Mostrar mensagens com a etiqueta cultura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta cultura. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LER!!!!!!!!!!!

De há uns tempos a esta data recomecei um hábito que desenvolvi na minha juventude e que interrompi estupidamente durante anos anos a fio – ler!
Em boa hora o fiz e os problemas que isto me acarreta neste momento são dois: conseguir ler tudo o que tenho em casa, antes de morrer, e onde colocar tanto livro.
Entretanto, tenho um perfil num site deveras interessante – o Goodreads, onde se fala, se escreve e actualizamos as nossas leituras.
 Um dos desafios a que acedi já no ano anterior e neste também é o chamado “"Your Challange Books”, para cada ano; o ano passado estabeleci um ambicioso patamar de ler uma média de um livro por semana (52 livros) e que cumpri com 2 ou 3 livros a mais.
Neste ano mantive o mesmo objectivo e faltando ainda mais de dois meses para o final do ano, ele já foi superado, pois já li este ano 55 livros ( https://www.goodreads.com/user_challenges/1126769). 

Quero destacar aqui alguns factos curiosos: destes 55 livros, 36 foram escritos em português, sendo 31 de autores portugueses (mais de 50% do total) e 5 de escritores brasileiros.
O autor mais lido foi Allan Massie (4 livros)
seguido de Fernando Caio Abreu (3 livros)
e três autores portugueses com dois títulos cada: Ana Cristina Silva, José Régio e Mário Cláudio.

Quase todos os livros lidos são de ficção, sendo os relacionados com a História, uma fatia importante. Li 5 livros de fotografia, vários sobre a guerra colonial, um deles da minha autoria
um de banda desenhada e infelizmente apenas um de poesia e um ensaio.

Destaque ainda para os livros editados pela Index, dos quais li três além do meu, sendo um dos dois editores (João Máximo e Luís Chainho) e outro da Margarida Leitão.

Quanto à qualidade, exceptuando um livro deplorável
a média foi excelente, tendo atribuído por 8 vezes a nota máxima – 5 ***** , e permito-me destacar um livro como o melhor do ano e talvez o melhor de há muitos anos, de um jovem e promissor escritor português, Norberto Morais - “O Pecado de Porto Negro”

