quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O "jantarinho" e o "lançamento" do livro

O título desta postagem é um pouco idiota, pois não foi um "jantarinho", mas sim um jantar de amigos e muito menos foi o "lançamento do livro", pois o livro em causa foi lançado há dois meses e meio, a 17 de Julho.
Mas enfim, o diminuitivo é quase carinhoso, como geralmente o são os diminuitivos, e porque se tratou de um jantar com um número reduzido de pessoas, todas elas essencialmente minhas amigas e que me deram um imenso prazer com a sua presença: os editores - João, Luís e Patrícia, os dois impulsionadores - Miguel e Margarida, e os amigos reais, o Duarte, o Luís e o André, a Maria Teresa, a Zé e a Sara, o Nelson, o Mark e o Paulo, o grande amigo Félix e os Metaricanos, desde o "alferes" Fernandes (do meu tempo) e o "capitão" Ernesto Pereira que trouxe consigo (e ainda bem) dois dos seus "furriéis". Muito obrigado a todos pela vossa presença.
O local foi agradável, a comida, normal e muito acessível em preços e o convívio excelente.
O motivo já toda a gente sabe era falar do meu livro, algo improvável até poucos meses atrás, mas que "aconteceu"...
Graças a várias empurradelas, este livro nasceu, de uma série de crónicas publicadas neste blog sob o título "A tropa cá do João", e que é o título de um poemazeco escrito lá na Ilha, em Março de 1974, e que aparece como um dos apêndices do livro.
Claro que me deu prazer a publicação do livro, para o qual houve que modificar alguns dos textos, acrescentar outros e escrever uma introdução e uma conclusão, trabalho esse feito com a preciosa ajuda de um dos editores. o João Máximo, que me deu a conhecer o trabalho, interessantíssimo, de um editor e no qual ele é extremamente competente

Após a publicação, em Julho houve algo que me quebrou imenso o entusiasmo, e me fez quase arrepender de ter acedido a essa publicação.
Sucede que num dos capítulos do livro, falo da homossexualidade que houve na guerra colonial, o que não é inédito noutras publicações, mas ouso em pessoalizar a questão, como um dos variados outros assuntos que foco no livro.
Ora, dois orgãos de comunicação, o site "Dezanove" e a revista "Time Out", na sua secção gay, ao falarem do livro, colocaram-no num pedestal de livro gay, o que DE TODO não é, apenas eu, na senda do que sempre fiz, falei do assunto com a normalidade que acho deve ser a tónica quando se referem esses temas. O título da notícia do "Dezanove" era tão tendenciosa, na linha do que infelizmente acontece a várias referências a factos ou pessoas homossexuais, quase roçando o "gueto" que tal gente pretende denominar o mundo gay, que, e repito, esse título se tornava ridículo, pelo que protestei veementemente e também a editora e eles alteraram o título.
Aliás, a Index, numa atitude que agradeço, publicou alguns extractos de outras partes do livro para mostrar que não se pode, nem deve confundir uma referência a questões homossexuais com um livro homossexual.
Sempre fui um homem frontal, sem medos de me assumir como sou, mas não gosto que deturpem o que escrevo...
Pois, e voltando ao serão de sábado, após o jantar, o Luís Chainho, outro dos editores apresentou as razões pelas quais a Index se interessou pelo meu trabalho
Coube-me depois a vez de explicar o contexto em que o livro apareceu, tendo lido a introdução e a conclusão, falando dos apêndices do livro e também da ideia de escrever um livro baseado em factos e não em juízos de valor. Enfim, apresentando a minha visão do livro...

Entrou-se depois numa breve tertúlia, principalmente com os presentes que haviam conhecido pessoalmente a Ilha de Metarica.

E assim se passou uma muito agradável noite.

Deixo aqui mais duas fotos  tiradas pelo Félix, que infelizmente não focou a assistência, segundo ele, porque estava demasiado focado naquilo que se ia dizendo, hehehe...



