Trata-se de Raoul Vaneigem
Raoul Vaneigem é um escritor e filósofo belga que nasceu em 1934.
Depois de estudar filologia na Universidade Livre de Bruxelas entre 1952-1956, depois participou na “Internacional Situacionista” entre 1961 e 1970.
Actualmente reside na Bélgica e é o pai de quatro filhos.
Vaneigem e Guy Debord foram dois dos principais teóricos do "Movimento Situacionista".
Ficaram célebres alguns slogans de Vaneigem nas paredes de Paris durante o Maio de 1968 .
O seu livro mais famoso, e que contém os slogans mais famosos, é “A Revolução da Vida Quotidiana”. Depois de deixar o movimento situacionista Vaneigem escreveu uma série de livros polêmicos que defendem a ideia de uma livre e autorreguladora ordem social.
Recentemente, ele tem sido um defensor de um novo tipo de greve, em que o serviço de transporte e os trabalhadores prestam serviços gratuitamente e se recusam a recolher o pagamento ou tarifas.
Deixo aqui dois vídeos, um deles sobre a sua vida e o seu percurso filosófico
No outro o cantor René Binamé canta uma letra de Raoul Vaneigem
Actualmente reside na Bélgica e é o pai de quatro filhos.
Vaneigem e Guy Debord foram dois dos principais teóricos do "Movimento Situacionista".
Ficaram célebres alguns slogans de Vaneigem nas paredes de Paris durante o Maio de 1968 .
O seu livro mais famoso, e que contém os slogans mais famosos, é “A Revolução da Vida Quotidiana”. Depois de deixar o movimento situacionista Vaneigem escreveu uma série de livros polêmicos que defendem a ideia de uma livre e autorreguladora ordem social.
Recentemente, ele tem sido um defensor de um novo tipo de greve, em que o serviço de transporte e os trabalhadores prestam serviços gratuitamente e se recusam a recolher o pagamento ou tarifas.
Deixo aqui dois vídeos, um deles sobre a sua vida e o seu percurso filosófico
No outro o cantor René Binamé canta uma letra de Raoul Vaneigem
Não o conhecia, fiquei curiosa e vou investigar mais coisas sobre ele.
ResponderEliminarObrigada por mais este "ensinamento"!
Um abraço amigo de Abril/Maio :-))))))
Justine
ResponderEliminareu também devo este "ensinamento" a alguém, ao meu bom Amigo João Pedro, que não pára de me surpreender com o que vai apresentando no seu blog. Então a nível musical é um manancial de coisas belas e quase sempre desconhecidas.
Não sei onde vai ele buscar tanta informação.
Daí eu não me cansar de publicitar o blog dele, principalmente junto de pessoas cultas e que gostam de Cultura.
O blog chama-se "Troubled Water" - http://aguaagitada.blogspot.pt/ e esta postagem sobre o Raoul Vanegem é a última, datada de 1 de Maio sob o nome de "Saber Viver".
Beijinho.
João,
ResponderEliminarTambém eu não conhecia este filósofo e é sempre com prazer que conhecemos novos pensadores tão necessários nestes tempos de unanimidades! Curioso o pensamento dele sobre as greves. Parece-me claro que as greves tal como estão estruturadas, coisa que vem do passado, não resultam. Veja-se o exemplo do que tem acontecido em Portugal e por maior ordem de razão, na Grécia. As greves não têm tido praticamente resultados. Por isso, é necessário repensar as formas de luta dos trabalhadores e é preciso repensar as formas de as greves se efectuarem.
João, mais uma vez, é um prazer imenso visitar o teu blog.
Um abraço com amizade.
Olá Lear
ResponderEliminaré com grande satisfação que registo este teu comentário, pois há muito não sabia nada de ti.
Quanto ao que dizes, concordo que as greves, na sua forma clássica, e tirando uma que outra excepção, não atingem os seus objectivos e acabam sempre por serem muitíssimo penalizadoras para o utente comum. Sem dúvida que a fórmula encontrada por Vaneigem, nesse campo atinge muito mais os seus objectivos.
Abraço amigo.
Devo dizer que também eu desconhecia a existência deste filósofo. As suas ideias em relação à prestação de serviços não são inéditas. Eu, por exemplo, considero que serviços básicos para a vivência sã do ser humano devem ser total ou parcialmente gratuitos, como a água pública e a electricidade, já que o direito à habitação até tem suporte constitucional.
ResponderEliminarClaro que o senhor se refere à greve e apenas nessa hipótese. Eu vou mais longe. Mas, vejamos, se em dias de greve os trabalhadores continuassem a trabalhar, ainda que não recebendo qualquer retribuição monetária, deturpariam o próprio direito à greve, à paralisação. Beneficiariam os utentes, sem dúvida, prejudicando o Estado, claro, mas seria, ainda assim, uma deturpação desse direito constitucional que envolve outros requisitos para ser considerado como tal. Não seria "greve". Teriam de reinventar o instituto, conferindo-lhe outra designação.
um abraço.
Olá Mark
ResponderEliminarno que respeita ao teu primeiro parágrafo, acho que seria óptimo, sem dúvida, mas é utópico...
Já na questão da forma de greve que Vaneigem advoga, claro, que na sua essência, deturparia a realidade básica da greve, que será sempre a ausência de trabalho; mas uma greve, em princípio tem sempre fins a atingir e em determinadas situações, não interessará muito o "meio" mesmo que seja, como dizes uma adulteração do conceito de greve, se obtiver os resultados esperados, lesando o mínimo os utentes dos serviços que estiverem a ser alvo da greve.
Abraço amigo.
O vídeo de Gilles Labarbe é uma "pérola" visual para a descrição biográfica e das crenças (que admiro) pelo próprio autor. Sobre elas, já havia colocado um excerto no Ophi: http://ophiuchus-threedecades.blogspot.pt/2009/03/educarteaprendice-iv.html | E daí fui descobrir "a infância antecipada" de Charles Fourrier, traçando mais uns caminhos na perspectiva histórica das diferentes concepções sobre escola e aprendizagem.
ResponderEliminarConfesso a minha costela anarquista (ou conservadora?) e posso dizer que há dois anos fiz greve, entregando uma declaração da realização da mesma nos serviços administrativos, nesse dia, mas comparecendo a uma reunião que havia sido marcada para o dia há mais tempo e em que julguei importante a minha presença - pois o valor que me retirara do vencimento foi o dinheiro gasto em cravos para entregar à chefe dos serviços e ainda decorar o bar e recepção do meu local de trabalho.
Obrigado João - por estas trocas e contínuas descobertas e aprofundamentos!!
João
ResponderEliminara tua originalidade nas escolhas que fazes para o teu blog está em total concordância com essa atitude que aqui noticias na tua greve.
Confesso já não me lembrar da postagem que referes ainda no "Ophi", mas esta personagem - RV - está bem nas tuas medidas, penso eu...
Abraço amigo.
Gosto dessa forma de greve, com a quantidade de greves que existiram no ano passado, seria uma boa alternativa, mais útil e benéfica para os consumidores, que são sempre os mais prejudicados.
ResponderEliminarAbraço ^^
João
ResponderEliminaro grande problema das greves é o incómodo que causa a tanta gente que nada tem a ver com o assunto; assim se evitariam muitos contratempos.
Abraço amigo.