São estes os restantes livros que obtiveram as 5 *****















sábado, 11 de outubro de 2014

Jasper Johns

Jasper Johns, Jr. é um pintor norte-americano do movimento Pop Art.
Talvez tenha sido um dos mais importantes entre os pioneiros da pop art nos Estados Unidos. Começou a pintar objetos tão vulgares como por exemplo as bandeiras, mapas, algarismos. Exemplo de uma das suas principais obras é  "Três Bandeiras"
Jasper Jonhs nasceu em Augusta, no estado norte-americano da Georgia, e cresceu em Allendale, na Carolina do Sul, com os seus tios e avós, após a separação dos seus pais. 
Sobre esta fase da sua vida disse: "No sítio onde eu  fui criança, não haviam artistas nem arte; assim não sabia o que isso queria dizer. Creio que pensava que isso significava que estaria numa situação diferente daquela em que me encontrava."
Jasper Johns estudou na Universidade da Carolina do Sul entre 1947 e 1948, e em 1949 em Nova Iorque, ingressando numa escola de arte comercial,  a Parsons School of Design.
Em 1952 vai para o exército, e é colocado em Sendai, no Japão, durante a Guerra da Coreia, onde fica até 1953.
De volta a Nova Iorque, Jasper Johns conhece Robert Rauschenberg, Merce Cunningham, coreógrafo, Marcel Duchamp e John Cage, músico da vanguarda americana.
Junto aprofundam a cena da arte contemporânea, ao mesmo tempo que começam a seguir os seus próprios caminhos na arte.  Em 1955, pinta o mais famoso, e conhecido dos seus quadros "A Bandeira"
Os seus quadros são descritos como dada neo-dadaístas, em oposição a Pop Art, embora aqueles incluam, habitualmente, imagens e objectos da cultura popular.
Mais tarde, durante a suas exposições em Paris as suas bandeiras são vistas, por alguns críticos, como divulgação nacionalista.
Os seus primeiros trabalhos tinham por base temas simples, como bandeiras, mapas, alvos, números e letras.
O tratamento peculiar dado às suas telas, tem origem numa técnica denominada encaústica, que consiste em diluir a tinta em cera quente.
Mais tarde, em 1958, Johns acrescenta relevo aos seus quadros, colocando neles objectos reais, como escovas, latas, pincéis ou letras.
O seu trabalho caracteriza-se, assim por ser paradoxal, contraditório e problemático, semelhante ao de Marcel Duchamp (associado ao movimento Dada).
Para além de quadros, Johns também trabalhou em entalhes, esculturas e litografias.
Contrariamente a muitos outros artistas, Johns viu a sua obra reconhecida ainda em novo.
Em 1957, expõe colectivamente no Jewish Museum, onde conhece Leo Castelli; no ano seguinte, este organiza a sua primeira exposição individual, na galeria da qual era dono.
Ainda em 1958, Johns expõe no pavilhão americano da Bienal de Veneza.
No virar da década de 50, Jaspers diversifica o seu trabalho, construindo moldes em bronze de objetos cotidianos, como o Bronze Pintado (1960)
que mostra duas latas de cerveja. Participa, com John Cage em decorações de happenings, e nas coreografias de Merce Cunningham.
Os anos 60 representam para Johns o reconhecimento das suas obras na Europa, primeiro em 1961, com uma exposição individual em Paris, e depois, em 1964, na Bienal de Veneza.
Este reconhecimento a Johns, abre também as portas da Europa à cultura norte-americana.
Até ao final dos anos 60, e década de 70, a obra de Jasper Johns mantém os seus habituais motivos de bandeiras, alvos e números.
No entanto, em 1967, Johns introduz nos seus quadros o padrão flagstones, como é exemplo disso "Luz de Harlem"
que lembra uma parede pintada de forma irregular.
Mais tarde, já nos anos 70, Johns desenvolve esta ideia criando os crosswatchings (traços coloridos, paralelos e sobrepostos), de que são exemplo os seus quadros "Mulheres Chorosas" (1975)
" A Árvore do Cabeleireiro"(1975)
ou "Usuyuki" (1978)
Este novo padrão é, de alguma forma, uma memória do expressionismo abstractode gerações anteriores.
Os anos 80, são um misto de regresso às origens, com o seu lado abstracto da década anterior.
Os seus quadros apresentam, de novo, as bandeiras, acompanhadas de colagens e de crosswatchings, como se vê em "Ventríloquo" (1983)
 ou no conjunto "As Quatro Estações" (1986)
apresentada, e premiada, na Bienal deVeneza em 1988.
No ano de 1998, o Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, pagou cerca de 20 milhões de dólares pelo seu trabalho de 1955, "A Bandeira Branca"
Em 2006, um grupo de colecionadores privados adquiriu o quadro "Falsa Partida", de 1959
por 80 milhões dedólares.
 Ele também fez uma participação especial no seriado o Simpsons como ele mesmo. John Jaspers reside, atualmente em Sharon, Connecticut, nos Estados Unidos.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Balanço do Queer da maioridade

Porque o Queer me monopolizou na passada semana e também outro acontecimento, porque tive gente em casa até hoje e porque estou com uma estranha preguiça para com tudo o que se refere à Blogosfera, resolvi fazer um "assalto" á muito bem elaborada crítica que o meu querido amigo Luís Veríssimo, com quem tantas vezes partilho ideias durante os vários Queer, e em que estamos quase sempre de acordo, e pegar no seu artigo do "Dezanove", e pespegá-lo aqui, até porque estou quase em 100% de acordo com o que nele está inserto (o que falta para os 100% são alguns filmes que não vi).
Assim aqui vai a crónica do Luís:
"O Queer Lisboa na sua maioridade foi uma das edições mais curiosas dos últimos anos. 
E acentuou aquilo que tem vindo a ser hábito nas últimas edições: os filmes mais comentados não receberam prémios. 
No meio de algumas desilusões lá pelo meio se pode assistir a boas histórias. 
Entre o Queer Focus dedicado a África e a retrospectiva a John Waters, o público teve ainda a possibilidade de ver e rever histórias e visões abrangentes de outros mundos menos vistos.

 Comecemos então pelos vencidos: "Rosie" (Alemanha, Suíça, 2013), de Marcel Gisler, venceu o prémio do público e era apontado como um forte candidato a ganhar o patinho para melhor filme ou o prémio de melhor interpretação feminina para Sibylle Brunner. A história do escritor gay a sofrer de um bloqueio literário que tem que lidar com a sua mãe idosa, doente e a perder a sanidade e com a descoberta de um novo amor mais novo não convenceu o júri e saiu do S. Jorge com o prémio de consolação.