Uma nota que nada tem a ver com o texto, e que se relaciona com o tema musical escolhido. Geralmente, ele tem sempre algo a ver com o conteúdo do post, o que não acontece desta vez, e até eu estou surpreendido por aparecer no meu blog uma música da Lady GaGa, cantora que eu sempre mantive a uma certa distãncia; mas este album dela com o Tony Bennet agradou-me muito e como esta canção, no original se chama "Bang Bang", acaba por ter algum cabimento num post sobre uma guerra... (keep smiling, please)...

29 comentários:

  1. foi um excelente jantar, e, como já escrevi noutro lado, só tu é que consiguirias juntar á mesma mesa pessoas que vêm de mundos tão diferentes, e que se descobrem afins.

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    1. Miguel
      o difícil é ter bons amigos. Quando os temos, é relativamente fácil juntá-los, mesmo que entre eles, por vezes, não haja outro traço comum a não ser a minha amizade.
      Foi o que sucedeu uma vez mais...
      Abraço amigo.

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  2. Bang Bang! E olha que o "jantarinho" foi ainda mais supimpa que eu havia imaginado? Gostei de botarem o Autor pra falar de Sua Obra! :-) E parabéns ao Félix pelas fotos - estão lindas!

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    1. Ai, Edu
      tu por vezes fazes aqui falta realmente...
      E olha que de entre os presentes não serei o único a pensar assim...
      Beijo.

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  3. ||||||
    Bang Bang, também cantada pela excelente MADONNA

    Quanto ao resto, a vida é feita de pequenos feitos da vida, partilhados, só assim é uma razão do convívio e sobretudo as tertúlias.
    São um misto de entrosamento entre diversas particularidades surgidas dos diálogos mais à vontade que estes encontros brotam.
    Mais uma vez parabéns pela iniciativa.

    Um abraço

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    1. João Eduardo
      conheci-te numa iniciativa semelhante, o ano passado e foi muito fácil estabelecer contigo uma amizade e afinidades várias, entre as quais o gosto pelos livros. Por tudo isso bem gostaria que pudesses ter estado presente.
      Abraço amigo.

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  4. E a vida são estas pequenas coisas que os amigos nos trazem sentando-se todos à vota da mesa e do livro.

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    1. Luís
      é isso mesmo, são os amigos que nos trazem as muitas coisas boas da vida, desde as pequenas às maiorzinhas...
      Abraço amigo.

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  5. Tive muita pena, de não poder estar presente.

    Grande Abraço amigo João

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    1. Francisco
      também tive pena; fica para outra oportunidade.
      Abraço amigo.

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  6. Confesso não entender os problemas que algumas pessoas continuam a ter em ver os seus nomes associados a determinados actos em que estiveram presentes, actos esses que não têm qualquer conexão com as suas vidas a não ser a amizade que continuo a achar muito gratificante.
    Será que essas pessoas vão querer continuar anónimas durante toda a sua vida futura? Ou será que se irão furtar a estar presentes em actos que nada afectam a sua vida pessoal, como é o caso?
    Já são duas as pessoas que me solicitam para modificar "isto" ou não "pôr aquilo", num simples texto como este.
    Se quanto a fotos, ainda posso compreender que não queiram expor a sua imagem, apesar de que pelo simples facto da sua presença num sítio público estarem a isso sujeitos, já a não concordância com a inclusão dos seus nomes me parece algo exagerada até porque referi na generalidade nomes próprios que podem ser de muita gente (há muitas Marias na terra...).
    As excepções, em que usei apelidos sabia antecipadamente que as pessoas em causa não se importam ABSOLUTAMENTE NADA com esse facto, tal como eu não me importo que me nomeiem João Roque em vez de João - tenho até muito orgulho nisso!
    Enfim, feitios...

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    1. Obrigado, Silvestre
      e como está o teu livro? Espero que esteja tudo a correr bem.
      Abraço.

