Londres é das cidades que conheço, uma das que mais vezes visitei e também uma das que mais gosto.
E gosto por ser uma cidade com coisas muito bonitas, mas também por ser a grande metrópole europeia, em que podemos encontrar “todo o mundo”, os mais variados locais para os mais variados gostos e é uma cidade cheia de Cultura (museus, igrejas, espectáculos, acontecimentos), enfim, um mundo.
Já falei das minhas primeiras idas a Londres, uma de fugida, a caminho do Yorkshire e daquela semana de descompressão, após ter acabado a vida militar, no início de 1975.
Mas quem mesmo me mostrou Londres, foi o Duarte, que comigo partilhou várias dessas viagens, e porque ele tinha vivido ali quatro anos, tinha ali feito grandes amizades e conhecia bem a cidade.
Em todas as viagens que fiz com o Duarte a esta cidade, ficámos sempre em casa de amigos, e assim alternámos a casa do Dick e do Robert, em Highgate (norte de Londres)
do Roger e do Brian, em Whitton, (arredores de Londres)
e do Barry e do David, em Streatham (sudoeste de Londres)
Todos excelentes pessoas que nos receberam com imenso prazer e em casa de quem estivemos sempre muito à vontade.
Além destes, havia mais um casal amigo do Duarte com quem passámos bons momentos, o Dennis e o Alex, e almoçamos em sua casa, e ainda o simpático Daniel.
Foi nessas viagens que melhor conheci todos os monumentos e locais turísticos de Londres, visitando os museus (British Museum, National Gallery, Madame Tussaud…), mas também a animada vida nocturna, com predominância para os locais gays, desde os mais conhecidos e míticos até aos pequenos bares e pubs, nos anos mais recentes.
Assim entre outros os nomes de “XXL”, “Heaven”, “The Royal Vauxhall Tavern”, “The Black Cap”, “ The King’s Head”, “Admiral Duncan”, “Compton’s”, o saudoso “Salisbury’s” e o que mais gostávamos e mais frequentávamos – o “King’s Arms”, em Poland Street, bem pertinho de Oxford Street.
Também ali assistimos por duas vezes a celebrações do Gay Pride, bastante espaçadas no tempo, em 1990 e já no século XXI, com os desfiles monstruosos de gente a participar e assistir, desde o Hyde Park até Jubille Gardens, o primeiro e o outro a terminar em Strafalgar Square.
Em 1990, o show que se seguiu foi fabuloso com imensos artistas conhecidos entre eles a Sandie Shaw e o Boy George.
Mas,
claro que nas minhas visitas a Londres com o Duarte não havia apenas a
componente gay; tivemos boas refeições em variadíssimos restaurantes,
recordando duas memoráveis, uma num restaurante nepalês e outra num restaurante
que se chamava “Belga’s”, especializado em mexilhões, perto de Camden Town.
Deliciámo-nos com os belos parques londrinos, especialmente “Hampstead Head”,
quase ao pé da casa do Dick e Robert, onde íamos quase todos os dias quando ali
estávamos.
Percorremos os célebres mercados de Camden Town
e de Portobello. Visitámos locais um pouco mais afastados como Greenwich
e outras localidades da Grande Londres, quando estávamos em Whitton.
Mas também fomos a Oxford
a Stratford upon Aven
e mesmo a Brighton, a praia dos londrinos.
E claro que visitámos Stonehenge, esse maravilhoso e estranho local.
Fomos a castelos reais desde Hampton Court, onde viveu Henrique VIII
até ao Castelo de Windsor, uma das actuais residências reais.
Não podíamos deixar de visitar a Torre de Londres, demoradamente
bem como passeámos pelas margens do Tamisa desde a Tower Bridge
até à New Tate Gallery.
E quando fomos a Greenwich vimos a nova e supermoderna Londres
zona onde recentemente se disputaram as Olimpíadas de 2012.
Mas Londres renova-se constantemente e há sempre algo que ainda não se viu e principalmente muita coisa que se quer voltar a ver.