O filme que não teve consolação nenhuma foi "Stand" (França, 2013), de Jonathan Taieb. Este drama que fala da homofobia que se vive na Rússia é visto como uma pelicula oportuna, sem ser oportunista, fazendo o balanço entre o que é ser gay numa sociedade governada por um Putin e o que é que leva alguém a lutar contra ataques que violam os direitos humanos.



Competição de Longas-Metragens

 "Something Must Break" (Suécia, 2014), de Ester Martin Bergsmark recebeu dois prémios, melhor filme e um dos prémios de melhor interpretação para Saga Becker.
O Verão sueco deixa de ser pacato quando eclode a história de amor entre dois rapazes, um, o andrógeno Sebastian e o outro, Andreas, que não é gay.
Segundo o júri, o filme recebeu o prémio "pela sua desafiante originalidade e visão pungente.
Este é um filme eminentemente físico que mexe com os nossos sentidos de forma inesperada – é um filme do qual quase sentimos o sabor e o cheiro.



O segundo prémio de interpretação foi para Kostas Nikoulionde, que é o jovem Danny de 16 anos em "Xenia" (Grécia, França, Bélgica, 2014), de Panos H. Koutras, onde com o seu irmão decidem (re)encontrarem-se num país sem pátria, numa família identidade.
O terceiro prémio de interpretação foi entregue a Angelique Litzenburger em "Party Girl" (França, 2014), de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis, onde faz de si própria, uma empregada de bar de 60 anos que ainda gosta de se divertir.

 Este ano o júri decidiu dar uma Menção Honrosa a "Atlántida" (Argentina, França, 2014), de Inés María Barrionuevo, a descoberta de algo novo das irmãs Lúcia e Elena, numa tarde de Verão de 1987, onde os desejos florescem e poderão explodir.


Competição de Documentários

O prémio para melhor documentário foi para "Julia" (Alemanha, Lituânia, 2013), de J. Jackie Baier. O que leva exactamente um estudante a deixar a sua casa na Lituânia e tornar-se uma rapariga a vender o corpo nas ruas de Berlim, em pestilentos backrooms e nos assentos pegajosos de um cinema
porno?

Já o prémio do público foi recebido por "São Paulo em Hi-Fi" (Brasil, 2013), de Lufe Steffen. Os anos 1960, 70 e 80 da noite paulista, vistos pelos que os viveram, onde a ditadura militar brasileira e a eclosão da SIDA ditaram as regras.



Vamos às Curtas?

"Mondial 2010" (Líbano, 2014), de Roy Dib foi eleito como a melhor curta-metragem por, entre outras coisas, "nos fazer pensar: pode uma cidade ser queer?".
 "Frei Luís de Sousa" (Portugal, 2014), de Silly Season, a pior curta-metragem portuguesa que estava este ano em exibição no Festival, foi considerada a melhor curta-portuguesa pelo júri desta secção. "Gabrielle" (Bélgica, 2013), de Margo Fruitier e Paul Cartron mereceu uma menção honrosa.
O público deliciou-se com o genial "Cigano" (Portugal, 2013), de David Bonneville, com um maravilhoso Tiago Aldeia e atribui-lhe a sua preferência.



O júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a "Gabrielle" (Bélgica, 2013), de Margo Fruitier e Paul Cartron.

 Já na secção In My Shorts a eleita foi "Bonne Espérance"(Suíça, 2013), de Kaspar Schiltknecht, segundo o Júri, "Pela sua energia e subtileza na abordagem de um tema de intimidade e desejo."

Agora esperemos que os portuenses usufruam do bom cinema de John Waters no ano zero do Queer Porto."