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    2. O meu livro parou porque a vida não me correu tão bem como deveria durante um certo tempo e fiquei com outras coisas na mente. Mas voltei à revisão :)

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    3. Silvestre
      espero bem que sim.
      Se bem me lembro, tu escreves muito bem e eu aguardava com alguma expectativa esse livro. Que ele apareça...
      Abraço amigo.

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  8. eu estive no jantar, gostei muito, adorei o livro impresso, as imagens não lhe fazem justiça. é lindo, muito bem idealizado, parabéns a ti e à Index.
    amizades de quarente anos... memoráveis. :)
    o empurrãozinho foi leve, tu já tinhas a ideia germinada dentro de ti. :)
    e depois conheci mais duas senhoras, grandes Senhoras, gostei muito da MT e da Z., embora tivéssemos conversado pouco. Haverá mais oportunidade, com certeza.
    bjs.

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    1. Margarida
      sobre o livro e a importância da Index, sobre o teu empurrão e o do Miguel também, acho que já tudo foi dito.
      O jantar, devo admitir, correu melhor do que eu esperava, embora tivesse boas expectativas.
      Quanto à Z e à MT, concordo que são duas excelentes amigas e mostra que se pode ter um convívio com pessoas muito diferenciadas - nunca gostei de guetos!
      Até domingo.
      Beijinho.

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  9. Mais uma vez, foi um prazer acompanhar-te nesse momento importante. E o livro é muito, mas muito interessante! (e também gostei do teu sentido de humor em relação à música deste post:-))))))) (I´m smiling!)

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    1. Justine
      foi, sem dúvida, um momento importante e por diversos motivos, alguns muito óbvios, mas outros também muito gratificantes, e um deles prende-se contigo, pois pela primeira vez, conviveste com parte do meu "núcleo forte" de amigos e parece que não te sentiste mal de todo...
      Obrigado pelas tuas palavras acerca do livro.
      Quanto à música, de vez em quando tem que se inovar, ehehehe...
      Beijinho.

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  10. Amigo João, já cá há uns tempos que ando meio fugido da blogsfera, mas cá passei para te dar um abraço e para te felicitar pelo lançamento do teu livro!

    Um grande abraço

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    1. Caro Sérgio
      pois parece que trocaste a fotografia pelas corridas, hehehe...
      Respeito as tuas opções, mas é pena pois tu fotografas muito bem.
      Quanto à blogo, está moribunda, infelizmente...
      Abraço amigo.

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  11. Mal de todo, João????????? Senti-me MUITO bem, com gente interessante à minha volta, e neste momento já estou a visitar o blogue da Margarida - descobrimos uma paixão comum: os gatos :-))))))
    Abraço

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  12. Justine
    agora podes ver o que perdeste nos jantares dos blogs. Infelizmente não vai haver mais, porque não tenho pachorra para organizar mais.
    Prefiro jantares assim deste género, mais restritos.
    A Margarida é uma pessoa muito querida.
    Beijinho.

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  13. Como disse no post anterior sobre o jantar, foi uma noite muito bem passada.

    um abraço, João.

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  14. Bela "jantarada"!
    Gostei, sobretudo, de ver o teu ar de satisfação e, ouso dizer, felicidade, que, para ser total. apenas precisava de ter mais uma pessoa presente.

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    1. João
      Apenas resumo tudo em duas simples frases: Muito obrigado, e Pareces bruxo...
      Abraço amigo.

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  15. João, não sabia que tinha publicado um livro. Muitos parabéns!
    Bjnhs

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    1. Olá Mz
      é verdade e devo dizer que estou satisfeito. Ainda há poucos minutos me ligou um amigo que encomendou o livro, já o recebeu e leu (é pequeno- lê-se num instante) e me deu a melhor critica possível, pois é um amigo de infância, ao dizer-me que senão estivesse lá o nome do autor ele sabia que tinha sido eu a escrevê-lo, pois o livro sou eu próprio...
      Beijinho.

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