito tarde, não foi só na Guerra Civil Espanhola; ainda me recordo de uma manifestação em que o povo deitou fogo à embaixada espanhola em Lisboa, em 1975, protestando contra a morte por garrote, infligida por Franco, pouco antes de ser substituído por Juan Carlos, a opositores do seu regime...
      Enfim, o que me interessa referir é o que já disse no meu segundo comentário para ti: este bailado não vai apenas contrariar os crimes da guerra, mas sim as intolerâncias do mundo actual. Por isso mesmo é que ele é actual e verdadeiramente importante.
      Abraço amigo.

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  5. Gostei muito pela partilha

    Abraço amigo

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    1. Francisco
      é sempre um imenso prazer partilhar a Arte nos seus diferentes aspectos e o Bailado é uma Arte muito bela.
      Abraço amigo.

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  6. Que beleza! E que dureza - por isso tão adequado ao tema! Gostei imenso - e quem me dera poder ver ao vivo!
    Abraço

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    1. Sim Justine, o belo pode, e deve mesmo, em certos casos, ser particularmente duro.
      Será a única forma em que se torna mais possível registar esta intolerância.
      Ao vivo é sempre melhor, concordo em absoluto.
      E a propósito disso, quão longe estão os magníficos espectáculos de bailado que me lembro de ver entre nós, de protesto, puro e duro. Nos tempos do saudoso Festival Gulbenkian da Música que a Madalena Azeredo Perdigão punha de pé, ano após ano.
      Beijinho.

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Evita ser anónimo, para poderes ser "alguém"!!!