Não vi os filmes aqui referidos: "Party Girl", "Atlântida", "Júlia", "S.Paulo em Hi-Fi", "Mondial em 2010", Gabrielle"

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Queer Lisboa 18


Começa hoje e termina a 27 do corrente mais um Festival Queer de Lisboa.
Como sempre estarei presente naquele que é já considerado um dos mais importantes festivais de cinema de temática LGBT do mundo.
Este ano a oferta de filmes é a mais numerosa de sempre e tem além das salas habituais dos últimos anos, no cinema S.Jorge, um desdobramento na Cinemateca Nacional (bem perto), onde passarão dois ciclos importantes: um sobre cinema LGBT africano, essencialmente documental, e uma retrospectiva dos filmes de John Walters.
Também e pela primeira vez, o festival "visitará" a cidade do Porto.
É um dos momentos anuais que mais me empolga, pois tenho uma enorme colecção de filmes LGBT e sigo com alguma atenção o que se vai fazendo.
Assim, parece-me que este ano, vai ser um festival bastante equilibrado, sem filmes de grande renome, mas com alguns deles bastante premiados. Estarei bastante atento às curtas...
Hoje e como filme de abertura será exibida a versão longa de uma curta brasileira de enorme êxito de há dois anos, "Hoje eu quero voltar sózinho".

Vou passar a semana em Lisboa (uma forma de falar), e dias há, como por exemplo no próximo domingo, em que verei 5 sessões seguidas...
Quem corre por gosto, não se cansa.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Georgia O'Keeffe

Georgia O'Keeffe (1887-1986) foi uma das primeiras mulheres a alcançar um sucesso indiscutível no seio da pintura norte-americana.
Estudou pintura no  Art Institut of Chicago e mais tarde na Universidade de Columbia em Nova York.
Afastando-se das influências da pintura europeia dos inícios do século XX e, nomeadamente, do surrealismo, encontramos as principais bases de influência da sua obra na fotografia, tendo como principal mentor o fotógrafo Alfred Stieglitz (1864-1946).
que inicialmente começou por se interessar pelos quadros de O'Keeffe (numa fase ainda embrionária da sua obra) expondo-os na sua galeria “291” em Nova Iorque, e que, mais tarde, viria a ter um longo relacionamento amoroso com a artista, o que levaria a que houvesse uma influência recíproca na obra de ambos.
Num misto de arte abstracta, irreal e onírica, e arte figurativa, representativa, em certa medida, conservadora, a obra de O'Keeffe prima pelo cunho muito pessoal e emotivo que a artista imprime aos seus quadros, deixando transparecer o significado que atribui aos objectos que vê, à realidade que sente.
Daí o seu interesse pela natureza, a paixão pelo Novo México e a sua paisagem selvagem, inóspita até, em contraposição à sociedade moderna, civilizada, tipicamente nova-iorquina, cidade vertical repleta de arranha-céus também retratados por O'Keeffe, em que parece haver uma redoma que não deixa sequer entrever o céu.
As suas telas de paisagens e flores foram muito apreciadas a partir de 1928. Georgia é considerada uma das pintoras norte-americanas de maior sucesso do século XX
































terça-feira, 19 de agosto de 2014

Pretende dar a ideia de perceber de pintura?

Isto não é totalmente verdade, é óbvio.
Todos estes artistas são grandes pintores e estas”particularidades” não passam de meras curiosidades que apenas pretendem fazer rir, com o acompanhamento vocal da “enorme” Maria Callas...

Se o fundo do quadro é escuro e a personagem tem cara de “não fui eu...”, então é um Ticiano

Se toda a gente tem um rabo grande e caído, evidenciando uma enorme celulite, então é um Rubens

Se os homens têm um aspecto efeminado, cara de constipados ou cheios de frio, então é um Caravaggio

Se são telas com muita gente, que parece normal, mas caminha sem direcção certa, “à procura do Wally”, então é um Bruehgel

Se a pintura tem muita gente, como que enlouquecida, parecendo imagens do “Feiticeiro de Oz”, então é um Bosch

Se os homens parecem necessitados, bêbados e têm caras manchadas, sujas ou mal iluminadas, então é Rembrandt

Se os homens, em todas as pinturas, são belos, estão nus ou semi-nus, com um sexo pequenino, depilados e de aspecto efeminado, então é um Michelangelo

Se o quadro tem bailarinas, com cinturas pretas, então é um Degas

Se a tela é nítida, as figuras são barbudas, corpos altos e magros, com cara de famintos, então é um El Greco

Se todas as personagens do quadro têm cara de “nada”, ou se parecem com o Putin, então é um Van Eyck


Se os quadros têm paisagens com muita gente, com corpos originais, ou então se têm frutos e uma garrafa de vinho, então é um Cézanne

Se tem bailarinas de cabaret e homens de duvidosa conduta social, então é um Toulouse-Lautrec

Se você esfregou a tela com o gato da vizinha, antes de secar a pintura, e tudo parece sem sentido, então é um Van Gogh